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14/05 - Imposto de Renda 2024: saiba como usar a declaração para fazer doações ao Rio Grande do Sul
Receita Federal permite que o contribuinte destine até 6% do seu Imposto Devido para doação para instituições que defendem o direito de crianças e adolescentes, ou de pessoas idosas. A declaração do Imposto de Renda prevê duas formas de beneficiar o contribuinte por doações realizadas para projetos sociais: direto na declaração deste ano ou por desconto da base de cálculo no acerto de contas com a Receita Federal no ano seguinte. As doações dedutíveis podem ser feitas a fundos de apoio à Criança e do Adolescente, de apoio ao Idoso, Incentivo à Cultura, Incentivo à atividade audiovisual e Incentivo ao Desporto durante todo o ano-calendário. Já no momento da declaração, somente doações para os fundos de crianças e idosos são aceitas. Em meio a maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul, que já enfrenta temporais e alagamentos em todo o estado há semanas, essa é uma oportunidade de usar a declaração para destinar recursos para as vítimas. Veja abaixo como fazer. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Saiba direitos do trabalhador e do consumidor em uma emergência climática Como funciona a doação direta na declaração? Na doação feita direto na declaração, o contribuinte pode destinar até 6% do valor de Imposto Devido para doações aos fundos que auxiliem crianças e adolescentes ou idosos, sendo até 3% para cada. O Imposto Devido é calculado quando o contribuinte informa todas as suas fontes de renda do ano anterior à Receita Federal. Há duas possibilidades: Quando o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF) é menor que o Imposto Devido, o contribuinte precisará pagar um valor na declaração. Já quando os recolhimentos somam um valor maior, a pessoa recebe a restituição. Se, por exemplo, o contribuinte teve um Imposto Devido de R$ 1 mil no ano, e teve uma retenção na fonte ao longo dos 12 meses de R$ 400, então o valor a pagar será de R$ 600. Neste cenário, é possível destinar, no máximo, R$ 60 (ou 6%) para as doações. Também é possível doar mesmo que o contribuinte receba a restituição. O valor escolhido para a doação será debitado do total da restituição. Se o contribuinte decidir não fazer a doação, o valor do Imposto Devido iria direta e integralmente para os cofres do Governo Federal. O próprio programa informa o limite que poderá ser doado com aproveitamento de dedução. Pelo site ou aplicativo da Receita, o contribuinte pode escolher o estado que quer beneficiar com sua doação, sendo possível escolher o Rio Grande do Sul. Veja o passo a passo de como doar Para doar diretamente pela declaração do Imposto de Renda, o contribuinte deve: preencher todos os dados necessários para a declaração; clicar em "Doações Diretamente na Declaração"; optar pelo tipo de entidade que vai beneficiar, seja voltada para crianças e adolescentes ou para idosos; clicar em "Novo"; optar de vai doar para um fundo de alcance nacional, estadual ou municipal; selecionar a UF a ser beneficiada — neste caso, Rio Grande do Sul; escolher qual o fundo para que a doação será feita; digitar o valor que será doado (o site sinaliza qual o valor máximo para doação, seguindo os limites estabelecidos pela Receita); clicar em "ok" e, ao enviar a declaração do Imposto de Renda, imprimir e pagar um DARF para cada doação. ⚠️ A Receita destaca que os valores recolhidos nestes DARFs serão compensados integralmente posteriormente, e o contribuinte não paga nada além do valor original do Imposto Devido. Para saber qual o trabalho desenvolvido pelos fundos, além de selecionar o estado Rio Grande do Sul para a doação, também é possível procurar as atividades na internet. Como usar o desconto na declaração de 2025? Também é possível fazer a doação neste ano para ganhar desconto no cálculo do Imposto de Renda no ano que vem. Para isso, o contribuinte deve: procurar algum Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente ou o Conselho dos Direitos da Pessoa Idosa, seja municipal, estadual ou nacional; doar o valor desejado para o fundo administrado pelo Conselho escolhido; pegar o comprovante da doação e guardá-lo até o próximo ano; no ano que vem, declarar o valor doado na guia "Doações Efetuadas" na declaração anual do Imposto de Renda. Para encontrar instituições de confiança, a Globo disponibiliza a plataforma Para Quem Doar.
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14/05 - Mega-Sena pode pagar R$ 2,5 milhões nesta terça-feira
As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.724 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 2,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (14), em São Paulo. No concurso do último sábado (11), um bolão feito em Fundão, no Espírito Santo, levou o prêmio de R$ 46,7 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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14/05 - Petrobras tem lucro de R$ 23,7 bilhões no 1° trimestre, queda de 38%
Conselho da empresa aprovou o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre, queda de 37,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta segunda-feira (13). Na comparação com o quarto trimestre, o recuo foi de 23,7%. Com o resultado, a Petrobras aprovou o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. (leia mais abaixo) Segundo a petroleira, a queda no lucro foi influenciada, entre outros pontos, pela desvalorização do real frente ao dólar e pelo volume menor de vendas de óleo e derivados. “Quando ocorre a desvalorização cambial, há flutuação no demonstrativo financeiro pela variação do câmbio que reconhecemos por regra contábil. Contudo, isso não afeta o caixa da companhia”, afirmou o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Leite. Diante do cenário, o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou R$ 60,04 bilhões entre janeiro e março, um recuo de 17,2% frente ao mesmo período de 2023. LEIA TAMBÉM Petrobras atrasa reajustes nos combustíveis, mas não deixa de repassar alta, diz estudo Empresa aprova R$ 94,3 bilhões em dividendos, com pagamento de 50% de extraordinários Por que Petrobras é petroleira que mais paga dividendos para acionistas no mundo? Segundo a empresa, os efeitos tanto da desvalorização cambial quanto da baixa nas vendas foram parcialmente compensados pela redução das despesas operacionais e pelo imposto de renda apurado. Desconsiderando os itens não-recorrentes, o lucro líquido seria semelhante, de R$ 23,9 bilhões, montante abaixo do esperado por analistas, que previam um lucro líquido recorrente de R$ 30,2 bilhões, em média, conforme pesquisa da LSEG. A receita de vendas da petroleira somou R$ 117,72 bilhões no trimestre, queda de 15,4% na comparação anual. A empresa havia reportado no mês passado que sua produção de petróleo no Brasil subiu 4,4% entre janeiro e março ante igual período do ano passado, principalmente devido ao avanço operacional de quatro plataformas que entraram em operação ao longo de 2023. A Petrobras produziu uma média de 2,236 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no primeiro trimestre, versus 2,141 milhões de bpd nos mesmos três meses de 2023, informou a empresa em seu relatório de produção e vendas. A companhia encerrou o primeiro trimestre com uma dívida bruta de cerca de US$ 61,8 bilhões, uma queda de 1,2% em comparação com o fechamento de 2023 e dentro do intervalo de referência entre US$ 50 bilhões e US$ 65 bilhões. Dividendos Com o resultado do primeiro trimestre, a empresa também informou que seu Conselho Administrativo aprovou o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. O valor é equivalente a R$ 1,04161205 por ação ordinária e preferencial em circulação. Os recursos serão pagos em duas parcelas, divididas da seguinte forma: a primeira, no valor de R$ 0,52080603 por ação ordinária e preferencial em circulação, em 20 de agosto de 2024, sob a forma de juros sobre capital próprio; a segunda, no valor de R$ 0,52080602 por ação ordinária e preferencial em circulação, em 20 de setembro de 2024, sendo R$ 0,44736651 sob a forma de dividendos e R$ 0,07343951 sob a forma de juros sobre capital próprio. Segundo a petroleira, o pagamento é uma antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2024. Acionistas da Petrobras aprovam distribuição de 50% dos dividendos extraordinários
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13/05 - Justiça penhora 40% do salário de antigo chefe da Starbucks no Brasil
Medida é contra Kenneth Pope, CEO da SouthRock, empresa que operava a rede de cafeterias no país. Apesar do processo de recuperação judicial da companhia, ele era remunerado em R$ 130 mil por mês. Fachada da loja Starbucks, na região da Vila Olímpia zona sul da cidade de São Paulo, nesta quarta-feira (01). André Ribeiro/Estadão Conteúdo O CEO da SouthRock Capital, antiga operadora das marcas Starbucks e Subway no Brasil, terá 40% de seu salário líquido penhorado — o equivalente a R$ 52 mil. A decisão, proferida nesta segunda-feira (13), é da juíza Mônica Soares Machado, da 33ª Vara Cível de São Paulo. Segundo o processo judicial, Kenneth Pope é remunerado em R$ 130 mil líquidos por mês, mesmo diante da situação financeira de sua companhia. A SouthRock está em processo de recuperação judicial tanto nas suas operações com a Starbucks quanto com o Subway. Além disso, a companhia já perdeu a licença para operar as duas marcas. (leia mais abaixo) A decisão desta segunda-feira faz parte de um processo que envolve dívidas de R$ 71,5 milhões da SouthRock com a empresa de créditos financeiros Travessia. Em 1º de abril deste ano, a magistrada já havia rejeitado os argumentos da defesa de Kenneth Pope em ação de execução de título extrajudicial que pedia o pagamento dos valores pela SouthRock. A Travessia pediu, então, pela penhora de 50% dos vencimentos líquidos de Kenneth Pope. A defesa de Pope, por sua vez, tentou reduzir o percentual para 5%. A juíza Mônica Soares Machado decidiu, portanto, acolher parcialmente o pedido da empresa de créditos financeiros. Procurada pelo g1, a SouthRock informou que não irá se manifestar. Starbucks vai fechar? Entenda crise da marca no Brasil Recuperação judicial da Starbucks no Brasil A Justiça de São Paulo aceitou em 12 de dezembro o pedido de recuperação judicial da SouthRock referente às operações da Starbucks no Brasil. A companhia havia protocolado o pedido em 31 de outubro, reportando dívidas de R$ 1,8 bilhão. Na ocasião, a empresa afirmou que suas operações foram prejudicadas, entre outros pontos, pela alta instabilidade no país, pela volatilidade da taxa de juros e pelas constantes variações cambiais. Depois que o pedido é aceito, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação, e as execuções (cobranças de dívida) contra ela são suspensas por 180 dias. SouthRock também entra com pedido para o Subway Depois de iniciar o processo de recuperação judicial para a operação da Starbucks no Brasil, a SouthRock Capital, operadora também do Subway no país, entrou com um pedido de proteção referente às dívidas da rede de restaurantes, que passam de R$ 482 milhões. O pedido foi apresentado em março deste ano à 1ª Vara de Falências de São Paulo. O juiz Adler Batista Oliveira Nobre ainda não decidiu sobre o tema. No novo documento apresentado à Justiça, a SouthRock afirmou que "um pequeno grupo de credores entendeu por bem interromper as produtivas e amigáveis negociações e conversas que até então vinham sendo mantidas". De acordo com a empresa, os credores passaram a perseguir "inesperadamente" e "de maneira forçada e unilateral a imediata satisfação de seus créditos", o que pressionou sua situação financeira. Sobre esse caso, Subway norte-americana afirmou que o contrato de franquia para o Brasil com uma das afiliadas da SouthRock foi rescindido em outubro de 2023 — e, a partir de então, a companhia retomou o controle de suas operações no país. "Dessa forma, o pedido de recuperação judicial apresentado por algumas entidades do grupo SouthRock afeta apenas tais entidades e não diz respeito à Subway Corporate", disse a empresa. Como funciona a recuperação judicial O que é a recuperação judicial? A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça. As dívidas ficam congeladas por 180 dias e a operação é mantida. A recuperação judicial foi instituída no Brasil em 2005 pela lei 11.101, que substituiu a antiga Lei das Concordatas, de 1945. A diferença entre as duas é que, na recuperação judicial, é exigido que a empresa apresente um plano de reestruturação, que precisa ser aprovado pelos credores. Na concordata, era concedido alongamento de prazo ou perdão das dívidas sem a participação dos credores. Quem pode pedir recuperação judicial? Empresas privadas de qualquer porte e com mais de dois anos de operação podem recorrer à recuperação judicial. Porém, a lei não vale para estatais e empresas de capital misto, bem como para cooperativas de crédito e planos de saúde. Também não podem pedir recuperação judicial as empresas que já tenham feito outro pedido há menos de cinco anos e as comandadas por empresários que já foram condenados por crime falimentar (relacionados a processos de falência). Como é feito o pedido de recuperação judicial? O pedido é feito à Justiça por meio de uma petição inicial que contém, entre outras informações, o balanço financeiro dos últimos três anos, as razões pelas quais entrou em crise financeira, e a lista de credores. Depois que o pedido é aceito, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação e as execuções (cobranças de dívida) contra ela são suspensas por 180 dias. A lei determina que a assembleia de credores aconteça em até 150 dias após o deferimento do processo pela Justiça, mas na prática, esse prazo costuma ser ultrapassado.
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13/05 - Volkswagen anuncia que pretende adotar férias coletivas para trabalhadores de três fábricas no Brasil por impacto da tragédia no RS
Segundo a montadora, a produção pode ficar afetada, pois a empresa tem fornecedores de peças vindas do Sul. Unidades de Taubaté (SP), São Bernardo do Campo (SP) e São Carlos (SP) devem ter férias coletivas em maio. Fábrica da Volkswagen em Taubaté Volkswagen/Divulgação A montadora alemã Volkswagen confirmou, na tarde desta segunda-feira (13), que pode adotar um período de férias coletivas ainda neste mês por possível impacto da produção pela tragédia que atinge o Rio Grande do Sul. Temporais causaram grandes enchentes no estado e mais de 140 pessoas morreram até o momento. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Em nota enviada para a imprensa nesta segunda, a Volks afirmou que "protocolou férias coletivas de forma preventiva para as fábricas Anchieta de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e São Carlos (SP), as três unidades no estado de São Paulo, que poderão entrar em férias coletivas a partir de 20 de maio, com o atual cenário". A empresa afirma que "em função das fortes chuvas que acometem o estado do Rio Grande do Sul e o povo gaúcho, alguns fornecedores de peças da Volkswagen do Brasil, com fábricas instaladas no estado, estão impossibilitados de produzir nesse momento". Ainda segundo a Volks, as fábricas Anchieta e Taubaté devem ter 10 dias de férias coletivas a partir de 20 de maio. Já a fábrica de motores de São Carlos deverá ter férias de 11 dias para parte do time de produção. A fábrica de São José dos Pinhais, no entanto, seguirá produzindo normalmente. Ainda na nota, a Volkswagen do Brasil disse que "se solidariza com o povo sul-rio-grandense e reforça sua convicção de que a reconstrução desse estado será realizada com a mesma grandeza dos gaúchos”. Volks pretende colocar trabalhadores de Taubaté em férias coletivas Impacto em Taubaté Na semana passada, em comunicado enviado aos trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) informou que 1,8 mil funcionários de Taubaté podem ser afetados com a medida. O aviso informa que a medida foi protocolada de forma preventiva. Ainda segundo o sindicato, a medida pode ser necessária “devido à situação de calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul e com possibilidade de afetar a produção em Taubaté”. O g1 apurou que algumas peças usadas pela fábrica da Volkswagen em Taubaté são enviadas do Sul do país. Com a tragédia no RS, existe a possibilidade de que a produção dessas peças seja impactada. O Sindmetau explicou ainda que, caso não haja impacto, o aviso de férias coletivas pode ser cancelado antes do início da medida. Fábrica da Volkswagen. Celso Tavares/g1 Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina
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13/05 - Entenda a dívida de R$ 98 bilhões do Rio Grande do Sul com a União, agora suspensa por três anos
Lula e Haddad anunciaram que governo gaúcho só precisará retomar pagamento daqui a 36 meses; juros do período serão perdoados. Dinheiro terá de ser usado para reconstruir estado. O governo federal anunciou nesta segunda-feira (13) a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União por um período de três anos. A medida deve evitar gastos de R$ 11 bilhões com as parcelas e mais R$ 12 bilhões com os juros da dívida – que soma R$ 97,7 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. O Rio Grande do Sul faz parte do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), criado em 2017 para ajudar os estados com níveis altos de endividamento em relação às receitas. Em troca, os governos estaduais deveriam aprovar um plano de recuperação, adotando algumas medidas para o equilíbrio fiscal, como a implementação de um teto de gastos. Contudo, os estados reclamam das contrapartidas. Entenda abaixo: qual o valor da dívida do Rio Grande do Sul? o que o governo federal anunciou nesta segunda? o que é o Regime de Recuperação Fiscal? quais os estados que aderiram ao regime? o que vinha sendo negociado pelos estados? Entenda a dívida do Rio Grande do Sul Qual o valor da dívida do Rio Grande do Sul? Segundo o Ministério da Fazenda, em abril deste ano, a dívida do Rio Grande do Sul com a União somava R$ 95,7 bilhões. No mês, o estado pagou R$ 240 milhões. Em 2024, até o momento, foram pagos aproximadamente R$ 1,2 bilhão. A estimativa era de um pagamento total de R$ 3 bilhões este ano -- suspenso pela medida anunciada nesta segunda-feira (13). A dívida do Rio Grande do Sul remonta à década de 1990, quando o débito somava R$ 7,7 bilhões em valores nominais (sem atualização). Também foram liberadas linhas de crédito de R$ 2,5 bilhões ao estado no âmbito do Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária (Proes), criado em 1996. Segundo o governo estadual, a dívida cresceu por conta da fórmula adotada pela União para corrigir os valores devidos. Tragédia no RS completa duas semanas O que o governo federal anunciou nesta segunda? O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram a suspensão, por três anos, do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União – conforme antecipado pelas colunistas do g1 Ana Flor e Camila Bomfim. A suspensão da dívida seguirá para análise do Congresso como um projeto de lei complementar, que ainda terá de ser aprovado e sancionado. Segundo o anúncio, o projeto vai prever que: o governo do RS adie o pagamento de R$ 11 bilhões correspondentes ao somatório dessas 36 parcelas; o governo do RS não precise pagar R$ 12 bilhões correspondentes aos juros da dívida nesse período – nem agora, nem em seguida. De acordo com o governo, esses bilhões que não serão usados para amortizar a dívida do estado deverão compor um fundo específico, em separado, e ser utilizados na íntegra para a reconstrução pós-chuvas. O que é o Regime de Recuperação Fiscal? O Regime de Recuperação Fiscal (RRF) foi criado em 2017 para auxiliar os estados que estivessem em desequilíbrio fiscal. A lei prevê benefícios aos estados que adotarem reformas institucionais, como um teto de gastos e previdência complementar. Para aderir ao regime, a lei estabelecia que o estado tivesse: receita corrente líquida menor que a dívida consolidada; despesas correntes superiores a 95% da receita corrente ou despesas com pessoal de, no mínimo, 60% da receita; valor de dívidas maior que a disponibilidade de caixa. A adesão ao plano dependia de manifestação de interesse do estado e homologação pelo governo federal. Com o RRF, a dívida contraída pelos estados junto à União seria parcelada e paga de forma escalonada. O plano do Rio Grande do Sul prevê parcelamento até 2030, quando o estado deve ter condições de quitar os débitos. Moradores do Sul do Rio Grande do Sul são orientados a deixar suas casas Quais os estados que aderiram ao regime? Os estados que aderiram ao Regime de Recuperação Fiscal são: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás. Os estados que aderiram ao programa reclamam, contudo, das condições dos contratos de recuperação fiscal. Há duas demandas comuns aos integrantes do regime: A primeira é a atualização do regime. Os estados querem flexibilizar algumas determinações, como o teto de gastos. Um dos argumentos é a perda de arrecadação em 2022, por causa da limitação das alíquotas de ICMS sobre alguns produtos, como energia elétrica e combustíveis. A outra demanda é a mudança nos próprios contratos da dívida, com taxas de juros menores. O pleito é de uma redução dos juros do patamar atual -- inflação + 4% -- para o valor fixo de 3%. Pacote destina recursos para prevenção a desastres O que vinha sendo negociado pelos estados? No final de março, o Ministério da Fazenda propôs reduzir os juros da dívida. Em troca, a pasta quer a ampliação das matrículas no ensino médio técnico. Governo federal e estados ainda não chegaram a um acordo sobre o programa “Juros por Educação”, como foi batizado. A proposta foi apresentada aos governadores de estados do Sul e Sudeste no mês passado. De acordo com o governo, os estados devem cerca de R$ 740 bilhões. A maior parte está concentrada em: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
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13/05 - Governo vai dar prioridade ao RS no Bolsa Família e prepara pagamento extra para gaúchos
Ministro Wellington Dias estima que pelo menos 20 mil famílias vão entrar automaticamente no programa. Governo quer que essas pessoas já recebam o Bolsa Família ainda em maio. Carros e estrada na cidade de São Leopoldo (RS) no dia 12 de maio de 2024 Nelson Almeida/AFP O governo federal prepara um pagamento extraordinário para incluir pessoas do Rio Grande do Sul no Bolsa Família ainda em maio. Portanto, famílias que ficaram sem renda após as enchentes no estado não precisarão esperar até junho para receber o dinheiro. O plano foi antecipado à TV Globo e ao g1 pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias. A estimativa preliminar é que, no primeiro grupo de beneficiários, mais de 20 mil famílias sejam atendidas. Esse número deverá subir à medida em que o governo identifique quem passou a depender da assistência social. O pagamento normal do Bolsa Família está programado para dia 17 de maio. Essa é a data para quem já está no programa. No entanto, o governo reconhece a urgência para quem está desabrigado e desalojado no estado, atingido pelas chuvas desde o fim de abril. Tragédia no RS completa duas semanas Por isso, o ministro quer dar prioridade a essas famílias. Equipes da pasta e da rede de assistência social vão trabalhar na procura por quem passou a se enquadrar nos critérios de pobreza e extrema pobreza. “Quem são as pessoas que entraram em vulnerabilidade preenchendo o requisito do Bolsa Família? Pessoas que nunca estiveram no Cadastro Único [que reúne quem se encaixa em programas sociais], pessoas que nunca estiveram no Bolsa Família, viviam de um emprego, viviam de um pequeno negócio e agora a chuva levou”, disse Wellington Dias. Leia também: Famílias no RS poderão suspender financiamentos de imóveis com FGTS por até 6 meses Veja quem poderá ganhar o benefício do governo recebido por PIX SOS RS Governo Lula confirma suspensão da dívida do Rio Grande do Sul por 3 anos; Congresso precisa aprovar Pagar o quanto antes O Ministério ainda não tem uma data para esse pagamento especial às novas famílias gaúchas no programa, mas a equipe trabalha para que seja até o fim do mês. Para se inscrever no Cadastro Único, a família precisa ter renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 706). Atualmente cerca de 95 milhões de pessoas estão nesse grupo, sendo que aproximadamente 55 milhões delas recebem o Bolsa Família, cujo critério de renda é menor: R$ 218 por membro da família. “Nós estamos trabalhando e o objetivo dessa busca ativa é já esta semana apresentar a primeira folha de pagamento especial, uma folha extra, com estas pessoas que estão ali vulneráveis. E o presidente quer que a gente não demore, que possa atender colocando num pagamento extra", explicou o ministro. Segundo Dias, há uma articulação com a Caixa Econômica Federal para tentar realizar os pagamentos extras no dia 17, junto com os pagamentos da folha de pagamentos normal. Veja o que é #FATO ou #FAKE sobre a tragédia no Rio Grande do Sul Medida para quem perdeu documentação Wellington Dias informou ainda que, para quem perdeu a documentação nas enchentes, haverá uma condição especial para conseguir entrar no programa de transferência de renda. “Muita gente perdeu o documento. É verdade. Mas eu já fiz um regramento aqui de que aceitamos a declaração lá da equipe da área social. Então, não é problema perder a identidade, CPF, depois a gente cuida do documento”, afirmou. Nas próximas fases da busca por famílias gaúchas, o número de pessoas que vão entrar automaticamente no programa deverá subir, já que a estimativa de 20 mil beneficiários é apenas inicial. Saiba como doar para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul “Avaliamos que teremos outras etapas de pessoas que entraram no processo de vulnerabilidade. Quando olhamos o número de pessoas que perdeu ali um negócio que tinha, perdeu uma renda que tinha, que agora entrou em vulnerabilidade, é um número que é realmente bem maior”, disse o ministro. Empregos para a reconstrução O governo também prepara um plano para que as pessoas em vulnerabilidade possam se capacitar para ocupar vagas de emprego que serão abertas na fase de reconstrução do Rio Grande do Sul. “Ainda vamos ter um mundo de oportunidades, a reconstrução de rodovias, do sistema de energia, de tudo isso, mas, se eu não qualificar esse público vulnerável, ele fica de fora. Vamos fazer um grande plano de qualificação para o emprego, qualificação para o empreendedorismo, tudo integrado”, declarou o ministro.
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13/05 - Famílias no RS poderão ficar sem pagar financiamentos de imóveis com FGTS por até 6 meses
Regra vale para o Minha Casa, Minha Vida e para financiamentos do Pró-Cotista, anunciou Ministério das Cidades. É preciso ligar para o atendimento da Caixa para pedir a suspensão. O governo federal anunciou nesta segunda-feira (13) que famílias do Rio Grande do Sul poderão suspender, por até seis meses, o pagamento das parcelas de financiamento de imóveis com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A medida foi anunciada pelo ministro das Cidades, Jader Filho, e vale para contratos do Minha Casa, Minha Vida e do Pró-Cotista. Segundo o governo, a medida tenta aliviar o orçamento das famílias atingida pelas maiores chuvas da história do Rio Grande do Sul. Para pedir a suspensão, as famílias precisam entrar em contato com a Caixa Econômica Federal. O telefone divulgado pelo governo é o 0800 104 0104. Moradores do Sul do Rio Grande do Sul são orientados a deixar suas casas “Vale para os financiamentos feitos pelas famílias de todas as faixas de renda com recursos do FGTS. Essa é uma medida para aliviar as pessoas que, neste momento, estão com suas rendas afetadas e comprometidas pela calamidade", diz o ministro em material divulgado pelo governo. Desde o início das fortes chuvas que alagaram o estado, a Caixa também liberou o Saque Calamidade para famílias atingidas cujos membros tenham contribuído para o FGTS. O valor do saque será o saldo disponível na conta do FGTS, na data da solicitação, limitado à quantia de R$ 6.220,00 para cada evento caracterizado como desastre natural. O intervalo entre um saque e outro não pode ser inferior a 12 meses. Governo libera a partir desta quarta FGTS, abono e seguro-desemprego aos atingidos pelas chuvas no RS
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13/05 - Governo permitirá pausa de até 6 meses no pagamento das parcelas do 'Minha Casa, Minha Vida' para as famílias atingidas pela tragédia no RS
Para solicitar a pausa, é necessário entrar em contato com a Caixa. Carros em rua alagada de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul NELSON ALMEIDA / AFP As famílias atingidas pela tragédia no Rio Grande do Sul poderão pausar por até seis meses o pagamento das prestações do programa Minha Casa, Minha Vida. A medida será anunciada ainda nesta segunda-feira (13) pelo ministro das Cidades, Jader Filho. Para solicitar a pausa, é necessário entrar em contato com a Caixa pelo número 0800 104 0104. As chuvas deixam marcas profundas no Rio Grande do Sul: há mais de 140 mortos e pelo menos uma centena de desaparecidos. Mais de 2 milhões de habitantes em 447 municípios foram afetados, com um total de 76 mil pessoas e 10,5 mil animais resgatados desde o início da tragédia. Esta reportagem está em atualização.
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13/05 - Melinda French Gates decide deixar a Fundação Gates
Bilionária anunciou que seu último dia como copresidente será em 7 de junho deste ano. Ela fundou a entidade filantrópica no ano 2000, ao lado de Bill Gates, com quem foi casada por 27 anos. O casal se divorciou em maio de 2021. Melinda French Gates durante discurso em Paris, na França, em 22 de junho de 2023. Ludovic Marin/Pool via Reuters/Arquivo A bilionária Melinda French Gates anunciou nesta segunda-feira (13) que irá renunciar ao cargo de copresidente da Fundação Bill e Melinda Gates, uma das maiores entidades de caridade privada do mundo. Em uma publicação na rede social X, a ex-esposa do cofundador da Microsoft Bill Gates afirmou que a decisão foi tomada após uma "reflexão cuidadosa" sobre o assunto. Seu último dia na entidade — que foi fundada por ela e Bill no ano 2000 — será 7 de junho deste ano. "Estou imensamente orgulhosa da fundação que Bill e eu construímos juntos e do trabalho extraordinário que está sendo feito sobre as desigualdades em todo o mundo", escreveu Melinda. Em seu comunicado, a bilionária também informou que, ao sair da fundação, ela terá um adicional de US$ 12,5 bilhões para se dedicar ao seu trabalho "em prol das mulheres e das famílias". A cifra, segundo Melinda, consta no acordo feito com Bill Gates. A decisão da filantropa foi anunciada três anos após seu divórcio com Bill. Os dois foram casados por 27 anos e se separaram em maio 2021. Na ocasião, eles prometeram continuar juntos o trabalho de caridade. Bill e Melinda Gates garantem que seguirão com funções em fundação filantrópica após divórcio Naquele ano, os Gates também disseram que chegaram a um acordo sobre como dividir seus bens matrimoniais. Nenhum detalhe, no entanto, foi divulgado. Bill Gates se pronunciou nesta segunda-feira após o anúncio da decisão de Melinda. "Lamento ver Melinda partir, mas tenho certeza de que ela terá um enorme impacto em seu futuro trabalho filantrópico", disse o cofundador da Microsoft, em uma publicação no X. A Fundação Bill e Melinda Gates é uma das forças mais poderosas e influentes na saúde pública global. Nos últimos 20 anos, a entidade gastou mais de US$ 50 bilhões para trazer uma abordagem empresarial ao combate à pobreza e às doenças. Guga Chacra comenta separação de Bill e Melinda Gates * Com informações da Reuters
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13/05 - Lula assina nesta segunda projeto que posterga por três anos pagamento da dívida do RS; veja texto
Fantástico pega a estrada e mostra os estragos da enchente no interior do Rio Grande do Sul O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina nesta segunda-feira (13) um projeto de lei complementar que será enviado ao Congresso autorizando o adiamento, por três anos, do pagamento da dívida de estados afetados por calamidade publica, caso do Rio Grande do Sul. O blog teve acesso à minuta do texto que será anunciada na tarde desta segunda (veja mais abaixo). Com a proposta, o RS pode ter uma folga orçamentária de quase R$ 11 bilhões exclusivamente para ações de reconstrução, após as enchentes que devastaram a região. Segundo o texto, além de autorizar a postergação do pagamento da dívida, parcial ou totalmente, o governo pode reduzir taxas de juros dos contratos de débitos com a União. É obrigatório que o estado de calamidade pública decorrente de eventos climáticos extremos tenha sido aprovado pelo Congresso Nacional, como já ocorreu com o Rio a grande do Sul. O texto também obriga que os recursos sejam utilizados para recuperação da infraestrutura do estado, contratação de mão de obra temporária para lidar com a reconstrução e outros fins similares. Na semana passada, o governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou um cálculo inicial de, pelo menos, R$ 19 bilhões para reconstruir as estruturas destruídas no estado. A dívida do Rio Grande do Sul com a União é de cerca de R$ 90 bilhões. O pagamento das parcelas mensais chegou a ficar suspenso durante cinco, durante vigência de uma liminar do Supremo Tribunal Federal, mas foi retomado em 2022 após a assinatura do Regime de Recuperação Fiscal do Estado com a União. Veja trechos do texto: "DA POSTERGAÇÃO DO PAGAMENTO DA DÍVIDA E DA REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS Art. 2° Na ocorrência de eventos climáticos extremos dos quais decorra estado de calamidade pública reconhecido pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 65 da Lei Complementar n° 101, de 2000, em parte ou na integralidade do território nacional, fica a União autorizada a postergar, parcial ou integralmente, os pagamentos devidos, incluídos o principal e o serviço da dívida, das parcelas vincendas com a União dos entes federados afetados pela calamidade pública, e a reduzir a 0% (zero por cento), nos contratos de dívida dos referidos entes com a União a que se refere o § 1°, a taxa de juros de que trata o inciso I do art. 2° da Lei Complementar n° 148, de 25 de novembro de 2014, das referidas parcelas, pelo período de 36 (trinta e seis) meses, nos termos de ato do Poder Executivo federal. § 2° Os valores equivalentes aos montantes postergados em função do disposto no caput, calculados com base nas taxas de juros originais dos contratos ou nas condições financeiras aplicadas em função de regime de recuperação fiscal, deverão ser direcionados integralmente para ações de enfrentamento e mitigação dos danos decorrentes da calamidade pública e de suas consequências sociais e econômicas, por meio de fundo público específico a ser criado no âmbito do ente, relacionadas a: I - obras de refazimento, melhoria ou ampliação da infraestrutura afetada ou voltadas à mitigação dos efeitos do evento gerador do estado de calamidade pública; II - constituição e pagamento de força de trabalho temporária para atuação no enfrentamento dos efeitos decorrentes do efeito da calamidade pública; III - financiamento e subvenções de capital voltados à remoção de famílias e de estruturas produtivas de áreas de riscos, aquisição de material de construção civil, máquinas e equipamentos; e IV - contratação de serviços ou fornecimento de bens necessários ao planejamento, execução e monitoramento das ações necessárias ao enfrentamento dos efeitos da calamidade pública."
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13/05 - Governo prepara auxílio direto para famílias atingidas pelas enchentes no RS, diz Haddad
Ministro, no entanto, não deu mais detalhes de como vai funcionar esse auxílio. Segundo Haddad, proposta ainda será submetida ao presidente Lula para definição do formato. RS: governo federal começa a pagar benefícios sociais O governo federal prepara um auxílio financeiro direto para as famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, afirmou nesta segunda-feira (13) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele não deu mais detalhes, porém, de como vai funcionar esse auxílio. Explicou que a proposta ainda será submetida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para definição do formato. "Nós elaboramos alguns cenários. Devemos levar para o presidente ainda hoje e amadurecer até amanhã para eventualmente anunciar ainda esta semana um apoio direto às famílias, para além daqueles já anunciados pelo Ministério da Previdência e do Trabalho", afirmou Haddad a jornalistas. Durante a pandemia da Covid-19, o governo federal – naquele momento chefiado por Jair Bolsonaro (PL) – e o Congresso Nacional anunciaram um auxílio de R$ 600 por mês para que as famílias pudessem permanecer em casa, isoladas, com o objetivo de evitar o contágio. Dívida do RS O ministro da Fazenda confirmou, ainda, que serão anunciadas nesta segunda-feira, pelo presidente Lula, medidas relativas ao endividamento do estado do Rio Grande do Sul com o governo federal. Em entrevista exclusiva ao blog da jornalista Ana Flor, Haddad informou que o Rio Grande do Sul poderá ficar até dois anos sem pagar as parcelas da dívida com a União. O governo federal quer garantias de que os recursos serão utilizados na reconstrução do estado, que teve mais de 85% dos municípios atingidos pelas cheias e deslizamentos. Números da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul estimam que, com o prazo de 24 meses sem pagar as parcelas da dívida, são liberados R$ 8 bilhões para o estado destinar à reconstrução.
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13/05 - Focus: analistas do mercado financeiro elevam estimativas de inflação para 2024 e 2025
Números foram divulgados nesta terça-feira (13) pelo BC. Economistas também elevou projeção de crescimento da economia neste ano e em 2025. Entenda como a inflação é calculada Economistas do mercado financeiro elevaram as estimativas de inflação para os anos de 2024 e de 2025. As previsões constam no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. Para a inflação deste ano, os analistas dos bancos subiram a expectativa de inflação, de 3,72% para 3,76%. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém acima da meta central de inflação, mas abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,64% para 3,66% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Decisão do Copom O aumento nas estimativas de inflação aconteceu após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter baixado a taxa básica de juros de 10,75% para 10,5% ao ano na semana passada. A decisão foi dividida. Os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. O "racha" no Copom teve efeito no mercado financeiro no dia seguinte. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram. O temor do mercado é que a diretoria do BC indicada pelo presidente Lula -- com maioria no Copom a partir de 2026 --, possa ter mais leniente com a inflação em busca de um ritmo maior de crescimento da economia. Para definir o nível da taxa Selic, o Banco Central trabalha com o sistema de metas de inflação. Se as estimativas para o comportamento dos preços estão em linha com as metas pré-definidas, pode reduzir a taxa. Se as previsões de inflação começam a subir, pode optar por manter ou subir os juros. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de de 2,05% para 2,09%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após sete reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou avançou de 9,63% para 9,75% ao ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro manteve a projeção estável em 9% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 permaneceu em R$ 5. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5,05. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 79,8 bilhões para US$ 80 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 76 bilhões para US$ 76,2 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 68,8 bilhões para US$ 69,5 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso ficou estável em US$ 73 bilhões.
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13/05 - O bancor, projeto de moeda única global cujo fracasso permitiu hegemonia do dólar
No final da Segunda Guerra Mundial, um grupo de economistas se reúniram para discutir que seria o futuro da economia do planeta. Uma das ideias era criar uma moeda única global. Mas o que aconteceu com ela? O dólar é a moeda de referência mundial, mas a história poderia ter sido diferente. Getty Images via BBC No verão de 1944, quando um mundo em chamas com a Segunda Guerra Mundial começou a vislumbrar a derrota da Alemanha de Adolf Hitler e dos seus aliados, a pequena estância turística de Bretton Woods, em New Hampshire, nos Estados Unidos, tornou-se palco de uma data crucial. Delegados de 44 países se reuniram durante 22 dias com o objetivo de lançar as bases para a economia mundial, quando o tão esperado final da guerra chegasse. Esse encontro ficou marcado para a história como a Acordo de Bretton Woods, quando foi decidida a criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do embrião do Banco Mundial, organizações multilaterais que ainda hoje desempenham um papel fundamental na economia global. Mas uma das ideias mais revolucionárias levantadas na conferência foi descartada: o Bancor, uma moeda comum para todos os países do mundo que teria significado uma mudança profunda no comércio e nas relações entre as nações. A morte antes do nascimento do Bancor marcou o fim da última barreira possível à hegemonia do dólar americano, e permitiu consolidá-lo como moeda de referência mundial. Esta é a história da moeda mundial que nunca existiu. Entenda por que o dólar disparou em poucos dias Keynes em Bretton Woods O Bancor foi ideia do famoso economista britânico John Maynard Keynes, que participou da conferência como principal negociador da delegação de seu país. Nessa altura, Keynes já era considerado o grande guru da economia mundial pelos seus conhecidos trabalhos sobre os desequilíbrios econômicos que levaram à Grande Depressão de 1929 e às duas guerras mundiais. Seu prestígio ultrapassou fronteiras. "Keynes queria pôr fim aos fatores que, na sua opinião, levaram às duas guerras e aos tremendos problemas econômicos da primeira metade do século 20, como o desequilíbrio comercial entre países, as guerras comerciais e as guerras cambiais", explica James Boughton, especialista do Centro de Inovação em Governança Internacional (CIGI) do Canadá. "Devemos ter em mente que todos aqueles homens que participaram na conferência pertenciam a uma geração que sempre viveu na guerra ou na depressão econômica. Então seu seu grande objetivo era pôr fim aos males que abalaram o mundo nos últimos quarenta anos", diz Boughton à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC. Keynes tinha plena consciência de que as sanções impostas à Alemanha após a sua derrota na Primeira Guerra Mundial e os castigos sofridos pela sua população tinham sido uma das principais razões do descontentamento que levou os nazistas ao poder, e um dos incentivos para Hitler. Eles embarcaram em um expansionismo militar agressivo na Europa juntamente com o seu aliado, o líder da Itália fascista, Benito Mussolini. Keynes também sabia que os desequilíbrios na distribuição do comércio mundial, agravados pelas guerras comerciais, pelas tarifas e pela depreciação competitiva das moedas, tinham prejudicado a economia mundial e a confiança entre governos e povos, razão pela qual, nas palavras de Boughton, "ele tinha a firme convicção de que a melhor maneira de preservar a paz no mundo era ter economias fortes que pudesse negociar entre si." Esse desejo colidiu com a realidade de um mundo em guerra. As hostilidades dificultaram as trocas em todos os lados, mas esse não era o problema principal, mas sim a falta de confiança. Em um mundo abalado pelas batalhas militares, com as principais potências enfrentando-se em blocos irreconciliáveis ​​numa guerra total, e sem organizações supranacionais aceitas pela comunidade internacional, a maioria das moedas não eram intercambiáveis ​​com as de outros países, ao contrário do que acontece atualmente. Em 2024 pode-se trocar pesos mexicanos por reais, reais por euros, libras esterlinas ou qualquer outra moeda confiável, mas esse não era o caso em 1944. Keynes sonhava com um mundo em que todas as nações pudessem prosperar e comercializar. E para isso a primeira coisa que precisava era de uma moeda aceita e conversível para todos. Foi assim que concebeu o seu Bancor, uma moeda comum a todos os países com a qual todos poderiam negociar. E como toda moeda, o Bancor precisaria de um órgão regulador para respaldá-lo. Keynes chamava esse organismo de União Internacional de Compensação (UIC), cuja diretoria seria formada por representantes de todos os países - tamém havia um novo banco mundial. O Bancor seria a moeda utilizada nas trocas entre os países aderentes ao sistema e o seu valor seria lastreado numa combinação de moedas mantidas pelos bancos centrais nacionais. Cada país receberia uma cota anual do 'Bancores' proporcional à sua participação no comércio mundial. Se a balança de pagamentos de alguém caísse para um déficit, seriam dados créditos para equilibrá-la. Se alguém acumulasse um excedente, os Bancores seriam deduzidos da sua quota. Na visão keynesiana, isto encorajaria os países a equilibrar o seu comércio de bens e serviços, acabando com as tarifas e as guerras comerciais que dificultaram o comércio internacional na década de 1930. Keynes queria evitar que os países mais ricos acumulassem um excedente excessivo na sua balança comercial, enquanto os mais pobres ficassem presos num déficit e em uma dívida cada vez maiores que impediam a sua recuperação econômica e prejudicavam o crescimento global. Para ajudar estes países em dificuldades, Keynes concebeu o FMI e o Bancor. Foi uma proposta radical que procurava reduzir as diferenças entre os países ricos e pobres e promover a prosperidade para todos. Mas o seu próprio criador estava ciente das dificuldades da nova moeda. "A proposta é complicada e nova, e talvez utópica no sentido de que não é impossível de pôr em prática, mas que pressupõe uma maior compreensão, espírito de inovação corajosa e cooperação e confiança internacionais do que é razoável supor", disse Keynes. Muito do que ficou conhecido como sistema de Bretton Woods, como o FMI e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, que mais tarde seria integrado no Banco Mundial, nasceu das ideias do economista britânico. Mas o Bancor nunca virou realidade. Alguém muito poderoso e também presente em Bretton Woods se opôs: os Estados Unidos. Por que os Estados Unidos eram contra o Bancor Na realidade, apesar do tom idealista dos seus comentários, a proposta de Keynes procurava também defender os interesses do seu país, cuja liderança no comércio mundial tinha sido superada pelos Estados Unidos, país que ficava cada vez mais forte e que, ao contrário da Inglaterra, não tinha sofrido o devastações da guerra em seu próprio território. "Se houvesse uma forma de os britânicos continuarem a vender bens aos domínios que formaram o seu império usando a libra esterlina, Keynes nunca teria proposto o seu Bancor, mas, àquela altura, isso estava fora de questão porque o dólar já tinha se tornado a moeda de referência internacional”, disse Ben Steill, autor do livro “A Batalha de Bretton Woods". Assim, enquanto soldados dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha lutavam lado a lado contra o inimigo comum do Eixo nas diferentes frentes da guerra, ambos os países iniciaram em 1942 uma dura negociação sobre o desenho do sistema monetário e da economia mundial que seria implantado após a vitória nos campos de batalha. Houve dois anos de conversas antes da reunião de Bretton Woods, nas quais Keynes se encontrou com outro personagem-chave nesta história, o funcionário do Tesouro dos EUA Harry Dexter White. Keynes e White eram, como dizia do jornalista Tony Barber, "tão diferentes como o bourbon e o chá da tarde". Se Keynes se enquadrava no arquétipo do "cavalheiro" inglês da época, oriundo de família abastada, formado em Cambridge, com o título de barão pela Coroa Britânica. Já White era filho de um ferreiro, nascido em Massachusetts em uma família de imigrantes judeus da Lituânia, e teve que interromper diversas vezes os estudos universitários para contribuir nos negócios da família devido à morte precoce de seus pais. Exerceu um trabalho obscuro como funcionário público até se tornar o principal conselheiro do secretário do Tesouro, Henry Morgenthau, que o escolheu para chefiar a delegação americana em Bretton Woods. O atrito entre dois personagens tão diferentes como White e Keynes não demorou a aparecer. Após as reuniões iniciais, Keynes chegou ao ponto de dizer de White que "ele não tinha a menor ideia de como observar as regras do intercâmbio civilizado" e descreveu o primeiro rascunho que o americano apresentou como "o trabalho de um lunático". E, de acordo com Steill, White "literalmente ficava doente sempre que tinha que se encontrar com Keynes por medo de ser humilhado diante dos seus colegas". Mas, apesar das diferenças, Steill afirma que ambos "tinham uma admiração relutante um pelo outro". White também queria promover o comércio e o crescimento internacionais, promovendo um quadro econômico estável e partilhado, mas ele se opôs ao Bancor porque a situação e os interesses dos Estados Unidos eram radicalmente opostos aos dos britânicos. "O Reino Unido era a potência em declínio. As duas guerras mundiais arruinaram tudo, enquanto os Estados Unidos estavam em ascensão", diz Boughton. No século 19 e início do 20, a Grã-Bretanha tinha cimentado a sua hegemonia mundial nas relações comerciais com o seu vasto império e no prestígio da sua moeda, a mais utilizada na época para as trocas internacionais. Mas esse era um mundo ainda baseado no padrão-ouro, em que o valor de uma moeda dependia da capacidade do Estado emissor de trocá-la por ouro. E o esforço de guerra nas duas guerras mundiais, bem como a dinâmica internacional, fizeram com que os britânicos esgotassem rapidamente as suas reservas de ouro. Aconteceu exatamente o oposto com os Estados Unidos. "Em 1944, os EUA concentravam 60% do ouro mundial e o dólar era a única moeda confiável em todo o mundo, razão pela qual se tornou a mais utilizada", explica Steill. A proposta de Keynes de criar uma moeda mundial alternativa teria permitido a Londres reter pelo menos algum controle do sistema monetário internacional, que de outra forma permaneceria inteiramente nas mãos da Reserva Federal dos EUA. Para os americanos, o fato de a maior parte das trocas serem realizadas em dólares naquela época não era um problema, mas sim uma vantagem, pois fazia da sua indústria o principal fornecedor para o mundo inteiro. E o objetivo keynesiano de ajudar os países em dificuldades a reduzir a sua dívida também não era visto como uma prioridade em Washington, uma vez que o país era o maior credor do mundo àquela altura. Por todas estas razões, "White respondeu a Keynes que a moeda mundial forte e confiável que ele queria criar já existia. Era o dólar, que desde então se consolidou como moeda de referência", diz Boughton. Os britânicos acabaram por ceder porque para reconstruir a sua economia depois da guerra precisavam de uma ajuda que só os Estados Unidos estavam em condições de fornecer. Um dos representantes britânicos em Bretton Woods resumiu claramente a razão: "Precisávamos do dinheiro". A ideia do Bancor ficou para sempre arquivada nas gavetas da história. E desde então a economia mundial movimentou-se principalmente em dólares.
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13/05 - Mesada, poupança e conta bancária: pesquisa mostra como pais introduzem os filhos às finanças
Estudo mostra que 70% dos pais só dão dinheiro aos filhos quando necessário. Ensinar a gestão de dinheiro próprio, porém, pode ser benéfico para a educação financeira de jovens. Mesada Freepik O sonho de toda criança é ter uma boa mesada. E uma pesquisa do PicPay, cedida com exclusividade ao g1, mapeou o comportamento dos pais na hora de desembolsar uma quantia para os filhos. 70% disseram dar dinheiro apenas quando necessário; 13% condicionam ao alcance de metas; 12,5% oferecem aos filhos uma renda fixa mensal, a mesada. Em resumo: nove em cada 10 pais costumam dar dinheiro aos filhos. A pesquisa ouviu 1,5 mil pais e mães de menores de idade de todas as regiões do Brasil, entre 18 de março e 3 de abril deste ano. Entre os gêneros, 52% dos entrevistados eram homens e 47%, mulheres. Conforme o levantamento, 70% da mesada que os pais dão para os filhos é mensal. Além disso, 40% dos entrevistados costumam dar R$ 60 ao mês para as crianças. A partir das mesadas, os filhos começam a ter o hábito de poupar dinheiro: 80% dos jovens e adolescentes possuem cofrinho online e 42% têm cofrinho físico. “A mesada tem uma função que vai além do valor monetário em si, uma vez que ela busca proporcionar à criança ou adolescente a oportunidade de gerenciar seu próprio dinheiro, fazer escolhas e aprender sobre finanças. A mesada incentiva hábitos de poupança e responsabilidade financeira desde cedo”, afirma Pedro Romero, diretor de serviços financeiros para pessoa física do PicPay. Alfabetização financeira O levantamento mostrou que a introdução financeira das crianças e adolescentes começa em etapas: primeiro eles têm acesso ao dinheiro físico e, depois, ao digital. 37% dos filhos dos entrevistados ganharam o primeiro cofrinho antes dos 3 anos e a maioria (56%) recebeu até os 7 anos. 39% dos filhos começaram a receber mesada entre 7 a 12 anos. 53% dos adolescentes abriram sua primeira conta em um banco a partir dos 13 anos. Pedro Romero afirma que as cédulas em papel ensinam de forma lúdica as finanças para as crianças, pois elas podem pegá-las e visualizar os valores. No entanto, o especialista alega que é possível introduzir o dinheiro digital nessa fase também. “Os pais podem usar uma abordagem equilibrada, combinando experiências práticas para os pequenos que evoluem para transações digitais e discussões sobre finanças familiares. É fundamental preparar as crianças para o futuro financeiro”, comenta. Já os adolescentes têm mais autonomia e responsabilidades, pois é nessa fase que eles conseguem o primeiro emprego e passam a receber o primeiro salário, por exemplo. Por já estarem inseridos na gestão financeira, é aconselhável que os jovens possuam contas em bancos. Para educar os filhos, Romero informa que os pais precisam seguir uma estratégia que abrange três pontos: alfabetização financeira, comportamento e atitude. “É essencial que os responsáveis comecem a introduzir alguns conceitos financeiros de forma gradual e sem medo. Com o tempo a criança vai ter uma clareza e vocabulário mais amplo. Quanto ao comportamento, é ensinar a importância de priorizar, economizar e gastar de forma consciente”, diz. Como ensinar as crianças O podcast Educação Financeira já fez dois episódios que dão dicas para que os pais ensinem os filhos a lidar bem com o dinheiro. No episódio 161, a professora de economia do Insper Juliana Inhasz diz que as crianças precisam participar das reuniões familiares sobre finanças para que assim possam gerir os seus recursos de acordo com o orçamento da casa. “Ao conversar com as crianças sobre dinheiro elas vão se sentir cada vez mais parte da rotina familiar. Os pequenos vão pensar que eles também podem ajudar a diminuir as contas da casa, por exemplo", declara. Já no episódio 266, Jean Melo, sócio da empresa AGF, explica como ensina seu filho mais velho a criar hábitos financeiramente saudáveis, a partir de pequenos investimentos e do ato de poupar dinheiro. "As crianças têm o tempo a favor delas. E a gente como pais temos a missão de aproveitar essa variável. Então se a criança começa muito cedo a investir, mesmo sendo com pouco — com R$5 ou R$10 —, o importante é você enraizar esse hábito de investimento. É importante para o futuro dela", afirma. Digitalização Sobre os métodos de pagamento, a pesquisa do PicPay mostra que existem pais que preferem formas mais tradicionais para darem dinheiro aos filhos: 48% optam pelas cédulas e 42% das crianças e adolescentes possuem cofrinho físico. Por outro lado, o levantamento apontou uma mudança nesse comportamento: 47% dos pais usam transferências, como o PIX, ou o cartão para dar mesada. Quase metade (44%) das crianças e adolescentes possuem conta para realizarem transferências financeiras, 43% são cadastradas em aplicativos de bancos e 42% possuem cartão. * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Pesquisa mostra que 30% dos pais dão mesada para os filhos
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13/05 - Desenrola Pequenos Negócios começa nesta segunda-feira; veja perguntas e respostas
Programa de renegociação de dívidas é válido para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Márcio França, ministro das Micro e Pequenas Empresas, fala ao g1 sobre o programa Acredita Fábio Tito/g1 O Desenrola Pequenos Negócios, programa de renegociação de dívidas para empresas do governo federal, começa nesta segunda-feira (13). A medida faz parte do projeto Acredita de ampliação do crédito para pessoas e empresas no Brasil. Segundo o ministro do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas, Márcio França, o programa oferecerá aos pequenos empresários a possibilidade de renegociar dívidas com descontos que vão de 40% a 90%. “Isso vai permitir que os empreendedores voltem a ter crédito para investir, gerando emprego e renda”, afirma o ministro. Veja perguntas e respostas sobre o programa. Veja a entrevista do ministro ao podcast Educação Financeira Quais empresas podem renegociar dívidas? Que dívidas podem ser renegociadas? Há limite para o valor da dívida? Como renegociar as dívidas pelo Desenrola Pequenos Negócios? Quais serão as ofertas do Desenrola? Por que os bancos vão participar do programa? Qual o custo do programa para o governo? O que é o programa Acredita Brasil? Veja a entrevista do ministro ao podcast Educação Financeira Em entrevista ao g1 em abril, o ministro Márcio França disse que a meta do governo é oferecer suporte para que os empreendedores possam se livrar de entraves financeiros para investir no crescimento do negócio. Além da medida para renegociação de dívidas, o programa também prevê uma linha de crédito específica para as microempresas: o ProCred 360, uma versão atualizada do Pronampe. Veja a entrevista abaixo, em que o ministro explicou as linhas básicas do Desenrola. Ministro Márcio França, fala ao g1 sobre o programa Acredita Quais empresas podem renegociar dívidas? Podem participar do Desenrola Pequenos Negócios os microempreendedores individuais (MEIs), as microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP). O faturamento anual para que o negócio seja elegível ao programa deve ser de até R$ 4,8 milhões. Que dívidas podem ser renegociadas? Para ser elegível ao Desenrola, a dívida precisa estar em atraso há mais de 90 dias, contados a partir do último dia 22 de abril, quando foi lançado o programa. Duas ou mais dívidas podem ser renegociadas simultaneamente. Há limite para o valor da dívida? Não há limite para o valor da dívida a ser renegociada, assim como também não tem por máximo de atraso. Na prática, dívidas já antigas, com altas taxas de juros, também são elegíveis ao programa. Como renegociar as dívidas pelo Desenrola Pequenos Negócios? As micro e pequenas empresas que queiram renegociar suas dívidas devem procurar diretamente os bancos ou outras instituições financeiras em que as dívidas foram feitas. Segundo o governo, cada instituição vai oferecer suas próprias condições para a renegociação, que podem incluir descontos, prazos mais longos ou menores taxas de juros, por exemplo. Quais serão as ofertas do Desenrola? O ministro Márcio França assegura que, com as condições oferecidas pelas instituições, os valores das dívidas devem ter reduções entre 40% e 90%. Por que os bancos vão participar do programa? Como estímulo para que as instituições financeiras participem do programa, os bancos que oferecerem as melhores condições de renegociação terão incentivos tributários concedidos pelo governo federal. “A apuração desse crédito poderá ser realizada entre os anos-calendário de 2025 e 2029, com base no menor valor entre o saldo contábil bruto dessas operações de crédito renegociadas e o saldo contábil dos créditos decorrentes de diferenças temporárias”, explica o Ministério do Empreendedorismo. Qual o custo do programa para o governo? As operações envolvidas no Desenrola Pequenos Negócios são garantidas pelo FGO, fundo do governo federal para assegurar eventuais inadimplências dos clientes que renegociaram suas dívidas com os bancos. Para o programa Acredita como um todo, o governo vai disponibilizar uma fatia de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO), que servirá como garantia. Já em renúncia fiscal, com os incentivos para os bancos, o custo estimado para os cofres públicos é de R$ 18 milhões em 2025 e de R$ 3 milhões em 2026. O que é o programa Acredita Brasil? O Desenrola Pequenos Negócios faz parte do Programa Acredita do governo federal, que pretende ampliar o acesso ao crédito no Brasil. Além da medida para renegociação de dívidas, o programa também prevê uma linha de crédito específica para as microempresas: o ProCred 360, uma "versão atualizada" do Pronampe. A regra para acessar crédito por meio desta linha é que a empresa tenha um faturamento anual bruto de, no máximo, R$ 360 mil. O plano inclui também incentivos ao crédito imobiliário e também um hedge cambial (proteção ao risco da variação da taxa de câmbio dos financiamentos) para quem quer investir em projetos ligados à transição energética.
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13/05 - Haddad diz que RS pode ficar 2 anos sem pagar dívida com a União
Mesmo debaixo de chuva, Rio Grande do Sul recupera vias para passagem de doações O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste domingo (12), com exclusividade ao blog, que o Rio Grande do Sul poderá ficar até dois anos sem pagar as parcelas da dívida do estado com a União. Haddad se reúne nesta segunda-feira (13) com o governador do RS, Eduardo Leite. O governo federal quer garantias de que os recursos serão utilizados na reconstrução do estado, que teve mais de 85% dos municípios atingidos pelas cheias e deslizamentos. Números da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul estimam que, com o prazo de 24 meses sem pagar as parcelas da dívida, se abrem R$ 8 bilhões para o Estado destinar à reconstrução. Além da tragédia humana, as enchentes no Rio Grande do Sul trazem grandes perdas econômicas. Estimativas de instituições privadas e do próprio governo federal calculam um impacto no PIB brasileiro neste ano de, pelo menos, 0,2 ponto percentual. Só a queda na indústria no Rio Grande do Sul pode chegar a 20%.
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12/05 - Confira os 5 golpes do PIX mais comuns feitos pelo celular
Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou os 5 principais truques cibernéticos que os bandidos usam para induzir as vítimas a realizar o pagamento. Veja dicas para se proteger. Imagem celular Gilles Lambert na Unsplash Um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou os 5 golpes cibernéticos mais comuns em que os bandidos conseguem induzir a vítima a fazer um PIX ou uma transferência bancária. Veja como os bandidos agem e dicas para não ser vítima a seguir. Golpe do 0800 Como é: neste golpe, os bandidos enviam uma mensagem de SMS para a vítima, se passando por um banco e informando de uma transação suspeita de uma compra de alto valor, pedindo para a pessoa entrar em contato com uma suposta central de atendimento para receber auxílio. A mensagem em questão é enviada por um número 0800, para passar confiança à vítima. Mas o engenheiro da computação Lucas Lago afirma que esses números não são tão difíceis de conseguir. "Hoje em dia, é muito barato de você conseguir o número 0800. [...] Dá para você pagar R$ 50 para ter o número. E você gasta R$0,60 por minuto de ligação. É um investimento muito baixo, né?", explica. Como a compra é falsa, ao ligar para a suposta central de atendimento, o golpista diz que a transação está em análise e que por isso ainda não aparece na fatura do cliente. A vítima, então, é induzida a fornecer dados pessoais, fazer uma transação para "regularizar" a situação ou baixar algum software espião que pode dar aos criminosos acesso completo ao seu celular. Como não ser vítima: nunca se deve ligar para números recebidos por mensagens, mesmo os que comecem 0800. Caso queira ligar para o seu banco, o ideal é consultar o número no verso do cartão de crédito ou débito. Ao g1, a Febraban disse que os bancos ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem dados como senhas, token e outros dados pessoais nestas ligações. De mesma forma, os bancos não pedem para que clientes façam transferências ou PIX ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta. Além disso, os bancos nunca ligam para fazer um estorno de transação através de um telefonema. Golpe da tarefa Como é: este golpe tem se tornado comum, explorando o desejo das pessoas de ganhar dinheiro de forma fácil e rápida na internet, explica Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética (Abraseci). Usando aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, os golpistas prometem pagamentos por tarefas aparentemente simples, por exemplo, curtir publicações, seguir perfis, fazer comentários. Em algum momento, os golpistas podem pedir um pequeno investimento inicial para "liberar" ou "aumentar" os ganhos, ou solicitam informações pessoais e dados bancários sob o pretexto de pagamento. Mas o valor prometido pelo bandido nunca é enviado. Como não ser vítima: a Febraban recomenda sempre a desconfiar de uma proposta de trabalho que seja preciso pagar antes de receber o dinheiro, bem como de promessas de vantagens exageradas. E a jamais depositar dinheiro na conta de quem quer que seja com a finalidade de garantir uma oportunidade ou um negócio. "Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é. Dinheiro fácil, especialmente por tarefas simples, é um grande indicador de golpe", diz Kin. Golpe da clonagem do WhatsApp Como é: o criminoso envia mensagens pelo WhatsApp fingindo ser de uma empresa que a vítima tem cadastro. O bandido, então, pede para ela passar um código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com esse código, o criminoso consegue acessar a conta de WhatsApp em outro celular e enviar mensagens para os contatos da pessoa, se passando por ela, pedindo dinheiro emprestado via PIX. Como não ser vítima: a Febraban recomenda o uso da opção de "Verificação em duas etapas" do seu aplicativo para evitar clonagens. Golpe de engenharia social com WhatsApp Como é: um pouco parecido com o golpe anterior, neste caso, o bandido não usa o contato verdadeiro da vítima, mas sim um novo número. Para ficar com uma aparência legítima, ele cadastra com o nome da pessoa e coleta fotos em suas redes sociais. Com o novo perfil no WhatsApp feito, o bandido envia mensagens aos contatos da vítima, dizendo ter trocado de número, e pede dinheiro, dizendo ser uma emergência. Como não ser vítima: é importante tentar entrar em contato com o verdadeiro dono da identidade por meio do número antigo, preferencialmente por ligação telefônica, antes de fazer qualquer transferência, recomenda Kin. Além disso, o ideal é sempre deixar as suas redes sociais restritas, dificultando o acesso dos bandidos aos dados pessoais e sempre desconfiar de pedidos de dinheiro inesperados. Veja aqui como controlar quem vê a sua foto do perfil do WhatsApp Golpe do acesso remoto Como é: também conhecido como Golpe da Mão Fantasma, ele tem como objetivo enganar as vítimas para que revelem informações pessoais e financeiras sob o pretexto de resolver um problema de segurança com suas contas ou serviços.  Para isso, o fraudador usa termos técnicos e procedimentos que parecem legítimos para ganhar a confiança da vítima e diz que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar um suposto problema. Isso pode ser feito por SMS, e-mails falsos ou links em aplicativos de mensagens. Os links instalam um software espião, que dará acesso a todos os dados que estão no celular. Como não ser vítima: a Febraban alerta que bancos nunca ligam para o cliente ou mandam mensagens ou e-mails pedindo para que ele instale algum tipo de aplicativo em seu celular, para supostamente regularizar um problema na conta. Também é importante evitar clicar em links ou baixar arquivos de e-mails, SMS ou mensagens em aplicativos de desconhecidos ou que pareçam suspeitos, diz Kin. Além disso, é fundamental ter um bom antivírus instalado. Leia também: Tinder lança ferramenta que ajuda a evitar 'golpe do amor'; saiba como usar 'Eram meu rosto e minha voz, mas era golpe': como criminosos 'clonam pessoas' com inteligência artificial Golpes no PIX: veja 7 dicas para não cair em ciladas virtuais Veja nos vídeos como se proteger de crimes cibernéticos Saiba se está sendo vigiado: veja sinais um celular infectado com aplicativo espião Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem no vídeo a seguir Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem Estupro virtual: abusadores usam fotos falsas para chantagear vítimas
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12/05 - 'Abrimos os chiqueiros para os porcos saírem à própria sorte', diz criador de suínos do RS
Globo Rural mostra resgate e cenas de destruição e solidariedade nos campos do estado. Veja também quais medidas econômicas o governo divulgou para ajudar as vítimas, incluindo produtores rurais. Enchentes consecutivas fazem produtores pensarem em abandonar o campo no RS O maior desastre do Rio Grande do Sul é também um drama rural, dos homens e mulheres do campo, e vai ter consequências por muito tempo. O Globo Rural foi ao estado e acompanhou a situação dessas famílias. Um levantamento parcial da Confederação Nacional dos Municípios aponta para o prejuízo de mais de R$ 1 bilhão nas atividades agropecuárias. A equipe sobrevoou a região do Vale do Taquari, uma das mais afetadas pelas chuvas e enchentes, encontrando um cenário de destruição, mas muitos exemplos de solidariedade. A reportagem registrou o resgate de quem estava isolado há dias na Zona Rural. Em Roca Sales, no interior gaúcho, o produtor de suínos Marcos Lohmann chora ao lembrar o que aconteceu com seus animais. "Uma parte morreu, foi enterrada, e uma parte se espalhou por tudo. Porque nós abrimos os chiqueiros para os porcos saírem, a própria sorte. Não tinha o que fazer, ver os animais morrendo, se afogando, e você não tinha o que fazer", disse Lohmann. Lavouras de soja e arroz, principais produções do estado, também foram atingidas. Muitas plantações que estavam na reta final da colheita acabaram submersas no centro do RS. Na última quinta-feira (9), o governo federal anunciou um conjunto de medidas econômicas para atender às vítimas das destruições, incluindo produtores rurais. Leia mais aqui. Em entrevista ao programa, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deu detalhes de como irá auxiliar o setor agripecuário. "Liberamos todos os sistemas sanitários de qualquer tipo de exigência ao produtor, quer seja de animal, de leite, aquilo que conseguir transportar, não tem problema, faça sua movimentação", disse o ministro. Animais de criação morrem afogados após temporais no RS Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, detalha auxílios aos produtores no RS em entrevista ao Globo Rural Voluntários buscam resgatar pessoas isoladas em comunidades rurais no RS Mais sobre o Rio Grande do Sul: 'Arroz que está colhido garante abastecimento do país', diz presidente da federação de agricultura do RS Indústria e governo decidem importar arroz Destruição de soja no RS pode encarecer frango e porco
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12/05 - Mulheres conciliam rotina de mãe com a produção rural
No dia das mães, o Nosso Campo foi até a propriedade de Dona Maria José e do companheiro Valmir que fica em Lins (SP), onde toda a família trabalha junta para manter a propriedade, para conhecer a história de Maria. Mulheres conciliam rotina de mãe com a produção rural Reprodução/TV TEM Neste Dia das Mães, o Nosso Campo foi até a propriedade de Maria José, que fica em Lins (SP), para conhecer a história dela, que é mãe de quatro mulheres e avó de cinco netos. Nascida e criada na roça, vive até hoje da agricultura. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Na propriedade, cada integrante da família tem seus afazeres: Maria cuida da casa, da comida e do quintal, já as duas filhas que vivem na fazenda, se dividem na lida no campo, ambas seguindo os passos da mãe. Uma é responsável pela horta que abastece as quitandas da cidade, participa das feiras livres, além de trabalhar na Associação de Produtores e Olericultores de Lins (APOL). Ela também é mãe do Matheus, de 12 anos. Já a caçula da família cuida das lavouras do sítio. Ela também é mãe do Vinícius, de apenas 4 anos. Enquanto isso, Maria José fica encarregada de preparar o almoço para toda a família, coisa que ela já faz desde que as filhas eram pequenas. Outra paixão é cuidar do viveiro que ela mesma construiu. Mãe, avó, esposa, agricultora, dona de casa, que enche de orgulho não só das filhas, mas também do companheiro Valmir. Os dois estão casados há 53 anos, mas convivem a vida inteira, já que, além de marido e mulher, são primos irmãos. Valmir conta que sem Maria ele não conseguiria viver, e que ela é o grande amor da vida dele. “Eu falo que ela é a flor do sítio. Ela é a calmaria, é aquela pessoa companheira que, quando eu estou com problema falo: 'mãe, me ajuda'. E ela só fala coisas boas, é uma riqueza imensa”, conta a filha. Para Vanessa, a caçula, a mãe é símbolo de força. “Minha mãe é tudo para nós. Ela é símbolo de união, de força e amor para todos nós”. Além de celebrar esse dia tão especial ao lado da família, Maria José também deseja um feliz Dia das Mães para todas as mães do interior. “Eu quero desejar um feliz dia das mães para todas as mães do país, que Deus abençoe com saúde as minhas filhas, duas estão aqui e outras duas estão longe, mas, de oração, feliz dia das mães”, finaliza emocionada. Veja a reportagem exibida no programa em 12/05/2024: Mulheres conciliam rotina de mãe com a produção rural VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
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12/05 - É tempo de colher algodão no Sudoeste de SP
Por causa do clima, os produtores projetam uma colheita menor nesta safra. Apesar disto, a qualidade do algodão deve se manter. É tempo de colher algodão no Sudoeste de SP Reprodução/TV TEM Chegou a época de colher algodão na região de Itapetininga (SP), mas o clima atrapalhou e afetou a produtividade, principalmente nas áreas não irrigadas. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp As lavouras dão sinais quando a colheita está perto de começar. Em uma plantação de Paranapanema (SP), foram aproximadamente 180 dias de muito trabalho e espera até o branco do algodão tomar conta de tudo. A colheita no local começa por volta das 10h, pois é quando o solo está seco e a umidade não irá atrapalhar. São cerca de oito horas seguidas de trabalho por dia. A plantação ocupa 370 hectares no município. A safra não vai ser como o agricultor planejava, pois a produtividade será menor, segundo projeção. Ele calcula colher 270 arrobas de algodão em caroço - o equivalente a 15 quilos - por hectare, o que significa quase 30% a menos do que em 2023. Alguns produtores dizem que a falta de chuva afetou a produtividade do algodão neste ano na região de Itapetininga. Em algumas propriedades, o prejuízo já está sendo calculado. Nem o sistema de irrigação que foi instalado na propriedade de Paranapanema tem sido suficiente para resolver o problema causado pela irregularidade de chuvas. No entanto, segundo o produtor, mesmo com a mudança no cronograma, a qualidade do algodão não é afetada. Sendo assim, o que foi colhido vai direto para a beneficiadora. Em 2023, a arroba do algodão em plum chegou a ser vendida no mercado por R$ 173,60. Nesta safra, o valor não deve passar de R$ 129,74. Em outra fazenda, no município de Taquarituba (SP), a colheita deve ir até o mês de junho. A lavoura conta com 600 hectares, e quase todo plantio é irrigado, o que reduziu o impacto da estiagem. A produção deve ser a mesma de 2023, ficando em torno de 360 arrobas em caroço por hectare. Veja a reportagem exibida no programa em 12/05/2024: É tempo de colher algodão no Sudoeste de SP VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
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12/05 - Produtores colhem uva em várias épocas do ano em Jundiaí
Em uma propriedade rural de Jundiaí (SP), é época da colheita da uva, mesmo seis meses antes da época tradicional da safra. A estratégia para conseguir diferentes períodos é fazer uma poda diferenciada. Produtores de uva de Jundiaí apostam na safra antecipada TV TEM/Reprodução Geralmente, a época de colher uva é no final do ano. A fruta é muito procurada, principalmente para o período de festas. No entanto, muitos produtores estão fazendo um manejo diferenciado para que as videiras produzam, também, em outros meses. A principal vantagem é adquirir renda em datas onde a oferta de uva é menor. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em uma propriedade rural de Jundiaí (SP), o período já chegou: seis meses antes do esperado em todo o país. E este ano, a niágara rosada, tipo plantado por Guilherme Henrique Lourençon, está ainda mais doce. De acordo com ele, além do clima, o segredo é fazer uma poda diferenciada. "Não tivemos um período de chuva considerável. Por conta da estiagem maior, ela fica mais doce. Quando chove bastante, ela fica mais aguada. A safra fora de época acontece devido à poda, que faço logo no final de dezembro", explica. Ele poda cerca de 70% dos pés para que eles fiquem produtivos mais cedo, pressionando as parreiras. O manejo correto ajuda a manter a produção, que traz bons resultados. Colher duas vezes por ano aumenta o lucro, em média, em 45%. E fora de época, a fruta é mais valorizada. Veja a reportagem exibida no programa em 12/05/2024: Produtores colhem uva em várias épocas do ano em Jundiaí VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
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12/05 - Chuvas no RS: setor produtivo divulga primeiros balanços de prejuízos econômicos da tragédia
Ainda sem dados mais robustos, entidades calculam impactos preliminares do desastre. Veja o que se sabe até agora. Enchentes no Rio Grande do Sul Reuters; AFP; Estadão Conteúdo Além de deixar milhares de desabrigados e centenas de mortos, feridos e desaparecidos, as enchentes que assolam o Rio Grande do Sul acertaram em cheio o setor produtivo. Mais de 10 dias após o início das cheias, os balanços divulgados por entidades dão a primeira dimensão dos impactos da tragédia. O governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), afirmou na última quinta-feira (9) que serão necessários cerca de R$ 19 bilhões no médio e no longo prazo para reerguer o Rio Grande do Sul após as enchentes. Há também um pacote de apoio do governo federal. (veja detalhes mais abaixo) O plano de recuperação anunciado por Leite prevê quatro pilares de atuação: resposta, assistência, reestabelecimento, e reconstrução. "Financiar as políticas públicas, reconstruir lugares e vidas", declarou o governador. Veja aqui os detalhes. Nesta reportagem, você vai conferir: O balanço da indústria O balanço do comércio Os impactos esperados nos preços e no PIB As principais medidas anunciadas pelo governo federal Balanço da indústria Em relatório publicado na última quarta-feira (8), a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) estima que as cheias atingiram 80% da atividade econômica do estado. Ao todo, o desastre afetou 67,6% dos municípios gaúchos, segundo cálculos da entidade. O documento também destaca que as perdas econômicas são inestimáveis até agora e aponta os principais polos industriais e segmentos atingidos no estado. São eles: Produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis, na Região da Serra; Produção nos segmentos metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados do petróleo e alimentos, na Região Metropolitana de Porto Alegre; Produção no segmento de calçados, na Região do Vale dos Sinos; Produção nos segmentos de alimentos (carnes, massas) e tabaco, na Região do Vale do Rio Pardo; Produção nos segmentos de alimentos (carnes), calçados e químicos, na Região do Vale do Taquari. De acordo com a Fiergs, além dos "danos gigantescos de capital", os problemas logísticos devem afetar de forma significativa todas as cadeias econômicas do estado. "Em boa parte dos casos, não será apenas necessário realizar o trabalho de desobstrução, mas de reconstrução de estradas, pontes, vias férreas e até mesmo o principal aeroporto do estado está com suas instalações comprometidas", diz a federação. Em relação à atividade econômica, as três regiões mais importantes atingidas foram: Região Metropolitana, que representa R$ 107 bilhões em valor adicionado bruto ao estado; Região do Vale dos Sinos, que representa R$ 60 bilhões; Região da Serra, que representa R$ 41 bilhões. Bruno Carazza dá um panorama sobre a economia do RS Balanço do comércio Em relatório divulgado na última quinta-feira (9), a Fecomércio-RS destacou que o volume de recursos necessários para a reconstrução de áreas públicas, das famílias e de empresas no Rio Grande do Sul será "absolutamente inalcançável pelas capacidades do governo estadual e dos municípios gaúchos". "É necessária a ajuda do governo federal. Esses fatores também exigem que estes recursos não enfrentem as limitações usuais de despesas da União, a exemplo do ocorrido com as ajudas emergenciais durante a pandemia de Covid-19", afirmou a entidade. Apesar de também considerar cedo para trazer estimativas mais precisas sobre as perdas, a Fecomércio-RS destacou que alguns dados disponíveis já permitem observar impactos "grandiosos" das enchentes. O destaque, até agora, vai para as perdas de ativos das famílias. Segundo a federação, os danos patrimoniais às famílias chegam a R$ 1,7 bilhão em um cenário intermediário (ou seja, menos pessimista). No pior cenário, com impactos mais fortes, a estimativa é que os gaúchos acumulem R$ 2,3 bilhões em perdas. A entidade também destaca grandes prejuízos nos ativos das empresas e em infraestrutura e ressalta a obstrução da atividade econômica, que pode interromper a capacidade produtiva de inúmeras companhias e localidades por mais de um mês. "O setor que possui maior concentração de produção nos municípios atingidos é o de serviços. Isso ocorre pelo fato de as enchentes terem atingido em cheio áreas metropolitanas, incluindo a capital, Porto Alegre, que possuem renda média e densidade urbana mais elevadas", pontuou a entidade. No caso do comércio varejista, os resultados são ainda mais prejudicados por conta da sazonalidade do Dia das Mães, que seria um período positivo e de alavancagem para as compras, destaca a Fecomércio-RS. Os impactos esperados nos preços e no PIB A XP Investimentos projeta reflexos principalmente nos preços do arroz e da soja. O destaque vai mesmo para o arroz, uma vez que o Rio Grande do Sul é protagonista no plantio do grão, com cerca de 70% da produção nacional. A estimativa da XP é que cerca de 5% da produção doméstica possa ter sido afetada pelas cheias. Para a empresa, trata-se de um número relevante, mas que não altera substancialmente o cenário já projetado. "Nesse sentido, esperávamos deflação na ordem de 5% para o arroz em 2024, que revertemos para virtual estabilidade", afirmou em relatório. Já o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) calcula que, até o momento, 114 mil toneladas do grão foram perdidas nas enchentes, o que representa 1,6% da colheita esperada. Ainda falta estimar as perdas em áreas que estão parcialmente submersas e em armazéns atingidos. "O arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país", atenuou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, em entrevista ao podcast "De onde vem o que eu como". 🎧 OUÇA AQUI Diante do cenário, o governo federal também decidiu editar uma Medida Provisória (MP) que autoriza a importação, em caráter excepcional, de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a recomposição dos estoques públicos, caso necessário. No caso da soja, a previsão da XP é de impactos indiretos e limitados sobre o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), dada a evolução da colheita no Brasil e dos estoques já disponíveis. "Em suma, dadas as incertezas, ajustamos nossa curva para os preços de arroz, mas não para as demais linhas. Nossa projeção para o IPCA de 2024, atualmente em 3,7%, tem viés limitado de alta por conta deste efeito. Por ora, calculamos impacto aproximado de 0,1 ponto percentual no IPCA anual, enquanto aguardamos mais informações para ajustes na dinâmica mensal", concluiu a XP. ▶️ E como fica o PIB? Os impactos diretos mais evidentes estão na agricultura, diz a XP Investimentos, destacando mais uma vez o arroz. Estimar os efeitos indiretos sobre a atividade econômica do Rio Grande do Sul e do Brasil, no entanto, "é ainda mais desafiador", já que o estado também é um importante produtor de máquinas e equipamentos. "[São] impactos que dependerão do tempo para a normalização das operações nas companhias e nos fluxos de distribuição, o que é bastante incerto no momento", analisou a empresa "Por ora, não alteramos nosso cenário base de que o PIB [Produto Interno Bruto] do Brasil crescerá 2,2% em 2024, embora reconheçamos os efeitos negativos – e incertos – no curto prazo", concluiu. Já para a MB Associados, o impacto do desastre no Produto Interno Bruto (PIB) nacional pode chegar a 0,4 ponto percentual. A empresa de consultoria afirmou que já esperava 2% de PIB para este ano e que "se havia chance de revisão para cima, a tragédia gaúcha diminui essa possibilidade". "Reforçamos, assim, nosso número de 2% e diminuímos a chance de números mais próximos de 2,5%", projetou a consultoria. Governo lança pacote de R$ 51 bi pras vítimas do RS As principais medidas anunciadas pelo governo federal O governo federal anunciou na última quinta-feira (9) uma lista de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul. Serão R$ 50,9 bilhões destinados à recuperação dos municípios e das famílias atingidas pelas enchentes. O pacote foi enviado ao Congresso Nacional na forma de três medidas provisórias. Com isso, as medidas já entram em vigor imediatamente, mas precisam do aval da Câmara e do Senado em até 120 dias para não perderem validade. Uma MP trata do dinheiro que será repassado aos fundos garantidores. Outra, do dinheiro para ministérios. E uma terceira visa garantir a compra de arroz e evitar impactos no preço ao consumidor, já que 70% do arroz brasileiro vem do RS. Em discurso, o presidente Lula (PT) informou que deve anunciar, nesta segunda-feira (13), o acordo para a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. E na terça (14), medidas para as pessoas físicas afetadas. As medidas anunciadas também estabelecem: ▶️ Para trabalhadores e famílias Antecipação do pagamento do abono salarial 2024: R$ 758 milhões Duas parcelas adicionais do seguro-desemprego: R$ 495 milhões Prioridade na restituição do Imposto de Renda: R$ 1 bilhão Antecipação do Bolsa Família e do Auxílio-Gás de maio: R$ 380 milhões ▶️ Para estados e municípios Fundos de estruturação de projetos: R$ 200 milhões Análise de crédito para municípios: R$ 1,8 bilhão ▶️ Para empresas Crédito para micro e pequenas empresas: R$ 4,5 bilhões Desconto em juros do Pronampe para micro e pequenas empresas: R$ 1 bilhão Garantias do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC): R$ 500 milhões Prorrogação do vencimento de impostos federais e Simples Nacional: R$ 4,8 bilhões Dispensa da Certidão Negativa de Débitos para crédito em bancos públicos ▶️ Para produtores rurais Descontos em juros do Pronaf e do Pronampe: R$ 1 bilhão
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11/05 - Mega-Sena: bolão de Fundão, no Espírito Santo, leva o prêmio de 46,7 milhões
Cem apostas tiveram 5 acertos; outras 6.090 tiveram 4 acertos. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O Uma aposta de Fundão, no Espírito Santo, levou o prêmio de 46.726.380,41 da Mega-Sena sorteado na noite deste sábado (11), em São Paulo. A aposta foi um bolão. Os números sorteados foram 06 - 12 - 19 - 28 - 50 - 60. Cem apostas acertaram 5 números e levam R$ 38.633,40. Outras 6.090 tiveram 4 acertos e levam R$ 906,24 cada. Ao todo, o concurso arrecadou R$ 67.007.320,00. Resultado concurso 2723 da Mega-Sena Reprodução Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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11/05 - O maior sinistro da história do Brasil: como seguradoras estão lidando com estrago recorde de inundações no Rio Grande do Sul
Nos próximos dias, seguradoras terão de pagar quantia recorde em sinistros — mas nem o próprio setor sabe estimar ainda quanto será esse valor. Imagem aérea mostra casas em Eldorado do Sul, município em que 100% das pessoas estão sendo evacuadas Isaac Fontana/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC "O Brasil é um país tranquilo, ele não tem terremotos, não tem maremotos. É o que nós brasileiros costumamos dizer. Mas agora o Brasil sofreu algo como se tivesse sido o seu 'terremoto'." A frase acima é de Francisco Galiza, economista consultor, e ecoa o que especialistas no setor de seguros disseram à BBC News Brasil: todos foram unânimes em afirmar que as inundações no Rio Grande do Sul serão o maior incidente com sinistros da história do país. O sinistro é quando uma pessoa ou empresa que paga por um seguro de um bem precisa receber dinheiro da seguradora — porque houve algum incidente que danificou esse bem, ou houve perda total. Na história do Brasil, já houve incidentes com números de mortos maiores do que os registrados até agora. Enchentes em Teresópolis (RJ) em 2011, por exemplo, mataram quase mil pessoas. Até o momento, as chuvas no Rio Grande do Sul registraram mais de cem vítimas fatais. Mas eventos como o de Teresópolis duraram poucos dias e foram mais localizados — assim como a maioria de fenômenos registrados no Brasil. Já no Rio Grande do Sul as chuvas vêm castigando o Estado há mais de duas semanas — e com previsão de novos temporais para os próximos dias. LEIA TAMBÉM Mudança climática tornou chuvas no RS mais intensas, aponta estudo SIGA: Veja em tempo real atualizações sobre as enchentes no Rio Grande do Sul VÍDEO: cidade submersa no Vale do Taquari revive pesadelo com novos temporais Nem mesmo o acidente da mineradora Vale em Mariana em 2015 — que provocou mortes, destruiu cidades, poluiu o rio Doce por quilômetros, afetando a vida de milhares de pessoas — teve a mesma magnitude dos danos materiais de agora. Os governos federal e do Rio Grande do Sul têm falado em um pacote de R$ 50 bilhões para ajudar o Estado. A duração e extensão dos danos são inéditas no país. Mais de 80% dos municípios foram afetados. Em Eldorado do Sul, a cidade inteira precisou ser evacuada. O aeroporto internacional Salgado Filho ficará fechado até o fim do mês. Nunca um aeroporto brasileiro precisou ficar fechado por tanto tempo por causa de estragos naturais. Em Porto Alegre, a cidade pode continuar alagada por semanas. Nenhum dos entrevistados do setor de seguros conseguiu estimar ainda em valores qual será o tamanho do sinistro envolvido — porque as enchentes ainda estão em andamento — apesar de todos concordarem de que será recorde. Moradores de Porto Alegre enfrentam dificuldades para voltar à capital do RS Há dois problemas que impedem as seguradoras de estimarem os prejuízos dos clientes gaúchos. O primeiro deles é que não foi possível ainda sequer levantar os estragos já ocorridos — porque em muitas localidades a água ainda não baixou. Os donos de veículos e residências ainda não conseguiram voltar para suas casas para verificar os prejuízos que tiveram e acionar suas seguradoras. As empresas de seguro disseram à BBC News Brasil que por isso até agora o volume de sinistros registrados ainda foi relativamente baixo — mas deve crescer muito nas próximas semanas, na medida em que as pessoas afetadas conseguirem voltar para seus lares. O segundo problema é que as chuvas ainda não acabaram. Mesmo que fosse possível estimar o dano feito até agora, não se sabe quanto prejuízo ainda virá pela frente nos próximos dias. O Rio Grande do Sul ainda está recebendo mais chuvas — tanto nas áreas que já foram até agora mais gravemente afetadas como em novas regiões. Por isso, as seguradoras dizem que só será possível estimar um valor mais exato daqui a dias ou semanas. Casa destruída em Lajeado, onde rio Taquari transbordou Sebastiao Moreira/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC Por ora, enquanto a crise das chuvas está em andamento, as seguradoras estão reforçando suas equipes para atender clientes no Rio Grande do Sul neste mês. Algumas empresas maiores possuem frotas de veículos e jet-skis usados em tempos normais para averiguação de prejuízos. Esses equipamentos estão sendo emprestados para a Defesa Civil para ajuda nos resgates em andamento. Impacto para afetados nas inundações As autoridades estimam que mais de 1,7 milhão de pessoas foram afetadas – com 395 mil deslocados de suas casas. Uma pergunta que muitos clientes se fazem nesse momento é se as seguradoras brasileiras terão capacidade de pagar todos os seguros que serão pedidos ao mesmo tempo, na medida que os afetados voltarem para as suas casas? A resposta é sim, segundo Roberto Santos, presidente do Conselho Diretor da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) — que representa todo o setor no Brasil. Ele diz que as seguradoras brasileiras estão bem posicionadas para lidar com os sinistros. "O Brasil é muito grande. Você tem um Estado afetado por um evento muito grande, mas você tem o resto do Brasil funcionando muito bem. O setor teria dificuldades só se houvesse um evento desse tamanho em todo o Brasil ao mesmo tempo", disse Santos à BBC News Brasil. Diante das enchentes, a confederação fez duas recomendações especiais a todas seguradoras que trabalham com clientes no Rio Grande do Sul. Primeiro, houve um pedido para que todos os contratos que estavam para vencer agora no mês de maio fossem automaticamente estendidos por alguns dias. O objetivo é que nenhum cliente ficasse sem seguro neste momento por apenas uma questão de poucos dias. O segundo pedido foi para que pessoas e empresas que tiverem atrasado pagamentos no mês de maio não fiquem sem cobertura de seguros agora. Normalmente as seguradoras não precisam pagar sinistros quando o cliente não está em dia. "A pessoa que está isolada e esperando ser resgatada não vai pensar em pagar um boleto. Mas se ela deixa de pagar, ela fica sem cobertura. Então fizemos esse pedido às seguradoras para mudar isso neste momento", diz Santos. Segundo a CNseg, a maioria das seguradoras está atendendo aos dois pedidos. Bairros inteiros ficaram destruídos em Lajeado. Sebastiao Moreira/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC Especialistas dizem que pessoas que tiveram perda total com veículos nas enchentes não devem ter problemas para recuperar seus prejuízos. Mas para donos de imóveis o problema não será tão simples: a grande maioria dos seguros residenciais e empresariais cobrem incidentes como incêndios — mas poucas apólices cobrem enchentes. Geralmente as apólices para enchentes são mais caras — e como esses eventos são mais raros, poucos clientes optam por elas. Especialistas dizem que depois de enchentes de grandes proporções, como as do Rio Grande do Sul, costuma haver um aumento na procura por coberturas mais completas. "No segmentos residencial, empresarial e equipamentos, a cobertura básica inclui proteção contra incêndio, queda de raio e explosão", disse Carlos Oliva, superintendente executivo de operações da Bradesco Seguros, à BBC News Brasil. "No entanto, é possível proteger a residência de outros riscos (com coberturas contratadas conforme a necessidade do cliente), entre eles, desmoronamento, vendaval, alagamento e inundação, danos elétricos, entre outros serviços. Apesar de a frequência ser menor, se comparada aos sinistros de automóveis, as consequências de uma inundação em casa ou comércio de rua são, muitas vezes, bem mais severas, podendo ocasionar em 'perda total' tanto para a estrutura do imóvel quanto os bens internos." O problema econômico maior é que a maioria dos prejuízos com as inundações terá que ser arcado pelas pessoas diretamente. Isso porque a maior parte das pessoas afetadas nas enchentes não têm condições de pagar seguros. Estima-se que no Brasil, apenas 30% da frota nacional de veículos possui cobertura. No setor de seguros de residências, o Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro com maior percentual de casas com seguro. De todas as residências gaúchas, 38% delas possuem seguros. Em São Paulo, por exemplo, esse índice é de 29%. Mesmo assim, como dito anteriormente, a grande maioria das apólices não cobre eventos como inundações. Saiba como doar para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul Aquecimento global encarecerá seguros? Outro debate no setor agora é se as enchentes no Rio Grande do Sul mudarão o setor de seguros no Brasil. Contratar um seguro vai ficar mais caro para os clientes — depois de um evento tão grande no país? As mudanças climáticas — que tornam eventos extremos mais comuns — vão encarecer as apólices? Roberto Santos, da Confederação Nacional das Seguradoras, diz que as apólices não vão ficar mais caras especificamente por causa do evento do Rio Grande do Sul — mas ele diz que seguros já vêm encarecendo nos últimos anos por causa do aquecimento global e de eventos extremos mais comuns. Essa tendência deve seguir nos próximos anos. Segundo dados da CNseg, em 2022 foram pagos R$ 10,5 bilhões em seguros rurais — um crescimento de 47% em relação ao ano anterior. O maior problema para a safra de grãos foram eventos climáticos extremos, como secas ou excesso de chuvas. O encarecimento dos seguros por causa das mudanças climáticas é um problema global. Nos Estados Unidos, duas grandes seguradoras — a AllState e a State Farm — pararam de oferecer seguros para novas residências na Califórnia, devido a grandes prejuízos que elas tiveram com incêndios florestais. O mesmo aconteceu com dezenas de seguradoras na Flórida, Estado americano que enfrenta todo ano uma temporada de furacões. Roberto Santos, da CNseg, não acredita que este cenário possa acontecer no Brasil. Mas o país enfrenta problemas próprios — como o alto número de pessoas que vivem em áreas de risco. O governo federal está elaborando um novo Plano Nacional Sobre Mudança do Clima para lidar com esse problema. Em Cruzeiro do Sul, algumas pessoas conseguiram voltar para suas casas, mas encontraram tudo devastado pelas enchentes. Sebastiao Moreira/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC O próprio setor de seguros propõe um seguro social — com cobrança nas contas de luz — para pagar cerca de R$ 15 mil a famílias de baixa renda que fiquem desabrigadas por causa de tragédias climáticas. Mas essas discussões ainda estão em andamento. Por ora, um dos efeitos mais imediatos da quantidade de eventos climáticos extremos é o aumento na procura por seguros. Há dez anos, o setor de seguros representava 1% da economia brasileira — hoje ele representa 6%. Com a frequência maior de grandes enchentes no Brasil, cresceram também os grandes prejuízos e os custos de se proteger deles.
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11/05 - Saiba como evitar acidentes com rede elétrica durante enchentes e tempestades
Especialistas entrevistados pelo g1 dão orientações do que fazer e do que não fazer nesses casos. Uma das recomendações é evitar tocar na fiação elétrica ao utilizar balsas e barcos em ruas alagadas. Com as tempestades e inundações no Rio Grande do Sul, cresce a preocupação com choques elétricos ao manipular aparelhos ou circular por ruas com cabos caídos. Há uma série de recomendações que podem salvar vidas nesses casos. Ao se deparar com um obstáculo, por exemplo, é importante cautela. E, em casos de imóveis inundados, há ações prioritárias que podem evitar uma tragédia. Para responder a alguns dos principais questionamentos sobre o tema, o g1 entrevistou o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), Luiz Eduardo Barata, e o engenheiro de Segurança do Trabalho da Cemig, Luciano Ferraz. Em Rio Grande (RS), cheia da Lagoa dos Patos deixa ruas alagadas Os especialistas deram recomendações, por exemplo, do que fazer caso um cabo energizado atinja um carro e até mesmo como proceder ao religar a energia de um imóvel invadido por uma enchente. "A grande preocupação que se tem é em caso de tempestade. E é importante que a gente dê o máximo de publicidade a essas dicas, para que as pessoas tomem o máximo de cuidado e evitem qualquer tipo de contato com a rede elétrica", afirmou o presidente da FNCE. Nesta reportagem, você vai saber: O que fazer quando um cabo de energia cair na rua? O que fazer se estiver dentro de um veículo? Posso carregar celulares ou usar chuveiro elétrico? O que fazer ao abandonar a casa? Ao retornar, devo religar a energia? O que fazer quando um cabo de energia cair na rua? Quando um cabo de energia cair na rua, segundo a FNCE, evite se aproximar ou tocar em pessoas e objetos que estejam em contato com o cabo. Também é importante impedir que outros adultos e crianças se aproximem do local. As distribuidoras locais têm telefones de emergência para esses tipos de incidentes, que funcionam 24 horas por dia. Se não conseguir entrar em contato, ligue para outros serviços de emergência, como o corpo de bombeiros ou a polícia. Se alguma árvore cair na rua, também evite tocar para tentar liberar o trecho. "No momento da queda, às vezes a árvore pode levar junto uma fiação energizada", declarou o engenheiro de Segurança do Trabalho da Cemig, Luciano Ferraz. A FNCE também frisa que, durante enchentes e tempestades, é essencial não encostar em postes ou estruturas metálicas. Também evite subir em lajes altas ou se abrigar em campos abertos, de forma a não ser o ponto mais alto do local e atrair descargas elétricas. Pelo mesmo motivo, evite procurar abrigo embaixo de árvores. O que fazer se estiver dentro de um veículo? Caso esteja dentro de um veículo e o cabo de energia caia sobre ele, não saia do automóvel e ligue imediatamente para a distribuidora. "A orientação primordial é, em uma situação comum, se o cabo cair em cima do veículo, permanecer dentro do veículo com os vidros fechados e sem encostar na parte metálica até que o pessoal [da distribuidora] chegue e faça a remoção do cabo", explica Ferraz. A FNCE ressalta que o abandono do veículo só deve acontecer em caso de incêndio. Se isso ocorrer, abra bem as portas do veículo, vire-se para elas, junte os pés e pule o mais longe possível. Evite tocar na lataria do veículo e no chão ao mesmo tempo. Ferraz alerta para o risco em caso de alagamento, uma vez que a água é condutora de eletricidade. O engenheiro também destaca que, ao utilizar balsas e barcos em ruas alagadas, é importante evitar tocar na rede elétrica. "Muitas vezes, dependendo do nível da água, essa altura da fiação fica bem mais baixa. Então, jamais tentar levantar nenhum tipo de cabo, seja para passar com barco embaixo, algum Jet ski, nunca tocar nessa fiação porque não se pode saber se essa instalação está energizada ou não", afirmou. Sul do Rio Grande do Sul sofre com transbordamento da Lagoa dos Patos Posso carregar celulares ou usar chuveiro elétrico? Não. O engenheiro da Cemig ressalta que, em casos de tempestades com raios, é preciso evitar utilizar celulares com cabos conectados nas tomadas. "O ideal é que você desligue todos os aparelhos eletroeletrônicos das tomadas e jamais fale ao celular com o carregador conectado na tomada ou telefone fixo", afirmou Ferraz. A mesma lógica se aplica ao banho com chuveiro elétrico, que pode ser perigoso em caso de descarga elétrica. O presidente da FNCE destaca também que, ao mexer com a instalação elétrica, uma pessoa não pode estar molhada ou com mãos e pés úmidos. Isso mesmo que seja para conectar um carregador ou qualquer aparelho elétrico na tomada. O que fazer ao abandonar imóveis? O presidente da FNCE ressalta que, se houver tempo, é importante desligar a energia da casa. "Acho que é uma medida bastante providencial." Ao sair das residências, importante deixar aparelhos elétricos em lugares mais altos e fechar bem tampas de caixas d'água e outras estruturas que possam ser levadas pelo vento, atingindo pessoas e a rede elétrica. "Se você estiver em uma residência e ela começar a encher de água, as principais recomendações são: primeiro, desligar o disjuntor do padrão ou aqueles quadros parciais, que há nas residências. Aparelhos eletrônicos, se for possível, tentar colocá-los em locais mais altos para que a água tenha menos chance de atingir", explica Ferraz. Ao retornar, devo religar a energia? Antes de ligar o interruptor de energia, chame um eletricista para verificar a condição das instalações elétricas da casa. "Ao retornar às residências, é preciso que as pessoas tomem muito cuidado, chequem efetivamente se a energia está desligada e, tanto quanto possível, procure especialistas para fazer a vistoria das instalações", ressalta Luiz Eduardo Barata, da FNCE. Isso porque, no caso de imóveis invadidos pela água, a fiação elétrica da residência pode estar molhada. Ao ligar a energia do imóvel, os danos podem aumentar, além de haver riscos de choque ou morte por descarga elétrica. "A fiação pode ter ficado comprometida, porque a água pode entrar nos eletrodutos, nas tomadas", explica Ferraz.
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11/05 - Mega-Sena pode pagar R$ 47 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 183 milhões
Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (11), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.723 da Mega-Sena e 145 da +Milionária. A +Milionária está estimada em R$ 183 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 47 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (9), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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11/05 - Globo Rural mostra as perdas nas plantações e criações no Rio Grande do Sul
A chuva destruiu a infraestrutura necessária para plantar, armazenar e escoar a produção do interior do estado. O programa especial vai ao ar neste domingo (12), às 8h no horário de Brasília. As enchentes arrasam plantações e rebanhos no RS Uma equipe do Globo Rural está acompanhando o campo no Rio Grande do Sul - agricultura e pecuária. Vai ter um programa especial neste domingo (12). Um gigante na produção agrícola. O Rio Grande do Sul produz 70% do arroz que a gente consome; 50% da uva, 35% do trigo - isso sem contar soja, milho, feijão, fumo, hortaliças. Ele é gigante também na pecuária. Importante produtor de leite, carnes de frango, porco, boi. Um gigante submerso. A chuva pegou os agricultores na reta final da colheita da soja. “Essa lavoura fantástica que nós tínhamos na mão se perdeu. As últimas chuvas foram uma coisa assustadora”, conta o agricultor Renato Freitas. Campos de arroz ficaram debaixo d´água. Faltava colher uns 20% da safra. O agricultor Jairo Fighera, que produz e beneficia o cereal em Santa Maria, conta que o que estava armazenado também se perdeu. RS: campos de arroz ficaram debaixo d´água. Faltava colher uns 20% da safra Jornal Nacional/ Reprodução “Esse arroz aqui está todo encharcado. A tendência dele, essa umidade é subir para o grão seco. No mínimo, tem R$ 1 milhão perdido aqui”, afirma. A chuva destruiu estradas, galpões, máquinas agrícolas, levou embora a infraestrutura necessária para plantar, armazenar e escoar a produção do interior do estado. As perdas na criação animal também são incalculáveis. “A gente está entrando agora no Vale do Taquari pelo município de Lajeado, que eu visitei em setembro do ano passado na última tragédia aqui no Rio Grande do Sul. Uma região que, mais uma vez, é castigada pelas chuvas, uma das mais afetadas por essa situação toda”, conta o repórter Pedro Málaga. A água baixou revelando um cenário desolador. “Dessa vez foi para acabar mesmo. Nada não é tão ruim que não possa piorar. Infelizmente é assim”, lamenta o criador de gado Jorge Dienstmann. Jorge é produtor de leite; conseguiu salvar parte das vacas. Já o criador e aves Fabiano Hauschild perdeu mais de 56 mil frangos que estavam dentro de um galpão. O criador de suínos Marcos Lohmann perdeu parte da lavoura e quase todos os porcos. “Tu vê os animais morrendo, afogando, e tu não tem o que fazer. Ou nós tentamos nos salvar ou nós tentamos salvar os porcos. Não são dois, três. São 400 poucos. Tu não consegue salvar. Tenho que continuar. E tu não sabes o orgulho quando a roça que começa a ficar verde. Começa a crescer tudo. O orgulho que tu sente de ver a plantação... Desculpa. Vamos erguer a cabeça de novo e enfrentar”, afirma. LEIA TAMBÉM Em Arroio do Meio (RS), água baixa e revela cenário de destruição Mesmo com cheia, muitos moradores de cidades gaúchas atingidas permanecem em casa Atletas e ex-atletas estão na linha de frente para socorrer as vítimas das enchentes no RS Mais de 10 mil animais já foram resgatados no Rio Grande do Sul desde o início da tragédia
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10/05 - Governo autoriza bancos a prorrogar crédito rural para agricultores no Rio Grande do Sul
Segundo o Ministério da Fazenda, em nota, a medida pretende minimizar os prejuízos aos produtores rurais causados pelas fortes chuvas no estado. O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta sexta-feira (10) autorizar os bancos a prorrogar as parcelas do principal e juros do crédito rural de custeio, investimento e comercialização com início entre 1º de maio e 14 de agosto. A nova data de início é 15 de agosto. Segundo o Ministério da Fazenda, em nota, a medida pretende minimizar os prejuízos aos produtores rurais causados pelas fortes chuvas no estado. A prorrogação será concedida para produtores em municípios que tenham decretação de situação de emergência ou calamidade pública, reconhecida pelo governo federal, entre 30 de abril e 20 de maio, por conta das fortes chuvas. As parcelas serão corrigidas conforme os contratos celebrados, com a manutenção dos recursos contratados. O CMN fez uma reunião extraordinária nesta sexta-feira (10). O órgão é composto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. O que é crédito rural Crédito rural é um financiamento concedido a produtores rural para investimentos na propriedade, como aquisição de equipamentos e insumos para cultivo. Os tipos de crédito são: custeio, para cobrir despesas de produção investimento, para bens e serviços que poderão ser aproveitados em outros ciclos de produção comercialização, para a venda dos produtos no mercado industrialização de produtos agrícolas e pecuários Os recursos concedidos pelos bancos têm como fontes, além de recursos próprios, depósitos à vista, depósitos em poupança rural, emissão de letras de crédito, BNDES e fundos. Veja o que é #FATO ou #FAKE sobre a tragédia no Rio Grande do Sul
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10/05 - Prejuízos na agropecuária causados pelas chuvas no RS já passam de R$ 1 bilhão
Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), R$ 1,1 bilhão é apenas na agricultura. Danos na pecuária chegam a R$ 61 milhões. Dados são parciais, uma vez que nem todos os municípios conseguem contabilizar perdas. Vista aérea de Porto Alegre (RS) mostra diversas áreas de alagamentos em toda a cidade com destaque para a zona sul, na manhã desta quinta-feira, 2 de Maio de 2024, devido às fortes chuvas ocorridas em todo o Estado, no últimos dias. MIGUEL NORONHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Os prejuízos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul no campo já ultrapassam R$ 1 bilhão, informou nesta sexta-feira (10) a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Segundo a entidade, R$ 1,1 bilhão é apenas na agricultura, enquanto na pecuária os danos chegam a R$ 61 milhões. Os dados são parciais, uma vez que nem todos os municípios conseguem contabilizar as perdas e inserir as informações no sistema da CNM. Ao todo, 397 Municípios foram reconhecidos pelo governo federal em Estado de Calamidade Pública. De acordo com a confederação, a maioria dos Municípios que registraram seus decretos de anormalidade começaram a informar os valores dos danos e prejuízos, considerando que o nível da água já começou a abaixar em algumas localidades. A tragédia já soma 116 mortes confirmadas e 146 desaparecidos. Prejuízos no campo Arroz: antes das chuvas começarem no Rio Grande do Sul, o estado estava finalizando a colheita do cereal. Os gaúchos são os principais fornecedores do grão para o país, responsável por cerca de 70% da produção. A estimativa é de que cerca de 114 mil toneladas de arroz foram perdidas nas enchentes, correspondendo a uma área plantada que está há dias submersa pelas águas: um total de 22,9 mil hectares, localizados na região Central do estado. Contudo, não há risco imediato de desabastecimento do grão, informou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, em entrevista ao podcast "De onde vem o que eu como". Antes da tragédia, a previsão era de que o estado colhesse 7,475 milhões de toneladas de arroz, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mas novas estimativas do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) preveem que a colheita deve ser um pouco menor, em torno de 7,149 milhões de toneladas, considerando os estragos das enchentes e outros efeitos do El Niño. Soja: a estimativa do tamanho da perda da soja no pé varia, segundo consultorias do setor, de 2,5 milhões a 5 milhões de toneladas. Há ainda as perdas não estipuladas da leguminosa que estavam em silos e armazéns. O RS é o segundo maior produtor da leguminosa do Brasil e, no 1º trimestre, foi o responsável por manter em alta os níveis de exportação, após a seca enfrentada pelo Centro-Oeste. A destruição das lavouras de soja no Rio Grande do Sul pode elevar não só os preços do óleo, como os das carnes de frango e de porco, dizem consultorias do setor. É que o farelo do grão é a principal base proteica da ração destes animais. Antes das chuvas começarem, ainda faltava o estado colher cerca de 30% da safra, aponta Matheus Pereira, da consultoria Pátria Agronegócios, que presta serviços à Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil). A expectativa era de que o estado colhesse cerca de 20 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Carnes de frango e porco: dez unidades frigoríficas do RS foram prejudicadas pelas chuvas, mas a maior parte já retomou "parcial ou totalmente as atividades", sendo que duas seguem paralisadas, anunciou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A região é responsável por 11% da produção nacional de carne de frango e de cerca de 20% da produção de carne suína, das quais o Brasil é, respectivamente, o primeiro e o quarto exportador mundial. Saiba mais: Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas no RS e evitar especulação nos preços Governo não pensa em concorrer com produtores de arroz, diz ministro da Agricultura Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, detalha auxílios aos produtores no RS em entrevista ao Globo Rural
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10/05 - Petrobras anuncia redução do preço do gás natural para as distribuidoras
Empresa afirma que o preço médio da molécula vendido às distribuidoras acumula uma redução da ordem de 25%. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (10) que reduziu em 1,5% o preço médio do metro cúbico de gás natural vendido às distribuidoras. O último ajuste havia sido realizado em fevereiro. De acordo com a empresa, a redução reflete as atualizações previstas em contrato, e o efeito dos novos produtos e contratos de venda de gás natural que tiveram início em janeiro de 2024. A Petrobras afirma que o preço médio da molécula vendido às distribuidoras acumula uma redução da ordem de 25% desde o início de 2023. Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação, para cima ou para baixo, às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio R$/US$. Segundo a empresa, os preços do gás natural foram ajustados no dia 1º de maio. Nesta sexta-feira, a Petrobras anunciou também que aprovou novas modalidades comerciais nas vendas de gás natural para distribuidoras estaduais e para os consumidores livres. "A depender dos contratos e volumes movimentados, as distribuidoras terão uma redução adicional de até 10% nos preços da molécula de gás, ampliando a queda já acumulada da ordem de 25% no preço médio da molécula desde o início 2023, com potencial de atingir uma redução de até 35%", diz a empresa. "Já para os consumidores livres, a Petrobras ofertará uma nova carteira de produtos de venda em condições mais customizadas e competitivas. Desta forma, a Petrobras intensifica sua atuação no processo de abertura de mercado, contribuindo para expansão e fortalecimento de um mercado livre mais líquido, competitivo e diversificado." A petroleira anunciou em maio do ano passado mudanças em sua política de preços. Desde então, a estatal não segue mais a política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis automaticamente com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior. Entenda a nova política de preços da Petrobras Veja a nota da Petrobras A Petrobras aprovou nesta sexta-feira, 10/05, novas modalidades comerciais nas vendas de gás natural para distribuidoras estaduais e para os consumidores livres. Para as distribuidoras, a Petrobras ofertará mecanismo de redução de preço nos contratos de venda de gás natural atualmente vigentes, de acordo com sua performance. Com este novo mecanismo, a depender dos contratos e volumes movimentados, as distribuidoras terão uma redução adicional de até 10% nos preços da molécula de gás, ampliando a queda já acumulada da ordem de 25% no preço médio da molécula desde o início 2023, com potencial de atingir uma redução de até 35%. Já para os consumidores livres, a Petrobras ofertará uma nova carteira de produtos de venda em condições mais customizadas e competitivas. Desta forma, a Petrobras intensifica sua atuação no processo de abertura de mercado, contribuindo para expansão e fortalecimento de um mercado livre mais líquido, competitivo e diversificado. Redução contratual Em 01/05/24, os preços do gás natural já haviam sido ajustados, com redução de, em média, 1,5% em reais por metro cúbico (R$/m³) da molécula vendida às distribuidoras, em relação ao início do trimestre fevereiro-março-abril de 2024. A queda de preços também refletiu a redução no preço do petróleo Brent e a apreciação do dólar, conforme indicadores de referência previstos nos contratos. Assim, desde o início de 2023, o preço médio da molécula vendido às distribuidoras acumula uma redução da ordem de 25%, refletindo não apenas as atualizações previstas em contrato, mas também o efeito dos novos produtos/contratos de venda de gás natural mais competitivos que tiveram início em janeiro de 2024. Composição do preço do gás natural O preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela Petrobras, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens e pelos tributos federais e estaduais. No caso do GNV (gás natural veicular), a margem dos postos de revenda também compõe o preço final. Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A Petrobras ressalta que essa atualização de preço não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.
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10/05 - Chuvas no RS: novos voos emergenciais vão partir de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná; veja lista
Informações foram divulgadas nesta sexta-feira (10) pela associação que representa as companhias aéreas. Governo afirma que serão até 116 novos voos para atender o estado. Imagem de drone mostra avião em meio a alagamento no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, no dia 7 de maio de 2024 Wesley Santos/Reuters Os novos voos comerciais da malha emergencial para atender ao Rio Grande do Sul partirão de aeroportos em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. As informações foram divulgadas pela Associação Brasileiras das Empresas Aéreas (Abear), nesta sexta-feira (10). Na quinta-feira (9), o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou até 116 novos voos semanais para atender o estado, em meio à suspensão das operações do aeroporto da capital Porto Alegre, por conta da tragédia causada pelas enchentes no RS. A aeronaves devem aterrissar em aeroportos regionais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, que vão ampliar a capacidade de operação. Segundo a Abear, as rotas anunciadas podem sofrer alterações. Veja a lista de voos emergenciais: LATAM (de 14 a 30 de maio) Voos diários adicionais: Guarulhos (GRU) x Florianópolis (FLN) Florianópolis (FLN) x Guarulhos (GRU) Guarulhos (GRU) x Jaguaruna (JJG) Jaguaruna (JJG) x Guarulhos (GRU) Guarulhos (GRU) x Caxias do Sul (CXJ) Caxias do Sul (CXJ) x Guarulhos (GRU) + 4 frequências semanais Guarulhos (GRU) x Caxias do Sul (CXJ) Caxias do Sul (CXJ) x Guarulhos (GRU) + 2 frequências semanais Congonhas (CGH) x Caxias do Sul (CXJ) Caxias do Sul (CXJ) x Congonhas (CGH) GOL (de 14 a 30 de maio) Voos diários adicionais Congonhas (CGH) x Florianópolis (FLN) Florianópolis (FLN) x Congonhas (FLN) Galeão (GIG) x Florianópolis (FLN) Florianópolis (FLN) x Galeão (GIG) Guarulhos (GRU) x Passo Fundo (PFB) Passo Fundo (PFB) x Guarulhos (GRU) Congonhas (CGH) x Caxias do Sul (CXJ) Caxias do Sul (CXJ) x Congonhas (CGH) + 2 frequências semanais Galeão (GIG) x Florianópolis (FLN) Florianópolis (FLN) X Galeão (GIG) + 3 frequências semanais Galeão (GIG) x Florianópolis (FLN) Florianópolis (FLN) X Galeão (GIG) + 1 frequência semanal Galeão (GIG) x Florianópolis (FLN) Florianópolis (FLN) X Galeão (GIG) Chapecó: GOL operará com aviões maiores nas rotas que envolvem a cidade catarinense, ofertando maior número de assentos. Azul (de 11 a 14 de maio) Sábado (11) Campinas (VCP) x Santo Ângelo (GEL) Santo Ângelo (GEL) x Campinas (VCP) Domingo (12) Campinas (VCP) x Santa Maria (RIA) Santa Maria (RIA) x Campinas (VCP) Curitiba (CWB) x Uruguaiana (URG) Uruguaiana (URG) x Curitiba (CWB) Segunda-feira (13) Campinas (VCP) x Santo Ângelo (GEL) Santo Ângelo (GEL) x Campinas (VCP) Curitiba (CWB) x Uruguaiana (URG) Uruguaiana (URG) x Curitiba (CWB) Terça-feira (14) Campinas (VCP) x Santa Maria (RIA) Santa Maria (RIA) x Campinas (VCP) Ampliação da malha Os voos já estão disponíveis para reserva de assentos a partir desta sexta-feira (10), no site das companhias aéreas. Segundo o governo, sete aeroportos no Rio Grande do Sul e dois em Santa Catarina passarão a receber mais voos semanais para atender ao estado gaúcho. A estimativa é de aumento de 13 mil assentos disponíveis para transporte, totalizando 20 mil passageiros por semana. Para comparação, o aeroporto de Porto Alegre atendia a cerca de 100 mil por semana. Os aeroportos com ampliação de voos são: Caxias do Sul (RS): com 25 novos voos semanais; Santo Ângelo (RS): 2 novos voos semanais; Passo Fundo (RS):16 novos voos semanais; Pelotas (RS): 5 novos voos semanais; Santa Maria (RS): 2 novos voos semanais; Uruguaiana (RS): 3 novos voos semanais. Canoas (RS): 35 novos voos semanais e 5 diários; Florianópolis (SC): 21novos voos semanais; Jaguaruna (SC): 7 novos voos semanais. A base de Canoas é operada pela Força Aérea Brasileira (FAB). Por causa do fechamento do aeroporto de Porto Alegre, a base vai começar a receber voos comerciais, sendo operada pela Fraport – que detém a concessão do aeroporto Salgado Filho, na capital. Carga de 3 mil armas é tirada do aeroporto Salgado Filho após risco de roubo ser detectado
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10/05 - Congresso derruba veto de Lula e Ministério da Agricultura será o único órgão responsável pela reanálise de liberação de agrotóxicos
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também participavam da reanalise. Aplicação de agrotóxicos Reprodução/GloboNews/TV Globo O Congresso derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manteve o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como o único órgão responsável pela reanalise de liberação de agrotóxicos, na Lei dos Agrotóxicos 14.785, de 2023, também conhecida como PL dos Agrotóxicos, nesta quinta-feira (9). O projeto que deu origem à lei (PL 1.459/2022) foi aprovado pelo Senado no final de novembro do ano passado. Anteriormente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também participavam da reanalise. A lei que acelera registro dos produtos químicos no Brasil estabelece que o registro de um produto poderá ser reavaliado se organizações internacionais responsáveis de saúde, alimentação e meio ambiente desaconselharem o seu uso. O Congresso retomou os seguintes pontos da lei que haviam sido vetados: O Ministério da Agricultura vai coordenar esse processo de reanálise. A pasta do Meio Ambiente vai analisar apenas os produtos de controle ambiental; Ao Ministério da Agricultura caberá, em caso de alteração de registro, avaliar tecnicamente: "processo produtivo, especificações do produto técnico e formulado, e alteração de matérias-primas, de outros ingredientes ou de aditivos". No veto presidencial, o argumento para remover o trecho era de que a proposta é "inconstitucional por colocar em risco os direitos à vida e à saúde" e que "o órgão responsável pelo setor da agricultura não possui competência legal, nem especialização técnica, para avaliar riscos toxicológicos ou ecotoxicológicos, mas, apenas, a redução da eficiência agronômica de agrotóxicos". O presidente vetou 17 itens, mas o Congresso derrubou o veto a oito deles e adiou a análise dos restantes. Leia também: O que mudaria na prática com o 'PL dos agrotóxicos' Hormônios, insetos, vírus: entenda como os defensivos biológicos podem ser alternativas aos agrotóxicos Por que a produção de alimentos depende tanto de agrotóxicos? Saiba mais: Por que a produção de alimentos depende tanto de agrotóxicos? 4 pontos sobre o PL dos Agrotóxicos
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10/05 - Correios recebem doações para o Rio Grande do Sul em todas as agências do Brasil; veja como fazer
Empresa também fará o transporte gratuito dos donativos às zonas atingidas. São mais de 10 mil unidades, em todos os estados e no Distrito Federal. Reprodução Os Correios estão recebendo doações em todas as suas agências para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. São mais de 10 mil unidades, em todos os estados e no Distrito Federal. No Rio Grande do Sul, há uma lista de agências em funcionamento. (veja a lista abaixo) Além de abrir as agências para servirem como pontos de coleta, os Correios também farão o transporte gratuito dos donativos às zonas atingidas. Quem doa, não precisa pagar pelo envio. Veja abaixo a lista de itens mais requisitados: Água (prioritário), Alimentos da cesta básica, Material de higiene pessoal, Material de limpeza seco, Roupas de cama e de banho Ração para pet. Os Correios pedem que o doador embale e identifique o tipo de material, apesar de não ser uma exigência para o transporte. Para uma melhor logística, pedem também que a população do Sudeste e do Sul priorize as doações de água potável. As demais regiões podem dar preferência aos itens secos. Segundo a empresa, as carretas já entregaram mais de 1 mil toneladas de donativos para a Defesa Civil no Rio Grande do Sul. A ação integrada está sendo realizada por iniciativa conjunta da Diretoria Executiva da estatal e do Ministério das Comunicações. Voluntários resgatam animais na enchente em Canoas, RS Precisa-se de voluntários Também é possível se inscrever como voluntário para ajudar na coleta e organização dos itens para doação. Segundo os Correios, mais de 1 mil já se inscreveram para atuar na triagem de donativos. "A empresa está recrutando pessoas para apoio nas cidades de Brasília (SOF Sul) e nos municípios de Cajamar e Guarulhos, na Grande São Paulo", diz a empresa. "O apoio será necessário nos municípios de Cajamar e Guarulhos, no estado de São Paulo; em Brasília (DF), no Setor de Oficinas Sul/SOF Sul; e em Curitiba, Cascavel e Londrina, no Paraná." As inscrições podem feitas: Pelo e-mail: sgreo-bsb@correios.com.br (Brasília); Pelo formulário https://forms.office.com/r/aWbDzJ2Ac1 (São Paulo); Pelo e-mail: voluntariosparana@correios.com.br (Paraná). A inscrição deve conter nome completo e telefone de contato. Lista de agências no RS As agências ativas no Rio Grande do Sul são: São Borja, Santo Angelo, Santa Rosa, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Parobe, Taquara, Montenegro, Pelotas, Rio Grande, Camaqua, Bagé, Jaguarão, São Lourenço do Sul, Anta Gorda, Arvorezinha, Butia, Cachoeira do Sul, Charqueadas, Estrela, Foutoura Xavier, Guaporé, Ilopolis, Mato Leitão, Nova Brescia, Pântano Grande, Rio Pardo, Salto do Jacuí, Santa Cruz do Sul, Sobradinho, Teotoania, Taquari, Venancio Aires e Vera Cruz. Em Porto Alegre, a arrecadação ocorre nos Centros de Distribuição Domiciliária Vila Jardim, (Avenida Saturnino de Brito, 46, Vila Jardim), Antônio de Carvalho (Avenida Bento Gonçalves, 6613) e, a partir de terça-feira (7), nos CDDs Restinga (Estrada Barro Vermelho, 59) e Cavalhada, (Camaquã, 408). Todos funcionam das 8h às 17h e recebem itens como: colchões, cobertores, lençóis de solteiro, água, produtos de higiene, copos plásticos, fraldas infantis e geriátricas e rações para cães e gatos.
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10/05 - IPCA: preços sobem 0,38% em abril, puxados por medicamentos e alimentos
País tem uma inflação acumulada de 3,69% em 12 meses. Resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperavam alta de 0,35% no mês. Inflação sobe 0,38% em abril O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 0,38% em abril, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento dos preços no mês passado foi puxado, principalmente, pelos produtos farmacêuticos e alimentos. O grupo de Saúde e cuidados pessoais foi o que apresentou a maior alta, de 1,16%, enquanto Alimentação e bebidas subiu 0,70%. A inflação brasileira voltou a acelerar em relação ao mês anterior. Os preços haviam subido 0,16% março. No entanto, esse é o menor percentual para abril desde 2021. No mesmo mês do ano passado, o IPCA havia subido 0,61%. Com os resultados, o IPCA acumula 3,69% em 12 meses. No ano, a alta é de 1,80%. A inflação de abril veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperavam uma alta menos acentuada, de 0,35%. a Entre os nove principais grupos de produtos e serviços medidos pelo IPCA, sete apresentaram alta em abril. De acordo com André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, os maiores vilões da inflação no mês passado foram os medicamentos, alimentos e a gasolina. Em contrapartida, a passagem aérea foi destaque entre as quedas. Veja o resultado dos grupos do IPCA: Alimentação e bebidas: 0,70%; Habitação: -0,01%; Artigos de residência: -0,26%; Vestuário: 0,55%; Transportes: 0,14%; Saúde e cuidados pessoais: 1,16%; Despesas pessoais: 0,10%; Educação: 0,05%; Comunicação: 0,48%. Medicamentos e alimentos lideram as altas Os produtos farmacêuticos foram os que apresentaram a maior alta dentro do grupo de Saúde e cuidados pessoais: um avanço de 2,84% nos preços, correspondendo a um peso de 0,10 ponto percentual na alta geral do grupo. Essa alta é sazonal, e pode ser explicada pelos reajustes de até 4,50% nos preços dos medicamentos, válidos a partir de 31 de março. Entre os medicamentos, as maiores altas vieram das classes de do antidiabético (4,19%), de anti-infeccioso e antibiótico (3,49%) e de hipotensor e hipocolesterolêmico (3,34%). Grupo de Saúde e cuidados pessoais foi o que teve a maior alta nos preços em abril. Reprodução/RBS TV Os alimentos também voltaram a pesar sobre a inflação de abril. A Alimentação no domicílio teve alta de 0,81% (contra 0,59% em março), enquanto a Alimentação fora do domicílio avançou 0,39% (versus 0,35% no mês anterior). Entre os alimentos in natura que tiveram as maiores altas de preços, destaque para o mamão, que subiu 22,76%, para a cebola, com 15,63%, para o tomate, com 14,09%, e o café moído, com 3,08%. Já na Alimentação fora do domicílio, o subitem lanche teve uma desaceleração em abril, caindo de 0,66% para 0,44%. Por outro lado, a refeição avançou 0,34%, contra alta de 0,09% em março. No grupo de Transportes (0,14%), o subgrupo de combustíveis teve alta importante, de 1,74% em abril. O gás veicular foi o único a apresentar deflação, com queda de 0,51%. O etanol (4,56%), óleo diesel (0,32%) e a gasolina (1,50%) subiram. A gasolina, também teve alta, de 1,50%, e foi o subitem com o maior impacto no IPCA de abril, com força de 0,8 ponto percentual no índice geral. Por outro lado, os preços da passagem aérea despencaram 12,09%, o que ajudou a amenizar a alta do grupo de Transportes. Visão do mercado é otimista, mas com cautela Apesar da aceleração do IPCA, especialistas destacam que o resultado não reflete um cenário ruim, ao olhar para a composição da inflação de abril. As médias dos núcleos da inflação, que descontam choques sazonais sobre os preços, continuou recuando na comparação anual. No acumulado em 12 meses, a média dos núcleos recuou de 3,74% em março para 3,49% em abril. Para Rafael Costa, analista de estratégia macro da BGC Liquidez, o resultado foi favorável, apresentando medidas importantes de tendência de baixas na inflação dos núcleos e dos serviços subjacentes. "Temos apenas que tomar cuidado para não extrapolar o otimismo que pode ser gerado devido à boa leitura dessa divulgação. Particularmente, estamos preocupados com o efeito altista nos preços da alimentação que pode ocorrer pela triste destruição provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul", destaca o analista. INPC tem alta de 0,37% em abril Por fim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que é usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve alta de 0,38% em abril. Em março, a alta foi de 0,19%. Assim, o INPC acumula alta de 1,95% no ano e de 3,23% nos últimos 12 meses. Em abril de 2023, a taxa foi de 0,53%.
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10/05 - Da pecuária ao hortifruti: entenda como enchentes no Sul afetam produção, preços e logística de distribuição do Agro
Representantes dos setores, consultados pela USP, elencam desafios enfrentados. Veja dados de cada área em relatórios feitos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Imagem de drone feita em 5 de maio de 2024 mostra casas destruídas pelas enchentes em Jacarezinho, no Rio Grande do Sul. REUTERS/Diego Vara As enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril deixaram centenas de mortos e desalojados até esta quinta-feira (9), segundo boletim da Defesa Civil, e preocupam pecuaristas, agricultores e demais agentes do setor quanto ao futuro no campo e no mercado. 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Os reflexos das fortes chuvas já são percebidos nas pecuárias de corte e leiteira, na cadeia produtiva das carnes de frango e porco, no cultivo da soja, nas lavouras de arroz do estado, um dos maiores produtores do cereal no país, e hortifruti. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba (SP), montou relatórios sobre cotações, impactos nos cultivos e manejo das pastagens, reflexos nos insumos e nos preços, bem como no escoamento dos produtos. Problemas de logística devido aos bloqueios nas estradas e pontes destruídas, falta de energia elétrica, solos encharcados, além de plantações e pastagens completamente alagadas são alguns dos desafios enfrentados pelos agentes consultados pelo Cepea. 👇 - Leia em detalhes, abaixo. "Misto de desânimo e desespero", disseram colaboradores pecuaristas aos pesquisadores do Cepea. "Os prejuízos ainda são incalculáveis", afirmam. Pecuária: animais arrastados e desafios no manejo do rebanho Os pesquisadores do Cepea apontam que, além de pontes e estradas destruídas, as pastagens seguem inundadas pela água e animais foram arrastados pela enxurrada. "Mesmo nas regiões que não foram inundadas, os solos estão encharcados, dificultando o manejo dos rebanhos. Pecuaristas consultados pelo Cepea mostram um misto de desespero e desânimo", descreve relatório. Pecuária gaúcha Reprodução/RBS TV Frigoríficos interrompem atividades Frigoríficos consultados pelo Cepea afirmaram que precisaram interromper as atividades, seja por terem sido atingidos pela água ou pela dificuldade de locomoção dos funcionários. "O transporte dos animais e da carne também está comprometido. Representantes da indústria informam ao Cepea que alguns poucos permanecem ativos apenas para compras, mas sem previsão para os embarques. Feiras e exposições previstas para maio têm sido suspensas", observa. LEIA MAIS Temporais no RS podem interferir na produção de arroz, alertam produtores; 'Incerteza na safra', diz pesquisa da Esalq-USP Produção de arroz deve ter prejuízo de R$ 68 milhões com chuvas no RS, diz Datagro Insumos O segmento de insumos também enfrenta dificuldades de escoar rações e outros itens essenciais para as propriedades rurais. "Diante da gravidade da situação, agentes de todos os elos da pecuária consultados pelo Cepea ainda têm dificuldades de planejar os próximos dias. Quanto a possíveis impactos desse cenário ao restante do Brasil, pesquisadores do Cepea destacam que, no Rio Grande do Sul, são criadas predominantemente raças europeias, mais adaptadas ao clima frio", pondera. O Cepea observa que o gado e a carne desse estado não têm grande circulação em outras regiões, e, por isso, as ocorrências recentes não devem influenciar significativamente as negociações pecuárias do País. Em 2023, pelo porto de Rio Grande (RS), foram exportados 2,9% da carne bovina. Suínos: ritmo lento As enchentes no Rio Grande do Sul dificultam os transportes de suíno vivo para abate, de carnes aos mercados atacadistas e também de insumos utilizados pela atividade. "Como resultado da queda de pontes e destruição de estradas que interligam importantes regiões produtoras, o ritmo de negócios dentro e fora do estado está bastante lento. É importante ressaltar que alguns municípios não abrangidos pela pesquisa do Cepea foram atingidos com maior intensidade, com relatos de perda de animais e estragos mais graves", pontua. Em 2023, o Rio Grande do Sul foi o terceiro estado com o maior abate de suínos, equivalente a 19,87%, em termos percentuais, sendo 9,2 milhões de cabeças abatidas naquele período. Além disso, o estado gaúcho representou 23,1% do total exportado de carne suína no ano passado. Com as mudanças climáticas, há desafios crescentes para a produção de leite em todo o mundo, destaca pesquisadora do Cepea Getty Images Setor lácteo O setor lácteo já sente os reflexos dos temporais e enchentes no Rio Grande do Sul. "Áreas afetadas em todo o estado e estradas/rodovias interrompidas, a circulação de insumos, do leite cru e dos lácteos vem sendo prejudicada. Além disso, a falta de energia elétrica e de água assolam diversas regiões, refletindo em toda cadeia produtiva", aponta relatório do Cepea. Pesquisadores do Cepea alertam, ainda, que o comportamento sazonal dos preços ao produtor pode ser alterado. "Há laticínios que interromperam a produção, seja por danos causados em suas estruturas industriais, falta de energia elétrica ou pela impossibilidade de efetuar a captação do leite cru nas fazenda, Laticínios e cooperativas que ainda mantêm suas atividades relatam esforços em conjunto para conseguir viabilizar a captação de leite cru", afirmam. Apesar das perdas, buscam alternativas para captar o leite de propriedades menos afetadas e para realizar a distribuição de lácteos. Essas rotas, porém, elevam o custo logístico da operação, conforme apontado pelos agentes de mercado. Produção leiteira Shutterstock Falta de energia impacta automação A dificuldade de acesso às fazendas prejudica a aquisição sobretudo de ração, com relatos de racionamento e menor produção devido à má alimentação do rebanho. Há, também, relatos de situações mais críticas que resultam em descarte de leite no campo, devido à falta de ração, energia elétrica e combustível. "A falta de energia elétrica impacta sobremaneira o setor: no campo, impede a automação da ordenha e o resfriamento do leite; na indústria, o processamento dos lácteos e sua conservação. Fazendas e laticínios que seguiram operando contaram com geradores e combustível para sua alimentação. A falta desses itens inviabiliza a produção do leite cru e dos lácteos em muitas regiões do estado nesse momento", lamentam os agentes consultados pelo Cepea. O abastecimento de lácteos para os canais de distribuição tem sido bastante prejudicado, principalmente por conta da situação calamitosa de Porto Alegre e da região central do estado. Com isso, há grande dificuldade de escoamento, o que compromete o abastecimento não apenas no Rio Grande do Sul, mas também em outros estados. Colaboradores do Cepea afirmam que os prejuízos são visivelmente enormes, mas ainda incalculáveis. Preços Sazonalmente, a produção de leite no Rio Grande do Sul tende a se elevar a partir da metade de abril, de modo que maio, junho e julho são meses em que, normalmente, a oferta sobe, devido às pastagens de inverno – e os preços, consequentemente, caem. Essa janela de produção possibilita que os lácteos do Sul abasteçam outros estados – já que, tipicamente, esse período marca a entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste. "Neste ano, contudo, o cenário deve ser diferente ao refletir os problemas causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Com redução da produção do leite no estado em maio, os preços ao produtor podem se comportar de maneira atípica", disse. Agentes de mercado consultados pelo Cepea acreditam que as perdas estruturais no campo e nas indústrias podem retardar a recuperação da oferta do leite cru e dos lácteos. Com isso, a perspectiva de preços ao produtor em alta se fortalece para este e para os próximos meses. Demanda e repasses Mesmo com muitas famílias desabrigadas, as compras institucionais de lácteos podem sustentar a demanda, aponta o Cepea. De qualquer maneira, o aumento dos custos logísticos deve ser repassado às cotações dos lácteos. "Não se tem, até o momento, uma projeção da intensidade dessas variações nos preços do leite cru e dos lácteos, na medida em que os agentes da cadeia ainda calculam os impactos e prejuízos das enchentes no Rio Grande do Sul", completam. Maçã K8/ Unsplash Hortifruti Frutas e hortaliças pesquisadas pelo Hortifrúti/Cepea, também têm produção e mercado impactados pelas chuvas no Sul. A fronteira de Porto Xavier (RS) mudou o cenário das importações da cebola, por exemplo. Colaboradores do Hortifrúti/Cepea destacam que os bulbos importados têm perdido qualidade, devido à alta umidade e ao tempo de espera para transporte. "Até a última sexta-feira, 3, a travessia de balsas ainda ocorria, mas o escoamento das cebolas pode ser prejudicado, já que parte do estado se encontra intransitável por conta dos danos causados nas estradas. Para a cenoura, pesquisadores do Cepea apontam cenário crítico na região de Caxias do Sul", ressalta relatório. "Estima-se que as inundações levem à uma janela de oferta, podendo dificultar, inclusive, a retomada das áreas afetadas", prevê. Cenoura teve aumento de 72,71% Pixabay Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico. Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos A colheita de maçã fuji será afetada com atraso das atividades, possível aumento da incidência de doenças nos pomares e impactos na logística, para distribuição da fruta aos outros estados, uma vez que as estradas estão bloqueadas. Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil Reprodução/TV Globo Soja As chuvas, quando em grande volume, retardam as atividades de campo e podem afetar qualidade das lavouras. "O excesso de umidade tende a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia", explica o Cepea, que ressalta o Rio Grande do Sul como segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Arroz Lavoura de arroz convencional em Viamão Celso Tavares / g1 A colheita, que já estava bastante atrasada em relação aos anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada. Os preços do arroz, que também apresentaram movimentos de queda em março, poderão ser afetados. – 👇Leia mais, abaixo, na reportagem. Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que a tempestade da noite da última segunda-feira (29) deixou lavouras debaixo d'água, inviabilizando as atividades; além de interditar estradas, o que também dificultou o carregamento do cereal. “Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea. Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado”, apontou o Cepea nesta quinta-feira (2). O volume de chuva que caiu sobre o Rio Grande do Sul nos últimos quatro dias equivale a três vezes a média para esta época do ano, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). "O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil. As intensas chuvas desta semana têm o potencial de reduzir significativamente as rendas dos orizicultores do estado. Trazem também preocupação com o abastecimento no Brasil e seus impactos custo de vida das famílias, especialmente as mais pobres", analisam os pesquisadores do Cepea. Arroz deve ter redução da safra no RS Reprodução/RBS TV Dificuldade de vendas e quedas nos preços A média ponderada do arroz em casca no Rio Grande do Sul, representada pelo Indicador Cepea/Irga-RS apresentou movimentos distintos em março. Nas três primeiras semanas do mês de março deste ano, segundo o Cepea, o cenário foi de 5,27% de queda e, no último período, de ligeira recuperação (+0,10%). De acordo com medições do Cepea, a média mensal do Indicador passou para R$ 100,41 a saca de 50 quilos, um recuo de 10,97% na comparação com fevereiro deste ano. "Apesar de inferior, a marca ainda é 21,6% maior a de março de 2023 em termos reais, deflacionado pelo IGP-DI. O movimento de baixa esteve atrelado às dificuldades nas vendas (quanto a preços e ao volume) para o atacado e o varejo e, também, ao andamento da colheita no principal estado produtor, o Rio Grande do Sul”, analisam os pesquisadores do Cepea para o setor de arroz. Disparada no preço internacional do arroz vira oportunidade para agricultores brasileiros Reprodução/ TV Globo Valorização do dólar Um tímido avanço nos preços no final de março é explicado pela presença mais ativa de compradores, especialmente do Centro-Oeste, do Sul e do Sudeste, com negócios realizados para o mercado doméstico e para exportação. A demanda de tradings no porto de Rio Grande (RS) se aqueceu, favorecida pela valorização do dólar. “Entre 1° e 28 de março deste ano, a moeda norte-americana subiu 1,15%, cotada a R$ 5,01 no dia 28. Entretanto, as negociações realizadas no spot ou via contratos a termo para exportação foram limitadas pela disparidade de preços e prazos de pagamento”, especifica o Cepea. Em relação às microrregiões que compõem o Indicador, houve quedas de 11,98% na Fronteira Oeste e de 11,71% na Planície Costeira Interna entre fevereiro e março deste ano, com respectivas médias de R$ 98,21/sc de 50 quilos e R$ 102,65/sc no último mês. Ainda segundo boletim divulgado pelo Cepea em abril, as quedas estiveram próximas de 10%, com médias de R$ 102,93/sc, R$ 102,84/sc, R$ 98,85/sc e R$ 98,62 na Zona Sul, Planície Costeira Externa, Depressão Central e Campanha. Em relação aos demais rendimentos, a média estadual sul-riograndense para o produto de 63% a 65% de grãos inteiros caiu11,63% entre fevereiro e março de 2024, a R$ 102,42/sacas de 50 quilos. Para os grãos com 59% a 62% de grãos inteiros, a baixa foi de 10,81%, a R$ 101,21/sc. Quanto ao produto de 50% a 57% de grãos inteiros, houve queda de 9,58% em igual comparativo, para R$ 98,11/sc. LEIA MAIS Soja, carne, café, suco de laranja: veja os produtos em que o Brasil é líder em exportação no mundo Milho registra maior volume de exportação de grãos no 1º semestre de 2023, aponta estudo da USP Maior oferta, baixa demanda e tensões geopolíticas: pesquisa da USP aponta motivos para quedas nos preços de derivados da cana Campo Dados da Emater/RS divulgados no último dia 28 indicam que 25% da área cultivada com arroz foi colhida no Rio Grande do Sul. "Quanto aos demais estados produtores, segundo a Conab, o destaque é Santa Catarina, com 75% já colhido. Em seguida estão Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Maranhão, com 40%, 32%, 15% e 5% já colhidos, respectivamente, até o último dia 25", apontam pesquisadores do Cepea. Clima adverso Quanto aos impactos do clima adverso no maior estado produtor de arroz, conforme do Cepea, a Emater/RS ressalta que os prejuízos causados por enxurradas e pelo acamamento nas lavouras variam de acordo com o estágio de desenvolvimento da planta. “Nas áreas em estágios iniciais, a expectativa é que os danos tenham sido menores. Em várias localidades, o arroz vem apresentando desenvolvimento satisfatório”, conclui o Cepea. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região C Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
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10/05 - Dia das Mães: como organizar as finanças para criar os filhos
Podcast Educação Financeira mostra o relato de como três mães, de realidades diferentes, lidam com o dinheiro, junto com dicas para que as finanças sejam um problema menor. Ruth Almeida, mãe solo dos gêmeos Oliver e Oriel, conta como sua vida financeira mudou com a chegada das crianças Arquivo Pessoal “Eu tento guardar dinheiro para emergências, mas parece que com criança a gente só vive em emergência. A gente compra uma fralda, acaba uma pomada. Quando compra uma roupa, já perde uma meia.” Ruth Almeida, de 26 anos, fez o relato acima ao podcast Educação Financeira desta semana. Ela é mãe solo dos gêmeos Oliver e Oriel, de apenas 1 ano. A gravidez não foi planejada e ela precisa suar para fechar as contas todo mês. No episódio especial de Dia das Mães, estão reunidos esse e outros relatos dos desafios financeiros da maternidade. A longa lista de consultas médicas, vacinas, roupinhas, chupetas, mamadeiras tem um custo que surpreende até mesmo as mães mais organizadas. O podcast procurou, então, quais dicas os especialistas em finanças poderiam dar, para que a aflição possa ser menor. Mas, antes das respostas, o g1 mostra o relato de como três mães, de realidades diferentes, lidam com o dinheiro. OUÇA AQUI Ruth Almeida, 26, mãe solo, gravidez não planejada Ruth Almeida é mãe dos gêmeos Oliver e Oriel, de um ano. A gestação dela não foi planejada Arquivo Pessoal Ruth Almeida é nutricionista e trabalhou no Exército por três anos. Tinha renda estabilizada, benefícios e segurança no emprego. Até que começaram as surpresas. Em 2021, descobriu uma doença rara: uma paralisia periódica hipocalêmica, que causa fraqueza muscular por perda de potássio. Foi desligada do serviço militar. Em agosto de 2022, mais uma notícia: uma gravidez não planejada. De gêmeos. “Minha vida militar era ótima financeiramente. Eu tinha um salário bom, uma condição boa, viajava muito, tinha até dinheiro guardado. Mas, quando os meninos nasceram, eles precisaram ficar na UTI e a reserva de emergência que eu tinha já foi para isso”, diz. Oliver e Oriel nasceram em fevereiro de 2023. O genitor das crianças não assumiu a criação. Sem emprego e sem ajuda do pai dos meninos, passou a precisar da família para criar os gêmeos. “Por serem gêmeos, é tudo em dobro. Mesmo para as fraldas, eu achava que 10 pacotes eram muitos, mas não, porque eram cinco para cada um. É difícil ter noção do que eles precisam”, afirma. Ruth afirma que precisa se apertar para não prejudicar o orçamento da casa. Sempre que pode, aproveita promoções de fralda no supermercado e compra roupa para os meninos em brechós. “Já paguei um real e noventa em uma calça para eles, isso foi ótimo!”, finalizou. Katia Nunes, 30, gravidez não planejada Katia Nunes com o filho Breno, o marido Edcarlos e seus dois cachorros Arquivo Pessoal Katia Nunes é casada e mãe de Breno, de 2 anos e 5 meses. A gestação não foi planejada, e as dívidas bancárias já surgiram para custear o parto e as consultas da criança. Antes mesmo da gravidez, ela tinha problemas para se organizar. Em 2019, foi demitida do trabalho como assistente comercial. O banco que a empregava alegou baixo rendimento, mas Katia descobriu que era uma depressão que começava a se manifestar. Ela não tinha reservas financeiras e o nome do marido estava sujo. Demorou dois anos para voltar ao mercado de trabalho. E, duas semanas depois do reinício, descobriu que estava grávida. "Eu tinha convênio, mas a minha vontade era ter um parto normal. Em plantão de hospital, normalmente eles levam as mães direto para a cesárea. Por isso optamos por pagar uma médica particular", relata. Obstetra e auxiliar lhe custaram R$ 9,5 mil. Precisaram de um empréstimo consignado. O enxoval do bebê foi feito com ajuda de amigos e familiares, que doaram roupas e móveis. “Na minha cabeça, eu tinha que quando eu engravidasse eu queria fazer tudo pelo meu filho. Fazer o quartinho, comprar o berço, me mudar para uma casa maior. Mas eu não tinha condição financeira para isso”, conta. De lá para cá, a situação melhorou: Kátia está trabalhando na área operacional em um escritório de investimentos. O dinheiro não está sobrando, mas há um horizonte de estruturar as contas e limpar o nome do marido. Mas ainda há receio em ter um segundo filho. “Quando eu casei com o meu marido, a gente pensava em ter dois, três filhos e ainda adotar um. Agora, nós percebemos que pode ser muito complicado financeiramente”. “A sensação é de que a gente vive correndo e trabalhando sempre para pagar apagar incêndio, que são as contas, as dívidas”. Juliana Benvenuto, 34, gravidez planejada Juliana Benvenuto, especialista em investimentos e mãe do Gabriel, que nasceu no último dia 5 de maio Arquivo Pessoal Quando a especialista em investimentos Juliana Benvenuto deu entrevista ao podcast Educação Financeira ela estava grávida de 38 semanas do seu primeiro filho, Gabriel. No dia 5 de maio, ele nasceu. A situação da família é bem diferente dos relatos anteriores. A gestação de Juliana foi planejada, e ela trabalha há anos no mercado financeiro — o que lhe dá uma boa renda para se preparar para a maternidade. “O fato de eu vir do mundo financeiro já facilita muito esse processo. Eu acho que é muito importante a gente ter um planejamento financeiro bem estruturado, pois foi o que deixou a minha gravidez tranquila. A gente aproveitou para fazer tudo do nosso jeitinho, montamos o quartinho do jeito que a gente gostaria”, diz. Juliana afirma que contratou uma consultoria para poder organizar as receitas e os possíveis gastos que ela teria com a chegada do Gabriel. Além disso, conseguiu fazer o enxoval do bebê fora do Brasil. “Eu e meu marido estávamos muito preparados para esse processo. Se eu pudesse dar uma dica, eu diria que é essencial entender o que é supérfluo e o que é fundamental para comprar para a criança”, relata. “Nós, como mães, principalmente de primeira viagem, a gente quer comprar tudo. É tudo lindo, Vai botando no carrinho, vai levando tudo, mas fazer uma pesquisa inicial é muito importante, porque assim eu vejo o que é realmente essencial para o meu bebê”, continuou. Como se preparar para ser mãe Ao fazer o planejamento para aumentar a família, é preciso mapear a realidade financeira atual da família. O primeiro passo é identificar as receitas e despesas da casa, entender quais gastos podem ser eliminados e se há sobras. Em outras palavras: montar um orçamento. O início é mais trabalhoso, pois é preciso destrinchar gastos como: Aluguel ou financiamentos imobiliários; Contas básicas, como água, luz e gás; Supermercado; Contas correntes e cartões de crédito; Lazer e supérfluos. Com esse mapa será possível entender se os valores recebidos — do salário e de outras fontes de renda, se houver mais que uma — se encaixam na realidade de uma família maior. “Estimamos, no planejamento financeiro pessoal, que entre 20% e 35% da renda familiar deve ser destinada aos gastos com as crianças, independentemente se for uma, duas ou três crianças”, afirma a planejadora financeira Carol Stange. Esse percentual representa uma condição ideal, e que não é a realidade de boa parte da população brasileira. Por isso, é ainda mais importante ter um bom mapa das finanças pessoais, para saber quanto desse orçamento ficará comprometido ao longo do tempo. Carol comenta que a maternidade desperta nas novas mães uma vontade imensa de dar “tudo de bom e do melhor para o filho”, mas é preciso consciência sobre o potencial de consumo da família para que não se perca o controle. “Pesquisas indicam que ter um filho na classe C custa entre R$ 300 mil a R$ 400 mil ao longo de 18 anos. Na classe B, em torno de R$ 700 mil por filho. E na classe A, pode custar mais de R$ 1 milhão”, informa Stange. Em casos como o da planejadora financeira Juliana Benvenuto, em que o orçamento familiar permite, é possível até passar a fazer movimentos para a vida financeira da criança. Uma ótima prática é fazer a construção de uma reserva financeira sólida e até investimentos de longo prazo para custear a educação, por exemplo. (saiba mais abaixo) Gravidez não planejada Quando um filho não está nos planos, a “missão financeira” é ainda mais urgente. É necessário entender imediatamente como estão as fontes de renda da futura mãe, mapear os custos e estabelecer prioridades. “Uma coisa é faltar dinheiro para comprar um produto supérfluo, outra coisa é faltar dinheiro para pagar aluguel, escola ou uma alimentação de qualidade para o filho”, diz Carol Stange. No cenário mais complicado, é importante verificar se há uma rede de apoio de confiança. É o que mostra o relato de Ruth Almeida, que pode contar com os pais para ajudar no sustento dos gêmeos enquanto ela busca uma recolocação no mercado. O alívio em casos como esse só aparece quando há possibilidade de negociar o salário ou buscar renda extra com novos trabalhos. Educa+ e outros Investimentos Quando tudo dá certo, é possível até pensar no conforto financeiro dos filhos. E o protocolo é o mesmo que para montar uma carteira pessoal: compor uma reserva de emergência e, depois, pensar em objetivos futuros. Uma particularidade da escolha de investimentos para os filhos é o prazo mais longo. Quando se pensa em 15 ou 20 anos, é possível colocar parte desse dinheiro em títulos mais longos, com rentabilidades (e riscos) maiores. Juliana Benvenuto, planejadora financeira e mãe do Gabriel, recomenda que as mães comecem com investimentos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), já que os valores têm baixo risco de oscilação. “No longo prazo, quando o filho tiver mais de 18 anos, vão aparecer outros gastos relevantes, como faculdade. É bom trabalhar com investimentos mais conservadores, mas também já dá para pensar em renda variável e investimentos internacionais”, diz. “A própria previdência privada pode fazer muito sentido em um planejamento para os filhos e seguro de vida também é outra parte importante do planejamento financeiro como um todo”, acrescenta. Carol Stange lembra de outro ativo importante, e que surgiu há pouco tempo: o Tesouro Educa+. Esse título do Tesouro Direto, desenvolvido em parceria com a B3, proporciona que os pais façam aportes ao longo dos anos para que o dinheiro volte para ajudar no pagamento de parcelas de um curso ou faculdade. Um exemplo: ao comprar o Educa+ com vencimento em 2042, os pais têm 18 anos para aportar os valores. Pelos títulos disponíveis hoje, o dinheiro investido rende IPCA + 6,16% ao ano. Quando chegar em 2042, o Tesouro devolve o valor corrigido mensalmente para o pagamento das prestações. “Quando essa criança fizer 18 anos, vai ter a opção de consumir esse montante acumulado em pequenas parcelas que vão durar durante o período de estudo”, afirma. * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Dia das Mães aquece mercado de flores
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10/05 - Destruição de lavouras de soja no RS pode encarecer frango e porco, além do óleo, dizem analistas
Perda com enchentes ainda não foi calculada, mas é estimada em até 5 milhões de toneladas, sem contar os impactos em grãos que estavam armazenados. Lavouras de soja são destruídas pelas chuvas no RS Carlos Cogo A destruição das lavouras de soja no Rio Grande do Sul pode elevar não só os preços do óleo, como os das carnes de frango e de porco, dizem consultorias do setor. É que o farelo do grão é a principal base proteica da ração destes animais. O RS é o segundo maior produtor da leguminosa do Brasil e, no 1º trimestre, foi o responsável por manter em alta os níveis de exportação, após a seca enfrentada pelo Centro-Oeste. Antes das chuvas começarem, ainda faltava o estado colher cerca de 30% da safra, aponta Matheus Pereira, da consultoria Pátria Agronegócios, que presta serviços à Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil). A expectativa era de que o estado colhesse cerca de 20 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa do tamanho da perda da soja no pé varia, segundo consultorias do setor, de 2,5 milhões a 5 milhões de toneladas. Há ainda as perdas não estipuladas da leguminosa que estavam em silos e armazéns. Indústria negocia compra de arroz da Tailândia Governo libera compra de 1 milhão de toneladas de arroz 'Arroz que está colhido garante abastecimento', diz federação de agricultura do RS A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou na última quinta-feira (9) um ligeiro aumento de 100 mil toneladas na estimativa da safra de soja do Brasil, cuja colheita está perto de ser finalizada, mas não contemplou eventuais impactos das enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo a estimativa feita ao final da semana passada, ainda sem considerar eventuais perdas nas lavouras gaúchas, a safra nacional está agora estimada em 153,9 milhões de toneladas, ante 153,8 milhões de toneladas na previsão de abril. Como a soja afeta o preço dos alimentos A queda nas exportações após a perda no RS pode gerar uma disputa pela soja como matéria-prima, analisa Carlos Cogo, da consultoria Cogo. Isso, por sua vez, vai reforçar a tendência de alta dos preços da leguminosa. Para ele, os principais produtos afetados serão o farelo, usado na fabricação de ração; o óleo de soja, para consumo humano; e o biodiesel — que, no Brasil, tem 65% da produção feita é a partir do óleo do grão. A ração animal feita com soja é usada, principalmente, para as cadeias de frango, carne suína e para o caso de criação bovina em confinamento. Sendo que nas duas primeiras é a principal base proteica para a alimentação. Com a ração mais cara, os preços podem refletir nas gôndolas do supermercado. Já a alta do óleo de cozinha impulsionaria também os preços de outros óleos vegetais para o consumidor, afirma Cogo. Mas, para ter certeza dessa alta, será preciso acompanhar as perdas no campo por todo o mês de maio, aponta Luiz Fernando Gutierrez, consultor da Safras & Mercado. MAIS PERDAS: Preço do leite deve subir no campo após enchentes no RS, diz Cepea Quebra na safra era prevista Mesmo antes das chuvas, o Brasil já iria sofrer uma quebra na safra de soja, aponta Pereira. Isso acontece quando o volume colhido é menor do que o estimado no início da safra. Uma das razões era a seca no Centro-Oeste brasileiro, que já prejudicava a colheita. De mesma forma, o preço do grão sofria queda nas bolsas internacionais, seguindo um movimento que afeta as principais matérias-primas agrícolas exportadas, as "commodities". Segundo o levantamento da Pátria Agronegócios, haveria uma perda de 23 milhões de toneladas de soja em relação ao potencial produtivo, ou seja, a capacidade do Brasil de produzir. Seria a segunda maior quebra da história, menor apenas que a da safra de 2022, em que a perda foi de 25 milhões de toneladas. Esta quebra, porém, estava sendo segurada pela expectativa de uma safra recorde no Rio Grande do Sul, aponta Cogo. Além disso, as exportações de soja do Brasil bateram recorde no 1º trimestre deste ano, refletindo negociações realizadas ainda em 2023, apontou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Agora, após fortes chuvas no Rio Grande do Sul e nos Estados Unidos e de greves na Argentina, o valor do grão já apresenta uma tendência da alta nas bolsas, diz Gutierrez, da Safras & Mercado. Para o consultor, as perdas na produção podem fazer os agricultores reduzirem a exportação, para deixar mais grão no mercado interno. Com isso, as vendas para fora devem ser menores que as do ano passado, quando somaram 101,3 milhões de toneladas. Segundo Pereira, tradicionalmente o mercado interno entra com maior presença no 2º semestre do ano. Ainda assim, ele diz que as filas de espera para a compra externa de soja em maio continuam em patamares recordes. Como fica a safra agora Para Pereira e Cogo, as perdas do grão ainda na lavoura devem ser em torno de 2,5 milhões de toneladas: já para Gutierrez, podem chegar até 5 milhões. Contudo, os três especialistas ressaltam que ainda é cedo para cravar um número. "É soja que realmente sumiu. As correntezas realmente tiraram a soja do campo, reduziram a qualidade dela para um padrão onde é impossível ser aceita para exportação. Ela tem que ser forçada como alimentação regional de animais, mas não vira soja padrão", diz Pereira. Além disso, será preciso considerar os grãos que estavam nos silos, que também podem ter sido perdidos. Há ainda os problemas para escoar a produção que restar, uma vez que vias estão interrompidas e algumas estradas ficaram inviáveis para o trânsito de caminhões pesados, aponta Pereira. Outra questão é que a umidade pode causar o apodrecimento dos grãos de soja. O excesso de umidade tende a elevar a acidez do óleo, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia, explica o Cepea. As perdas do agricultor Os agricultores do Rio Grande do Sul vêm sofrendo há 3 anos com quebras na safra, contudo a principal razão era o calor, devido ao fenômeno climático La Niña. Neste ano, com o El Niño, a expectativa era de que o estado tivesse um alívio nas temperaturas, proporcionando uma boa produtividade dos grãos, onde os agricultores poderiam se recuperar, aponta Cogo. "Então, muitos desses produtores haviam renegociado dívidas para pagar com a safra desse ano e isso não vai ser possível. [...] No ano que poderiam se recuperar tem esse baque, essa tragédia e vão ter mais dificuldade ainda", afirma. "Lembrando que esses produtores não perderam só a colheita de soja. Eles perderam trator, colhedoras, escaveiras, instalações, silos, armazéns convencionais, animais. Perderam basicamente grande parte dos seus patrimônios", completa. Para Gutierrez, existe a possibilidade de os agricultores não conseguirem plantar na próxima temporada do grão, que no Rio Grande do Sul começa em outubro e novembro, gerando uma área plantada menor ou menos investimento no campo. Mais vídeos do agro: 'Arroz colhido garante abastecimento', diz presidente de federação do RS Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças
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10/05 - Por que a receita de cerveja mais antiga do mundo voltou a ser produzida
Uma antiga receita de cerveja da Mesopotâmia, feita com restos de pão, ressurgiu milênios depois para reduzir a pegada de carbono da bebida. Por que a receita de cerveja mais antiga do mundo voltou a ser produzida TOM MOGGACH Quando as pessoas experimentaram pela primeira vez a espuma da cerveja – provavelmente, muito mais quente e densa que nos padrões atuais –, o mundo era muito diferente de hoje. As pessoas que produziram as primeiras cervejas moravam na Mesopotâmia, onde hoje fica o sul do Iraque. Eram os sumérios, a primeira civilização conhecida da região. Eles moravam em cidades antigas, cerca de 4 mil a 6 mil anos atrás. Uma antiga receita foi descoberta em uma tábua de argila, escrita na forma de poema para a deusa da cerveja, Ninkasi. "Ninkasi, é você quem prepara [a] massa com uma grande pá, misturando, em um fosso, o pão de cerveja com doces aromáticos", diz o poema. "É você quem assa o pão de cerveja no grande forno e coloca em ordem as pilhas de grãos descascados." O poema revela que a cerveja que eles bebiam não era feita apenas com ingredientes comuns, como cereais, levedura e água. Ela também levava pão. Os sumérios adoravam a cerveja: seu pictograma é um dos mais usados na escrita desse povo. E, ao contrário da maior parte da cerveja produzida hoje em dia, ela usava "pão de cerveja" — um pão de cevada assado duas vezes, para fornecer parte dos açúcares necessários para iniciar o processo de fermentação. Milênios depois, em 2016, os fundadores da cervejaria Toast Brewing, em Londres, decidiram recuperar essa receita antiga ao verificar os imensos volumes de alimentos desperdiçados pelas fábricas e pelos supermercados. Tristram Stuart é ativista ambiental da organização Feedback, e Louisa Ziane é especialista em sustentabilidade da consultoria The Carbon Trust. Surpresos com as possibilidades apresentadas pelo humilde alimento, eles decidiram produzir cerveja com restos de pão. Em todo o mundo, estima-se que 900 mil toneladas de pão industrializado acabem no cesto de lixo todos os anos. São 24 milhões de fatias de pão jogadas fora todos os dias. Por que a receita de cerveja mais antiga do mundo voltou a ser produzida TOM MOGGACH Stuart teve a primeira noção da escala desse desperdício em 2013, durante uma visita a uma fábrica que fornecia sanduíches embalados para um supermercado britânico. "Havia um grande recipiente lá fora, simplesmente repleto de fatias de pão", conta Ziane. Stuart conversou com a empresa a respeito. Eles estimavam que houvesse 13 mil fatias de pão naquele recipiente. A discussão revelou que as pontas dos pães e, muitas vezes, as primeiras fatias perto das pontas costumam ser jogadas fora porque não são perfeitamente quadradas. Pouco tempo depois, uma visita casual à Bélgica – onde ele provou uma cerveja feita com pão no Projeto de Cerveja de Bruxelas – inspirou Stuart a transformar pães desperdiçados em cerveja de alto valor. "A ideia de que os povos antigos reverenciavam o cereal e o usavam para criar uma bebida que ajudava a enaltecer a origem daquele grão conta a história da cerveja", explica Ziane. A Toast Brewing foi lançada em 2016, oferecendo garrafas de cerveja produzida com resíduos de pão das padarias londrinas. Por que a receita de cerveja mais antiga do mundo voltou a ser produzida TOAST BREWING O lançamento da Toast foi recebido calorosamente, transformando a cerveja em uma forma inovadora de despertar as pessoas para uma questão planetária. Cerca de um terço de todos os alimentos produzidos no mundo são perdidos ou desperdiçados. E este desperdício representa até 8-10% das emissões globais de gases do efeito estufa. "Para nós, esta é uma forma muito interessante de ajudar a indústria britânica da panificação a combater o desperdício de alimentos e a aumentar a consciência entre os consumidores de cerveja", afirma Ziane. Fabricar cerveja com pão também traz os seus desafios. "As primeiras cervejas provavelmente eram um pouco granuladas e talvez se parecessem com um mingau alcoólico", explica Ziane. O método exigiu um pouco de adaptação, incluindo um triturador industrial para picar as fatias de pão e cascas de arroz para evitar que o pão se transformasse em uma esponja impenetrável dentro do tanque. A receita final da Toast substitui 25% dos grãos por pão. Com isso, ela economiza 25% do carbono, água e terra necessária para cultivar os cereais. Conheça todos os processos para se fazer cerveja O impacto ambiental, do cultivo à embalagem Stefan Schaltegger é o fundador do Centro de Gestão da Sustentabilidade da Universidade Leuphana de Lüneburg, na Alemanha. Ele é consultor de sustentabilidade da Krombacher, o maior fabricante de cerveja do país. O professor afirma que o cultivo de cereais prejudica o meio ambiente de diversas formas. "Uma categoria importante de impacto é a contribuição para as mudanças climáticas, com as emissões de gases do efeito estufa", explica Schaltegger. "Outra categoria de impacto importante é o uso da água e a terceira é... a perda da biodiversidade." Cerca da metade do impacto ambiental da cerveja ocorre durante a produção do cereais. E o uso de resíduos de pão reduz este impacto. A Toast calcula que, entre 2016 e 2022, o uso de resíduos de pão na sua fábrica evitou emissões equivalentes a 61 toneladas de CO2 (CO2e). O processo de produção é outro fator importante para o impacto ambiental da cerveja. "A principal questão é o uso de energia, tipicamente de combustíveis fósseis", explica Schaltegger. "São quantidades imensas, pois são necessárias temperaturas muito altas e você precisa resfriar a cerveja com relativa rapidez, dependendo do tipo que estiver produzindo." A cervejaria da Toast usa gás e eletricidade pública, mas a migração para fontes renováveis é uma prioridade imediata da empresa. Sua pegada de carbono em 2022 foi de 206 toneladas de CO2e, que eles pretendem reduzir para zero até 2030. Evitar que o pão vá para os aterros sanitários também evita a emissão de metano, que é produzido quando o pão (ou qualquer outro alimento) se decompõe em ambientes com baixo teor de oxigênio. Por que a receita de cerveja mais antiga do mundo voltou a ser produzida TOAST BREWING O metano é um gás altamente poderoso. Seu impacto no aquecimento global é mais de 80 vezes maior que o do CO2 ao longo de um período de 20 anos. Por isso, é importante evitar que os pães e cereais tenham esse mesmo destino, depois que seus açúcares forem extraídos para a produção da cerveja. A Toast encaminha todos os cereais e resíduos de pão usados para uma fazenda no sudeste da Inglaterra. Lá, eles são consumidos como ração animal. Este subproduto "começa a criar cheiro de queijo em poucas horas, de forma que ele realmente precisa ser coletado diariamente", explica Ziane. Ou seja, o agricultor responsável pela coleta precisa ficar próximo da fábrica – da mesma forma que, em um mundo ideal, o pão viria da padaria ao lado da cervejaria. "Se você examinar os tempos pré-industrialização, quando você tinha diversos pequenos negócios em locais próximos, você costumava ter um cervejeiro local e uma padaria na porta ao lado", prossegue Ziane. "A padaria usava a levedura excedente do cervejeiro e o cervejeiro podia usar sobras de cereais da padaria." "Hoje em dia, é muito mais difícil operar desta forma. Mas existe algo realmente encantador no potencial de resiliência criado por esses relacionamentos." A Toast agora compra pão das maiores padarias comerciais do Reino Unido, mas procura manter suas vendas perto da fábrica de cerveja. Em outros países, como a Bélgica, a Holanda e a Austrália, a Toast mantém parcerias com cervejeiros e padarias locais para comprar pão e vender cerveja localmente. O resultado é que a pegada de carbono da cerveja da Toast é de 604g por litro, em comparação com a média de cerca de 700 g por litro da bebida convencional no Reino Unido e de 900g por litro nos EUA. Mas os números da Toast incluem parte do carbono associado à produção de pão, mesmo considerando que o pão usado na fabricação de cerveja seria descartado. Ainda há trabalho a ser feito para reduzir essa pegada de carbono. A embalagem, por exemplo, é responsável por uma boa parte do impacto ambiental das cervejas – cerca de 19 a 46% no Reino Unido. E a Toast não é exceção. A embalagem é responsável por até 56% da pegada de carbono da empresa. Por isso, a Toast está em processo de substituir suas garrafas de vidro por latas no Reino Unido. Segundo a companhia, a mudança irá reduzir pela metade a pegada de carbono das suas embalagens. A melhor opção de embalagem de cerveja depende das opções de reutilização e reciclagem disponíveis em cada local. Em países como o Reino Unido, que só usam latas ou garrafas descartáveis, o impacto ambiental é substancialmente maior do que em países como a Alemanha, que dispõe de um programa de devolução de garrafas, segundo Schaltegger. Aproveitar resíduos ou reduzir a produção? É claro que é mais ecológico usar um produto residual no lugar de matéria-prima nova, mas Schaltegger recomenda cautela no uso desses produtos. "Do ponto de vista mais amplo dos sistemas, seria este o melhor lugar para usar o pão velho?", questiona ele. "Ou haveria outros lugares onde você poderia usar o pão residual e reduzir ainda mais CO2?" Garantir que todo o pão seja consumido na alimentação – e, portanto, evitando a produção de mais pão – pode ser a solução ideal, segundo o professor. Mas, enquanto não existirem sistemas que eliminem o desperdício de alimentos, criar novos propósitos para o pão indesejado é uma ideia inteligente. "Você não precisa produzir a quantidade correspondente de cevada e malte e, é claro, o processo de maltagem consome muita energia", explica Schaltegger. Para que os benefícios ambientais da cerveja produzida com resíduos de pão realmente causem impacto, é preciso que o processo se torne padrão. Já existem outros cervejeiros usando pão no seu processo de produção, como a Crumbs Brewing no Reino Unido, a Modist e a Jester King Brewery nos EUA, a Breer em Hong Kong e a Nääs Fabriker, na Suécia. A Toast também elaborou uma receita de fermentação doméstica, que está disponível online para qualquer pessoa interessada em fazer experimentos com o pão velho da sua cesta. Mas o principal avanço será convencer as grandes cervejarias comerciais a incluir pão nas suas receitas. "Considerando a quantidade de cerveja produzida no Reino Unido, estimamos que, se conseguirmos fazer com que os fabricantes substituam apenas 10% da sua base de malte por restos de pão, poderemos diminuir pela metade o desperdício de pão no país", afirma Ziane. "É claro que este é um enorme desafio, já que a receita de cerveja é quase sagrada." Esse volume de pão desperdiçado significa que encontrar matéria-prima nesta escala dificilmente será um problema. A disponibilidade de pão residual, infelizmente, é constante, segundo Ziane. "Temos um suprimento bastante confiável, infelizmente. O que acontece é que as padarias... Costumam planejar assando um pouco a mais, para evitar multas ou perda de clientes se não atenderem aos pedidos", explica ela. "Por isso, costuma sempre existir excesso de produção." Este sistema garante que sempre haverá pães suficientes nas despensas e resíduos aguardando a oportunidade de serem transformados em cerveja – pelo menos, até conseguirmos enfrentar o problema da superprodução. É por este motivo que a Toast doa 100% dos seus lucros para organizações ambientais, como a Feedback, que defendem o fim da produção excessiva. A criatividade da antiga receita dos sumérios, acima de tudo, é um lembrete do valor dos alimentos, que acabou esquecido. "O motivo que nos leva a desperdiçar tanta comida é porque perdemos essa conexão às origens dos nossos alimentos, essa consideração pela natureza e por tudo o que entra na produção da nossa comida, antes de tudo", afirma Ziane. Com a Toast e seus parceiros tentando fazer com que a cerveja produzida com pão passe a ser o padrão, talvez a cerveja do futuro venha a se parecer mais com a do passado. Menos granulosa, um pouco mais gelada, mas tão adorada quanto a bebida dos sumérios. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation.
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10/05 - Governo publica MP que autoriza a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz após inundação histórica no RS
Conab será responsável pela importação e distribuição. Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, tinha anunciado a medida na quarta-feira (8). Vista de drone mostra barco com voluntários em busca de pessoas isoladas em casas no bairro de Mathias Velho, em Canoas (RS) AMANDA PEROBELLI/REUTERS via BBC O Governo Federal publicou uma Medida Provisória (MP) que autoriza a importação, em caráter excepcional, de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a recomposição dos estoques públicos por conta das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. O Estado é o principal produtor do grão no país. A medida, publicada em edição extra do Diário Oficial, vale para 2024 e permite a compra por meio de leilões públicos e a preço de mercado. Os estoques serão destinados, preferencialmente, à venda para pequenos varejistas das regiões atingidas pela tragédia. A Conab é uma empresa estatal que tem como função auxiliar o governo federal na tomada de decisões sobre políticas agrícolas. Os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Agricultura e da Pesca, mediante proposta da Conab, vai definir a quantidade de arroz a ser adquirida e os limites e condições da venda do produto. A Conab também definirá as localidades de entrega do arroz. O presidente Lula (PT) disse na terça-feira (7) que o Brasil poderia importar arroz e feijão para lidar com prejuízos nas safras. A declaração foi dada durante entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). "Agora com a chuva eu acho que nós atrasamos de vez a colheita [do arroz] do Rio Grande do Sul. Se for o caso para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz, a gente vai ter que importar feijão para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha", disse. Na quarta-feira (8), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, a liberação para a compra de 1 milhão de toneladas de arroz. Na terça, Fávaro disse que o arroz deve ser comprado de produtores do Mercosul. "É arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas." MP autoriza Conab a comprar 1 milhão de toneladas de arroz após inundação no RS LEIA TAMBÉM: Veja o que é #FATO ou #FAKE Como ajudar as vítimas dos temporais no RS Saiba como receber alertas e informações úteis de órgãos oficiais Uma das áreas de atuação da Conab é a regulação do abastecimento interno por meio do estoque de produtos, como o arroz, evitando a oscilação dos preços. "[A liberação] não significa que se vai comprar 1 milhão de toneladas, porque como eu disse, o Brasil e praticamente autossuficiente. Não queremos concorrer, abaixar o preço dos produtores, mas não podemos deixar também haver desabastecimento e subirem os preços nas gôndolas dos supermercados" Quando comprado, o arroz será distribuído pelo governo para pequenos mercados, segundo o ministério. O ministro disse ainda que as consequências da calamidade no Rio Grande do Sul podem afetar o resto do Brasil "pela quantidade produzida pelo RS de 70% da demanda brasileira". Segundo reportagem do g1, preocupação com a oferta do cereal existe por causa de 6 fatores: o Brasil consome internamente quase todo arroz que produz e 70% dele vem do RS. a estimativa era de que, na safra atual, o país somasse 10,6 milhões de toneladas do cereal; com as enchentes no Sul, o montante pode cair para menos de 10 milhões. antes da chuva histórica, o mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas e o plantio no RS atrasou por causa das enchentes de 2023. a expectativa era de que o RS contribuísse com 7,5 milhões de toneladas nesta safra, mas 800 mil toneladas podem estar agora debaixo d'água. antes da tragédia, 80% do arroz do estado já tinha sido colhido. Mas alguns silos onde a produção está armazenada também foram atingidos pelas enchentes. além disso, o estado está com problemas para transportar o arroz que já foi colhido após destruição de estradas.
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10/05 - Imposto de Renda 2024: prazo para tentar receber a restituição no 1º lote acaba nesta sexta-feira
Envio da declaração dentro do prazo não é garantia de recebimento na primeira leva. Mais de 70% das declarações enviadas até agora têm direito a restituição. Imposto de Renda 2023: prazo para declaração vai de 15 de março a 31 de maio. Marcos Serra/ g1 Os contribuintes que querem receber a restituição do Imposto de Renda 2024 já no 1º lote devem enviar a declaração à Receita Federal até as 23h59 desta sexta-feira (10). Segundo o órgão, essa é a data de processamento da primeira leva de pagamentos. A Receita informou que já recebeu mais de 22 milhões de declarações, sendo que cerca de 16 milhões (71,9%) têm direito à restituição. Vale ressaltar que o envio dentro do prazo não é garantia de recebimento no 1º lote. O pagamento será feito pela ordem de contribuintes prioritários. São eles: idosos acima de 80 anos; idosos entre 60 e 79 anos; contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave; contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. Esta sexta-feira também é crucial para quem paga o imposto. Segundo o órgão, esse é o último dia para aqueles que querem optar pelo débito automático, seja para pagamento da primeira cota do parcelamento ou para o valor total à vista. Os pagamentos das restituições do IR 2024 começarão em 31 de maio e serão feitos em cinco lotes, segundo informações da Receita. O prazo para entrega das declarações começou no dia 15 de março. Imposto de Renda 2024: Cronogramas Reprodução/ Receita Federal Veja as datas dos pagamentos: 1º lote: 31 de maio 2º lote: 28 de junho 3º lote: 31 de julho 4º lote: 30 de agosto 5º lote: 30 de setembro Quem recebe primeiro? Os contribuintes que têm prioridade legal no recebimento da restituição, começando pelos idosos acima de 80 anos, seguido pelos idosos entre 60 e 79 anos, contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e aqueles cuja maior fonte de renda seja o magistério. Em seguida, vêm os pagamentos para contribuintes que adotarem o modelo pré-preenchido, ou que optarem por receber a restituição via PIX (sistema de transferências em tempo real). A partir daí, segundo as regras da Receita, a prioridade do pagamento acontece pela data de entrega da declaração do Imposto de Renda — ou seja, quanto mais cedo o documento for enviado ao Fisco, maior a chance de o contribuinte receber um eventual valor de imposto a restituir já nos primeiros lotes. A Receita também disponibiliza um link onde o declarante pode consultar a restituição do imposto de renda – clique aqui para saber mais. Imposto de Renda 2024: Receita espera receber 43 milhões de declarações neste ano Veja quem é obrigado a declarar: quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior. Imposto de Renda 2024: Receita Federal divulga novas regras
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09/05 - Livro auxilia crianças a lidarem com a tragédia no Rio Grande do Sul
Capa do livro 'E a Chuva...' Divulgação Entre os maiores afetados da tragédia no Rio Grande do Sul estão crianças, que nem sempre compreendem o que está ocorrendo ou não conseguem expressar as emoções causadas pela perda de familiares, da casa, pela experiência de estar em um abrigo ou de ser resgatado. Mesmo aquelas que não foram diretamente afetadas podem precisar de ajuda para entender os eventos extremos dos últimos dias. Para ajudar os pequenos, a psicóloga Sabrina Führ fez o livro “E a Chuva”, de livre cópia e distribuição, para pais, professores e até voluntários em abrigos. Aqui, você encontra o arquivo do livro. Crianças enviam cartas para vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul; veja trechos
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09/05 - Mega-Sena, concurso 2.722: prêmio acumula e vai a R$ 47 milhões
Veja as dezenas sorteadas: 19 - 23 - 25 - 36 - 44 - 46. Quina teve 72 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 43.867,37. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O O sorteio do concurso 2.722 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (9), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio acumulou em R$ 47 milhões. Veja os números sorteados: 19 - 23 - 25 - 36 - 44 - 46 5 acertos - 72 apostas ganhadoras: R$ 43.867,37 4 acertos - 5.080 apostas ganhadoras: R$ 888,20 O próximo sorteio da Mega será no sábado (11). Mega-Sena, concurso 2.722 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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09/05 - Governo e Congresso chegam a acordo sobre desoneração com retomada gradual de imposto a partir de 2025
A partir do ano que vem, as empresas voltarão a contribuir com a Previdência, com imposto de 5% sobre o total da remuneração dos funcionários. Haverá um crescimento gradual da alíquota, que vai atingir 20% em 2028. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista coletiva no Senado. TV Senado/ Reprodução O governo federal e o Congresso anunciaram nesta quinta-feira (9) um acordo sobre a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores da economia. A partir de 2025, as empresas voltarão a contribuir com a Previdência, com imposto de 5% sobre o total da remuneração dos funcionários. Haverá um crescimento gradual da alíquota, que vai atingir 20% em 2028. Hoje, a regra permite que empresas de 17 segmentos substituam esse pagamento, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta do empreendimento, que varia de 1% a 4,5%, de acordo com o setor e serviço prestado. Presidente do Senado e Ministro da Fazenda anunciam acordo sobre desoneração da folha de pagamento Pela proposta anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a partir do ano que vem, haverá a retomada gradual do imposto, sem a possibilidade de substituição. Dessa forma, as empresas voltarão a pagar a contribuição sobre os salários enquanto deixam de ser tributadas sobre a receita bruta. Neste ano, portanto, não haverá mudanças para as companhias. "Esse tipo de imposto realmente precisa ser reformado. Mas para isso acontecer da melhor maneira possível, nós vamos fazer essa escadinha. A partir do ano que vem, a cada ano, você tem uma reoneração gradual até 2027. Em 2028, todo o sistema de folha de pagamento fica no mesmo patamar, sem nenhum tipo de diferença de setor para setor. Isso é importante porque vamos dar respaldo para uma receita da Previdência”, explicou Haddad. Vai funcionar da seguinte forma: 2024: totalmente desonerado 2025: 5% do imposto sobre o total dos salários 2026: 10% do imposto 2027: 15% do imposto 2028: 20% do imposto "[Em] 2024 se mantém como está a desoneração da folha. A partir de 2025, reconhecendo inconstitucionalidade, estabelecendo a reoneração, 5% no primeiro ano, 10% no segundo ano. A partir do momento que vai onerar a folha, vai desonerar pelo faturamento na mesma proporção. [...] Para o mês de maio, nada muda, se recolhe em cima do faturamento", afirmou Pacheco. Segundo o senador, à medida que um imposto começar a incidir sobre a folha de pagamentos, o outro deixará de ser cobrado sobre o faturamento das empresas, na mesma proporção. Camarotti sobre liminar do STF para suspender desoneração : ‘Uma janela de oportunidades' Vai e volta da desoneração O Congresso Nacional aprovou, no ano passado, a prorrogação da desoneração da folha para 17 setores da economia intensivos em mão de obra até o fim 2027. Desde então, o tema virou uma queda de braço entre Executivo e Legislativo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou os trechos da lei, mas depois os parlamentares derrubaram o veto. Sem vitórias no Congresso sobre o tema, em abril, o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a legislação. Decisão individual (monocrática) do ministro Cristiano Zanin suspendeu a lei. Com isso, o Senado apresentou recurso. O julgamento está interrompido por um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Luiz Fux. Para o governo, o Congresso não poderia ter prorrogado o benefício sem apresentar uma fonte de receita para custeá-lo, como manda a Lei de Responsabilidade Fiscal. Por conta da judicialização do tema, o acordo firmado entre equipe econômica e o Congresso será agora homologado no STF. O ministro Fernando Haddad se comprometeu a apresentar formalmente a solução na Justiça até 20 de maio, data em que as empresas seriam obrigadas a pagar a contribuição previdenciária com a alíquota cheia de 20%, caso a equipe econômica e o Congresso não tivessem chegado a um consenso. Haddad afirmou que a Fazenda vai também encaminhar ao parlamento proposta para compensar o impacto da desoneração, estimado em R$ 10 bilhões. Segundo ele, o modelo atual está "ultrapassado" pois gera "distorções e privilégios" quando empresas substituem trabalhadores com carteira assinada por Microempreendedores Individuais (MEIs), por exemplo. Com isso, "não há compartilhamento para a sociedade dos custos da Previdência", pondera o ministro. Haddad disse que uma nova solução, que envolva todos os setores, será apresentada "muito antes de 2027". De acordo com ele, o assunto será tratado em um segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, do imposto sobre o consumo. No texto, o governo vai reformar a tributação sobre a renda e a folha de pagamento. Desoneração dos municípios O acordo fechado nesta quinta não contempla a desoneração da folha dos municípios. Haddad vai se reunir com entidades que representam os municípios na próxima semana na tentativa de estudar soluções. O Congresso aprovou redução de 20% para 8% da contribuição previdenciária patronal, paga pelos pequenos municípios, que incide sobre os salários dos funcionários. A norma vale para prefeituras que não recebem a cota reserva do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e atinge mais de 3 mil municípios. Desoneração do 13º O ministro Haddad afirmou que o governo acatou sugestão dos 17 setores para que haja a desoneração integral da folha de pagamento específica da parcela do 13º salário. “Eu vim comunicar ao presidente Pacheco, que nós vamos aceitar a contraproposta dos setores. Fica até 2028,  a desoneração da folha do 13º”, afirmou Haddad. Entre as 17 categorias estão: indústria (couro, calçados, confecções, têxtil, proteína animal, máquinas e equipamentos); serviços (TI & TIC, call center, comunicação); transportes (rodoviário de cargas, rodoviário de passageiros urbano e metro ferroviário); construção (construção civil e pesada).
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09/05 - Congresso derruba parcialmente veto de Lula e libera R$ 3,6 bilhões para emendas de comissão
Ao todo, o presidente da República vetou R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão. Mas, após acordo, o valor foi parcialmente restabelecido. O Congresso Nacional decidiu nesta quinta-feira (9) derrubar parcialmente o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao trecho da Lei Orçamentária Anual (LOA) que suspendeu o envio de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão. A derrubada parcial foi acordada com líderes partidários da Câmara e do Senado. Com isso, os parlamentares conseguiram restabelecer o valor de R$ 3,6 bilhões em emendas de comissão. Na sessão, foram derrubados vetos a R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão. Mas o líder do governo, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), diz que os R$ 600 milhões adicionais são para ajustar "vetos indevidos" na hora da sanção e que, na prática, a recomposição será só de R$ 3,6 bilhões. Como se tratou de uma votação conjunta de deputados e senadores, a derrubada é dividida em duas votações. Na Câmara, foram 371 votos pela derrubada e 21 pela manutenção. Já no Senado, foram 61 votos para derrubar o veto e 1 para mantê-lo. A LOA discrimina o Orçamento do governo federal para o ano, que traz estimativa de arrecadação e fixa limites para gastos públicos. As emendas compõem um montante reservado no Orçamento da União que é aplicado conforme a indicação dos parlamentares. Elas são divididas em: individuais, de bancadas estaduais e de comissão. PT lidera ranking dos partidos que mais receberam emendas na Câmara, seguido de MDB e União O texto aprovado pelo Congresso liberou o valor de R$ 16,6 bilhões para emendas indicadas pelas comissões. Com o veto, o governo cortou R$ 5,6 bilhões que eram destinados a esse tipo de emenda. Na ocasião, o governo justificou que o valor foi vetado devido a durante a tramitação da LOA, “dotações de despesas primárias inicialmente programadas pelo Poder Executivo sofreram redução considerável”. “Em que pese a boa intenção do legislador no sentido de direcionar recursos a áreas de legítimo interesse das comissões autoras das emendas, e diante da redução supracitada, ficam comprometidas programações relevantes que demandam recomposição, mesmo que parcial, sendo necessário o veto de parte das dotações relativas às emendas RP 8, no montante de R$ 5,6 bilhões, por contrariedade ao interesse público”, diz o documento. O corte provocou reação no Congresso, que inicialmente queria derrubar o veto integralmente. Bruno Carraza comenta sobre o impasse das emendas parlamentares O acordo pela recomposição de parte dessas verbas passou pela aprovação de um projeto que permite ampliação em cerca de R$ 15 bilhões dos gastos do governo em 2024 — parte desse montante será utilizado para compensar a retomada parcial das emendas de comissão. A medida foi incluída dentro da proposta que retoma a cobrança do seguro obrigatório de veículos, aprovada pelo Senado na quarta (8) e enviada para a sanção de Lula. Um dos vetos à LOA ainda será analisado na próxima sessão do Congresso, prevista para 28 de maio, a pedido de governo. O item trata de uma verba que seria destinada ao Ministério das Comunicações.
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09/05 - Governo anuncia até 116 novos voos para aeroportos regionais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina
Medida visa mitigar impactos do fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, por conta das fortes chuvas. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou nesta quinta-feira (9) mais 116 voos semanais para aeroportos regionais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em função do fechamento do aeroporto Salgado Filho, na capital Porto Alegre. Com os novos voos, o número de passageiros que podem ser transportados vai ser ampliado em 13 mil. Hoje, a capacidade nos aeroportos regionais é de 7 mil. De acordo com o ministro, os voos já estarão disponíveis para compra no site das companhias a partir desta sexta-feira (10). "Alguns voos regionais já se iniciaram nas bases onde já se tenha operação e a partir de amanhã esses voos, do interior do estado, já estarão disponíveis para que as passagens já possam ser compradas", disse. Segundo a presidente da Associação Brasileiras das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro, as quatro companhias aéreas VoePass, Azul, Latam e Gol vão operar nos aeroportos. Ainda não há informações sobre a origem dos voos, que depende das empresas. Os aeroportos com ampliação de voos são: Caxias do Sul (RS): com 25 novos voos semanais; Santo Ângelo (RS): 2 novos voos semanais; Passo Fundo (RS):16 novos voos semanais; Pelotas (RS): 5 novos voos semanais; Santa Maria (RS): 2 novos voos semanais; Uruguaiana (RS): 3 novos voos semanais. Canoas (RS): 35 novos voos semanais e 5 diários; Florianópolis (SC): 21novos voos semanais; Jaguaruna (SC): 7 novos voos semanais. A base de Canoas é operada pela Força Aérea Brasileira (FAB). Por causa do fechamento do aeroporto de Porto Alegre, a base vai começar a receber voos comerciais, sendo operada pela Fraport --que detém a concessão do aeroporto Salgado Filho, na capital. Segundo o ministro, a concessionária vai organizar a logística de transporte comercial e só então deve receber a capacidade autorizada de voos. Aeroportos de SC terão mais voos extras para atender o Rio Grande do Sul O aeroporto de Porto Alegre está fechado desde o último dia 3 devido ao alagamento causado pela elevação das águas do lago Guaíba. Na segunda-feira (5), a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou a suspensão das operações por tempo indeterminado. A Abear, o Ministério de Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vinham trabalhando na estruturação de uma nova malha aérea, com o aumento da frequência de voos para aeroportos regionais no estado e também para Santa Catarina. Segundo dados da Anac, há 47 aeroportos públicos no Rio Grande do Sul. As empresas aéreas associadas da Abear têm operações em seis deles, no interior do estado: Santa Maria Santo Ângelo Uruguaiana Caxias do Sul Passo Fundo Pelotas
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09/05 - STF considera constitucional lei com restrições a indicações de políticos em estatais
Proibição está prevista na Lei de Responsabilidade das Estatais, de 2016. Ação do PC do B contesta restrições, mas a maioria do STF considerou a lei constitucional. O Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta quinta-feira (9), validar a restrição a indicação de políticos e autoridades de governo para o comando das estatais. Miriam Leitão explica sobre o rodízio de indicados para os conselhos das estatais A proibição está prevista na Lei de Responsabilidade das Estatais, de 2016. Pela norma, não podem ser indicados para cargos de diretoria e do Conselho de Administração destas empresas ministros de Estado, secretários estaduais e municipais, quem ocupa cargos em comissão (que entram sem concurso público) e dirigentes partidários. O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski (aposentado da Corte) tinha votado para considerar a norma inconstitucional, mas o ministro André Mendonça abriu divergência pela validade da lei. A maioria dos ministros se alinhou à divergência. Acompanharam Mendonça os ministros Nunes Marques, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e o presidente Luís Roberto Barroso. O ministro Flávio Dino foi contra a proibição na maior parte dos casos, mas ressalvou que ela deveria ser mantida no caso de a autoridade ser do órgão regulador da estatal. Gilmar Mendes se aproximou do entendimento de Dino. Também ficou mantida a "quarentena de entrada", ou seja, a proibição de indicar dirigente partidário que atuou politicamente nos 36 meses anteriores à possível indicação. Por unanimidade, a Corte decidiu manter válidas as indicações que foram feitas enquanto estava em vigor a decisão que suspendeu a aplicação da lei, tomada pelo relator em março do ano passado. Na prática, isso permite manter as nomeações feitas a partir do governo Lula. Relator do caso foi o então ministro Ricardo Lewandowski, hoje ministro da Justiça. Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Sessão O caso voltou à pauta do Supremo na quarta-feira (8), com o voto do ministro Nunes Marques, pela validade da lei. Marques entendeu que a norma atende à "lições éticas" e "densifica princípios de governança corporativa". O ministro Dias Toffoli, que também se posicionou pela constitucionalidade da lei, propôs que a Corte fixe que a pessoa já indicada para compor cargos com base na decisão que suspendeu a aplicação da regra tenha a continuidade garantida. O ministro Flávio Dino votou parcialmente alinhado com o relator, Ricardo Lewandowski. Dino considerou que a restrição deve existir apenas nas situações em que o indicado é integrante do órgão que regula a estatal. Por exemplo, quando o ministro é da pasta a que esta empresa está vinculada. "Não existe canonização por concurso público. E não existe demonização por participação na política. E, portanto, é falsa a ideia de que qualquer indicação 'técnica' resultará num padrão mais alto de probidade de que uma indicação política", argumentou Dino. O ministro Alexandre de Moraes pontuou que a lei garante transparência e eficiência na gestão das entidades. Mas, ressaltou, não significa que deva existir preconceito contra os políticos. "Não significa que concursados sejam melhores ou piores que não concursados. não significa que devamos ter preconceito contra a classe política", afirmou. Ação Os ministros analisam uma ação do PCdoB que contesta as limitações para indicações a cargos de comando nas estatais. Estas restrições foram fixadas na Lei de Responsabilidade das Estatais, de 2016. A legislação impede que sejam sugeridas, para o Conselho de Administração e a diretoria destas empresas, as seguintes pessoas: integrantes da estrutura dos governos federal, estadual e municipal: ministros de Estado, secretários estaduais e municipais, quem ocupa cargos em comissão na Administração Pública, quem tem mandato no Poder Legislativo (vereadores, deputados), mesmo que estas autoridades estejam licenciadas do cargo; dirigentes de partidos políticos que tenham atuado, nos últimos três anos, na estrutura decisória de legendas. O PCdoB afirmou ao Supremo que a restrição viola princípios constitucionais – entre eles, a igualdade, a liberdade de expressão e de participação em partidos.
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09/05 - BID anuncia até R$ 5,5 bilhões em empréstimos com juros mais baixos ao Rio Grande do Sul
Recursos serão direcionados para reconstrução da infraestrutura da região, para proteção ao emprego, saúde e saneamento, além de projetos ligados à adaptação e resiliência às mudanças climáticas. O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, anunciou nesta quinta-feira (9) o aporte de até R$ 5,5 bilhões em empréstimos ao Rio Grande do Sul -- que passa por tragédia provocada pelas fortes chuvas desde o final de abril. Desse valor total, segundo ele: R$ 1,5 bilhão, já garantidos, estão voltados a reconstrução da infraestrutura da região e, também, para proteção ao emprego, saúde e saneamento; R$ 4 bilhões ainda tem de ser autorizados para projetos ligados à adaptação e resiliência às mudanças climáticas. "A gente acredita que [os R$ 4 bilhões adicionais] depende muito de autorizações, de negociações. Mas, nestes momentos, acreditamos que esse tipo de conversas vão ocorrer mais rapidamente. Estão todos imbuídos dessa urgência e dessa emergência", disse Ilan Goldfajn. O presidente do BID lembrou que as taxas de juros da instituição de fomento "são sempre mais baixas que o do mercado". As taxas para as linhas de crédito do Rio Grande do Sul vão variar, segundo o BID, de cerca de 0,4% a 0,8% ao ano. Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira está em 10,50% ao ano. Ilan Goldfajn informou, ainda, que o BID vai triplicar, nos próximos dez anos, os recursos destinados à projetos para combater os efeitos das mudanças climáticas na América Latina e Caribe. O valor vai passar de US$ 50 bilhões para US$ 150 bilhões. "Queremos expressar solidariedade com as vítimas dessa tragedia sem precedentes. Centenas de milhares sem água, luz, estradas afetadas. As imagens e noticias que chegam do Rio Grande do Sul geram consternação e tristeza. Vim oferecer solidariedade, mas também todos instrumentos que o BID possui para ajudar", concluiu ele.
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09/05 - 'Arroz que está colhido garante o abastecimento do país', diz presidente da federação de agricultura do RS
Até o momento, 114 mil toneladas do grão foram perdidas nas enchentes, o que representa 1,6% da colheita esperada, calcula o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Ainda falta estimar as perdas em áreas que estão parcialmente submersas e de armazéns atingidos. Cartaz no supermercado BH, em Minas Gerais, alerta que 'não vai faltar arroz'. Gláucio Nogueira/TV Globo "O arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país", disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, em entrevista ao podcast "De onde vem o que eu como", desta quinta-feira (9). Em alguns supermercados de Minas Gerais, por exemplo, a venda do grão chegou a ser limitada por consumidor. Em outros, como no BH, há avisos direcionados para clientes de que "não vai faltar arroz". Tudo isso porque as chuvas que atingem o Rio Grande do Sul – responsável por 70% da produção do Brasil – geraram receio de que poderá haver falta do grão no mercado interno. Nesta semana, governo federal e indústrias tomaram medidas para importar o alimento. Segundo o presidente da Farsul, o RS tem arroz para abastecer o mercado interno por, no mínimo, 10 meses. "Talvez possa faltar alguma coisa no final, quando nós já estivermos com uma nova safra em cena", reforça. De acordo com ele, a principal dificuldade do Rio Grande do Sul, neste momento, é para conseguir transportar o arroz colhido para outros locais, tendo em vista a interrupção de estradas e rodovias. "Evidentemente que podemos ter sim, por falta de logística, um desabastecimento no curtíssimo prazo, mas nada mais do que isso", ressalta. Até o momento, o Rio Grande do Sul já colheu 84,2% da sua área plantada, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), divulgados na quarta-feira (8). O que corresponde a 6,4 milhões de toneladas de arroz. Antes da tragédia, a previsão era de que o estado colhesse 7,475 milhões de toneladas de arroz, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mas novas estimativas do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) preveem que a colheita deve ser um pouco menor, em torno de 7,149 milhões de toneladas, considerando os estragos das enchentes e outros efeitos do El Niño. Situação da colheita de arroz no RS - dados de 08 de maio 2023 do Irga Kayan Albertin/g1 A diretora técnica do Irga Flávia Tomita diz que, com as chuvas, o estado já perdeu cerca de 114 mil toneladas de arroz, o que representa 1,6% da safra a ser colhida. Por outro lado, ainda falta calcular o prejuízo das áreas que estão parcialmente submersas (entenda abaixo). Além disso, há relatos de arroz em silos que estão tomados por água. Na quarta-feira (8), a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) informou que irá trazer 75 mil toneladas de arroz da Tailândia para "aumentar a oferta, garantir o abastecimento e segurar preços". Já o Governo Federal liberou a compra de até 1 milhão de toneladas de arroz para evitar uma especulação de preços do grão. Segundo o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a compra deve ser feita de produtores do Mercosul. Perdas na produção até agora As cerca de 114 mil toneladas de arroz perdidas nas enchentes correspondem a uma área plantada que está há dias submersa pelas águas: um total de 22,9 mil hectares, localizados na região Central do estado. "Esses estão totalmente perdidos, não tem mais jeito de recuperar", explica Flávia. Não entraram na conta, porém, 17,9 mil hectares que estão parcialmente submersos pelas águas. "Dessas áreas, vão, provavelmente, sair alguma coisa, mas a gente não sabe o quanto. Nós preferimos tirar da conta porque ainda não termos certeza", destaca. A área de arroz que ainda falta colher e que não foi atingida por enchentes corresponde a 101,3 mil hectares. 'Arroz colhido garante abastecimento', diz presidente de federação do RS Presidente da Conab fala sobre importação de arroz após chuvas e política de armazenamento do governo
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09/05 - Entenda as medidas anunciadas pelo governo federal para socorrer atingidos pelas chuvas no RS
Estado contabiliza 107 mortos e mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas pelos temporais. Pacote soma R$ 50,9 bilhões; aporte não vai prejudicar outras regiões do país, disse Haddad. Imagens aéreas mostram cidades submersas no Rio Grande do Sul O governo Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (9) uma lista de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul – estado que enfrenta as maiores chuvas de sua história desde o fim de abril. Segundo divulgado pelo governo, serão R$ 50,9 bilhões destinados à recuperação dos municípios e das famílias atingidas pelas enchentes. O pacote foi enviado ao Congresso na forma de três medidas provisórias. Com isso, as medidas já entram em vigor imediatamente, mas precisam do aval de Câmara e Senado em até 120 dias para não perderem validade. Uma MP tratará do dinheiro que será repassado aos fundos garantidores; outra, do dinheiro para ministérios; e uma terceira para garantir a compra de arroz e evitar impactos no preço ao consumidor, já que 70% do arroz brasileiro vem do RS. No discurso, Lula informou que deve anunciar, na próxima segunda-feira (13), o acordo para a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. E na terça (14), medidas para as pessoas físicas afetadas. Governo anuncia antecipação de Bolsa Família, auxílio gás e restituição do IR para moradores do RS, além de crédito com juro reduzido Lula diz que medidas de socorro ao RS anunciadas nesta quinta são as primeiras: 'Não termina aqui' Veja abaixo um resumo das medidas anunciadas pelo governo: Para trabalhadores e famílias Antecipação do pagamento do abono salarial 2024: R$ 758 milhões Segundo o governo, serão beneficiados 705 mil trabalhadores com carteira assinada no Rio Grande do Sul. O abono salarial é um benefício no valor de até um salário-mínimo concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa. O calendário convencional se baseia no mês de aniversário do trabalhador. O banco de recebimento, data e os valores, inclusive de anos anteriores, estão disponíveis para consulta no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e no portal Gov.br. Duas parcelas adicionais do seguro-desemprego: R$ 495 milhões O governo vai liberar duas parcelas adicionais do seguro-desemprego para desempregados que já vinham recebendo o benefício antes da decretação do estado de calamidade. Segundo o Ministério da Fazenda, serão beneficiados 140 mil trabalhadores formais desempregados. As parcelas serão depositadas entre maio e outubro, ao fim do calendário de cada trabalhador – caso ele não tenha conseguido um novo emprego até lá. Governo libera a partir desta quarta FGTS, abono e seguro-desemprego aos atingidos pelas chuvas no RS Prioridade na restituição do Imposto de Renda: R$ 1 bilhão Os declarantes do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) do Rio Grande do Sul terão prioridade na restituição do tributo. O calendário convencional leva em conta uma série de critérios, como a data de entrega da declaração e o pertencimento a grupos prioritários (idosos, portadores de doenças graves, deficientes físicos ou mentais, professores e quem opta pela restituição pelo PIX, por exemplo). Segundo o governo, essas restituições serão depositadas pela Receita Federal em junho. Até 1,6 milhões de contribuintes podem ser beneficiados. Antecipação do Bolsa Família e do Auxílio-Gás de maio: R$ 380 milhões O governo anunciou que vai antecipar as parcelas de maio do Bolsa Família e do Auxílio-Gás aos beneficiários já inscritos nos programas sociais. A antecipação deve beneficiar 583 mil famílias. O governo não informou, até o momento, se tomará medidas para incluir mais famílias nos programas de assistência social com base nos prejuízos das chuvas. Para estados e municípios Fundos de estruturação de projetos: R$ 200 milhões O governo federal vai destinar R$ 200 milhões para que os bancos públicos consigam apoiar e financiar a elaboração de projetos de reconstrução de infraestrutura e equilíbrio econômico. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, divulgou nesta quinta-feira (9) um cálculo inicial de que pelo menos R$ 19 bilhões em investimentos serão necessários para reconstruir o estado. Para isso, além do dinheiro, serão necessários projetos técnicos. Análise de crédito para municípios: R$ 1,8 bilhão O governo também anunciou uma força-tarefa para acelerar a análise de crédito de 14 municípios do Rio Grande do Sul que querem pegar empréstimos tendo a União como avalista. De acordo com o Ministério da Fazenda, essas operações de crédito somam R$ 1,8 bilhão – R$ 1,5 bilhão em operações externas (agências estrangeiras ou organismos internacionais) e R$ 300 milhões em operações internas (bancos brasileiros). Para empresas Crédito para micro e pequenas empresas: R$ 4,5 bilhões O governo anunciou injeção de R$ 4,5 bilhões no Fundo Garantidor de Operações, para ampliar as garantias dos empréstimos do Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Ao ampliar as garantias, o governo permite que o Pronampe conceda até R$ 30 bilhões adicionais em empréstimos. Segundo o Planalto, esse crédito adicional deve ficar disponível já a partir deste mês. Desconto em juros do Pronampe para micro e pequenas empresas: R$ 1 bilhão Complementar ao ponto anterior, esse desconto deve atingir justamente os novos empréstimos viabilizados pela garantia adicional do FGO. Segundo o Ministério da Fazenda, dos R$ 30 bilhões de potenciais novos contratos, R$ 2,5 bilhões serão oferecidos a juros mais baixos. O R$ 1 bilhão anunciado pelo governo vai cobrir essa diferença. Os financiamentos do Pronampe serão oferecidos com prazo de até 72 meses e carência de até 24 meses. A parte subsidiada terá juro nominal de 4% ao ano (descontada a inflação, o juro real ficaria próximo de zero). Quando os primeiros R$ 2,5 bilhões forem emprestados, o restante do crédito adicional seguirá os juros normais do Pronampe. Cidades do extremo Sul do Rio Grande do Sul estão em alerta com a cheia Garantias do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC): R$ 500 milhões De modo similar às ações do Pronampe, o governo também vai injetar R$ 500 milhões no Fundo Garantidor de Investimentos, para alavancar o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC) para microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas. Neste caso, o aporte não interfere na taxa de juros. Operador do crédito, o Banco Nacional de Desesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá oferecer até R$ 5 bilhões adicionais em crédito. O PEAC tem juros médios de 1,75% ao mês. Prorrogação do vencimento de impostos federais e Simples Nacional: R$ 4,8 bilhões O Ministério da Fazenda vai prorrogar, por pelo menos três meses, o vencimento de tributos federais e do Simples Nacional para empresas nos municípios gaúchos afetados. Segundo a pasta, a medida deve beneficiar 203 mil empresas do estado, que terão mais prazo para pagar esses cerca de R$ 4,8 bilhões. O anúncio deixa aberta a possibilidade de uma prorrogação ainda maior. Dispensa da Certidão Negativa de Débitos para crédito em bancos públicos A medida não tem custo estimado. Segundo o anúncio, empresas e produtores rurais não precisarão apresentar essa certidão negativa para contratar e renegociar crédito com os bancos públicos. A dispensa tem duração prevista de seis meses (maio a novembro). Para produtores rurais Descontos em juros do Pronaf e do Pronamp: R$ 1 bilhão A medida é similar à anunciada para micro e pequenas empresas. O governo vai "cobrir", com R$ 1 bilhão, o desconto que será dado aos agricultores familiares e ao médio produtor rural. Segundo o Ministério da Fazenda, o valor é suficiente para descontar juros de até R$ 4 bilhões em novos créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). No caso do Pronaf, os novos empréstimos devem prever financiamento em até 120 meses, com até 36 meses de carência; e taxa de juros de 0% nominal – ou seja, o produtor devolve o exato valor que tomou, sem juros nem correção monetária. No caso do Pronamp, as regras preveem financiamento de até 96 meses, com carência de até 36 meses; e taxa de juros de 4% nominal – na praticamente, quase uma correção monetária, ou seja, juros reais zero.
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09/05 - Governo anuncia antecipação de Bolsa Família, auxílio gás e restituição do IR para moradores do RS, além de crédito com juro reduzido
Medidas têm objetivo de auxiliar na reconstrução do estado, que contabiliza 107 mortos e mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas por temporais. Presidente Lula e ministros anunciam novas medidas de socorro ao RS em meio a enchentes EBC/Reprodução O governo federal anunciou nesta quinta-feira (9) mais medidas de socorro ao Rio Grande do Sul. Entre elas, estão a antecipação de pagamentos do Bolsa Família, do auxílio gás, e da restituição do imposto de renda para moradores do estado, que foi devastado por enchentes históricas (veja mais abaixo). As medidas econômicas foram anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em cerimônia com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de outros ministros do governo. A lista de ações também inclui a facilitação ao crédito para famílias, empresas e pequenos agricultores do estado. Segundo previsão da equipe econômica, elas devem ter impacto de R$ 7,69 bilhões nos cofres do governo federal. O ministro Rui Costa (Casa Civil) detalhou que o governo deve publicar três medidas provisórias para viabilizar esses primeiros anúncios de suporte. Uma MP tratará do dinheiro que será repassado aos fundos garantidores, outra com dinheiro para ministérios e uma terceira, para compra de arroz. Em discurso, o presidente Lula disse que as medidas anunciadas até agora são as primeiras. "Não acaba aqui", afirmou. As ações foram divididas em grupos. Veja abaixo: Ações para trabalhadores assalariados: Antecipação do calendário de abono salarial para 705 mil trabalhadores com carteira assinada; Liberação de duas parcelas adicionais do seguro-desemprego para quem já recebia antes da decretação de calamidade; Priorização da restituição do imposto de renda para moradores do RS. Segundo o governo, até junho, todos os lotes serão devolvidos para o estado. Ações para beneficiários de programas sociais: Antecipação dos pagamentos do Bolsa Família e do auxílio gás referentes ao mês de maio. Medidas para o estado e municípios: Aporte de R$ 200 milhões para que bancos públicos possam financiar projetos de reconstrução de infraestrutura e reequilíbrio econômico; Realização de operações de crédito com aval da União; Medidas para empresas: Aporte de R$ 4,5 bilhões em recursos do Fungo Garantidor de Operações, para permitir a liberação de R$ 30 bilhões em crédito a micro e pequenas empresas, por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe); R$ 1 bilhão para conceder descontos em juros de empréstimos feitos via Pronampe; Aporte de R$ 500 milhões no Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) para conceder crédito de até R$ 5 bilhões a empresas, por meio do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito; Prorrogação, por no mínimo três meses, do prazo de recolhimento de impostos federais e do Simples Nacional; Dispensa da apresentação da certidão negativa de débitos da empresa para concessão de empréstimos em bancos públicos. Medidas para produtores rurais: R$ 1 bilhão para conceder descontos em juros de empréstimos feitos via Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Segundo Haddad, as medidas devem injetar R$ 50 bilhões no estado. "Esse valor é um valor de alavancagem inicial, que nos parece nesse momento satisfatório, até que se tenha maior clareza do que isso vai implicar", afirmou. O ministro afirmou que as ações anunciadas nesta quinta se somarão ao decreto de calamidade pública, aprovado nesta semana e que facilita o repasse de recursos ao estado, e a novas medidas que serão anunciadas nos próximos dias. Também na próxima semana, deve ser divulgada uma ação relacionada à dívida do Rio Grande do Sul com a União que, de acordo com Haddad, "vai permitir que o próprio estado faça as obras de recuperação". "Esse dinheiro não vai ser tirado de outras regiões do país para atender o Rio Grande do Sul. É a União que está aportando esse recurso para o Rio Grande do Sul, sem prejudicar os programas que atendem ordinariamente as 27 unidades da federação", afirmou. "É bom que todo o Brasil saiba que o atendimento ao Rio Grande do Sul não prejudicará os programas em curso, Minha Casa, Minha Vida, Farmácia Popular. Todos esses programas terão seu andamento normal, sua execução orçamentária normal. Esse recurso, ele está sendo um recurso em proveito do povo gaúcho, que conta com o decreto de calamidade para sua execução", continuou. Lula afirmou no discurso que deve anunciar, na próxima segunda-feira (13), o acordo para a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. E na terça (14), medidas para as pessoas físicas afetadas. Imagens aéreas mostram cidades submersas no Rio Grande do Sul O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a movimentação de doações ao estado é a maior da história da Defesa Civil nacional. "Só de doações encaminhadas por entes federais, Força Nacional, Correios, estamos chegando a 2 mil toneladas de doações encaminhadas ou a serem encaminhadas para o Rio Grande do Sul. É a maior movimentação de doações da história da Defesa Civil nacional." O ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) informou que, na próxima semana, deve começar um "mutirão" na zona rural para "recuperar documentação daqueles que perderam seus documentos nas enchentes". Segundo ele, a ação deve começar pela região do Vale do Taquari. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, informou que até agora R$ 94 milhões foram transferidos pelo Judiciário para a Defesa Civil do Rio Grande do Sul. "Há emergências e depois vai vir a reconstrução. Suspendemos prazos de processos relacionados ao estado e municípios", disse. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reafirmou "empenho" para enfrentar a catástrofe. Lira se comprometeu a votar "imediatamente" as medidas necessárias para socorrer os gaúchos. Caixa pausa prestações de financiamentos O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, informou que o banco tem um fundo socioambiental que oferecerá R$ 30 milhões para recompor perdas materiais e capacidade produtiva de famílias. Vieira disse que o banco tem um pacote de R$ 66,8 bilhões para auxiliar famílias e empresas. A instituição oferecerá pausa de seis meses nas prestações de financiamento de imóveis, empréstimos de pessoa física e jurídica, e redução da taxa de consignado. No crédito rural, a Caixa suspenderá em até 12 meses as prestações de operações de investimento, e em até 24 meses as de custeio. O banco também vai suspender pagamentos de financiamentos de santas casas e hospitais. Tragédia no RS O Rio Grande do Sul enfrenta as consequências de temporais e enchentes que mataram 107 pessoas até o momento, alagaram cidades, destruíram casas, pontos e trechos de rodovias. Mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelas enxurradas. Em uma rede social, o governador Eduardo Leite informou que "cálculos iniciais" de técnicos estaduais indicam que serão necessários, pelo menos, R$ 19 bilhões para reconstruir o RS. "O efeito das enchentes e a extensão da tragédia são devastadores", publicou Leite. Lula foi duas vezes ao estado desde o começo da catástrofe e dedicou maior parte da agenda nos últimos dias para discutir medidas emergenciais e de reconstrução do estado, que tem mais de dois terços dos municípios afetados pelos temporais. Chega a 100 o número de mortes confirmadas no Rio Grande do Sul O presidente enviou e o Congresso aprovou um decreto que reconheceu o estado de calamidade no Rio Grande do Sul. A medida permite que o governo federal destine dinheiro ao estado fora das metais fiscais. O governo federal também trabalha em uma série de atos para auxiliar no atendimento às vítimas e à reconstrução da infraestrutura do estado. A estimativa é de que serão necessários R$ 1,2 bilhão somente para reparar ou refazer estradas. Como ainda chove e há áreas alagadas em Porto Alegre e região metropolitana e no sul do Estado, os ministérios, o governo estadual e as prefeituras não têm condições de finalizar os cálculos dos prejuízos. Dívida do estado O governador Eduardo Leite (PSDB) solicitou a suspensão do pagamento da dívida do estado estadual com a União, que é de cerca de R$ 90 bilhões. Leite defendeu a medida para garantir recursos que serão utilizados na recuperação do estado. O pagamento das parcelas mensais da dívida ficou suspenso durante cinco anos, durante vigência de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi retomado em 2022 após a assinatura do Regime de Recuperação Fiscal com a União.
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09/05 - Dólar sobe e fecha a R$ 5,14, após novo corte de juros e falta de consenso no Copom ; Ibovespa cai
A moeda norte-americana teve alta de 1,01%, cotada a R$ 5,1422. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em queda de 1%, aos 128.188 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar fechou em alta de mais de 1% nesta quinta-feira (9), à medida que investidores repercutiam a nova decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na véspera. Na quarta-feira, o Banco Central do Brasil (BC) decidiu reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), contrariando suas próprias estimativas — em março, o colegiado havia previsto um corte de 0,50 p.p. na reunião deste mês. O movimento, segundo especialistas, reflete a piora do quadro fiscal e a manutenção dos juros nos Estados Unidos. (entenda mais abaixo) Na agenda, investidores ainda monitoraram uma série de indicadores locais e internacionais divulgados ao longo da semana, além de vários balanços corporativos. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), fechou em baixa. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Ao final da sessão, o dólar avançou 1,01%, cotado a R$ 5,1422. Na máxima do dia, atingiu R$ 5,1768. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: avanço de 1,43% na semana; recuo de 0,97% no mês; ganho de 5,97% no ano. Na quarta-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,47%, vendida a R$ 5,0908. Ibovespa Já o Ibovespa encerrou em queda de 1%, aos 128.188 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 0,25% na semana; avanço de 1,80% no mês; perdas de 4,47% no ano. Na quarta-feira, o índice teve uma alta de 0,21%, aos 129.481 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O principal destaque desta semana fica com a decisão de política monetária do Copom. O BC decidiu reduzir o ritmo de cortes da taxa básica de juros e diminuiu a Selic em 0,25 p.p., contrariando suas próprias estimativas. Na reunião de março, a instituição havia estimado promover mais um corte de 0,50 p.p. da Selic em maio, em linha com as reduções dos últimos encontros. Copom: por que o BC diminuiu o ritmo de cortes de juros e quais os recados sobre o futuro da Selic Desde então, no entanto, o cenário mudou bastante. Em meados de abril, após o governo propor reduzir as metas para as contas públicas dos próximos anos, Campos Neto afirmou que o trabalho do BC para conduzir a inflação aos patamares pré-estabelecidos ficou mais "custoso e difícil". "A evidência do que vimos nos últimos dias nos mostra que o mercado ficou mais preocupado com relação ao fiscal [contas públicas], e qual vai ser o equilíbrio fiscal no futuro, com efeito no prêmio de risco, o que torna o trabalho mais difícil e custoso", afirmou Campos Neto, durante participação em evento da XP em Washington, nos Estados Unidos, no mês passado. Isso porque, ao possibilitar mais gastos públicos em relação ao que era esperado anteriormente com a mudança das metas fiscais, a tendência é de uma pressão maior sobre inflação nos próximos anos -- dificultando seu controle. Além disso, o cenário de incertezas ganhou ainda mais força após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sinalizar que os juros na maior economia do mundo podem demorar mais a cair. Na semana passada, o BC dos EUA manteve os juros do país inalterados no patamar entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior nível em 20 anos, voltando a enfatizar a cautela com a inflação. De acordo com a ferramenta FedWatch, que reúne as projeções do mercado para as taxas de juros nos Estados Unidos, um ciclo de corte nas taxas só deve começar em setembro — ou até depois disso. Como os juros nos Estados Unidos influenciam a decisão do Copom No comunicado divulgado após a decisão, o colegiado afirmou que "acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal e seus impactos sobre a política monetária". "O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", informou o colegiado no documento. O Copom ainda destacou que "avalia que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas desancoradas demandam maior cautela", deixando de sinalizar que prevê novos cortes da Selic à frente. "A política monetária deve se manter contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", disse o comitê no documento, reforçando que a "extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta". Além disso, especialistas também reforçam que o fato de não ter sido uma decisão unânime tende a pesar no mercado nesta quinta-feira (8). Isso porque investidores seguem incertos sobre como deve ser a transição para a nova gestão do Banco Central. O mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente da instituição, se encerra no fim de 2024. Na agenda, investidores ainda repercutem uma série de balanços corporativos e indicadores nacionais e internacionais. Na quarta-feira (8), dado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) indicaram que a balança comercial brasileira registrou um superávit (quando o volume de exportações supera o de importações) de US$ 9,041 bilhões em abril. O saldo foi 13,7% mais forte do que o registrado em igual mês de 2023 (US$ 8 bilhões). Segundo o governo, em abril: as exportações somaram US$ 30,92 bilhões; as importações somaram US$ 21,879 bilhões. Ainda entre os indicadores, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,72% em abril, uma reversão expressiva da queda de 0,30% vista no mês anterior. Investidores também aguardam a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país) na sexta-feira (10). Já do lado fiscal, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o governo não trabalha com um limite para os gastos emergenciais de enfrentamento à catástrofe no RS, mas destacou que a experiência mostra que os desembolsos para esta finalidade não serão "meteoros" fiscais e não devem "nem arranhar" a dívida pública do país. Além disso, o ministério também informou que o governo ainda deve avaliar os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul sobre a balança comercial brasileira a partir de maio. SAIBA COMO AJUDAR AS VÍTIMAS DA CHUVA NO RS No exterior, o mercado ainda segue atento a eventuais falar de dirigentes do Fed, em busca de sinais sobre os próximos passos da instituição sobre os juros do país. Na quarta-feira (8), a presidente da distrital do Fed em Boston, Susan Collins, afirmou que a atual configuração da política monetária norte-americana irá desacelerar a economia do país. Com isso, a banqueira central diz acreditar que a inflação pode voltar à meta de 2%. Já na terça-feira (7), o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que é possível que a autarquia decida por reduzir as taxas de juros norte-americanas ainda neste ano se as pressões sobre os preços voltarem a diminuir. Entre os dados econômicos, os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos foram monitorados nesta quinta-feira. Segundo informado pelo Departamento do Trabalho do país, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos aumentou em 22 mil na semana passada, para 231 mil, acima do esperado pelo mercado. Na Europa, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis De Guindos, afirmou nesta quinta-feira que o número de cortes futuros nas taxas de juros da zona do euro dependerá de uma série de fatores, incluindo a evolução dos salários e a reação dos mercados financeiros. Ele acrescentou que a política monetária do BCE não depende do que o Federal Reserve faz, embora as decisões sobre a taxa de juros norte-americana influenciem a taxa de câmbio do dólar e a economia global. *Com informações da agência de notícias Reuters
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09/05 - 'Racha' no Copom: Haddad diz que vai esperar ata da reunião para comentar resultado
BC reduziu ritmo de queda dos juros ao cortar Selic em 0,25 ponto percentual nesta quarta; taxa foi pra 10,5% ao ano. Campos Neto deu voto de desempate e decidiu por corte menor. Haddad diz que vai aguardar ata do Copom antes de comentar 'racha' em votaçao da Selic O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não quis comentar nesta quinta-feira (9) o "racha", ou seja, a divisão, na diretoria do Banco Central sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic. Nesta quarta-feira (8), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, formado pelo presidente, Roberto Campos Neto, e pelos diretores da instituição, decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa básica de juros --- que caiu 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano. A decisão foi dividida. Os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. "Eu vou esperar a ata [do Copom, que sai na terça-feira da próxima semana], acho que a ata pode esclarecer melhor o que passou. O comunicado está muito sintético", declarou o ministro Fernando Haddad. Cinco membros votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual. São eles: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes. Quatro votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual. São eles: Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira. Questionado se o "racha" no Copom não poderia deixar o mercado financeiro mais nervoso nesta quinta-feira, indicando uma possível leniência do governo petista com a inflação no próximo ano -- quando terá maioria no Copom -- Haddad não respondeu diretamente à pergunta. "Não, não. Acho que ‘guidance’ [direcionamento que a diretoria do BC costuma indicar nos documentos oficiais] era uma coisa muito importante de se observar", se limitou a dizer o ministro. Em comunicado sobre a decisão, divulgado nesta quarta-feira, o Copom não indicou a possibilidade de novos cortes de juros -- algo que vinha fazendo até a reunião anterior, realizada em março. "O Comitê também reforça, com especial ênfase, que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta", se limitou a informar o Copom, do Banco Central. PT e o Banco Central A divisão no Copom é mais um capítulo na disputa dentro do Banco Central. Por várias vezes, no ano passado, o presidente Luis Inácio Lula da Silva criticou a demora da instituição em começar a reduzir a taxa de juros. A preocupação do presidente é com o crescimento da economia. Após a decisão do Comitê de reduzir o ritmo de corte dos juros, nesta quarta, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, afirmou, por meio de rede social, que seria "um crime contra o país a decisão do Copom, de cortar apenas 0,25 ponto da maior taxa de juros do planeta". "Não há fundamento econômico para isso e houve divergência de 4 diretores nessa decisão. A inflação está sob controle e em queda, o ambiente de investimentos melhora, os empregos também. O nome disso é sabotagem. Contra o desenvolvimento, contra o Brasil. Esta é a consequência da "autonomia" do BC, que permitiu o prolongamento do mandato de uma direção bolsonarista, que faz política e oposição ao governo eleito pelo povo", disse Gleisi Hoffman, nesta quarta. Copom reduz Selic para 10,50% ao ano, corte de 0,25 p.p.; veja a análise Banda da meta de inflação Ele também não respondeu se o Copom deve mirar no centro das metas de inflação, conforme prega o atual presidente, Roberto Campos Neto, ou se deve usar a banda de oscilação de 1,5 ponto percentual em torno do objetivo central. A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Ou seja, o Copom considera as estimativas para a inflação futura, e não a inflação corrente, para tomar as decisões. Em entrevista nesta quarta-feira ao programa "Bom dia, ministro", da EBC, Haddad afirmou que a inflação está dentro da banda da meta, pelo segundo ano, "com certo conforto", e "a previsão é que mais uma vez Lula vai conseguir cumprir seu mandato com inflação dentro da meta pelos quatro anos". Haddad também afirmou, ontem, antes da decisão do Copom, que "a taxa de juros [brasileira] continua uma das mais elevadas do mundo, e inflação de março e previa de abril se comportaram muito bem". Déficit das contas e tensões internacionais A decisão do Copom de reduzir o ritmo de corte da taxa de juros aconteceu após a equipe econômica do presidente Lula propor uma redução nas metas para as contas públicas neste ano. Para 2025, o governo propôs uma mudança da meta fiscal atual, que é de um superávit de 0,5% do PIB (+R$ 62 bilhões) para uma meta fiscal zero, sem déficit nem superávit. Para 2026, a equipe econômica propôs uma mudança na meta vigente, que é de um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões) para um superávit menor, de 0,25% do PIB -- cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos -- o que pode impulsionar mais a inflação. Além disso, o cenário externo também está mais tensionado e incerto pelo adiamento e redução do espaço para juros cortes de taxas nas economias desenvolvidas -- como os Estados Unidos. Analistas avaliam que isso reduz o espaço para cortes de juros nas economias emergentes, sob o risco de pressão na taxa de câmbio -- que também é ruim para a inflação.
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09/05 - Chuvas no RS: como ficam aluguéis, indenizações e trabalho em uma emergência climática
Advogados ouvidos pelo g1 explicam que algumas situações podem dar direito de recebimento de indenização, mas destacam que é necessário documentar todos os prejuízos. Saiba direitos do trabalhador e do consumidor em uma emergência climática O maior desastre ambiental da história do Rio Grande do Sul já impactou centenas de milhares de pessoas, que precisaram deixar suas casas, e deixou centenas de desaparecidos e mortos. Além dos impactos sociais e emocionais causados por um fenômeno dessa magnitude, a vida financeira da população da região também foi atingida em cheio, com a perda de imóveis, automóveis, eletrodomésticos, além da impossibilidade de trabalhar. O g1 conversou com dois especialistas para entender quais são os direitos do trabalhador e do consumidor em uma situação como esta. Veja a seguir no texto ou ouça o podcast Educação Financeira. LEIA TAMBÉM Chuvas no RS: veja as medidas anunciadas pelos principais bancos para apoiar os atingidos Como fazer o Saque Calamidade do FGTS; veja o passo a passo O que acontece com os trabalhadores afetados por enchentes? SAIBA COMO AJUDAR QUEM PERDEU TUDO COM A CHUVA Marinha carrega maior navio da América Latina com ajuda para o RS Seguros de imóveis e automóveis O jeito mais simples de conseguir uma indenização pelos danos ou perdas causados em imóveis e automóveis por algum fenômeno natural é por meio dos seguros. O advogado especialista em direito civil e do consumidor, Bruno Machado, explica que as pessoas afetadas por alguma situação do tipo precisam recorrer ao contrato da prestação de serviços do seguro e verificar o que a cobertura abrange. “É preciso verificar na apólice se a cobertura prevê os danos causados nesses fenômenos, que podem abranger enchentes, deslizamentos e outros eventos climáticos”, afirma o advogado. “O consumidor, uma vez verificado que existe a previsão, ele precisa notificar a seguradora, documentar esse infortúnio e preencher um eventual formulário para dar início ao processo de reivindicação dessa indenização.” Se o proprietário do bem que foi afetado não possuir seguro ou tiver um seguro que não cobre esses fenômenos, Machado pontua que a única alternativa passa a ser pedir auxílio para o governo. Nestes casos, a pessoa tem duas alternativas: monitorar as iniciativas do próprio governo, que disponibiliza verbas para o auxílio da população afetada; pedir, judicialmente, uma indenização. Machado alerta que, na segunda opção, o processo pode ser mais demorado e arriscado, porque a pessoa atingida pelo fenômeno climático precisará comprovar que o seu bem estava completamente regulamentado e que a tragédia poderia ter sido evitada por alguma medida de prevenção do governo. Aluguel de imóveis afetados pelas enchentes No caso de moradores que vivem em casas alugadas e tiveram a residência impactada pelo fenômeno natural, Bruno Machado destaca que a melhor opção é negociar diretamente com o proprietário do imóvel as melhores condições para a resolução do problema. Se a casa ficou inabitável, o proprietário não pode cobrar o aluguel do morador e, inclusive, existe a possibilidade de colocar fim ao contrato. Já se o imóvel foi afetado, mas com alguns reparos puder ser habitado novamente, o advogado reforça que as partes envolvidas no contrato devem conversar para chegar a um acordo. Se o morador, por exemplo, tiver a intenção de voltar a ocupar o imóvel, pode negociar um valor de aluguel diferenciado ou até a interrupção da cobrança temporariamente. Os eventuais reparos que o imóvel necessitar são de responsabilidade do proprietário, que não pode cobrar do morador, ressalta Machado. Para os imóveis comerciais que são alugados, o advogado dá as mesmas orientações: é importante negociar para chegar no melhor lugar comum para o proprietário e o locatário. No entanto, Machado destaca que é muito comum que, para contratos de aluguel de espaços comerciais, seja exigido um seguro. Nesse sentido, se o imóvel contar com o seguro, basta acionar a seguradora. Globocop flagra cavalo ilhado em Canoas, RS Opções do patrão e dos funcionários Um fenômeno climático como o que está acontecendo no Rio Grande do Sul também pode impactar diretamente a vida profissional, seja porque o local de trabalho foi afetado ou simplesmente pelos danos psicológicos que a situação traz ao trabalhador. Maurício Côrrea da Veiga, advogado especialista em direito do trabalho, pontua que a legislação trabalhista brasileira não prevê como falta justificada a ausência por um fenômeno climático. “Isso poderia abrir brecha até para que o empregador descontasse os dias de ausência do funcionário que não conseguiu ir trabalhar”, comenta. O advogado destaca que, em uma situação assim, deve prevalecer o bom senso. Empregado e empregador devem conversar para verificar as possibilidades. Se o trabalhador não conseguir se locomover até o local de trabalho, por exemplo, mas puder desempenhar a atividade de casa, o patrão deve liberar o trabalho home office em caráter excepcional. Se, mesmo com o funcionário comprovando que não consegue trabalhar, o empregador optar por descontar do salário, Veiga explica que o trabalhador pode recorrer à Justiça para não ter esses dias descontados e até pedir uma indenização por danos morais. Apesar da falta de previsão de fenômenos climáticos nas leis trabalhistas, o advogado comenta que, tanto patrão quanto funcionário, podem recorrer a um recurso previsto na legislação previdenciária: o auxílio por incapacidade temporária. Veiga afirma que esse é um recurso disponível para qualquer trabalhador que já contribuiu com o INSS por, pelo menos, 12 meses. O empregador pode solicitar o auxílio para o seu funcionário ou o próprio trabalhador pode buscar essa possibilidade. Tudo é feito de forma online, pelo site do INSS. A importância de documentar tudo O advogado Maurício Côrrea da Veiga destaca que, tanto para conseguir indenizações pelo direito do consumidor quanto pelo direito do consumidor, é importante que a pessoa se resguarde documentando toda a situação que ela está vivendo. No caso do Rio Grande do Sul e outras tragédias climáticas, os eventos são de conhecimento nacional e contam com grande repercussão. Porém, outros fenômenos menores podem não ter o mesmo alcance e, para isso, é importante comprovar qualquer prejuízo. Para isso, Veiga afirma que registrar os estragos com a máxima quantidade de fotos e vídeos possível é a melhor alternativa. Aumentos nos preços de produtos básicos Ainda na seara do direito do consumidor, o advogado Bruno Machado destaca que os comerciantes não podem aumentar os preços dos seus produtos — sobretudo os produtos mais básicos — na região afetada enquanto a população atravessa os estragos. O aumento injustificado, principalmente em uma situação de calamidade pública, é crime contra o consumidor e cabe punição para quem pratica. Machado explica que o consumidor que notar qualquer movimentação do tipo em algum comércio deve registrar o aumento de preços e informar imediatamente o Procon e o Ministério Público.
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09/05 - De onde vem o que eu como #88: Os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul para o agronegócio
Episódio conta como os impactos causados pelas chuvas está afetando o agro no estado. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio. O Rio Grande do Sul é um dos estados mais importantes para o agronegócio brasileiro, e está vivendo uma tragédia histórica devido às chuvas extremas que começaram no dia 27 de abril. Neste episódio do podcast "De onde vem o que eu como", você vai saber: Qual a importância do Rio Grande do Sul para o agro; quais plantações estão sendo afetadas; e como isso pode afetar a população a curto e longo prazo. O podcast "De onde vem o que eu como'" é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Helen Menezes. Apresentação deste episódio: Paula Salati. Gif - enchentes no Rio Grande do Sul Reuters; AFP; Estadão Conteúdo Leia também: Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas no RS; Preço do leite deve subir no campo após enchentes no RS, diz Cepea; Produção de arroz deve ter prejuízo de R$ 68 milhões com chuvas no RS, diz Datagro. 🎧OUÇA OUTROS EPISÓDIOS: 📺ASSISTA TAMBÉM: De onde vem o papel De onde vem a tangerina De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: limão Tragédia no RS: os efeitos no agro é o tema do 88º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'. Comunicação/Globo
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09/05 - Tragédia no Rio Grande do Sul afeta produções de arroz e soja; entenda a importância do estado no agro
Cerca de 70% do arroz consumido no país vem do RS. Para falar sobre possíveis impactos das chuvas nas plantações do grão, o podcast "De onde vem o que eu como" conversou com presidente da Federação da Agricultura do estado. Diante da tragédia histórica que atinge o Rio Grande do Sul, provocada pelas fortes chuvas desde o final de abril, cidades inteiras ficaram submersas e as produções agropecuárias do estado foram diretamente afetadas, com destaque para o arroz e a soja. Indústria negocia comprar arroz da Tailândia Para entender os possíveis impactos dessa tragédia para o abastecimento do estado e do país, o podcast “De onde vem o que eu como” desta semana conversou com o presidente da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Gedeão Pereira. Além das plantações inundadas, o agro no RS enfrenta questões logísticas que dificultam o escoamento dos alimentos para o restante do Brasil, já que estradas foram destruídas e centros de distribuição foram afetados. Uma das maiores preocupações da indústria e do governo federal é com o fornecimento de arroz. O estado lidera essa produção: cerca de 70% do que é consumido no país sai do Rio Grande do Sul. Estima-se que, da safra total, 80% do arroz já havia sido colhido, mas uma parte que ainda estava na terra ficou debaixo d'água e silos (sistemas de armazenagem) também tiveram impacto com as enchentes. Colheita de arroz da lavoura do MST em Viamão, no RS Celso Tavares / g1 Ainda não se sabe quanto foi perdido, mas as fábricas e o governo planejam importar arroz. No entanto, o presidente da Farsul não vê risco de desabastecimento do grão no Brasil pelos próximos 10 meses. Na vice-liderança de produção da soja, o RS tinha a previsão de produzir 21,8 milhões de toneladas nesta safra, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Porém, por causa das enchentes o estado pode perder até 6% da colheita, aponta uma pesquisa do Datagro. Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho De onde vem o Maracujá De onde vem a uva de mesa
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09/05 - Copom: voto de Campos Neto racha diretoria antiga e sucessores; entenda por que isso é importante
Presidente do BC deu o voto de minerva pela redução da Selic em 0,25 ponto percentual. Decisão acirrada expõe divisão entre diretores 'veteranos' e os indicados pelo novo governo, o que aumenta incerteza sobre como deve ser a transição para a nova gestão no ano que vem. Copom reduz Selic para 10,50% ao ano, corte de 0,25 p.p.; veja a análise Em uma votação acirrada no Comitê de Política Monetária (Copom) da última quarta-feira (8), o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, foi o responsável pelo voto de minerva que determinou o corte da taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual (p.p.). Essa foi a segunda vez em menos de um ano que Campos Neto precisou dar um voto decisivo para definir o novo patamar de juros do país — e apenas a quarta vez em 20 anos. Nas outras duas vezes, o presidente do BC era Henrique Meirelles, em 2007. Nessa mesma janela, apenas 34 reuniões tiveram divergência de votos, contando com o encontro da última quarta-feira. O levantamento é do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores. Desta vez, os votos divididos carregam um recado importante, que acende um alerta no mercado financeiro: 5 votos vieram de diretores antigos, indicados na gestão passada do governo federal; 4 votos vieram de novos diretores, indicados pelo atual presidente. Há no ar uma incerteza sobre como deve ser a transição para a nova gestão do Banco Central. O mandato de Campos Neto se encerra no fim de 2024. E os preferidos para ocupar o seu lugar são Gabriel Galípolo, ex-número 2 do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o economista Paulo Pichetti. Ambos são diretores da instituição. Galípolo e Pichetti ficaram ao lado dos novos diretores, todos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que votaram por uma redução de 0,50 p.p. na reunião desta quarta. Veja abaixo como ficou a divisão. Votaram por uma redução de 0,25 p.p.: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente); Carolina de Assis Barros; Diogo Abry Guillen; Otávio Ribeiro Damaso; e Renato Dias de Brito Gomes. Já os votos por uma redução de 0,50 p.p. ficaram com os seguintes membros: Ailton de Aquino Santos; Gabriel Muricca Galípolo; Paulo Picchetti; e Rodrigo Alves Teixeira. Economistas e agentes de mercado querem uma transição suave no Banco Central, mas a divisão indica que uma mudança de rumos pode estar perto de acontecer. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante debate no Senado TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO LEIA MAIS Copom faz corte de 0,25 ponto percentual e leva Selic para 10,50% ao ano Por que o BC diminuiu o ritmo de cortes de juros e quais os recados sobre o futuro da Selic Brasil continua com o 2º maior juro real do mundo; veja ranking O que a votação dividida do Copom significa? Segundo especialistas ouvidos pelo g1, a leitura do "racha" nesta reunião do Copom é de que os novos diretores tendem a optar por uma condução mais frouxa da política monetária (no jargão dos economistas, mais "dovish"). “O dissenso diz que esse Banco Central novo, que vai entrar, é mais 'dovish', que vamos ter uma inflação média mais alta e juros menores na economia”, afirmou o sócio-fundador da Armor Capital Alfredo Menezes em uma live recente da Warren Investimentos. Juros mais baixos podem significar mais impulso à atividade econômica, mas também uma inflação rodando possivelmente em nível mais elevado. É uma mudança de posição em relação à gestão atual, que em geral é mais cautelosa no momento de reduzir os juros por um receio de perda de controle dos preços no país. Por isso, para o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, a principal notícia desta reunião do Copom era justamente a composição de cada lado na votação desta quarta-feira. Como o mercado já vinha precificando uma redução no ritmo de cortes de juros, as atenções já se voltam para o que será do futuro do BC. "O colegiado não seguiu, inclusive, o forward guidance [estimativas dadas pelo próprio BC sobre o futuro da política monetária] que ele tinha anunciado na última reunião [...] e, eventualmente, já sinaliza para um próximo BC que pode ter uma cabeça voltada para juros mais baixos", disse o economista. A proximidade da troca no comando do Banco Central deve tornar mais comum as divergências internas, mas também pode significar maior dificuldade do próximo presidente em construir consenso dentro do BC em 2025. O descumprimento do forward guidance Outro ponto que está na mira dos investidores foi a retirada do "forward guidance" no comunicado divulgado pelo colegiado. Forward guidance (em português, orientação futura) é uma espécie de estimativa feita pelo BC sobre o futuro da política monetária. Em outros termos, é uma maneira de dar previsibilidade da condução dos trabalhos e mais conforto para a tomada de decisão dos investidores internos e externos. Na reunião de março do colegiado, o comitê havia reduzido a Selic em 0,50 p.p. e indicado no comunicado a possibilidade de uma redução da “mesma magnitude” no encontro deste mês. Mas decidiu contrariar a própria indicação e cortou 0,25 p.p. De acordo com economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, a tentativa de ancoragem das expectativas de inflação com base em uma sinalização futura não funcionou, fazendo com que o Copom optasse por retirar qualquer sinalização de futuro do comunicado desta quarta. No texto, o colegiado não fez nenhuma menção a próximos passos, deixando a possibilidade de mudança de cenário em aberto. Isso adiciona mais incerteza sobre o futuro da trajetória de juros no país. "Sem essa sinalização sobre a condução futura, o BC mostra, mais uma vez, que está bastante dividido sobre a forma como se deve conduzir a política monetária.", afirmou a economista. Os especialistas aguardam, agora, a ata do Copom, que deve ser divulgada na próxima terça-feira (14), e que tende a trazer uma análise mais completa e aprofundada sobre as percepções do colegiado.
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09/05 - Entenda o que é responsabilidade fiscal e porque o assunto virou tema de disputa entre os Poderes
Busca pelo equilíbrio das contas públicas tem gerado atrito entre Executivo e Legislativo nas últimas semanas; economistas destacam sustentabilidade de gastos. Na semana em que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) completou 24 anos, o termo “responsabilidade fiscal” entrou no centro de um atrito entre o Executivo e o Legislativo. Nas últimas semanas, o governo conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de uma medida aprovada pelo Congresso sob o argumento de que o Legislativo deveria ter apontado uma fonte de compensação para a renúncia de receitas. A ação desencadeou um debate sobre a responsabilidade fiscal, com troca de críticas entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) (veja mais abaixo). Rodrigo Pacheco e Fernando Haddad JN Mas, afinal, o que é responsabilidade fiscal? O g1 conversou com advogados, economistas e cientistas políticos para entender o termo que, desde 2000, nomeia uma das principais legislações para o setor público. Cuidado com dinheiro público O economista Felipe Salto, economista-chefe da Warren Rena, define a responsabilidade fiscal como o “cuidado com o dinheiro público, de modo a equilibrar receitas e despesas ao longo do tempo e garantir a execução das políticas públicas determinadas pela Constituição e pelas Leis”. “Responsabilidade fiscal não é sinônimo de Estado mínimo ou gastos públicos pequenos, mas de contas públicas sustentáveis, fontes de financiamento e despesas que se equilibrem garantindo prosperidade e crescimento”, disse o economista. O economista Felipe Salto destaca a importância da sustentabilidade nas contas públicas. BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Para o economista e professor de finanças do CCSA-Mackenzie, Josilmar Cordenonssi, na prática, a responsabilidade fiscal interfere na vida das pessoas, principalmente por meio da inflação. “Com a responsabilidade fiscal você não deixa a dívida explodir, ter um crescimento descontrolado. Se você faz isso, os investidores perdem confiança, tanto no título de dívida do país, como também na moeda, então você teria uma inflação antes mesmo do governo imprimir moeda para pagar aquela dívida, por exemplo”, explicou o economista. Despesas x Gastos Um dos pontos centrais da responsabilidade fiscal é o equilíbrio entre a arrecadação e os gastos públicos. “A responsabilidade fiscal é um conceito que diz respeito à relação que o governo tem que manter entre receita e despesa. (...) Ou seja, quando o governo vai dar uma isenção, está reduzindo um tributo. De onde que vai tirar a receita alternativa para cobrir essa redução?”, explica o advogado e doutor em Direito Tributário, Igor Mauler. No passado, a legislação estabelecia um limite para os gastos públicos chamado teto de gastos, que determinava que a maior parte das despesas não podia subir acima da inflação do ano anterior. A nova regra para os gastos públicos, chamada de novo arcabouço fiscal, foi aprovada em agosto do ano passado, e entre outras regras, estabeleceu que as despesas: não podem subir mais do que 70% do aumento na receita; e não podem avançar mais do que 2,5% por ano acima da inflação (foi proposto um intervalo de alta real de 0,6% a 2,5%). Entenda o arcabouço fiscal em números g1 Legislativo e a responsabilidade fiscal Se a responsabilidade fiscal é essa busca pelo equilíbrio das contas públicas, leis orçamentárias – como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a própria Lei Orçamentária Anual (LOA) – têm relação direta com o tema. O mesmo ocorre com projetos de lei que tramitam no Congresso e interferem no aumento ou diminuição da arrecadação, como as que concedem isenção de impostos, por exemplo. Entre os projetos com impacto fiscal está o que estabelece a volta da cobrança do seguro obrigatório de veículos terrestres, anteriormente conhecido como DPVAT. Além de aumentar a arrecadação com a cobrança do seguro, a proposta ainda permite que o governo antecipe a ampliação de despesas no Orçamento de 2024 devido a uma alteração feita pela Câmara dos Deputados no texto. Na prática, essa medida vai liberar mais de R$ 15 bilhões em gastos, que deverão ser usados pelo Planalto para compensar um montante parcial das emendas de comissão – vetadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro. Outro projeto que também mexe com a questão da responsabilidade fiscal é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio. A proposta estabelece que um aumento de 5% do salário, a cada cinco anos, para: membros do Judiciário e do Ministério Público; ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e conselheiros de contas municipais e estaduais; delegados da Polícia Federal; integrantes da Advocacia Geral da União (AGU); e procuradores dos estados e do Distrito Federal. Nesta terça-feira (7), Pacheco defendeu que “não há irresponsabilidade fiscal na medida”. As estimativas de custos de uma eventual aprovação da PEC têm variado, com projeções de mais de R$ 80 bilhões de impacto fiscal nos próximos três anos. 'Não há irresponsabilidade fiscal' na PEC do Quinquênio, diz Pacheco Outra votação que irá interferir na questão fiscal é a manutenção ou derrubada de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a serem analisados na sessão do Congresso marcada para esta quinta-feira (9). Um dos vetos cortou R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão na LOA. Para o cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, um dos principais motivos para atritos entre Executivo e Legislativo envolvendo a questão fiscal está relacionado às emendas. “A questão da reforma fiscal mexe com interesse dos políticos, especialmente com recursos que eles contam. Então provavelmente a grande queda de braço do governo – tendo à frente o Haddad – e o mundo político é o receio que os políticos têm de ter contingenciamento, de ter essa diminuição de dinheiro que eles teriam à disposição para poder fazer obras, reparos, tudo o mais. Eu acho que esse é o elemento que norteia esse debate e esse incômodo entre Executivo e Legislativo", afirmou Rodrigo. "A votação dos vetos se insere nesse contexto geral da relação entre os Poderes, sobretudo pelo peso das emendas parlamentares. O Legislativo ganhou muito espaço no orçamento, contrariando o que prevê a constituição cidadã. É um desafio resgatar a liderança do Executivo nesse aspecto”, diz Salto. Legislativo X Executivo O último atrito entre Executivo e Legislativo envolvendo a questão da responsabilidade fiscal aconteceu nos últimos dias. Congresso Nacional visto do Palácio do Planalto. Leonardo Sá/Agência Senado O embate começou quando o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu, a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), a medida aprovada pelo Congresso que prorrogou a desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores da economia. Em seu pedido, o governo alegou que o Congresso deveria ter apontado uma fonte de compensação para a renúncia de receitas geradas pela desoneração. Após a decisão de Zanin, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, disse a jornalistas que a lei respeitou a Constituição e a responsabilidade fiscal. No dia seguinte, em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que projetos enviados para ajustar as contas públicas foram desidratados pelo Congresso, e que o Legislativo também precisa cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. No mesmo dia em que a entrevista foi divulgada, o presidente do Senado disse, em nota, “uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”. Após o atrito, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, disse que “a responsabilidade fiscal é um dever de todos”.
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09/05 - Educação Financeira #294: os direitos do trabalhador e do consumidor em uma emergência climática
Com as enchentes do Rio Grande do Sul, podcast ouviu dois especialistas para entender quais são os direitos da população e o que as pessoas podem fazer para buscar indenizações. Em uma emergência climática, como a que vem ocorrendo no Rio Grande do Sul e já deixou centenas de cidades em situação de calamidade pública, há uma série de impactos financeiros que podem atingir a população local. Além de todos os danos emocionais e riscos para a vida, milhares de famílias perderam tudo e ficaram desabrigadas. Os negócios locais também não conseguem funcionar, e os trabalhadores ficam incapacitados de trabalhar. Com esses problemas em mente, o podcast Educação Financeira ouviu dois especialistas para entender quais são os direitos do trabalhador e do consumidor em uma situação de emergência climática, e o que as pessoas podem fazer para buscar indenizações. O episódio 294 do podcast foi ao ar antecipadamente por conta da catástrofe no Rio Grande do Sul. OUÇA O PODCAST ABAIXO: * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel.
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09/05 - Mega-Sena pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira
As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.722 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 40 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (9), em São Paulo. No concurso da última terça-feira (7), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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09/05 - Banco do Brasil tem lucro de R$ 9,3 bilhões no 1º trimestre, alta de 8,8% em um ano
Resultado veio levemente acima da expectativa média do mercado, de R$ 9,1 bilhões. Sede do Banco do Brasil, em Brasília Adriano Machado/Reuters O Banco do Brasil registrou um crescimento de 8,8% em seu lucro líquido recorrente no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2023, com avanço de dois dígitos na margem financeira bruta e incremento de 46% nas provisões para inadimplência. O lucro líquido recorrente foi de R$ 9,3 bilhões de janeiro ao final de março, levemente acima da expectativa média do mercado, de R$ 9,1 bilhões, segundo dados da Lseg. A provisão para devedores duvidosos (PCLD) somou R$ 8,54 bilhões, e a margem financeira bruta, R$ 25,7 bilhões. O BB anunciou ainda que aprovou a distribuição de R$ 940,6 milhões em dividendos, equivalentes a cerca de R$ 0,165 por ação, e R$ 1,67 bilhão em juros sobre capital próprio complementar, que representa R$ 0,293 por papel. Os valores serão pagos em 21 de junho, informou a instituição. O banco apurou inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias de 2,9%, ante 2,92% no final de dezembro, mas acima dos 2,62% do primeiro trimestre de 2023. O movimento ocorreu em meio a um crescimento da carteira de crédito ampliada de 10,2% no primeiro trimestre ante o desempenho de um ano antes, para R$ 1,14 trilhão, puxada pela alta de 15,5% dos financiamentos ao segmento do agronegócio. O resultado deixou o BB dentro das estimativas para o ano, que preveem alta de 8% a 12% na carteira de crédito e expansão de 7% a 11% na margem financeira bruta. O lucro anualizado, enquanto isso, está na ponta baixa do "guidance" de R$ 37 bilhões a R$ 40 bilhões, enquanto a PCLD se mostra acima da estimativa para 2024 de R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões. O Banco do Brasil apurou um índice de eficiência, quanto menor, melhor, de 25,9% no primeiro trimestre, em um desempenho mais positivo que os 28,7% de um ano antes. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido ficou praticamente estável no período, a 21,7%. Bruno Carazza dá um panorama sobre a economia do RS
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08/05 - Após chuvas no RS, Banco Central decide adiar concurso público; não há nova data para provas
Decisão, segundo o BC, foi tomada por conta das chuvas que caíram no Rio Grande do Sul. Dos 38 mil candidatos, 3% são do Rio Grande do Sul. Sede do Banco Central em Brasília Raphael Ribeiro/BCB O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (8) o adiamento do concurso público para 100 vagas na instituição, com salários iniciais de R$ 20,9 mil. As provas estavam previstas para 19 de maio e ainda não têm nova data definida. Ainda segundo o BC, a decisão foi tomada por conta das chuvas que caíram no Rio Grande do Sul, e após uma reunião com a Cebraspe, empresa responsável pela organização do concurso. O Banco Central informou que para que a nova data seja definida "será necessário aguardar uma normalização das condições em Porto Alegre, onde as provas serão aplicadas". Governo recua e decide adiar ‘Enem dos concursos’ em todo o Brasil Dos 38 mil candidatos, 3% são do Rio Grande do Sul, o equivalente a 1,1 mil inscritos. O edital do concurso foi publicado em janeiro. As oportunidades são para profissionais graduados em diversas áreas de conhecimento.
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08/05 - +Milionária, concurso 144: prêmio acumula e vai a R$ 183 milhões
Duas apostas que acertaram cinco dezenas e dois trevos vão levar R$ 287,8 mil cada. Próximo sorteio será no sábado (11). Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil 2 O sorteio do concurso 144 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (8), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 183 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, duas apostas acertaram cinco dezenas e dois trevos e vão levar R$ 287.824,55 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 15 - 18 - 19 - 24 - 33 - 38 Trevos: 2 - 3 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 41 apostas ganhadoras: R$ 6.240,10 4 acertos + 2 trevos - 217 apostas ganhadoras: R$ 1.263,21 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 2638 apostas ganhadoras: R$ 103,91 3 acertos + 2 trevos - 3719 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 29455 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 27306 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 223047 apostas ganhadoras: R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será no sábado (11). +Milionária, concurso 144 Reprodução/Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja no vídeo abaixo como jogar na +Milionária: +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa
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08/05 - A sucessão de Campos Neto e o racha na diretoria do BC
Copom reduz Selic para 10,50% ao ano, corte de 0,25 p.p.; veja a análise O Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central deixou para trás a série de decisões unânimes sobre o ritmo de queda da taxa de juros Selic e rachou entre os diretores indicados pelo presidente Lula e aqueles indicados no governo anterior. Coube a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, o voto de minerva que desacelerou o ritmo de queda para 0,25 ponto percentual. Entre os motivos da divisão interna não há como descartar a proximidade da troca na presidência do Banco Central e a conhecida vontade do presidente Lula – a quem cabe a indicação do futuro presidente – de derrubar mais rapidamente a Selic. Lula, e mesmo integrantes da Fazenda, queriam uma sequencia da queda mais acentuada da taxa de juros, garantindo um crescimento maior. Do outro lado, está a cautela de parte majoritária do BC. Depois da divulgação da redução em 0,25 pontos percentuais da Selic, integrantes do governo, do Planalto à Fazenda, demonstraram contrariedade. A primeira linha do comunicado do Copom diz que “o ambiente externo mostra-se mais adverso”. Motivos internos também ajudaram na cautela maior. Ao contrário das reuniões anteriores, o Copom não deu sinal de novas quedas na taxa de juros. Leia também: Copom reduz Selic para 10,50% ao ano; corte foi de 0,25 ponto percentual e em ritmo menor do que nas últimas reuniões A ata do Copom, a ser divulgado na próxima semana, deve detalhar os tópicos de divisão entre os diretores, mas não se pode deixar fora do radar aspectos políticos e a própria sucessão no comando do BC. O mandato de Campos Neto vai até 31 de dezembro, mas ele próprio já pediu uma indicação do seu sucessor mais rápida, para permitir a transição. O nome de dois diretores do Banco Central estão entre os nomes citados como possíveis escolhidos de Lula para presidir o BC – Gabriel Galípolo e Paulo Pichetti. Ambos votaram pela redução maior, de 0,5 ponto percentual. A proximidade da troca no comando do Banco Central deve tornar mais comum as divergências internas, mas também pode significar maior dificuldade do próximo presidente em construir consenso dentro do BC em 2025.
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08/05 - Copom: por que o BC diminuiu o ritmo de cortes de juros e quais os recados sobre o futuro da Selic
Comitê anunciou corte de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros nesta quarta-feira, para 10,50% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu oficialmente o ritmo deste ciclo de queda da taxa básica de juros, a Selic. A decisão anunciada nesta quarta-feira (8) foi de um corte de 0,25 ponto percentual (p.p.), para 10,50% ao ano. Na última reunião do colegiado, em março, o comitê havia reduzido a Selic em 0,50 p.p. e indicado no comunicado a possibilidade de uma redução da “mesma magnitude” no encontro deste mês. O padrão vinha desde agosto, quando o Banco Central (BC) começou a reduzir os juros do país. Essa previsão sobre a política monetária é chamada pelo mercado financeiro de “forward guidance”. É uma maneira de dar previsibilidade da condução dos trabalhos e mais conforto aos investidores internos e externos. Mas especialistas ouvidos pelo g1 dizem o descumprimento da projeção nesta reunião era previsto, e reflete uma série de fatores econômicos locais e internacionais que se desenrolaram ao longo do último mês. Entram na conta a alteração das metas fiscais brasileiras para os próximos anos e a provável manutenção dos juros básicos norte-americanos em patamares elevados por mais tempo. Para entender o que fez o BC mudar os rumos, você vai ver nesta reportagem: Por que o BC descumpriu o forward guidance? Quais as sinalizações do Copom para a taxa de juros à frente? Copom reduz Selic para 10,50% ao ano, corte de 0,25 p.p.; veja a análise LEIA MAIS Copom reduz Selic para 10,50% ao ano, em ritmo menor do que nas últimas reuniões Brasil continua com o 2º maior juro real do mundo após novo corte; veja ranking Calculadora do g1: saiba quanto rendem os títulos de renda fixa com a Selic a 10,50% Por que o Banco Central descumpriu o forward guidance? O descumprimento de uma projeção por parte do BC não costuma ser muito bem-visto por investidores. E uma possível redução no ritmo de cortes já vinha sendo precificada pelo mercado há algumas semanas. “Houve um conjunto de indicações de que o ritmo seria reduzido, até porque o mundo mudou com o efeito de uma economia ainda forte nos Estados Unidos, com o Fed assumindo que o nível de inflação tinha mudado. Em cima disso, ainda tivemos a mudança da meta fiscal”, explicou o economista-chefe da Ágora Investimentos, Dalton Gardiman. Mudança da meta fiscal brasileira para 2025 O principal fator citado pelos especialistas foi a proposta de reduzir as metas para as contas públicas dos próximos anos, feita pelo Ministério da Fazenda. A medida foi anunciada em 15 de abril, por meio do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025. De acordo com o documento, o governo repetiria o déficit zero no ano que vem e só conseguiria alcançar o superávit (arrecadar mais do que gasta) em 2026. Trata-se também de uma mudança de projeção. Antes, a previsão era conseguir o superávit ainda em 2025 e resultados mais expressivos nos anos seguintes. Veja abaixo. Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, afirma que a alteração das metas aumentou o nível das incertezas sobre o quadro fiscal do país e piorou o balanço de riscos do Banco Central. Com a decisão, o governo dá a entender que há um “menor compromisso fiscal” e “posterga a estabilização da dívida pública, além de diminuir a credibilidade do novo arcabouço”. A situação das contas públicas vem sendo monitorada pelo BC desde o início do ciclo de cortes da taxa básica de juros. Já em setembro, por exemplo, na segunda redução da Selic, a instituição já havia salientado a “importância da execução das metas fiscais” para a ancoragem das expectativas de inflação e para a condução da política monetária. Nessa reunião, não foi diferente. Em comunicado divulgado após a decisão desta quarta-feira, o colegiado afirmou que "acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal e seus impactos sobre a política monetária". "O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", informou o colegiado no documento. Para o economista e sócio-fundador da Oriz Partners, Carlos Kawall, há um “antagonismo entre Brasil e Brasília” que precisa ser observado pelos investidores. “Enquanto o Brasil tem fundamentos econômicos mais sólidos, vemos que o que vem de Brasília muitas vezes não ajuda. [...] E o fato é que, hoje, na minha visão, estamos sem uma autêntica âncora fiscal”, afirmou o executivo em live promovida pela Warren Investimentos na última terça-feira (7). “Substituímos a âncora por uma regra excessivamente flexível, que traz uma inquietação do ponto de vista da trajetória da dívida pública. [...] Ainda há muita incerteza sobre a implementação e a real eficácia da regra fiscal e, portanto, da trajetória da dívida [em relação ao] PIB”, complementou. Perspectiva sobre juros dos EUA Outro ponto importante para a decisão do Copom desta quarta-feira foram as sinalizações dadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). No fim do ano passado, uma onda de euforia se instalou nos mercados com a perspectiva de que o Fed também iniciasse uma redução dos juros a partir de março. Conforme surgiram dados fortes da economia norte-americana, que indicaram um mercado de trabalho aquecido e uma persistência da inflação no país, o ânimo dos investidores foi minguando. De março, as projeções mudaram para maio e agora estão em setembro. Juros mais altos nos EUA tornam os países emergentes menos atrativos e acabam gerando uma migração dos investimentos para dentro da maior economia do mundo, retirando dinheiro de outros mercados. No caso do Brasil, o desgosto com o Fed veio junto com a mudança da meta fiscal, agravando a situação para os juros domésticos. Como os juros nos Estados Unidos influenciam a decisão do Copom Na última quarta-feira (1º), o Fed decidiu, pela sexta vez consecutiva, manter os juros básicos do país inalterados na faixa entre 5,25% e 5,50%. No comunicado, mais uma vez manifestou preocupação com a falta de avanço no processo de desinflação dos EUA. Apesar de o presidente do Fed, Jerome Powell, ter indicado que acha “improvável” que haja um novo aumento na taxa básica do país, a sinalização é que os preços continuam em patamares elevados demais – o que continua a empurrar para frente o início de cortes de juros por lá. Quanto mais a situação se arrasta, mais afoito o BC do Brasil fica de reduzir demais os juros por aqui. Na prática, significa que os juros devem demorar mais tempo a cair ou ficar mais altos ao final do ciclo de cortes. Antes mesmo do Copom desta quarta, o mercado já se manifestava: no boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas), as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,63% em 2024. Quais as sinalizações do Copom para a taxa de juros? Além da decisão de descumprir o forward guidance e reduzir o ritmo de cortes da Selic, o Banco Central também deixou uma porta aberta para a possibilidade de novos cortes à frente. De acordo com comunicado divulgado após a decisão, o comitê informou que, de forma unânime, "avalia que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas desancoradas demandam maior cautela". O colegiado ainda ressaltou que a "política monetária deve se manter contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas" e reforçou que a "extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta". Segundo os especialistas ouvidos pelo g1, apesar de um tom mais cauteloso por parte do BC ser esperado pelo mercado, dado o cenário macroeconômico atual. Ainda assim, o fato de não ter sido uma decisão unânime tende a pesar no mercado, que segue incerto sobre como deve ser a transição para a nova gestão do Banco Central. O mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente da instituição, se encerra no fim de 2024. Para o sócio-fundador da Armor Capital Alfredo Menezes, o dissenso na decisão é uma das “piores coisas” que poderiam ter acontecido nesta reunião. “O dissenso diz que esse Banco Central novo, que vai entrar, é mais dovish [menos agressivo na condução da política monetária], que vamos ter uma inflação média mais alta e juros menores na economia”, comentou durante live da Warren Investimentos. Veja como foi a votação nesta reunião: Votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente); Carolina de Assis Barros; Diogo Abry Guillen; Otávio Ribeiro Damaso; e Renato Dias de Brito Gomes. Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros: Ailton de Aquino Santos; Gabriel Muricca Galípolo; Paulo Picchetti; e Rodrigo Alves Teixeira.
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08/05 - Calculadora do g1: saiba quanto rendem os títulos de renda fixa com a Selic a 10,50%
O g1 preparou uma calculadora para te ajudar a saber quanto rende investir nos principais produtos de renda fixa do mercado por tempo determinado. Os cálculos foram feitos com a ajuda de Michael Viriato, estrategista da Casa do Investidor. Veja como funciona a calculadora do g1 de investimentos em renda fixa O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (8) fazer um novo corte na Selic, para 10,50% ao ano. A taxa básica de juros serve de referência para o rendimento de aplicações financeiras de renda fixa, as favoritas do brasileiro. Por exemplo, se o investidor colocar hoje R$ 1 mil em Tesouro Selic (título público atrelado à taxa básica de juros), o retorno em 12 meses será de aproximadamente R$ 103,00. Isso considerando uma taxa constante no período, com base nos juros atuais. (veja abaixo) Para te ajudar a saber quanto rende investir nos principais produtos do mercado, o g1 preparou uma calculadora de renda fixa. As contas foram feitas com a ajuda de Michael Viriato, estrategista da Casa do Investidor, não descontam o Imposto de Renda das aplicações e não consideram novas alterações da Selic no intervalo considerado. A depender da movimentação do Copom (Comitê de Política Monetária), o rendimento de cada item pode mudar – a próxima reunião do Banco Central para decidir se mudará o patamar dos juros será em 18 e 19 de junho de 2024. ❌ Os números acima não representam recomendações de investimento; apenas mostram o retorno médio dos produtos disponíveis no mercado. Veja alguns cuidados antes de investir (aqui). A calculadora apenas aponta o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+ de 2029, "por ser um dos produtos mais usados por investidores", de acordo com Viriato. Há opções semelhantes, com outros vencimentos e rentabilidades, que podem ser verificados no site do Tesouro Direto. Como funciona cada produto da calculadora? Poupança: O investidor coloca o dinheiro na caderneta de poupança esperando um retorno financeiro ao longo do tempo. Nesse período, o dinheiro é emprestado ao banco, que o utiliza para oferecer empréstimos. Esse é um dos produtos preferidos dos brasileiros. CDBs (Certificado de Depósito Bancário): A modalidade funciona como um empréstimo para bancos, sejam médios ou grandes. Em troca, as instituições oferecem uma taxa de retorno. Quanto maior é o risco-retorno da operação, mais atrativa será a taxa. (entenda mais abaixo) LCI (Letra de crédito imobiliário): Funciona como os CDBs, mas o dinheiro é emprestado a um banco ou instituição com o compromisso de investir em títulos de crédito imobiliários. LCA (Letra de crédito do agronegócio): A regra é semelhante ao LCI, mas o dinheiro é investido no setor agro. LC (Letras de Câmbio): Mesmo sistema dos anteriores, mas em vez de ser emprestado para instituições financeiras, o dinheiro vai para sociedades de crédito, financiamento e investimento, popularmente conhecidas como financeiras. E, apesar do nome remeter à troca de papel-moeda, nada tem a ver com operações de câmbio. Debêntures: O produto é um mecanismo que empresas usam para captar recursos no mercado, para investimentos ou melhorias de operação. As debêntures são títulos de dívida, em que investidores emprestam dinheiro à empresa esperando retorno no médio ou longo prazo. As debêntures incentivadas são aquelas que são isentas de Imposto de Renda. CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários): O investimento é usado para financiar transações do mercado imobiliário. Uma imobiliária, por exemplo, emite um CRI para captar recursos de investidores e oferecer, além de um retorno financeiro, o valor dos aluguéis como garantia. CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio): O CRA funciona como o CRI. Porém, o dinheiro captado é usado na ampliação ou compra de terras no agronegócio. Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+: São títulos públicos, emitidos pelo governo e comercializados na plataforma do Tesouro Direto. O investidor empresta dinheiro ao Tesouro Nacional, com a expectativa de retorno depois de um prazo definido. O que pode variar é o indexador (taxa de referência usada na rentabilidade do produto), que pode ser a inflação ou juros, por exemplo. Todos os itens acima podem ser negociados em corretoras. A disponibilidade dos produtos, no entanto, pode variar conforme o perfil do investidor: quem aceitar correr mais riscos, terá uma quantidade maior de produtos disponíveis, com rentabilidades mais atrativas. Dicas e cuidados antes de investir em renda fixa Segundo o economista André Perfeito, a primeira dica que para investir em renda fixa é entender os seus objetivos. Isso porque os produtos oferecem diversos prazos de vencimento e, em alguns casos, não é possível tirar o dinheiro antes da data. Se a pessoa pretende se aposentar em 2045, por exemplo, a recomendação do especialista é de que o produto tenha uma data de vencimento previso para aquele ano. Em geral, só é possível sacar o dinheiro antes do prazo em títulos públicos, mas o investidor pode perder dinheiro com a marcação a mercado. De forma simples, a “marcação a mercado” mostra o quanto seu título do Tesouro vale naquele dia. A depender das perspectivas de juros e inflação, ele pode variar para cima ou para baixo. “Se temos uma expectativa aumento de juros, isso se reflete em uma relação inversa no preço do nosso título. Quando tem um aumento de taxa, nosso título se desvaloriza naquele momento”, disse a especialista em renda fixa Camilla Dolle, da XP, ao g1. “E também podem existir fatores que reduzam a percepção de risco do Brasil. Com isso, as taxas caem e os preços dos títulos valorizam”, prossegue. Mas a marcação a mercado só “vale” se o investidor vender seu título antes do vencimento. Caso contrário, são pagas as taxas prometidas no momento da compra. Também por causa da marcação a mercado, o investimento oferecido por uma empresa pode cobrar uma taxa em caso de resgate antes do prazo. Por isso, Victor Oliveira, sócio da Grão Investimentos, recomenda que o investidor não se concentre em um único ativo e diversifique a carteira (compre mais de um produto de renda fixa). Assim, se for preciso tirar o dinheiro por algum imprevisto, ele não será prejudicado pela taxa. Além disso, a diversificação, segundo os especialistas, é o melhor mecanismo para não perder dinheiro, caso algum produto não renda conforme o esperado. Os especialistas ressaltam também que é preciso sempre observar o risco de calote. De acordo com Perfeito, a probabilidade de o governo não arcar com as dívidas é muito menor do que alguma empresa. E ainda que a renda fixa seja um dos investimentos mais seguros que há, a operação da empresa pode ter problemas, em especial se os prazos forem muito longos. “O investidor precisa saber avaliar os produtos de renda fixa. Enquanto existem diversas informações sobre as políticas econômicas do governo, as empresas muitas vezes não têm dados suficientes para trazer segurança ao investidor, mesmo as de capital aberto (que são obrigadas a publicarem o balanço financeiro, por exemplo)”, diz o economista. Dessa forma, as empresas tendem a oferecer retornos melhores para atrair mais investidores. Isso é chamado de risco-retorno. O sócio da Grão Investimentos explica que “[o investidor] não deve acreditar em promessas de rentabilidade sem nenhum risco”, pois empresas com promessas muito ousadas podem não conseguir arcar com as suas dívidas. Em casos como esse, o investidor conta com um "seguro" para seus investimentos: o Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A instituição sem fins lucrativos promete proteção aos investidores em caso de problemas. O Fundo oferece uma garantia para investimentos até R$ 250 mil por CPF, e cobre: Depósitos à vista; Poupança; CDBs; RDBs (Recibos de Depósitos Bancário); LCIs e LCAs; LCs LHs (Letras Hipotecárias). Especialistas destacam, no entanto, que mesmo com a garantia do FGC, é importante que o investidor conheça bem o produto no qual aloca seus recursos. Como toda seguradora, um problema generalizado no mercado de crédito poderia causar dificuldades ao FGC para ressarcir a todos os atingidos.
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08/05 - Brasil continua com o 2º maior juro real do mundo após novo corte da Selic; veja ranking
País deixou a liderança em dezembro, quando foi superado pelo México. Agora, o topo está com a Rússia, conforme levantamento do MoneYou. A Argentina, que enfrenta uma inflação altíssima, ocupa a última posição. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira O Brasil continua a ter o segundo maior juro real do mundo após novo corte da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. O Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (20) reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), para 10,50% ao ano. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram agora em 6,54%. O líder é a Rússia, com taxa real de 7,79%. Na última divulgação, em 20 de março, o Brasil já ocupava a segunda colocação da lista. A combinação de inflação menor e cenário externo positivo ajudou no fechamento de uma taxa real de juros mais baixa, informou o MoneYou. A Argentina continuou com o último lugar no ranking. Apesar de, ao lado da Turquia, ter as taxas nominais mais altas da lista, de 50% ao ano (veja mais abaixo), o país também enfrenta um quadro de inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais. Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países. um anunciou m da taxa básica de juros, de 0,50 p.p.. Com a redução, a Selic ficou em 12,25% ao ano. Sétimo corte seguido de juros Nesta quarta-feira, o Copom anunciou um novo corte da taxa básica de juros, de 0,25 p.p.. Com a redução, a Selic ficou em 10,50% ao ano. Esse foi o sétimo corte consecutivo da taxa básica por parte do colegiado, após a Selic ter se mantido em 13,75% ao ano por cerca de um ano. Juros nominais Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 6ª posição. Veja abaixo: Argentina: 50% Turquia: 50% Rússia: 16% Colômbia: 11,75% México: 11% Brasil: 10,50% África do Sul: 8,25% Hungria: 7,75% Chile: 6,50% Filipinas: 6,50% Índia: 6,50% Indonésia: 6,25% Polônia: 5,75% Hong Kong: 5,75% Estados Unidos: 5,50% Nova Zelândia: 5,50% República Checa: 5,25% Reino Unido: 5,25% Canadá: 5% Israel: 4,50% Alemanha: 4,50% Áustria: 4,50% Espanha: 4,50% Grécia: 4,50% Holanda: 4,50% Portugal: 4,50% Bélgica: 4,50% França: 4,50% Itália: 4,50% Austrália: 4,35% Suécia: 4% Dinamarca: 3,60% Coreia do Sul: 3,50% China: 3,45% Cingapura: 3,42% Malásia: 3% Tailândia: 2,50% Taiwan: 2% Suíça: 1,50% Japão: 0,10%
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08/05 - Copom reduz Selic para 10,50% ao ano; corte foi de 0,25 ponto percentual e em ritmo menor do que nas últimas reuniões
Este foi o sétimo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto de 2023. Com a decisão desta quarta, BC mudou ritmo de cortes. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (8), reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, de 10,75% ao ano para 10,50% ao ano. Este foi o sétimo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto de 2023. No início do ciclo de cortes, a Selic estava em 13,75% ao ano. Desde então, o comitê vinha reduzindo a Selic no mesmo ritmo: 0,5 ponto percentual a cada encontro. Com a decisão desta quarta, de cortar a Selic para 10,50%, o BC mudou esse ritmo. Copom volta a indicar que vai fazer um novo corte dos juros na próxima reunião, em maio Mesmo assim, a taxa chegou ao menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,25% ao ano. Com a proposta de mudança da meta fiscal e demora para redução dos juros nos EUA, a maior parte dos economistas já tinha passado a apostar que o Copom fizesse esse ajuste, com corte da taxa de juros para 0,25 ponto percentual. Leia também: Por que o BC diminuiu o ritmo de cortes de juros e quais os recados sobre o futuro da Selic Mudança no ritmo No fim de março, o BC havia sinalizado que promoveria uma nova redução de 0,5 ponto percentual nessa reunião de maio, o que levaria a taxa Selic para 10,25% ao ano. Essa sinalização, entretanto, dependia da confirmação de um "cenário esperado" pela diretoria do Banco Central. Desde o fim de março, porém, a equipe econômica do presidente Lula propôs uma redução nas metas para as contas públicas em 2025 e 2026, o que abre espaço para mais gastos. Algo que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, não apoia. E houve piora do cenário externo, com a inflação ainda pressionada nos Estados Unidos. Por conta disso, a maior parte do mercado financeiro ajustou sua posição e passou a projetar um corte menor de juros, de 0,25 ponto percentual, na reunião do Copom desta quarta-feira – para 10,50% ao ano. Expectativa para as próximas reuniões No comunicado divulgado após o encontro, o comitê disse que é necessário “serenidade e moderação na condução da política monetária”. Além disso, afirmou que “ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”. O Copom citou que a lentidão no processo desinflacionário, expectativas de inflação desancoradas e um cenário global desafiador exigem essa cautela. Os integrantes avaliam a “política monetária deve se manter contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”. O placar da reunião desta quarta não foi unânime. Cinco membros votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual. São eles: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes. Quatro votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual. São eles: Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira. Comunicado do Copom No comunicado, o Comitê avalia que o ambiente externo “mostra-se mais adverso” e cita uma “incerteza elevada e persistente referente ao início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos” e pressões do mercado de trabalho. “O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, diz o texto divulgado após a reunião. O Copom cita ainda que, no Brasil, “o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado maior dinamismo do que o esperado”. Em relação à inflação, o comunicado aponta que há fatores de risco. “Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; e (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado”, segundo o texto. Na primeira reunião após o governo rever as metas fiscais, o Comitê informou que acompanhou com atenção o tema e seus impactos sobre a política monetária. “O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, diz o comunicado. O Copom O Copom é formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por oito diretores da autarquia. A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação. A taxa influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Reuniões em 2024 O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da Selic. Em 2024, o colegiado vai se reunir mais cinco vezes: 18 e 19 de junho 30 e 31 de julho 17 e 18 de setembro 5 e 6 de novembro 10 e 11 de dezembro
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08/05 - DPVAT: como deve funcionar a volta da cobrança do seguro
Reservas antigas se esgotaram e pagamentos para vítimas estão suspensos desde novembro. O seguro será rebatizado para Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). DPVAT Reprodução O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (8), o projeto de lei que reformula e permite a volta da cobrança do seguro obrigatório de veículos terrestres, o DPVAT. O texto havia sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no dia anterior e, agora, segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A cobrança do seguro, que é pago por todos os proprietários de veículos, foi suspensa no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020. Desde então, a Caixa Econômica Federal ficou responsável por administrar os recursos que já haviam sido arrecadados. Segundo o governo, o dinheiro disponível foi suficiente para pagar os pedidos de seguro das vítimas de acidentes de trânsito até novembro do ano passado. De lá para cá, os pagamentos foram suspensos. A nova regulamentação possibilitará tanto a volta da cobrança quanto a dos pagamentos do seguro. Entenda, abaixo, o que se sabe até agora sobre a volta do DPVAT. DPVAT: o que se sabe sobre possível volta do seguro, e como ele deve funcionar O que é o DPVAT? DPVAT é uma sigla para Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres. É um seguro nacional obrigatório, pago por todos os donos de veículos anualmente, como um imposto. Até 2020, a cobrança acontecia em todo início de ano, no mês de janeiro. O valor da contribuição variava de acordo com o tipo de veículo, além de ser corrigido, também, anualmente. O pagamento continuará acontecendo uma vez ao ano, e será obrigatório para os donos de carros e motos. Para que serve o DPVAT? O dinheiro arrecadado com a cobrança do seguro é destinado para as vítimas de acidentes de trânsitos, independentemente do tipo de veículo e de quem foi a culpa. Mas o pagamento dos benefícios às vítimas foi suspenso no fim do ano passado pelo esgotamento dos recursos arrecadados com o DPVAT. Agora, serão reformuladas as regras e o governo volta a cobrar o seguro, que passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). Como vai funcionar o SPVAT? As novas regras são as seguintes: o pagamento será obrigatório para quem tiver carro ou moto. Um fundo comum é criado para reservar as contribuições e os valores serão usados para cobrir indenizações por morte ou invalidez, pagas às pessoas que sofrerem acidentes. o dinheiro também será usado no reembolso de despesas com tratamento médico, fisioterapia e próteses se esses serviços não estiverem disponíveis, via SUS, no município. o seguro cobrirá despesas funerárias e reabilitação profissional de pessoas com invalidez. Não poderá receber auxílio quem já for assistido por seguro privado e plano de saúde; os valores, tanto da taxa do seguro quanto das indenizações, ainda serão definidos. O pagamento do SPVAT pode mudar de acordo com o tipo de veículo; o motorista que não pagar o seguro obrigatório estará sujeito a multa por infração grave. O presidente Lula pode vetar esse ponto; terá direito à indenização quem sofreu acidente ou companheiro e herdeiros da vítima, em caso de morte. Mesmo que os veículos envolvidos no acidente estejam irregulares — ou seja, caso os donos não tenham pagado o seguro — as vítimas terão acesso aos recursos; o pagamento da indenização deve ocorrer em um prazo de 30 dias; o licenciamento do veículo só será concedido a partir do pagamento do SPVAT, assim como a transferência de proprietário e a baixa do registro do carro; a Caixa vai cobrar o seguro, administrar o fundo e analisar os pedidos de indenização. O banco poderá contratar empresas terceirizadas para auxiliar na operação. Os recursos para pagar as empresas sairão diretamente do fundo; os estados podem fechar convênio com a Caixa para que o pagamento do SPVAT seja feito junto com o licenciamento ou com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA); os estados que efetuarem a cobrança poderão receber até 1% do montante arrecadado; estados e municípios que oferecerem transporte público coletivo ainda vão receber de 35% a 40% do dinheiro arrecadado. O SPVAT poderá pagar indenizações a vítimas de acidentes em casos de: morte e invalidez permanente, total ou parcial Também poderá reembolsar despesas com: assistência médica, como fisioterapia, medicamentos e equipamentos ortopédicos serviços funerários e a reabilitação profissional para vítimas com invalidez parcial Qual será o valor pago pelos donos de veículos O valor do novo seguro só será definido posteriormente pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). No entanto, o projeto aprovado pelo Senado traz algumas pistas do que a população pode esperar. Segundo o relator da proposta, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), um estudo do Ministério da Fazenda estima que a tarifa deverá variar entre R$ 50 e R$ 60. Se a proposta virar lei, a cobrança deve voltar a ocorrer em 2025. O projeto possibilita que a cobrança do seguro seja feita pelos estados junto ao licenciamento anual ou ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). As unidades federativas que seguirem esse caminho poderão receber até 1% do montante arrecadado anualmente pelo SPVAT. Além disso, o texto inclui no valor do SPVAT o pagamento de eventuais despesas médicas decorrentes dos acidentes de trânsito. O governo desejava deixar de fora esse item para que o valor do seguro fosse mais acessível. O texto também prevê que o não pagamento do SPVAT resultará em penalidade no Código de Trânsito Brasileiro, equivalente a uma multa por infração grave, hoje de R$ 195,23. Mas, em acordo com a oposição, Jaques anunciou que o presidente Lula vetará trechos da proposta que estabelecem multa para o não pagamento do seguro. O compromisso com o veto foi tomado para que a proposta não sofresse alterações e não precisasse voltar à Câmara, onde o texto já foi aprovado em abril. Regras para ser beneficiado pelo seguro Para solicitar o seguro, a vítima precisa apresentar o pedido com uma prova simples do acidente e do dano causado pelo evento. Em caso de morte, é preciso apresentar certidão da autópsia emitida pelo Instituto Médico Legal (IML), caso não seja comprovado a conexão da morte com o acidente apenas com a certidão de óbito. A cobertura vai gerar indenização por morte, invalidez permanente, total ou parcial, além do reembolso de despesas com assistências médicas, serviços funerários e reabilitação profissional das vítimas que possa ter desenvolvido invalidez parcial. O valor da indenização ou reembolso será estabelecido pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). O órgão também será responsável por definir os percentuais de cobertura para cada tipo de incapacidade parcial. Apesar de não haver definições sobre valores, o projeto de lei já deixou de fora da cobertura de reembolsos: despesas que forem cobertas por seguros privados; que não apresentarem especificação individual do valor do serviço médico e/ou do prestador de serviço na nota fiscal ou relatório; de pessoas que foram atendidas pelo SUS.
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08/05 - DPVAT: Senado aprova volta do seguro obrigatório de veículos; valor não está definido
Texto segue para sanção presidencial. Durante tramitação, Congresso incluiu medida que libera R$ 15 bilhões em gastos para o governo federal. O Senado aprovou nesta quarta-feira (8) o projeto que determina a volta da cobrança do seguro para cobrir indenizações a vítimas de acidentes de trânsito, conhecido anteriormente como DPVAT. DPVAT: como deve funcionar a volta da cobrança do seguro Foram 41 votos favoráveis ao texto, o mínimo necessário. A proposta segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ) e, após esta etapa, vira lei. CCJ do Senado aprova projeto que retoma cobrança do DPVAT O pagamento, que acontecerá uma vez ao ano, será obrigatório para os donos de carros e motos. O valor da taxa e a data do primeiro pagamento ainda não foram definidos, mas o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a equipe econômica estima uma tarifa entre R$ 50 e R$ 60, a partir de 2025. A cobrança do DPVAT foi extinta durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A última vez que os donos de veículos pagaram o seguro foi em 2020. Desde 2021, a gestão do saldo remanescente, de R$ 4,2 bilhões, passou da seguradora Líder para a Caixa Econômica Federal. De acordo com a Caixa, o recurso só foi suficente para cobrir acidentes que aconteceram até 14 de novembro de 2023. Os pagamentos de indenizações referentes a acidentes que ocorreram depois dessa data estão suspensos pois o banco aguardava a aprovação do projeto pelo Congresso. O pedido de assistência pode ser feito nas agências da Caixa e também pelo aplicativo do DPVAT. Como vai funcionar O seguro passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT) e funcionará da seguinte maneira: o pagamento será obrigatório para quem tiver carro ou moto. Um fundo comum é criado para reservar as contribuições e os valores serão usados para cobrir indenizações por morte ou invalidez, pagas às pessoas que sofrerem acidentes. o dinheiro também será usado no reembolso de despesas com tratamento médico, fisioterapia e próteses se esses serviços não estiverem disponíveis, via SUS, no município. o seguro cobrirá despesas funerárias e reabilitação profissional de pessoas com invalidez. Não poderá receber auxílio quem já for assistido por seguro privado e plano de saúde; os valores, tanto da taxa do seguro quanto das indenizações, ainda serão definidos. O pagamento do SPVAT pode mudar de acordo com o tipo de veículo; o motorista que não pagar o seguro obrigatório estará sujeito a multa por infração grave. O presidente Lula pode vetar esse ponto; terá direito à indenização quem sofreu acidente ou companheiro e herdeiros da vítima, em caso de morte. Mesmo que os veículos envolvidos no acidente estejam irregulares – ou seja, caso os donos não tenham pagado o seguro – as vítimas terão acesso aos recursos; o pagamento da indenização deve ocorrer em um prazo de 30 dias; o licenciamento do veículo só será concedido a partir do pagamento do SPVAT, assim como a transferência de proprietário e a baixa do registro do carro; a Caixa vai cobrar o seguro, administrar o fundo e analisar os pedidos de indenização. O banco poderá contratar empresas terceirizadas para auxiliar na operação. Os recursos para pagar as empresas sairão diretamente do fundo; os estados podem fechar convênio com a Caixa para que o pagamento do SPVAT seja feito junto com o licenciamento ou com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA); os estados que efetuarem a cobrança poderão receber até 1% do montante arrecadado; estados e municípios que oferecerem transporte público coletivo ainda vão receber de 35% a 40% do dinheiro arrecadado. segundo a Caixa, as indenizações se referem a acidentes com diversos tipos de veículos. São exemplos: automóveis particulares, táxis, carros de aluguel, ônibus, micro-ônibus e lotação com ou sem cobrança de frete, motocicletas, motonetas, caminhões, caminhonetas tipo "pick-up" de até 1.500 Kg de carga, máquinas de terraplanagem. SPVAT financiará indenizações para vítimas de acidentes de trânsito. Bruno Cecim / Ag.Par 'Jabuti' Parlamentares incluíram um "jabuti" — no jargão do Congresso, um assunto estranho ao tema original da proposta inserido durante a tramitação — com objetivo de adiantar as despesas que o governo fará neste ano. A mudança será feita na lei do novo regime fiscal, que vale desde 2023. O dispositivo antecipa a data em que o governo, caso registre um crescimento da receita em comparação ao ano passado, pode abrir crédito suplementar (extra). A medida vai liberar mais de R$ 15 bilhões em gastos. Os recursos devem ser usados, por exemplo, para desfazer bloqueios no orçamento e garantir investimentos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O interesse da cúpula do Congresso é, principalmente, na retomada de R$ 3,6 bilhões em emendas de comissão, vetadas pelo presidente Lula, com esses recursos. Veja os tipos de emendas parlamentares e a verba prevista para cada uma em 2024 Emendas são gastos que deputados e senadores fazem em seus redutos eleitorais, na forma de obras e projetos. Neste caso, das indicações feitas por comissões temáticas do parlamento, o governo não é obrigado a executar. Porém, as emendas servem de moeda de troca para que o Executivo viabilize projetos de seu interesse no Congresso. O governo teve dificuldade para aprovar o texto principal, que passou com a quantidade limite de votos exigidos para a aprovação, 41. A análise da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi marcada inicialmente no dia 24 de abril e veio sendo adiada, tanto no colegiado quanto no plenário, desde então. A oposição discorda do projeto que, na prática, cria uma nova cobrança para o contribuinte. Líderes oposicionistas tentaram, durante a votação desta quarta, excluir da proposta a folga de R$ 15 bilhões no orçamento, mas foram derrotados. Parlamentares contrários à volta do DPVAT também queriam retirar a obrigatoriedade do pagamento do seguro ou ao menos não condicionar o pagamento da taxa à transferência e licenciamento do veículo. Porém, todos os destaques — sugestões de mudança no texto — foram rejeitados pela maioria dos senadores. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), classificou o "jabuti" incluído no texto como um "contrabando". "A história do DPVAT não é uma boa história, mas, independente do fato de estarmos criando um novo imposto, o que se poderia até discutir, o problema maior desse projeto é o enorme 'jabuti' que ele abriga. Quando se coloca uma mudança, uma clara mudança no arcabouço fiscal como forma de 'jabuti', nós estamos desacreditando o Brasil diante dos olhos de investidores. É insegurança jurídica que se cria", protestou Marinho. Davi Alcolumbre (União-AP) defendeu a alteração da regra fiscal para garantir acordo do valor das emendas. "Reconhecendo a importância desse ajuste que está sendo feito no arcabouço fiscal para equilibrar as contas do Estado brasileiro, e partindo da premissa da construção política das duas Casas, do Senado e da Câmara dos Deputados, em relação à sessão do Congresso Nacional que vai se realizar no dia de amanhã, para cumprir o compromisso com a Câmara dos Deputados, o União Brasil no Senado vota 'sim'", disse ao orientar a bancada do partido.
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08/05 - Governo libera a partir desta quarta FGTS, abono e seguro-desemprego aos atingidos pelas chuvas no RS
Governo libera a partir desta quarta FGTS, abono e seguro-desemprego aos atingidos pelas chuvas no RS O Ministério do Trabalho e Emprego vai liberar o saque calamidade do FGTS para os trabalhadores atingidos pelas chuvas e enchentes do Rio Grande do Sul a partir desta quarta-feira. A partir de segunda, também serão antecipadas duas parcelas do seguro-desemprego e o abono salarial para atingidos no estado. As medidas fazem parte da ajuda emergencial via decreto publicado nesta terça-feira e deve chegar a 900 mil gaúchos. A liberação vale para trabalhadores dos municípios que o governo federal decretar estado de calamidade pública. Até este momento, são 336 cidades, número que deve crescer. A antecipação de pagamento do abono salarial valerá para todos os municípios do Rio Grande do Sul. Confira as medidas emergenciais Veja algumas das medidas emergenciais da área econômica: Seguro-desemprego Para quem já está recebendo o seguro-desemprego, o MTE vai liberar mais duas parcelas. Essa medida beneficiará 139.633 pessoas. A média do valor da parcela é de R$ 1.782,50. A estimativa de investimento é de R$ 497.800 milhões de recursos adicionais do programa. FGTS para trabalhadores Os trabalhadores poderão sacar o FGTS no limite de até R$ 6.220,00. Para essa medida foi publicado o Decreto n° 12.016, de 7 de maio de 2024, que dispensa o intervalo mínimo para novo saque do FGTS na hipótese da situação de calamidade pública reconhecida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional em municípios do estado do Rio Grande do Sul no mês de maio de 2024, para excluir a carência de 12 meses para o saque calamidade. A liberação vai beneficiar 73.007 trabalhadores, e os recursos disponíveis são de R$ 284,4 milhões. Suspensão do FGTS de empresas As empresas estarão suspensas do recolhimento do FGTS por até 4 meses. Depois disso, eles terão uma carência de até 2 meses para regularizar o pagamento do FGTS, e ainda poderão parcelar em 4 vezes o débito. A estima é que a suspensão seja de R$ 632 milhões por mês, atingindo um total de 2,5 bilhões. Antecipação do abono salarial Antecipação do abono salarial. No pagamento de maio, vem ainda a parcela de junho, julho e agosto. O valor médio da parcela é de R$ 1.075,23. Os recursos investidos são de R$ 758,3 milhões e devem beneficiar 705.273 trabalhadores.
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08/05 - Governo vai disponibilizar crédito a juros baixos para recuperação de redes de telecomunicações no RS, diz ministro
Segundo Juscelino Filho, medida foi aprovada na manhã desta quarta-feira (8), em reunião do Conselho Gestor do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). O ministro das Comunicações, Juscelino Filho em imagem de 2023 ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, disse nesta quarta-feira (8) que a pasta vai disponibilizar linhas de crédito com juros baixos para a reconstrução das redes de telecomunicações no Rio Grande do Sul. A medida foi aprovada na manhã desta quarta-feira (8), em reunião do Conselho Gestor do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). "Nós vamos disponibilizar, através do Fust, linhas de crédito com taxas de juros reduzidas visando a reconstrução das infraestruturas de telecomunicações localizadas em todas aquelas áreas declaradas em estado de calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul", declarou o ministro. Com a decisão, projetos para reconstrução das redes em locais podem ser incluídos como projetos prioritários, com taxas menores, em linhas de crédito já existentes e operacionalizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No ano passado, o Ministério das Comunicações e o BNDES abriram linhas de crédito com recursos do Fust, no valor total de R$ 2,2 bilhões. O dinheiro que ainda não está comprometido com projetos poderá ser usado para o Rio Grande do Sul. Segundo o secretário de Telecomunicações, Hermano Tercius, pelo menos R$ 1 bilhão ainda não foi utilizado e está disponível para os projetos que solicitarem crédito. Para fazer a solicitação, os projetos precisam ser executados em locais com declaração de calamidade. Haverá prioridade para quem detinha redes de telecomunicações, que sofreram danos com as fortes chuvas no estado. Qualquer empresa pode solicitar a linha de crédito em até seis meses depois do estado de calamidade. Há, contudo, uma limitação de valor mínimo do crédito imposta pelo BNDES, de R$ 10 milhões. O ministério discute permitir que consórcios de empresas possam fazer a solicitação ao banco de desenvolvimento, como uma forma de atender operadoras menores. De acordo com Tercius, parceiros do BNDES também podem conceder o crédito abaixo de R$ 10 milhões, como o Banrisul, por exemplo.
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08/05 - Governo vai distribuir R$ 63 milhões do Fundo de Telecomunicações para conexão de escolas
Segundo o Ministério das Comunicações, recursos vão servir a 1.396 escolas em sete estados. Governo lançou edital nesta quarta para empresas que queiram participar do projeto. O Ministério das Comunicações anunciou nesta quarta-feira (8) a utilização de R$ 63 milhões do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para levar internet às escolas públicas. Segundo o secretário de Telecomunicações, Hermano Tercius, os recursos devem atender 1.396 escolas em sete estados: Acre Amazonas Pará Amapá Maranhão Paraíba Bahia Nesta quarta-feira (8), o governo lançou um edital para seleção de empresas para receber os recursos e realizar os projetos de conexão. De acordo com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, 66% dos recursos serão direcionados a projetos no Norte e 24% no Nordeste. Com a medida, o governo pretende alcançar a meta do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que prevê a universalização do acesso à internet em todas as escolas públicas até 2026. Desde a criação do Fust, em 2000, é a primeira vez que os recursos são empregados na modalidade não reembolsável ou "a fundo perdido". Ou seja, os recursos não são considerados empréstimos e não devem retornar ao fundo. As receitas do Fust vêm da contribuição de 1% da receita operacional bruta das empresas que prestam serviços em regime público e privado. Além disso, transferências do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel). Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Fust arrecadou R$ 1,05 bilhão só em 2023. Desde 2001, o Fust recebeu R$ 27 bilhões em receitas. Contudo, o fundo não foi utilizado por conta de uma divergência legal, superada por uma mudança na lei em 2020 e 2021. Antes, os recursos só poderiam ser usados para universalizar o acesso à telefonia fixa --que está caindo em desuso. Mais R$ 1,1 bilhão O ministério pretende ainda disponibilizar mais R$ 1,1 bilhão em recursos para garantir o acesso à internet em escolas públicas. Essa quantia deve vir do benefício fiscal previsto na lei do Fust, que reduz a contribuição para o fundo em 50% caso as empresas executarem projetos aprovadas pelo Conselho Gestor do Fust com a utilização de recursos próprios. Ou seja, o governo espera que as empresas invistam R$ 1,1bilhão em projetos de conectividade, com a garantir de que haverá dedução na contribuição obrigatória de 1% da receita operacional para o fundo. Esse benefício está previsto em lei, mas precisa de regulamentação. Segundo o secretário de Telecomunicações, a pasta enviou uma proposta de decreto à Casa Civil. Com a publicação do texto, a medida ainda deve passar pelo Conselho Gestor do Fust.
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08/05 - Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Coteminas
Empresa do setor têxtil pertence ao empresário Josué Gomes da Silva, atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O empresário Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas e atual presidente da Fiesp, no Senado, em imagem de julho de 2019. Geraldo Magela/ Agência Senado A empresa do setor têxtil Coteminas anunciou nesta quarta-feira (8) que entrou em processo de recuperação judicial. A companhia, que pertence ao empresário Josué Gomes da Silva, atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), já vinha enfrentando problemas financeiros e operacionais. "Desde o fim da pandemia, a companhia vem tendo seus negócios negativamente impactados pela combinação de fatores adversos que acarretaram dificuldades financeiras", informou a Coteminas, em comunicado ao mercado. No documento, a empresa também divulgou o trecho da decisão judicial que determinou a "suspensão de todas as ações e execuções" contra o grupo. Na prática, com o processo de recuperação, as dívidas da companhia ficam congeladas por 180 dias, ao mesmo tempo em que sua operação é mantida. (entenda mais abaixo) O pedido da empresa foi feito à Justiça em meio a uma disputa com o fundo FIP Ordenes, que alegou vencimento antecipado de debêntures (títulos de dívida) emitidas em 2022 pela Ammo Varejo, do grupo Coteminas. No comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Coteminas também informou que havia notificado o fundo Ordenes sobre a impossibilidade de executar as ações da Ammo. "Neste contexto, com o objetivo de garantir a preservação das atividades empresariais e de ativos das companhias e suas controladas, que ficariam sujeitas a dano irreparável, as companhias informam que requereram recuperação judicial, em conjunto com outras empresas do grupo, e obtiveram deferimento de seus pedidos", disse a Coteminas. A companhia também afirmou que, com a concessão do pedido, "conseguirá a sua restruturação financeira e de todas as empresas do grupo". Como funciona a recuperação judicial O que é a recuperação judicial? A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça. As dívidas ficam congeladas por 180 dias e a operação é mantida. A recuperação judicial foi instituída no Brasil em 2005 pela lei 11.101, que substituiu a antiga Lei das Concordatas, de 1945. A diferença entre as duas é que, na recuperação judicial, é exigido que a empresa apresente um plano de reestruturação, que precisa ser aprovado pelos credores. Na concordata, era concedido alongamento de prazo ou perdão das dívidas sem a participação dos credores. Quem pode pedir recuperação judicial? Empresas privadas de qualquer porte e com mais de dois anos de operação podem recorrer à recuperação judicial. Porém, a lei não vale para estatais e empresas de capital misto, bem como para cooperativas de crédito e planos de saúde. Também não podem pedir recuperação judicial as empresas que já tenham feito outro pedido há menos de cinco anos e as comandadas por empresários que já foram condenados por crime falimentar (relacionados a processos de falência). Como é feito o pedido de recuperação judicial? O pedido é feito à Justiça por meio de uma petição inicial que contém, entre outras informações, o balanço financeiro dos últimos três anos, as razões pelas quais entrou em crise financeira, e a lista de credores. Depois que o pedido é aceito, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação e as execuções (cobranças de dívida) contra ela são suspensas por 180 dias. A lei determina que a assembleia de credores aconteça em até 150 dias após o deferimento do processo pela Justiça, mas na prática, esse prazo costuma ser ultrapassado. Número de empresas em recuperação judicial sobe no país
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08/05 - Governo libera compra de 1 milhão de toneladas de arroz após inundação histórica no RS
Ministro da Agricultura afirma que o arroz pronto para consumo deve ser comprado de países do Mercosul. Medida tem como objetivo evitar desabastecimento e aumento de preços. MP autoriza Conab a comprar 1 milhão de toneladas de arroz após inundação no RS O Governo Federal liberou a compra de 1 milhão de toneladas de arroz após produtores do Rio Grande do Sul perderem parte da produção por causa da inundação histórica que aflige o estado, disse Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, em entrevista ao Estúdio i nesta quarta-feira (8). A medida provisória que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa pública brasileira, a fazer a compra deve ser publicada ainda nesta quarta. Na terça, Fávaro disse que o arroz deve ser comprado de produtores do Mercosul. "É arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas." 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A Conab é uma empresa estatal que tem como função auxiliar o governo federal na tomada de decisões sobre políticas agrícolas. Uma das áreas de atuação da Conab é a regulação do abastecimento interno por meio do estoque de produtos, como o arroz, evitando a oscilação dos preços. "[A liberação] não significa que se vai comprar 1 milhão de toneladas, porque como eu disse, o Brasil e praticamente autossuficiente. Não queremos concorrer, abaixar o preço dos produtores, mas não podemos deixar também haver desabastecimento e subirem os preços nas gôndolas dos supermercados" Quando comprado, o arroz será distribuído pelo governo para pequenos mercados, segundo o ministério. O ministro disse ainda que as consequências da calamidade no Rio Grande do Sul podem afetar o resto do Brasil "pela quantidade produzida pelo RS de 70% da demanda brasileira". Leia mais Veja o que é #FATO ou #FAKE Como ajudar as vítimas dos temporais no RS Saiba como receber alertas e informações úteis de órgãos oficiais Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas no RS Segundo reportagem do g1, preocupação com a oferta do cereal existe por causa de 6 fatores: o Brasil consome internamente quase todo arroz que produz e 70% dele vem do RS. a estimativa era de que, na safra atual, o país somasse 10,6 milhões de toneladas do cereal; com as enchentes no Sul, o montante pode cair para menos de 10 milhões. antes da chuva histórica, o mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas e o plantio no RS atrasou por causa das enchentes de 2023. a expectativa era de que o RS contribuísse com 7,5 milhões de toneladas nesta safra, mas 800 mil toneladas podem estar agora debaixo d'água. antes da tragédia, 80% do arroz do estado já tinha sido colhido. Mas alguns silos onde a produção está armazenada também foram atingidos pelas enchentes. além disso, o estado está com problemas para transportar o arroz que já foi colhido após destruição de estradas.
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08/05 - Chuvas no RS: enchentes atingem 87% dos empregos industriais do estado, estima federação
Os polos industriais mais importantes do estado, que empregam mais de 400 mil pessoas, foram fortemente atingidos pelos alagamentos. Imagem de drone feita em 5 de maio de 2024 mostra casas destruídas pelas enchentes em Jacarezinho, no Rio Grande do Sul. REUTERS/Diego Vara A situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, causada pelas fortes chuvas e enchentes que já deixaram 100 mortos, centenas de desaparecidos e mais de 200 mil desalojados, também já impactou os empregos e a economia do estado. Segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), os 336 municípios que tiveram a calamidade pública decretada, representam 87,2% dos empregos industriais da região. A federação explica que os locais mais atingidos pelas cheias históricas incluem os principais polos industriais do estado, responsáveis por "segmentos significativos para a economia". Entre os locais, a FIERGS destaca: o Vale dos Sinos, que emprega cerca de 160 mil pessoas e tem força na produção de calçados; a Região Metropolitana, que emprega cerca de 127 mil pessoas e tem força na produção de veículos, autopeças, máquinas, derivados de petróleo e alimentos; a Região da Serra, que emprega cerca de 115 mil pessoas e tem força na produção de veículos, máquinas, produtos de metal e móveis. Além destes, a federação pontua que foram impactados o Vale do Rio Prado, que produz carnes, massas e tabaco, e o Vale do Taquari, com carnes, calçados e produtos químicos. O presidente em exercício da FIERGS, Arildo Bennech Oliveira, afirma que as perdas econômicas no Rio Grande do Sul são "inestimáveis no momento". "Uma infinidade de empresas teve suas dependências completamente comprometidas. Além dos danos gigantescos de capital, os problemas logísticos devem afetar de forma significativa todas as cadeias econômicas do estado", comenta. O executivo acredita que a situação provocada pelas enchentes pode levar ao fechamento de muitos postos de trabalho, caso o governo não intervenha. Isso porque, em diversos locais, os estragos demandarão não apenas a desobstrução das estradas e empresas, mas também um trabalho de reconstrução. O levantamento da FIERGS também estima que os municípios em calamidade pública representam: 80,3% do Valor Adicionado Bruto (VAB); 78,2% do VAB industrial; 86,4% dos estabelecimentos industriais; 89,1% das exportações da Indústria de Transformação; 83,3% da arrecadação de ICMS com atividades industriais. Globocop flagra cavalo em cima do telhado de uma casa alagada em Canoas 'Inundou tudo', diz morador de Canoas que buscou refúgio no Litoral do RS
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08/05 - Balança comercial tem superávit de US$ 9 bilhões em abril
Números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No ano, saldo comercial positivo chegou a US$ 27,7 bilhões. Plataforma de petróleo: GETTY IMAGES via BBC A balança comercial registrou superávit de US$ 9,041 bilhões em abril, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quarta-feira (8). O resultado é de superávit quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário. O saldo neste mês ficou acima do registrado em abril do ano passado, quando foi de US$ 8 bilhões. Segundo o governo, em abril: as exportações somaram US$ 30,92 bilhões; as importações somaram US$ 21,879 bilhões. Destaques das exportações em abril: Óleos combustíveis de petróleo: alta de 125,9% Açúcares e melaços: expansão de 110,9% Óleos brutos de petróleo: aumento de 92,4% Carne bovina: elevação de 79,4% Acumulado do ano No ano, as exportações totalizam US$ 108,85 bilhões e as importações, US$ 81,11 bilhões. Com isso, até agora foi registrado um superávit de US$ 27,736 bilhões.
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08/05 - Preço do leite deve subir no campo após enchentes no RS, diz Cepea
Além de perderem animais e terem estruturas destruídas pelas inundações, produtores não estão conseguindo transportar o produto e sofrem com falta de energia, água e dificuldade para conseguir ração. Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de lácteos do Brasil, depois de Minas Gerais e Paraná. Jarra de leite. Leite no copo. Wenderson Araujo/Trilux As perdas geradas pelas enchentes no Rio Grande do Sul devem provocar um aumento de preços do leite cru e derivados no campo a partir desse mês, segundo um relatório divulgado na terça-feira (7) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-Esalq/USP). O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, depois de Minas Gerais e Paraná. A alta de preços deve ser provocada por uma redução da oferta em decorrência de diversos prejuízos que as fazendas e as indústrias estão tendo. ARROZ: indústria negocia comprar da Tailândia, para não faltar PREJUÍZO no campo no RS chega a R$ 500 milhões Muitas propriedades perderam animais e tiveram as suas estruturas destruídas por inundações. Além disso, o bloqueio de rodovias está dificultando o transporte do leite para outros locais, e a chegada de insumos – principalmente de ração – até algumas propriedades rurais. "[Há] relatos de racionamento e menor produção devido à má alimentação do rebanho. Há, também, relatos de situações mais críticas que resultam em descarte de leite no campo, devido à falta de ração, energia elétrica e combustível", diz o relatório. Há ainda propriedades sem água e energia elétrica. A falta de energia impede a automação da ordenha e o resfriamento do leite nas fazendas. Enquanto na indústria, impacta o processamento dos lácteos e sua conservação. "As perdas estruturais no campo e nas indústrias podem retardar a recuperação da oferta do leite cru e dos lácteos. Com isso, a perspectiva de preços ao produtor em alta se fortalece para este e para os próximos meses", diz o Cepea. "Em paralelo, acredita-se que, mesmo com muitas famílias desabrigadas, as compras institucionais de lácteos podem sustentar a demanda. De qualquer maneira, o aumento dos custos logísticos deve ser repassado às cotações dos lácteos", acrescenta. O Cepea reforça que, até o momento, não se sabe qual será a intensidade da alta de preços, tendo em vista que eles estão calculando os prejuízos. Chuvas no RS causam destruição no campo De onde vem o leite
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08/05 - Reforma tributária: shows musicais nacionais e ingressos de futebol têm previsão de alíquota reduzida; academias de ginástica, não
Medida foi confirmada pelo secretário Bernard Appy, do Ministério da Fazenda. Proposta de regulamentação da reforma ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. Reforma tributária: equipe econômica detalha regulamentação que será analisada pelo Congresso Produções artísticas nacionais, como shows musicais e peças cinematográficas (filmes), nos quais os intérpretes sejam majoritariamente brasileiros, assim como atividades esportivas – incluindo ingressos para jogos de futebol – têm previsão de alíquota reduzida dos impostos sobre consumo. A informação foi divulgada pelo secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (8). A medida está prevista na regulamentação da reforma tributária. A PEC sobre o tema foi aprovada no fim do ano passado, e a proposta para regulamentação foi apresentada em abril ao Legislativo. Para ter validade, ainda tem de ser aprovada. A chamada alíquota padrão está estimada pelo governo federal em 26,5%. As atividades com alíquota reduzida, conforme a proposta, pagariam 40% disso, ou seja, cerca de 10,6%. "Nas produções artísticas, as produções nacionais em que os intérpretes sejam majoritariamente nacionais [teriam alíquota reduzida]. Se tiver show de um grande astro estrangeiro, não vai estar com alíquota reduzida, mas de um astro nacional sim. Peça de teatro vai ter alíquota reduzida", disse o secretário Bernard Appy. Ele afirmou que atividades esportivas também são beneficiadas na proposta, englobando ingressos e negociações de jogadores de futebol. "Fora as sociedades anônimas de futebol, que tem um tratamento à parte", lembrou ele. No caso das academias de ginástica, porém, a proposta não prevê alíquota menor. Deste modo, pagariam a alíquota cheia de 26,5%. "Academia de ginástica não entrou [na alíquota reduzida]. É uma demanda, eu sei que existe, uma discussão que eu acho que vai aparecer no Congresso Nacional. Tinha muitas demandas especificas, a gente optou por não tratar. Palavra final é do Congresso, tem que olhar o custo benefício", completou Appy.
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08/05 - Sem 'imposto do pecado', compra de armas e munição pode até ter 'cashback' com reforma tributária, alerta secretário
'Bancada da bala' conseguiu retirar da reforma o imposto seletivo sobre armas, em derrota para o governo. Congresso trabalha para regulamentar texto aprovado em 2023. O secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, afirmou nesta quarta-feira (8), que a compra de armas e munições pode até mesmo contar com o mecanismo de "cashback" (devolução de parte do imposto pago) na reforma tributária. Isso acontece, segundo ele, porque os parlamentares decidiram retirar a incidência do chamado "imposto do pecado" sobre esses itens nos momentos finais da votação da PEC da reforma tributária no fim do ano passado – uma vitoria da "bancada da bala", e uma derrota para o governo. "Armas, do jeito que está vai ter 'cashback'. Não está no imposto seletivo por decisão de vocês aqui, hem. Estava no imposto seletivo e foi retirado. Então, por definição do Congresso caiu o imposto seletivo sobre armas e munições", disse Appy, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Como funcionaria o 'cashback' Pela proposta do governo federal, dos estados e municípios para regulamentação da reforma tributária, a devolução de impostos será destinadas às famílias com renda per capita de até meio salário-mínimo para a população inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Pela proposta, haverá devolução de: 100% para do imposto pago no caso da CBS (IVA federal) e de 20% para o IBS (IVA estadual e municipal), no caso do gás de cozinha 50% para a CBS e 20% para o IBS, no caso de energia elétrica, água e esgoto; 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. Desse modo, pelas regras propostas (que ainda têm de passar pelo Legislativo para terem validade), a população de baixa renda poderia contar com uma devolução de até 20% do imposto pago na compra de armas e munições. O Ministério da Fazenda estimou que cerca de 73 milhões de brasileiros teriam direito ao "cashback" – devolução do imposto pago. 73 milhões teriam direito ao 'cashback' de impostos na reforma tributária, diz Fazenda Armas e munições O destaque — sugestão de alteração no texto — para retirada da incidência do "imposto do pecado" sobre armas e munições, que acabou sendo aprovado, foi apresentado pelo PL. Um pedido semelhante havia sido rejeitado durante a votação da PEC no 1° turno, mas deputados da oposição conseguiram reverter votos no plenário. A inclusão do dispositivo precisava de 308 votos, quórum mínimo de votação para uma alteração na Constituição. Contudo, recebeu apenas 293 votos a favor e 198 contrários e, com isso, foi derrubado. No caso das armas e munição, a taxação do imposto do pecado, derrubada no momento final da tramitação, incidiria para produção, comercialização e importação, exceto para as destinadas à administração pública — por exemplo, a compra para as Polícias. O que é o imposto do pecado? O governo chegou a orientar contrário ao destaque. “Não se trata de um debate ideológico, é um debate técnico. As forças de segurança pública não vão pagar, não incide sobre as compras governamentais, em especial as forças de segurança pública. O que estamos fazendo é técnica, não justifica reduzir os impostos sobre armas e aumentar para serviços, alimentação e etc.. Estamos distribuindo a carga tributária”, disse o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), no ano passado. Em 2023, o Brasil teve menor número de armas registradas em quase duas décadas
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08/05 - Haddad defende tratar dívida do RS como prioridade e manter negociação com outros estados
Em dia de Copom para definir o nível da taxa Selic, Haddad diz que 'juro brasileiro é um dos mais altos do mundo' e que inflação está bem comportada. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (8) que o governo defina rapidamente – ainda nesta semana – as regras para suspender o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul. O estado enfrenta uma calamidade pública por conta das fortes chuvas na região. Haddad acrescentou, no entanto, que o momento não deve ser usado por outros estados envididados, como MG, RJ e SP, para alterar as negociações em curso. Esses estados não passam pela mesma situação crítica, mas têm endividamento alto. "O que vamos fazer nesta semana é mandar uma proposta para resolver o problema do Rio Grande do Sul neste momento específico, pois precisamos atender e não há tempo a perder. Isso não vai inviabilizar a continuidade das tratativas com os demais governadores, que não estão sendo afetados pela crise climática neste momento", declarou Haddad, em entrevista ao programa "Bom dia, ministro", da EBC. Segundo ele, é preciso separar os dois temas, ou seja, quando um estado enfrenta situação de calamidade, e o outro se trata da renegociação normal da dívida dos estados -- discussão já aberta pela equipe econômica e que está em curso. Klava: governo vai propor suspensão da dívida do RS "A proposta do Palácio é de criar um regramento para os casos de calamidade. Espero que essa crise climática seja enfrentada, e que não vejamos de novo isso, mas os cientistas estão dizendo que eventos extremos vão acontecer com mais frequência. Então, o que mandamos ao Palácio diz sobre a possibilidade de acionar esse tipo de mecanismo no futuro, é preventivo. Outro assunto é renegociação de dívida, uma coisa que está em curso e que, do meu ponto de vista, não vale a pena misturar", acrescentou o ministro da Fazenda. No fim de março, o governo federal anunciou uma proposta para reduzir os juros da dívida dos estados – um dos principais problemas que afetam os caixas dos governadores. Em troca, a proposta exige que os estados ampliem as matrículas no ensino médio técnico. Um eventual proposta, assim que definida em negociação com governadores, ainda tem de passar pelo crivo do Congresso Nacional para ter validade. Reunião do Copom sobre taxa de juros Questionado sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que define nesta quarta-feira o patamar da taxa básica de juros, Haddad lembrou da indicação da instituição de que a taxa seria reduzida em 0,5 ponto percentual nesta semana, de 10,75% para 10,25% ao ano. Entretanto, o ministro da Fazenda não quis cravar um patamar de redução dos juros nesta quarta-feira. "Espero um corte de juros hoje para continuarmos nessa construção de uma economia mais saudável", declarou. Em sua visão, "a taxa de juros [brasileira] continua uma das mais elevadas do mundo, e inflação de março e previa de abril se comportaram muito bem". Em pesquisa realizada na semana passada pelo BC, e divulgada nesta segunda-feira (6), porém, a maior parte dos analistas do mercado passou a prever corte menor nos juros, de 0,25 ponto percentual, com a taxa Selic sendo fixada em 10,50% ao ano. Mercado prevê PIB acima de 2%, inflação mais alta e queda menor da Selic A expectativa do mercado por um corte menor nos juros nesta semana aconteceu após a equipe econômica do presidente Lula propor uma redução nas metas para as contas públicas neste ano. Com a redução das metas fiscais, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos -- o que pode impulsionar mais a inflação. Além disso, o cenário externo também está mais tensionado e incerto pelo adiamento e redução do espaço para juros cortes de taxas nas economias desenvolvidas -- como os Estados Unidos. Analistas avaliam que isso reduz o espaço para cortes de juros nas economias emergentes, sob o risco de pressão na taxa de câmbio -- que também é ruim para a inflação. "Estou seguro que fizemos a nossa parte, indicamos quatro diretores de alto nível [ao Banco Central, que participam da definição da taxa de juros], com reputação irretocável. Respeito os demais diretores que estão lá, não sei o que vai acontecer hoje", acrescentou o ministro Haddad.
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08/05 - Chuvas no RS: veja as medidas anunciadas pelos principais bancos para apoiar os atingidos
Ampliação de linhas de crédito, isenção de tarifas e suspensão da cobrança de contratos em atraso curto são algumas das iniciativas de instituições financeiras para as vítimas do desastre no Rio Grande do Sul. Porto Alegre durante temporais no Rio Grande do Sul REUTERS/Renan Mattos Instituições bancárias anunciaram uma série de medidas em apoio à população atingida pelos fortes temporais no Rio Grande do Sul. Entre as iniciativas, estão a ampliação de linhas de crédito, isenção de tarifas e suspensão da cobrança de contratos em atraso curto. As medidas contemplam pessoas físicas e jurídicas. Nesta reportagem, você vai conferir as medidas anunciadas individualmente pelos maiores bancos do país. Itaú Unibanco Bradesco Santander Banco do Brasil Caixa Econômica Federal Nubank BTG Pactual O que diz a Febraban De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), suas instituições associadas anunciaram um total de R$ 20 milhões em doações para a região. O montante é a soma de recursos disponibilizados pelo Itaú, Bradesco, Santander, BTG Pactual, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Além disso, em resumo, as ações de auxílio a clientes contemplam os seguintes serviços: flexibilização de carência e prazo nas ofertas de crédito para famílias e empresas, com revisão de taxas; ampliação de linha de crédito; prorrogação dos contratos dos clientes impactados em 90 dias com revisão de taxa; suspensão da cobrança dos contratos em atraso curto; suspensão da negativação dos clientes com até 15 dias de atraso; suspensão de até 3 meses nos contratos de financiamento habitacional (desde que solicitado pelos mutuários); suporte no acionamento do seguro habitacional; isenções e reprecificações de tarifas; priorização no atendimento dos clientes da região para seguros de pessoas, patrimônio, veículos; renegociação com ofertas e condições especiais para clientes afetados e suspenção de cobrança. engajamento dos colaboradores com campanha de conscientização e solicitação de apoio e ajuda; campanhas internas envolvendo empregados e clientes para arrecadação de materiais de higiene pessoal a serem encaminharmos às regiões afetadas; disponibilização de contas para o recebimento de doações voluntárias, que serão revertidas em kits de higiene e limpeza, entre outros, conforme necessidade da população impactada. O que diz a Associação Brasileira de Bancos (ABBC)? A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) também informou que fez uma doação de R$ 1 milhão para auxiliar a população impactada pela tragédia, além de ter lançado uma campanha de solidariedade envolvendo as 120 instituições associadas para amenizar os impactos da enchente. Os recursos serão inicialmente destinados ao socorro, resgate e atendimento emergencial às vítimas. Depois, o dinheiro deve ser empregado na reconstrução das comunidades afetadas. A distribuição será coordenada em colaboração com duas organizações locais: o Banco de Alimentos e os Parceiros Voluntários. Itaú Unibanco O Itaú Unibanco informou que adotou uma série de medidas emergenciais. Segundo a instituição, as iniciativas foram definidas "com base nas necessidades mais urgentes dos clientes do banco" e "no contato com governo estadual e com autoridades locais". Na relação com os clientes, o banco disse que reforçou o atendimento em suas centrais e canais digitais e mobilizou suas equipes na região para desenhar planos específicos. Para clientes corporativos, a instituição anunciou: suspensão de mensalidades e tarifas de conta corrente e na Rede (maquininhas) por pelo menos três meses; repactuações de parcelamentos (pular parcelas) para clientes que tiverem essa necessidade; manutenção de limites de crédito e disponibilização de novas linhas especiais; comunicação proativa e facilitação da abertura de sinistros de seguros de vida ou patrimoniais para pessoas e empresas; clientes em atraso, mesmo antes da tragédia, terão a suspensão temporária de cobranças. Para clientes pessoas físicas, as medidas são: prioridade da região nas centrais de atendimento; em conta corrente e cartões, haverá isenção de tarifas e anuidade, suspensão de encargos de parcelamento de fatura e outros — até estorno de tarifas e juros, se necessário; contato para avisar sobre a disponibilidade de cobertura de seguros de vida e patrimoniais. Bradesco O Bradesco informou que irá oferecer condições especiais nas renegociações, com prazos de carência de até 180 dias, para clientes pessoas físicas e jurídicas que precisarem renegociar o pagamento de linhas de crédito como capital de giro, crédito pessoal e crédito direto ao consumidor. Ainda segundo a instituição, o pagamento dessas linhas por clientes da região poderá ser postergado por até 30 dias, caso necessário. Além disso, o banco irá suspender o sistema de cobrança feito por SMS, WhatsApp e telefone pelo prazo de 30 dias para clientes inadimplentes. Em outra frente, a Bradesco Seguros anunciou uma operação de emergência de tratamento de sinistros. O banco informou que a força-tarefa foi mobilizada em caráter especial e com contingente reforçado para atender aos segurados. "Até o momento, a companhia está com guinchos e carros de apoio à população nas cidades. Santa Cruz do Sul, São Leopoldo, Caxias do Sul e Porto Alegre são os municípios com mais chamados para a seguradora, que reforçou a equipe de atendimento", disse, em nota, o Bradesco. Imagens de satélite mostram antes e depois de maior enchente da história no RS Santander O Santander anunciou, principalmente, a adequação de prazos e condições para os clientes de todo o Rio Grande do Sul. Para pessoas físicas, as medidas são: Crédito pessoal: redução em até 20% nas taxas de juros, com até 40 dias para pagar a primeira parcela. O dinheiro é creditado na hora via app Santander; Cartão de crédito: prazo de parcelamento de fatura de cartões de crédito ampliado de 10 para 24 vezes, com desconto na taxa. Os limites dos cartões serão mantidos no mês de maio; Antecipação do FGTS: caso tenha saldo no FGTS e adesão ao saque aniversário é possível contratar diretamente no app do banco; Crédito Imobiliário: possibilidade de postergar as próximas duas parcelas; Limites de conta: limites de cheque especial implantados não sofrerão redução no mês de maio; Renegociação: pelo app ou no site www.santander.com.br/renegociacao uma renegociação com até 60 dias para pagar a primeira parcela, com a possibilidade reduzir até 70% as seis primeiras parcelas, com prazo de até 120 vezes; Clientes em atraso: não serão feitas ações de cobrança e negativação no mês de maio; Clientes da Santander Financiamentos: possibilidade de renegociação com até 60 dias para pagar a primeira parcela; Seguros: prioridade no acionamento dos sinistros e pagamento de indenizações. Para MEIs e Microempresas, as medidas são: Capital de Giro: até 59 dias para pagar a primeira parcela. O dinheiro é creditado na hora via app Santander; Cartão de Crédito: ampliação o prazo de parcelamento de fatura de cartões de 10 para 24 vezes, com desconto na taxa. Os limites dos cartões serão mantidos no mês de maio; Limites de conta: limites de cheque especial implantados não sofrerão redução no mês de maio; Renegociação: pelo app ou no site www.santander.com.br/renegociacao uma renegociação com até 60 dias para pagar a primeira parcela; Clientes em atraso: não serão feitas ações de cobrança e negativação no mês de maio; Clientes da Santander Financiamentos: créditos contratados através da Santander Financiamentos, com parcela em dia ou em atraso, terão ofertas de reorganização ou postergação da negativação em até 60 dias; Tarifas: isenção de tarifa do pacote de serviços de conta corrente no mês de maio; Seguros: prioridade no acionamento dos sinistros e pagamento de indenizações. Para médias e grandes empresas e clientes agro, o banco anunciou que "os especialistas Santander estão contatando os clientes para avaliar condições especiais de apoio de acordo com o porte e tipo de negócio". Banco do Brasil Além da doação de recursos, o Banco do Brasil anunciou que flexibilizou seus produtos e serviços envolvendo operações de crédito, do agronegócio e de seguros. Segundo o banco, os clientes pessoa física atingidos terão carência de até seis meses para pagamento da primeira parcela na contratação do BB Crédito Consignado ou do BB Crédito Salário. Já as micro e pequenas empresas terão acesso a crédito com linhas governamentais e próprias, além de condições diferenciadas. De acordo com a instituição, também será mantido o amparo ao crédito para pessoas físicas e jurídicas, produtores rurais e municípios. O banco anunciou ainda que: será possível renegociar dívidas utilizando taxas diferenciadas, com até 180 dias de carência e 120 meses para pagamento; as empresas dos municípios gaúchos atingidos contarão com linhas de repactuação, com prazos de 30, 36 ou 48 meses, nas operações convencionais, ou até 72 meses, para as contratações via Pronampe; as operações de financiamento imobiliário e empréstimo com garantia de imóvel poderão ter até quatro parcelas de capital e encargos básicos repactuadas e transferidas para o final do cronograma; os produtores rurais dos municípios afetados terão as operações prorrogadas, de acordo com a necessidade e manutenção dos encargos originais. Além disso, haverá uma esteira diferenciada para o acionamento dos seguros/Proagro; nos seguros Residencial e Empresarial, foram ampliados os valores dos serviços de limpeza, cobertura de telhados e desentupimento previstos nas apólices; a BB Seguros também enviou reguladores e peritos para as regiões atingidas, com possibilidade de realizar a vistoria presencial ou de forma remota. O Banco do Brasil também informou que irá estornar a tarifa de emissão de segunda via dos cartões e "dará tratamento diferenciado para encargos e saldo devedor dos clientes das regiões afetadas". "O saldo devedor das faturas de cartões Ourocard não pagas integralmente durante o período de calamidade será transportado para o mês seguinte, sem incidência de encargos", disse a instituição. As ações de cobrança e negativação de clientes de municípios afetados também serão suspensas. Segundo o banco, ao todo, 25 agências do BB foram alagadas na região. A instituição afirmou que irá instalar, ao longo das próximas semanas, unidades temporárias de atendimento nos municípios onde não for possível a retomada do atendimento presencial. Caixa Econômica Federal A Caixa liberou o Saque Calamidade do FGTS para os trabalhadores das regiões atingidas e informou que enviou ao Rio Grande do Sul especialistas nas áreas de Habitação, FGTS e Governo para prestar apoio técnico às prefeituras. Além disso, a Caixa anunciou as seguintes medidas: Contratos habitacionais: irá possibilitar a pausa de até três meses nos contratos de financiamento habitacional nas regiões atingidas, mediante solicitação dos clientes. Também será possível incorporar as prestações no saldo devedor dos clientes inadimplentes. A Caixa também informou que dará suporte aos clientes para acionamento de seguro habitacional e procedimentos para pagamento de indenizações; Assessoria técnica aos municípios: além do envio de equipe técnica à região, as prefeituras poderão contar com o apoio para levantamento dos danos e estimativa de custos para a recuperação de obras em andamento ou edificações atingidas em contratos já acompanhados pela Caixa. Para clientes pessoa física e jurídica atingidos pelas enchentes, as medidas são: dispensa de encargos na renovação de contratos de penhor; pausa no pagamento de prestações por até três meses nos contratos de Crédito Pessoal PF, Capital de Giro PJ, Renegociação PF e PJ, entre outros; prorrogação do vencimento das operações de Crédito Rural de Custeio e Investimento. Para clientes que optarem pela contratação de um novo crédito, foram reduzidas as taxas de juros e disponibilizadas carências para contratação de financiamentos, com maiores prazos para pagamento no Crédito Consignado, Capital de Giro, entre outras modalidades. O banco não detalhou as novas taxas ou carências. Por fim, foram anunciadas medidas da Caixa Seguridade, incluindo reforços na equipe de atendimento e fluxo facilitado para acionamento de sinistro. Nubank Para clientes das regiões afetadas, o banco informou que está flexibilizando as condições de pagamento de dívidas existentes e que está priorizando o atendimento a esses clientes. "Essas novas condições poderão ser acessadas de forma simples e fácil via aplicativo do Nubank nos próximos dias", informou o banco. O Nubank, que não é associado à Febraban, anunciou a doação de R$ 1 milhão em apoio aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. BTG Pactual Procurado pelo g1, o banco não detalhou as medidas aos clientes relacionadas à tragédia na região.
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08/05 - Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas no RS e evitar especulação nos preços
Estado, que sofre com inundações, responde por 70% da produção nacional do grão. Associação das indústrias brasileiras deve importar 75 mil toneladas do cereal do país asiático. Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas por enchentes no RS Celso Tavares/g1 A indústria brasileira se mobiliza para importar arroz da Tailândia – o segundo maior exportador de arroz do mundo, depois da Índia – após enchentes deixarem parte das plantações do Rio Grande do Sul debaixo d'água. O estado é o maior produtor do grão no Brasil. "Estamos negociando para trazer 75 mil toneladas de arroz, de 2 a 3 navios. É uma forma de a gente aumentar a oferta, garantir o abastecimento e segurar preços", conta Andressa Silva, diretora-executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). o Brasil consome internamente quase todo arroz que produz e 70% dele vem do RS. a estimativa era de que, na safra atual, o país somasse 10,6 milhões de toneladas do cereal; com as enchentes no Sul, o montante pode cair para menos de 10 milhões. antes da chuva histórica, o mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas e o plantio no RS atrasou por causa das enchentes de 2023. a expectativa era de que o RS contribuísse com 7,5 milhões de toneladas nesta safra, mas 800 mil toneladas podem estar agora debaixo d'água. antes da tragédia, 80% do arroz do estado já tinha sido colhido. Mas alguns silos onde a produção está armazenada também foram atingidos pelas enchentes. além disso, o estado está com problemas para transportar o arroz que já foi colhido após destruição de estradas. Analistas ouvidos pelo g1 avaliam que a redução da oferta poderá encarecer o arroz. Com o objetivo de evitar especulações nos preços, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou na última terça-feira (7) que o órgão pretende comprar até 1 milhão de toneladas de arroz. A liberação aconteceu nesta quarta e o grão deverá vir do Mercosul. "Neste momento, é para evitar especulação com o arroz, até porque os produtores já têm para suprir a demanda nacional, porém, tem dificuldade logística. Com a dificuldade logística para abastecer, vem a especulação”, reforçou o ministro. A seguir, entenda: as perdas no Rio Grande do Sul o preço do grão vai aumentar? por que a indústria está optando pela Tailândia? ➡️As perdas no Rio Grande do Sul Ainda não se tem um levantamento oficial da quantidade de arroz que foi perdida nas enchentes, até porque muitos locais estão inundados. O que se tem são estimativas com base na área plantada das áreas atingidas. Antes da tragédia, o Rio Grande do Sul já tinha colhido 80% da sua safra, mas estima-se que 100 mil dos 180 mil hectares que faltavam estão debaixo d'água, colocando em risco uma produção de 810 mil toneladas, calcula Evandro Oliveira, consultor do Safras & Mercado. As perdas estão concentradas em municípios produtores da região Central do estado, como Cachoeira do Sul, São Sepé, Encruzilhada do Sul, Santa Maria, São Pedro do Sul e Santa Cruz do Sul. É justamente nesses locais que o arroz foi plantado mais tarde, destaca Evandro. As enchentes não atingiram somente as plantações. Alguns silos – estruturas de armazenagem – também foram atingidos pela água, segundo a Abiarroz e o Ministério da Agricultura, que se reuniu com representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). LEITE também pode encarecer com a tragédia no RS "A previsão era de que o Brasil colhesse 10,5 milhões de toneladas de arroz. Agora, esse montante não deve passar de 10 milhões", ressalta Andressa Silva, da associação das indústrias. O consumo anual de arroz no Brasil chega a 10,5 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ou seja, o país consome praticamente tudo o que produz. 🍚O mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano. Primeiro porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas, diz o consultor do Safras. Segundo porque o plantio, que acontece em setembro, atrasou por causa de enchentes anteriores, que atingiram o RS naquele período, afirma Andressa. Meses depois, durante a colheita, mais chuvas e ventos fortes dificultaram os trabalhos nas lavouras. "E agora, por fim, o El Niño deu o seu último golpe antes de se despedir", pontua Oliveira. ANTES e DEPOIS: veja os estragos das enchentes em Porto Alegre PERDAS NO AGRO somam mais de R$ 500 milhões ➡️ O preço do arroz vai aumentar? Segundo o consultor do Safras & Mercado, a redução na oferta do produto pode provocar um aumento de preços ao consumidor nos próximos meses. "No mercado de arroz, a gente tem uma transmissão gradual até chegar nas prateleiras. Os preços [ao produtor] começaram a cair em janeiro, tiveram uma boa queda em fevereiro até meados de março, e a gente só foi sentir algum alívio nas prateleiras no mês de abril", diz Evandro. André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, também vê tendência de alta no preço do arroz nas próximas semanas, tendo em vista o protagonismo do estado do RS na produção do cereal. "Ainda é cedo para calcular o tamanho do prejuízo, mas ele vai ser grande", diz. Andressa Silva, da Abiarroz, diz que a saca de 50 kg estava sendo vendida por R$ 110 no Rio Grande do Sul antes da chuva histórica e que, nesta semana, a cotação já subiu para R$ 150. Oliveira pondera que, caso o Brasil consiga suprir as perdas na produção por meio da importação, a situação de preço pode se equilibrar. Imagem de uma colheitadeira em uma plantação de arroz Reprodução Globo Rural ➡️Por que a Tailândia? O Brasil importa arroz da Tailândia em casos de emergência, como já ocorreu na pandemia, conta Andressa, da Abiarroz. Os maiores vendedores de arroz para as empresas brasileiras são a Argentina, Paraguai e Uruguai, parceiros do Brasil no Mercosul. "A escolha da Tailândia se deu por causa do preço e da qualidade", diz Andressa, acrescentando que as sacas foram negociadas por volta de R$ 115 com o país asiático. Já o preço oferecido pelos produtores do Mercosul foi um pouco mais elevado, em torno de R$ 125. Segundo Oliveira, do Safras, o Brasil já trouxe arroz dos parceiros do Mercosul no início deste ano, mas países como o Uruguai e Paraguai também sofreram com os efeitos do El Niño e, por isso, estão segurando as exportações para garantir o abastecimento interno. A Argentina, por outro lado, conseguiu recuperar a sua produção depois de ter tido perdas com a seca provocada pelo La Niña. Portanto, o país segue como uma opção na importação. O governo, no entanto, pretende importar arroz de países do bloco, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa pública brasileira. "É arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas", disse o ministro da Agricultura Carlos Fávaro à GloboNews. Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças
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08/05 - Como fazer o Saque Calamidade do FGTS; veja o passo a passo
Trabalhador ​pode solicitar o Saque Calamidade do FGTS por meio do app FGTS ou nas agências da Caixa Econômica Federal. Saques do FGTS Divulgação Os trabalhadores com saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem recorrer ao Saque Calamidade em casos de desastres naturais que tenham atingido a sua área de residência. O valor do saque será o saldo disponível na conta do FGTS, na data da solicitação, limitado à quantia de R$ 6.220,00 para cada evento caracterizado como desastre natural. O intervalo entre um saque e outro não pode ser inferior a 12 meses. Com as enchentes no estado do Rio Grande do Sul, o governo estadual decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, os municípios gaúchos podem começar a se habilitar para o recebimento do benefício. "A Caixa está prestando suporte aos municípios afetados pelas últimas chuvas no Rio Grande do Sul, com o intuito de efetuar a liberação do FGTS aos cidadãos residentes nas áreas atingidas pelo desastre", diz nota da Caixa enviada ao g1. Os trabalhadores ​de municípios habilitados poderão solicitar o Saque Calamidade do FGTS por meio do app FGTS ou nas agências da Caixa Econômica Federal. Veja nesta reportagem: Quem tem direito ao Saque Calamidade? O que é um desastre natural? Como solicitar o Saque Calamidade pelo app? Como solicitar o Saque Calamidade por agências da Caixa? Quem tem direito Saque Calamidade? Têm direito ao benefício os moradores de áreas afetadas por desastres naturais, que tiveram seus imóveis atingidos ou interditados, identificados pela Defesa Civil Municipal. É necessário possuir saldo na conta do FGTS e não ter realizado saque pelo mesmo motivo em período inferior a 12 meses. O valor máximo para retirada é de R$  6.220,00 por conta vinculada. Ao registrar a solicitação é possível indicar uma conta da Caixa, inclusive a Poupança Digital Caixa Tem, ou de outra instituição financeira para receber os valores, sem nenhum custo. O que é um desastre natural? Para fins do Saque Calamidade do FGTS, são considerados desastres naturais: Enchentes ou inundações graduais; Enxurradas ou inundações bruscas; Alagamentos; Inundações litorâneas provocadas pela brusca invasão do mar; Precipitações de granizos; Vendavais ou tempestades; Vendavais muito intensos ou ciclones extratropicais; Vendavais extremamente intensos, furacões, tufões ou ciclones tropicais; Tornados e trombas d'água; Desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais. Como solicitar o Saque Calamidade pelo app? Veja abaixo o passo a passo para solicitação do Saque Calamidade pelo app FGTS. Acesse o aplicativo FGTS e vá em "Meus Saques"; Escolha "Outras Situações de Saques"; Selecione "Calamidade Pública"; Informe o município de residência e clique em "Continuar"; Escolha a forma de receber o FGTS (crédito em conta bancária ou saque presencial); Anexe os documentos requeridos; Confirme a solicitação. Como solicitar o Saque Calamidade pela agência da Caixa? Veja abaixo quais os documentos obrigatórios para solicitação do Saque Calamidade pelas agências da Caixa. Comprovante de residência em nome do trabalhador (emitido nos 120 dias anteriores à decretação da emergência); Sem um comprovante de residência, o titular da conta do FGTS poderá apresentar uma declaração com nome completo, data de nascimento, endereço residencial e número do CPF do trabalhador, emitida pelo governo municipal, em papel timbrado, atestando que o trabalhador é residente na área afetada; Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado. CPF; CTPS física ou digital ou outro documento que comprove vínculo empregatício. Lula diz que não faltarão recursos para atender necessidades do RS
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08/05 - Em evento nesta quarta, Lula deve anunciar investimentos bilionários para prevenção de desastres
Obras são para contenção de encostas, além de coleta e escoamento de água das chuvas; Rio Grande do Sul receberá R$ 152 milhões para evitar deslizamentos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar nesta quarta-feira (8) pacote de R$ 6,5 bilhões para obras de prevenção a desastres, segundo informações de integrantes da equipe do presidente. Esse investimento será dividido entre R$ 1,7 bilhão para contenção de encostas e R$ 4,8 bilhões para drenagem urbana, que é o sistema de coleta e escoamento de água das chuvas. O evento para apresentação dos projetos para evitar deslizamentos (contenção de encostas) já estava previsto para ocorrer nesta quarta, no Palácio do Planalto, em Brasília — antes do agravamento da situação no Rio Grande do Sul. Defesa Civil do RS alerta população sobre eventos climáticos nos próximos dias: "ainda teremos muitos eventos pela frente" No entanto, governo acelerou nos últimos dias a análise das propostas para drenagem urbana e tenta divulgar a lista de obras dessa área também nesta quarta. Os temporais atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas, deixaram 95 mortos e mais de 130 desaparecidos até a tarde desta terça-feira (7), além de um rastro de destruição. O Rio Grande do Sul deverá receber R$ 152 milhões para investimento em contenção de encostas. Ainda segundo interlocutores, o Palácio do Planalto quer dar um enfoque especial nas ações para a região. Esse valor é mais alto do que o Ministério das Cidades havia apresentado na semana passada, durante visita do presidente Lula ao estado. Na ocasião, foram mencionados R$ 55,2 milhões para quatro projetos apresentados por municípios do Rio Grande do Sul — três em Porto Alegre e um em Santa Maria. Obras do PAC Contenção de encostas e drenagem são os dois principais pilares da área do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) voltada para a prevenção de desastres. Desde o ano passado, o governo abriu o processo para as prefeituras e estados apresentarem projetos desses setores. A cerimônia no Palácio do Planalto, portanto, irá reunir o pacote de recursos para os municípios selecionados. Também está previsto, durante o evento, o anúncio de outras obras do PAC. Como mostrou a TV Globo e o g1, Lula deverá anunciar um pacote com foco na baixa renda e que inclui cerca de 5,5 mil ônibus ‘verdes’, além de investimentos em favelas. A renovação de frota prevê a compra de ônibus elétricos ou versões mais modernas, ainda a diesel, que são menos poluentes. As unidades terão ar condicionado e Wi-fi. Para melhorar a infraestrutura urbana em favelas, o governo prevê ampliar o saneamento básico, sistema viário e a iluminação pública nessas áreas Cidades da região Norte deverão estar entre as mais beneficiadas. Segundo o governo, Belém (PA), Macapá (AP) e Manaus (AM) estão na lista das regiões com maior número de pessoas nesse tipo de moradia sem infraestrutura. A nova rodada de lançamentos do PAC prevê que estados sejam atendidos no programa que vai levar água potável para regiões rurais. A maior demanda, segundo integrantes do governo, foi identificada no Pará, Ceará e Bahia. Aliados de Lula avaliam que o pacote a ser apresentado no Planalto ganha mais peso político num momento em que o presidente tenta estancar a queda de popularidade, apurada desde março, e também quer mostrar reação à calamidade no Rio Grande do Sul, que é um momento delicado para o governo.
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08/05 - Imposto de Renda 2024: veja a tabela de alíquotas e saiba como fazer o cálculo
O prazo de entrega do IR começou em 15 de março e vai até o dia 31 de maio. Imposto de Renda 2024: prazo para declaração vai até o dia 31 de maio. Marcos Serra/ g1 A mecânica do cálculo do Imposto de Renda 2024 continua a mesma de anos anteriores. As principais mudanças em relação à declaração de 2023 estão na faixa de isenção — que subiu de R$ 1.903 para R$ 2.640 no ano passado — e nas parcelas a deduzir. O aumento da faixa isenta foi confirmado em fevereiro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio de Medida Provisória (MP). A mudança daquele ano passou a valer para a declaração de 2024. A medida estabeleceu, na prática, uma faixa de isenção do IR em R$ 2.112. Para completar os R$ 2.640 (dois salários mínimos da época), o governo determinou um desconto automático de R$ 528. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Como fazer o cálculo do imposto? A conta do IR depende de uma tabela dividida em quatro faixas de renda, com uma alíquota progressiva que vai de 7,5% a 27,5%. A faixa máxima atinge os salários acima de R$ 4.664,68. Veja abaixo as faixas e as respectivas alíquotas Faixa 1: Até R$ 2.112: isento Faixa 2: De 2.112,01 até 2.826,66: 7,5% Faixa 3: De 2.826,67 até 3.751,06: 15% Faixa 4: De 3.751,07 até 4.664,68: 22,5% Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68: 27,5% Saiba quem precisa declarar o Imposto de Renda 2024 O imposto não é cobrado sobre todo o salário. O que é descontado em INSS, por exemplo, não entra na conta. Além disso, as alíquotas não são cobradas integralmente sobre os rendimentos. Quem ganha R$ 4 mil por mês, por exemplo (e se encaixa na faixa 4 acima), não paga 22,5% sobre toda a parte tributável do salário. Pelas contas da Receita, os "primeiros" R$ 2.112 são isentos. O que passar desse valor e não superar os R$ 2.826,66 (o limite da faixa 2) é tributado em 7,5%. Já o que superar limite da faixa 2, mas não o da faixa 3, paga 15%, e assim sucessivamente. Veja o exemplo abaixo: Exemplo de cálculo do IR para salário de R$ 4 mil Na prática, a conta pode ser feita multiplicando o total do salário pela alíquota cheia referente à faixa e subtraindo os valores fixos abaixo: Faixa 1: zero Faixa 2: R$ 158,40 Faixa 3: R$ 370,40 Faixa 4: R$ 651,73 Faixa 5: R$ 884,96 A Receita Federal também disponibiliza um simulador que pode ser usado para quem quiser fazer esse cálculo – clique aqui para acessar. Veja outros exemplos para o cálculo, feitos com o apoio do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT): Salário de R$ 3.123 Considerando a renda média do brasileiro registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no primeiro trimestre de 2024, por exemplo, de R$ 3.123 (que se encaixa na faixa 3 da tabela do IR), o cálculo ficaria: (3.123 x 15%) - R$ 370,40 = R$ 98,05 Salário de R$ 5 mil Por fim, para um salário de R$ 5 mil, que fica na última faixa da tabela do IR, a conta fica: (5.000 x 27,5%) - R$ 884,96 = R$ 490,04
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08/05 - Copom se reúne nesta quarta para definir juros; mercado financeiro prevê redução menor da taxa Selic
Com a proposta de mudança da meta fiscal e demora para redução dos juros nos EUA, a maior parte dos economistas já aposta em uma redução no ritmo de corte da taxa de juros, para 0,25 ponto percentual. Se confirmado, a Selic cairia para 10,50% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira (20) e deve reduzir a taxa básica de juros da economia, que atualmente está em 10,75% ao ano. A decisão será anunciada após as 18h. Há uma dúvida, porém, sobre o tamanho do corte de juros. A maioria dos analistas do mercado financeiro passou a projetar uma redução de 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano. Mas parte dos economistas ainda estima que a taxa cairá mais, 0,50 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Se a opção for por um corte menor nos juros, o BC reduzirá o ritmo de redução da taxa Selic. Isso porque, na última reunião, os juros caíram 0,50 ponto percentual. Entenda a discussão Em seu último encontro, realizado no fim de março, o BC sinalizou que promoveria uma nova redução de 0,5 ponto percentual nessa reunião de maio, o que levaria a taxa Selic para 10,25% ao ano. Essa sinalização, entretanto, dependia da confirmação de um "cenário esperado" pela diretoria do Banco Central. Desde a última reunião do Copom, porém, a equipe econômica do presidente Lula propôs uma redução nas metas para as contas públicas em 2025 e 2026. Algo que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, não apoia. Com a eventual mudança das metas, haverá um espaço adicional para gastos de cerca de R$ 160 bilhões nos próximos anos -- pressionando mais a inflação. E houve piora do cenário externo, com a inflação ainda pressionada nos Estados Unidos. Por conta disso, a maior parte do mercado financeiro já ajustou sua posição e passou a projetar um corte menor de juros, de 0,25 ponto percentual, na reunião do Copom desta semana -- para 10,50% ao ano. Cenário para corte de juros não mudou substancialmente, diz presidente do Banco Central Como as decisões são tomadas Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC faz projeções para o futuro. Neste momento, a instituição já está mirando menos na meta deste ano, e vê um peso maior nas projeções para o ano de de 2025 (em doze meses). Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida. Na semana passada, os economistas do mercado financeiro estimaram que a inflação de 2024 somará 3,72% e, a de 2025, 3,64%. Ou seja, acima da meta central nos dois anos, mas dentro do intervalo de tolerância. Cenário da economia Além da perspectiva de que o governo aumente gastos públicos nos próximos anos, com a proposta de redução das metas para as contas públicas, analistas observam que o cenário externo está mais tensionado e incerto pelo adiamento e redução do espaço para juros cortes de taxas nas economias desenvolvidas -- como os Estados Unidos. Como os juros nos Estados Unidos vão influenciar a decisão do Copom A decisão sobre a taxa norte-americana influencia o Brasil pois quando os juros americanos estão elevados, a rentabilidade das Treasuries (os títulos públicos norte-americanos), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país, e se afasta de emergentes, como o Brasil. Analistas avaliam que isso reduz o espaço para cortes de juros nas economias emergentes, sob o risco de pressão na taxa de câmbio -- que também é ruim para a inflação. A proposta de mudar as metas fiscais, e a perspectiva de que os EUA demorarão mais para baixar os juros, chegaram a gerar alta do dólar no Brasil, que foi parcialmente revertida nos últimos dias. "A evolução do balanço de riscos desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi bastante desfavorável, com aumento das incertezas tanto no cenário externo quanto interno (...) A elevação da incerteza do cenário global, a deterioração das expectativas de inflação e as alterações das metas de superávit primário tornaram o balanço de riscos assimétrico [desigual]", avaliou Alexandre Mathias, estrategista-chefe da corretora Monte Bravo. O Banco Central também tem chamado atenção, em seus comunicados oficiais, que a queda na taxa de desemprego, assim como uma expansão maior do Produto Interno Bruto (PIB), podem pressionar a inflação no Brasil. "Apesar da inflação mais benigna na margem (com surpresas negativas nos últimos indicadores de preços ao consumidor IPCA e IPCA-15), as medidas subjacentes aos serviços permanecem alto. Além disso, os dados sobre o desemprego e os salários continuam a indicar um mercado de trabalho restritivo", avaliou o Itaú, em análise assinada pelo economista-chefe, Mario Mesquita. Consequências De acordo com especialistas, a redução da taxa de juros no Brasil terá algumas consequências para a economia. Veja abaixo algumas delas: Redução das taxas bancárias: a tendência é que os cortes de juros sejam repassados aos clientes. Em março desse ano, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas atingiu 40,5% ao ano -- com queda frente ao ano de 2023. Crescimento da economia: com juros mais baixos, a expectativa é de um comportamento melhor do consumo da população e, também, de melhora dos investimentos produtivos, impactando positivamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda. Os dados de atividade têm surpreendido positivamente os economistas. Melhora das contas públicas: as reduções de juros também favorecem as contas públicas, pois diminuem as despesas com juros da dívida pública. Em 2023, a despesa com juros somou R$ 718 bilhões em 2023, ou 6,6% do PIB. Analistas esperam uma pressão menor com o processo de queda dos juros. Impacto nas aplicações financeiras: investimentos em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, porém, tendem a ter um rendimento menor, com o passar do tempo, do que teriam com juros mais elevados. Com a queda da Selic, a tendência é que os investimentos em renda variável fiquem mais atrativos.
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08/05 - +Milionária pode pagar R$ 181 milhões nesta quarta-feira
Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil O concurso 144 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 181 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (8), em São Paulo. No concurso do último sábado (4), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui.
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08/05 - Câmara aprova projeto que incentiva geração de energia solar para atender baixa renda
Objetivo é substituir benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica por programa criado pela proposta, e, com isso, diminuir custo de conta de luz. Texto vai ao Senado. A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (7) um projeto que estimula a geração de energia solar para atender consumidores de baixa renda. O texto vai ao Senado. O objetivo é substituir o benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) por um programa criado pelo projeto, chamado de Programa Renda Básica Energética (Rebe). A proposta visa garantir o acesso à eletricidade para famílias em situação de vulnerabilidade social na faixa de consumo de até 220 kWh por mês. Mais de 60 mil unidades de energia solar já foram instaladas no Maranhão Conforme o texto, as centrais de mini e microgeração de energia elétrica deverão, preferencialmente, ser de energia solar fotovoltaica e ficarão instaladas em áreas rurais, suspensas sobre a superfície de reservatórios e ou dentro do Programa Minha Casa Minha Vida. “Especificamente, a instalação desses sistemas em residências de consumidores de baixa renda, beneficiários da tarifa social de energia, pode gerar uma economia expressiva para esses consumidores ao longo de um período de 25 anos, tempo estimado de vida útil desses equipamentos”, escreveu o relator, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG). Como forma de financiar o projeto, o texto prevê que o dinheiro associado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e que seriam utilizados na Tarifa Social deverão ser destinados ao programa, que contará também com recurso da União e empréstimos junto a bancos públicos e privados. A gestão financeira e operacional do programa ficará sob responsabilidade da estatal ENBPar, que cuidará das centrais geradoras. O texto permite, no entanto, que as instalações sejam gerenciadas por cooperativas de energia solar fotovoltaica, associações ou condomínios da região em que for instalada ou por licitação específica. Redução na conta Atualmente, a Tarifa Social de Energia Elétrica é custeada pela CDE. Essa conta é sustentada por consumidores em geral em taxa embutida na conta de luz. Ao substituir a tarifa pelo programa, se reduziria a necessidade de subsídios da CDE à tarifa e com isso as contas de luz cairiam em todo o país no longo prazo. “O projeto reduz a necessidade de subsídios da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que é um dos fatores que mais pesa hoje na conta de luz de todo o povo brasileiro", afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). "Vamos fazer com que o povo brasileiro tenha uma energia mais barata. E aquelas famílias que pagam a conta de luz, que não são beneficiadas pela Tarifa Social e pagam a CDE embutida na conta de luz vão ter também uma redução na conta de energia”, ressaltou. O deputado Domingos Neto (PSD-CE), autor da proposta, disse que todos saem ganhando. "O que nós estamos fazendo com esse projeto é permitir que, através de uma série de fontes de financiamentos, possamos levar energia solar, renovável, para as comunidades carentes do nosso País, zerando a conta de energia e, com isso, também diminuindo o custo da tarifa social para todo consumidor", afirmou
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07/05 - Argentina coloca em circulação nova nota de 10 mil pesos
Até então, a cédula de maior valor disponível no país era a de 2 mil pesos. Lançamento ocorre em meio a uma inflação de 287,9%. Anverso da nova nota de 10 mil pesos da Argentina. Reprodução/Banco Central da Argentina O banco central da Argentina colocou em circulação nesta terça-feira (7) novas notas de 10 mil pesos. Na conversão atual, o valor é o equivalente a cerca de US$ 11. De acordo com a autoridade monetária, a distribuição das cédulas ocorrerá progressivamente em agências bancárias e caixas eletrônicos de todo o país. Até então, a nota de maior valor disponível na Argentina era a de 2 mil pesos, que entrou em circulação em maio de 2023. LEIA TAMBÉM Crise faz argentinos abrirem mão do churrasco, e consumo de carne atinge menor nível em 30 anos Argentina tem 3º superávit seguido, e Milei diz que país caminha contra 'inferno inflacionário' Inflação argentina fica em 11% em março, e chega a 287,9% em 12 meses O lançamento da nova cédula ocorre em meio à inflação de 287,9% no país — patamar ainda bastante elevado apesar da desaceleração nos últimos três meses. O índice de preços na casa de três dígitos também motivou o banco central da Argentina a lançar uma nota de 20 mil pesos, prevista para circular a partir do quarto trimestre deste ano. Em dezembro do ano passado, ao assumir a Presidência da Argentina, Javier Milei implementou medidas duras para combater a inflação, como cortes nas despesas do Estado e nos subsídios a serviços públicos. O pacote também incluiu a desvalorização do peso frente ao dólar, o que fez com que os preços no país subissem mais rapidamente em um primeiro momento. Reverso da nova nota de 10 mil pesos da Argentina. Divulgação/Banco Central da Argentina A nova cédula lançada nesta terça tem, em seu anverso, as imagens de Manuel Belgrano e de Maria Remedios del Valle, considerada heroína da Guerra da Independência da Argentina. No anverso, a representação artística é referente ao juramento à bandeira, feito em fevereiro de 1812. Segundo o BC argentino, a nova nota irá "facilitar as transações, garantir mais eficiência à logística do sistema financeiro e permitir reduzir significativamente os custos de aquisição de cédulas". Inflação de março na Argentina volta a cair e fecha em 11%
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07/05 - Mega-Sena, concurso 2.721: prêmio acumula e vai a R$ 40 milhões
Veja as dezenas sorteadas: 09 - 10 - 11 - 25 - 46 - 48. Quina teve 81 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 36.177,87. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.721 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (7), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 40 milhões. Veja os números sorteados: 09 - 10 - 11 - 25 - 46 - 48 5 acertos - 81 apostas ganhadoras: R$ 36.177,87 4 acertos - 5.339 apostas ganhadoras: R$ 784,09 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (9). Mega-Sena, concurso 2.721 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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07/05 - Ministério do Trabalho anuncia liberação de R$ 2,9 bi para moradores afetados por chuvas no Rio Grande do Sul
Segundo o ministro Luiz Marinho, entre as medidas tomadas pela pasta estão: antecipação do Abono Salarial; liberação do FGTS para trabalhadores, além da suspensão do pagamento dessa contribuição pelos empresários. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta terça-feira (7) que o governo federal vai liberar R$ 2,9 bilhões para moradores afetados pelos temporais no Rio Grande do Sul. O valor foi contabilizado com base nas seguintes medidas: liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ampliação de parcelas do Seguro-Desemprego antecipação do Abono Salarial No caso do Seguro-Desemprego, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que aumentará duas parcelas para as pessoas atingidas pelas chuvas. LEIA TAMBÉM: Chuvas no RS: veja as medidas anunciadas pelos principais bancos para apoiar os atingidos Como fazer o Saque Calamidade do FGTS; veja o passo a passo G1 em 1 Minuto: Entenda inundação no RS e Água invade hotel Já no caso do FGTS, será liberado o saque emergencial para esses moradores. Quanto ao recolhimento dessa contribuição pelos patrões, o Ministério anunciou que será suspenso por quatro meses. Marinho disse também que o MTE publicará portarias e decretos autorizando a flexibilização dos recursos, em especial, para os 336 municípios atingidos pelos temporais das últimas semanas. O ministro afirmou que o gasto não será considerado no cálculo do governo para cumprimento das regras fiscais de 2024. Marinho contou que aguarda que o Congresso aprove a Medida Provisória (MP) que autoriza a ajuda ao estado fora da meta fiscal. “Deste volume de recursos dá R$ 2,9 bilhões, uma parte voltará quando for recolhido lá na frente o FGTS", argumentou Marinho durante um seminário, em Brasília. Até a publicação desta reportagem, a MP ainda não tinha sido aprovada.
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07/05 - Distribuidoras de energia vão ceder equipes para atuar no Rio Grande do Sul, diz ministro
São cerca de 500 eletricistas que se deslocarão para o estado e se juntarão a 4 mil técnicos elétricos que já atuam para minimizar os efeitos das enchentes. Até esta terça (7), RS tinha 450 mil imóveis sem luz. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (7) que as distribuidoras de energia elétrica devem ceder equipes para atuar no Rio Grande do Sul. São cerca de 500 eletricistas que se deslocarão para o estado, atingido por fortes chuvas e assolado por inundações. "Nós estamos mobilizando todas as distribuidoras do Brasil a fim de que todas se coloquem mobilizadas com seus técnicos e nós vamos fazer o deslocamento dessas equipes para o Rio Grande do Sul a fim de minimizar a dor do povo gaúcho", disse em entrevista a jornalistas. Cerca de 4.000 técnicos do estado já estão atuando para religar as unidades. A ideia é que, junto às equipes cedidas de outras empresas ao redor do Brasil, os eletricistas possam trabalhar em "frentes de obras", à medida que haja condições de segurança para tal. RS tem 70% da população sem abastecimento de água e milhares de moradores estão sem luz Atualmente, há 450 mil imóveis sem energia. De acordo com o ministério, essas unidades não puderam ser religadas por conta de questões de segurança ou impedimento de acesso das equipes. A intenção é que, no momento em que seja possível retomar obras para religar esses imóveis, os eletricistas possam restabelecer o fornecimento no menor tempo possível. "Assim que a água for baixando, vamos estar completamente mobilizados e preparados", disse Silveira. O ministro não deu detalhes sobre o custo dessa medida, mas citou a concessão de crédito extraordinário para o estado. Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve flexibilizar a utilização dos recursos de investimentos obrigatórios de eficiência energética das distribuidoras do Rio Grande do Sul para compra e doação de chuveiros, lâmpadas e geladeiras. Por iniciativa própria, as distribuidoras também devem doar colchões, insumos de saúde e higiene pessoal para os afetados pelas fortes chuvas. Sobre a proposta do deputado Danilo Forte (União), que pretende direcionar recursos de Itaipu e da privatização da Eletrobras para o Rio Grande do Sul, Silveira disse que "agora é a hora das ideias". "É muito importante que haja uma centralidade para que todas essas ideias cheguem e elas sejam racionalizadas, a fim de o menor custo-benefício também para o Brasil", declarou Silveira.
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07/05 - Brasil fecha acordo com Paraguai e vai abrir mão de US$ 300 milhões por ano para manter tarifas atuais de Itaipu
Ficou acertado que o Brasil vai manter a tarifa de serviços em US$ 16,71 por quilowatt-mês (KW mês), enquanto o Paraguai vai aumentar para US$ 19,28 por KW mês. Esses patamares devem valer até 2026. O governo brasileiro fechou nesta terça-feira (7) um acordo com o Paraguai para manter as tarifas da usina de Itaipu nos patamares atuais, sem aumento para os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ficou acertado que o Brasil vai manter a tarifa de serviços em US$ 16,71 por quilowatt-mês (KW mês), enquanto o Paraguai vai aumentar para US$ 19,28 por KW mês. Esses patamares devem valer até 2026. Como essa tarifa é definida pelos dois países, na prática, o Brasil vai abrir mão de US$ 300 milhões por ano para manter as tarifas do lado brasileiro abaixo do que foi definido pelo Paraguai. "O Paraguai vai dar a destinação dessa diferença da forma que lhe convier e o Brasil resolveu usar essa diferença para a modicidade tarifária. Nós utilizaremos essa diferença de US$ 19,28 para US$ 16,71 para manter a tarifa do povo brasileiro inalterada", declarou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O dinheiro sairá da conta de investimentos de Itaipu e será enviado para a estatal que detém participação na usina, a ENBPar. Serão US$ 900 milhões nos três anos acordados. Temporais que atingiram o Paraná obrigam usina de Itaipu a abrir as comportas Depois de 2026, as tarifas vão cair para o intervalo entre US$ 10 e US$ 12 por KW/ mês. A partir de então, a tarifa de serviços vai refletir apenas os custos de operação da usina. A tarifa de serviços de Itaipu é chamada de Custo Unitário de Serviços de Eletricidade (Cuse). É um encargo pago por brasileiros e paraguaios para cobrir os custos de Itaipu com: administração, operação e manutenção da usina; repasses em royalties e participações governamentais pelo uso da água; dívida de construção da usina. O ministro disse que voltou "mais otimista" de viagem ao Paraguai, na última semana. "Eu não acredito que passará das próximas duas ou três semanas o desfecho desse acordo", declarou. Anexo C Com a definição das tarifas, o governo destrava as negociações com o Paraguai sobre o Anexo C, que devem começar em seis meses. Depois, os termos serão encaminhados ao Congresso. O anexo C é uma parte do acordo de construção de Itaipu que define as condições de comercialização da energia gerada. A expectativa é que, com a renegociação do anexo C, o Paraguai possa vender o excedente de energia gerada pela usina no mercado livre. Com a renegociação, o governo pretende dar fim à obrigação de compra da energia de Itaipu pelas distribuidoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste --chamadas de "cotistas". "As distribuidoras não serão mais obrigadas a adquirir a energia do Paraguai a partir do final de 2026", disse.
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07/05 - Embraer aposta em conversão de aviões comuns em cargueiros para crescer no mercado aéreo de cargas
Os aviões ‘E-Freighter’, como a categoria foi designada, foram fabricados para transportar passageiros, mas passaram por um processo de conversão para o transporte de cargas. Embraer aposta em conversão de aviões comuns em cargueiros para crescer no mercado aéreo de cargas. André Luís Rosa/TV Vanguarda A Embraer, empresa do ramo de aviação que tem sede em São José dos Campos, registrou um aumento de 25% na receita da empresa nos três primeiros meses deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Foram R$ 4,5 bilhões obtidos este ano, contra R$ 3,7 bilhões de janeiro a março de 2023. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp De acordo com a Embraer, apesar do prejuízo líquido de R$ 63 milhões, esse resultado é otimista e se deve, principalmente, ao aumento do volume de entregas de aviões, que teve alta de 67%. Em meio ao cenário de crescimento, a Embraer se prepara para uma nova etapa. Há dois anos a empresa iniciou o projeto de conversão das aeronaves da família E-1 para cargueiros. O projeto ‘Freighter’ foi pensado para aumentar a vida útil da primeira família de E-Jets, que já completa 20 anos. O primeiro cargueiro Embraer voou por quase 20 anos nos Estados Unidos, mas voltou para São José dos Campos, no interior de São Paulo, para passar por uma grande transformação. Embraer aposta em conversão de aviões comuns em cargueiros para crescer no mercado aéreo de cargas. André Luís Rosa/TV Vanguarda O modelo é um Embraer 190 que, originalmente, foi configurado para 120 passageiros. Mas, hoje, ele se tornou um avião de carga. A remodelagem contou com a participação de mais de 20 engenheiros. O maior desafio foi reprojetar a porta de carga. Ela fica ao lado da porta original de passageiros, mas é cinco vezes maior. Internamente, toda a estrutura foi adaptada para a acomodação de carga. Foi necessário um ano para encontrar o local ideal. O presidente CEO de serviços e suporte da Embraer, Carlos Naufel, resume o desafio. “Quando a família de E-Jets foi projetada, nós já tínhamos uma ideia de transformá-los em cargueiros num futuro. E esse futuro chegou. A conversão para cargueiros é um caminho natural. Nosso time de engenheiros trabalhou incansavelmente para adaptar o projeto de maneira perfeita e foi isso que aconteceu. Logo que colocamos a porta de carga, ela se encaixou perfeitamente. Para nós foi a certeza de que nosso projeto é confiável e temos uma aeronave de ponta e extremamente competitiva para o mercado”, disse. Embraer está modificando aviões com mais de 20 anos para transporte de carga Mercado em potencial Atualmente, na indústria aeronáutica, somente a americana Boeing e a europeia Airbus oferecem versões cargueiras no portfólio de aeronaves. O especialista em aviação de carga Tiago Dias detalha isso. “A Boeing possui modelos como o 737, 767, 777 e 747 Freighter e a Airbus oferece versões do A-320 e A-330. Mas, em linhas gerais, são aeronaves grandes, que só podem operar em aeroportos com maior estrutura. Com a Embraer entrando nesse mercado, o leque para o transporte de cargas se amplia exponencialmente”, ressalta. Embraer aposta em conversão de aviões comuns em cargueiros para crescer no mercado aéreo de cargas. André Luís Rosa/TV Vanguarda “Os modelos E-Jets estão presentes em todos os continentes. Por serem aeronaves menores, operam em aeroportos com pistas mais curtas. Quando você oferece uma opção de cargueira desses modelos, não há necessidade de adaptar aeroportos. Onde os E-Jets de passageiros pousam, um Embraer cargueiro também pode pousar. Essa é uma aposta importante para mercados emergentes como na Ásia, África e aqui na América do Sul”, acrescenta Tiago. A Embraer é reservada quando se trata dos clientes. Mas, de acordo com o CEO de Serviços e Suprimentos, já existem 20 pedidos firmes na versão cargueira do 190 E-1. E a projeção é de crescimento do mercado. “Quando se fala em ampliar a produção, pensamos no todo. E isso poderá gerar uma demanda de uma linha maior de produção. Isso, inevitavelmente, irá refletir em novos empregos. E falo em algo em torno de 600 empregos diretos e indiretos”, finaliza Naufel. Embraer aposta em conversão de aviões comuns em cargueiros para crescer no mercado aéreo de cargas. André Luís Rosa/TV Vanguarda Voo inaugural O primeiro avião da Embraer convertido de transporte de passageiros para cargueiro fez um voo inaugural em São José dos Campos (SP), sede da empresa, no dia 5 de abril. Considerado um sucesso pela empresa, o voo inaugural foi realizado com um E190F. A equipe a bordo voou por aproximadamente duas horas e fez uma avaliação completa da aeronave, que pertence à Regional One, companhia de leasing dos Estados Unidos. Os aviões ‘E-Freighter’, como a categoria foi designada, foram inicialmente fabricados para transportar passageiros, mas passaram por um processo de conversão para o transporte de carga. Primeiro avião da Embraer convertido em cargueiro faz voo inaugural em São José dos Campos CLAUDIO CAPUCHO/Embraer As aeronaves são E-Jets e estão divididas em dois modelos na conversão em cargueiros: E190F - com carga útil estrutural máxima é 13,5 toneladas - e E195F - com capacidade para 14,3 toneladas. De acordo com a Embraer, os modelos têm mais de 50% de capacidade de volume, três vezes o alcance dos grandes turboélices cargueiros e custos operacionais até 30% menores do que as aeronaves de fuselagem estreita, conhecidas como ‘narrowbodies’. Os modelos seguirão em testes antes de entrar em operação, o que não tem previsão para acontecer. Até o momento, todos os testes de pressurização em solo e carregamento de cargas foram bem-sucedidos. Lançado em 2022, o programa de conversões de E-Jets de transporte de passageiros para cargueiros contou com a participação de 40 fornecedores de todo o mundo e mais de 600 funcionários da Embraer. Segundo a empresa, foram dedicadas 500 mil horas ao programa. Primeiro avião da Embraer convertido em cargueiro faz voo inaugural em São José dos Campos CLAUDIO CAPUCHO/Embraer Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina
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07/05 - Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil
Estado responde por 70% da produção nacional do grão. Cereal está ainda em fase de colheita e sofre prejuízo com as fortes chuvas. g1 mostra produção de arroz no Rio Grande do Sul O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, responsável por 70% da produção nacional do grão. O cereal é um dos cultivos que estão sendo destruídos nas lavouras por causa das fortes chuvas. Nesta terça-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, se for o caso, o Brasil pode importar arroz para lidar com prejuízos na safra. A consultoria Datagro prevê que as perdas apenas na produção do grão sejam de R$ 68 milhões. Até a semana passada, cerca de 83% da área plantada de arroz já estava colhida. Para onde vai a produção: quase tudo o que o Brasil colhe de arroz fica para consumo dos próprios brasileiros. Há mais de 20 anos, a colheita anual se mantém na casa das 11 milhões de toneladas, enquanto o consumo da população é de cerca de 12 milhões de toneladas. Deste modo, o país já precisa importar o grão de outros países para completar o consumo nacional. Os principais fornecedores são o Paraguai, a Argentina e o Uruguai. No ano passado, 7,2 milhões de toneladas foram colhidas apenas no Rio Grande do Sul. Para este ano, a expectativa no estado era de 7,5 milhões de toneladas. Onde o arroz está plantado: atualmente, a área plantada de arroz no Brasil é de 1,7 milhão de hectares, sendo que mais de 900 mil hectares são apenas no Rio Grande do Sul, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país vem sofrendo uma queda da área plantada, que já foi de 5 milhões de hectares. A perda de espaço é convertida em área para a soja e o milho, únicos cereais que são mais cultivados que o arroz no Brasil. Arroz pode se desenvolver em áreas alagadas: isso porque ele tem resistência a estes ambientes. Esse tipo de manejo é conhecido como "inundado" ou "de terras baixas". Contudo, essa água precisa respeitar o limite de até 6 centímetros de altura e, na hora da colheita, ela já deve ter sido escoada, para não prejudicar o produto e o solo. Existe uma outra forma de plantar arroz, é o método de "terras baixas" ou "sequeiro", em que a área de plantio não é alagada, mas o arroz é irrigado por método de pivô central, que são sprinklers que imitam a água da chuva. Integral, branco e parboilizado: são os principais tipos de arroz produzidos no Brasil. Os três podem ser feitos com uma mesma variedade de arroz, a diferença está na forma em que cada um é beneficiado. Veja a seguir. O arroz integral tem apenas a casca removida, mantendo os farelos, que são ricos em fibras e proteínas. O arroz branco, também conhecido como agulhinha, é polido. Ele tem a casca e os farelos removidos. Apesar de ter menos nutrientes que o integral, ele pode ser armazenado por mais tempo, uma vez que possui menos óleos. E essa armazenagem pode ser por anos, desde que o grão esteja em um ambiente adequado: frio, mas com pouca umidade. Já o parboilizado é o grão polido, mas que depois passa por um pré-cozimento, o processo de parboilização. Isso impede a perda de nutrientes, o tornando o segundo tipo mais nutritivo atrás do integral. Área de plantio de arroz e feijão encolheu com o avanço da soja e do milho Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças Leia também: Temporais no Rio Grande do Sul causam mais de R$ 500 milhões em prejuízos no campo Operadoras oferecem pacotes de internet grátis e sinal compartilhado para clientes no RS Aeroporto de Porto Alegre com voos suspensos: veja quais os direitos dos passageiros
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07/05 - Ministério da Agricultura inicia edital para compra de um milhão de toneladas de arroz
Ministro diz ao blog que iniciativa visa conter especulação de preço após enchentes; RS responde por 70% da produção nacional Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, com o presidente Lula Ricardo Stuckert/PR O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou sindicatos e associações de produtores rurais do Rio Grande do Sul que sua pasta começou a escrever um edital para a compra, via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de um milhão de toneladas de arroz. O Estado responde por 70% da produção nacional do alimento. Cerca de 80% da safra já havia sido colhida, mas a iniciativa, explicou o ministro aos produtores, visa evitar especulação de preços diante do cenário de isolamento do RS, com o aeroporto da capital fechado e diversas rodovias destroçadas. Procurado pelo blog, Fávaro explicou que a intenção não é concorrer com os produtores do Rio Grande do Sul, mas sim conter a ação de especuladores. “Por determinação do presidente Lula, nós vamos agir para evitar especulação em cima do preço. Nenhum atacadista tem estoques para mais de 15 dias. Então nós vamos agir para tranquilizar o mercado”, afirmou. Dados da Embrapa mostram que o Brasil consome cerca de dez milhões de toneladas de arroz por ano. O Ministério da Agricultura ainda está avaliando, junto aos produtores, o tamanho do prejuízo para o setor produtivo no Estado. LEIA MAIS Enchentes no RS: águas baixam no Vale do Taquari e revelam cenário de devastação; veja vídeo Entenda como o relevo de Porto Alegre e as 'marés de tempestade' travam escoamento Sul do RS tem alerta de 'perigo extremo de tempestades'; frente fria pode prejudicar escoamento na capital
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07/05 - Dívida dos estados: governo pensa em saídas que envolvam projetos para frear emergências climáticas, diz secretário da Fazenda
Apesar de manifestar intenção, Dario Durigan não detalhou qual modelo poderia ser utilizado. Secretário citou caso do Rio Grande do Sul, que enfrenta enchentes históricas. Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, fala em coletiva de imprensa final da Trilha de Finanças do G20 Diogo Zacarias/MF O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça-feira (7) que a equipe econômica do governo avalia soluções para a dívida dos estados ligadas a projetos de sustentabilidade ecológica, no sentido de reduzir as emergências climáticas. Ele citou o caso específico do Rio Grande do Sul, onde temporais causaram mortes e prejuízos de R$ 500 milhões na agricultura e na pecuária. As declarações foram dadas durante seminário promovido pelo jornal "Valor Econômico". "Olhando para a situação do Rio Grande do Sul, de novo a dívida dos estados aparece com outra vertente, a vertente de pensar em saídas para a dívida. Quando a gente passa a ter, e o Rio Grande do Sul é o modelo que estamos tendo agora, um outro modelo e uma outra demanda de resposta à emergência climática", disse. "Também estamos estudando alguma possiblidade de ter um arcabouço mais sofisticado, para todos os estados, do ponto de vista nacional, em resposta às mudanças climáticas, que venham pela mesma lógica de pensar um Brasil do amanhã, de pensar um Brasil que já tenha as previsões, os gatilhos colocados", declarou Durigan. A dívida dos estados com a União ultrapassa R$ 700 bilhões. Desde 1997, o governo federal vem socorrendo esses governos oferecendo renegociações com apoio do Tesouro Nacional. Em contrapartida, os estados deveriam equilibrar as contas, controlando gastos. Apesar de manifestar a intenção, o secretário do Ministério da Fazenda não esclareceu qual seria o formato avaliado para lidar com a dívida dos estados em associação a iniciativas de sustentabilidade ambiental. Governo propõe reduzir juros de dívidas dos estados Mas, recentemente, a área econômica lançou um projeto chamado de "Juros pela Educação", no qual as unidades da federação podem ter desconto no pagamento de juros desde que invistam em ensino técnico. A meta é acelerar esse tipo de formação no Brasil. "A gente poderia seguir apostando na mesma dinâmica que a gente sempre viu no Brasil. Estados entram em regime de recuperação, a gente aponta que os estados não cumpriram, eles entram no STF, que permitem uma moratória. O município de São Paulo [quando Haddad era prefeito] renegociou sua dívida com a União", afirmou. "Queremos deixar de apostar no conflito, deixar de discutir no Supremo qual a taxa de juros, até porque muitos estados não vão conseguir pagar. Então vamos remodelar, ao invés de insistir no contencioso, vamos abrir um estímulo para o bem do país", explicou, sobre o projeto em andamento. Dario Durigan destacou ainda o compromisso de diálogo federativo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de fazer "grandes pactos", seja com a reforma tributária, seja no projeto "Juros pela Educação", ou na recomposição de recursos perdidos pelos estados. "A gente tem feito isso na medida de o orçamento [permitir]. Diálogo federativo tem sido reforçado, presidente Lula tem chamado os governadores, e esse é o caminho que vai ser adotado até o fim do governo", concluiu.
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07/05 - Fazenda suspende por 90 dias a cobrança de dívidas de pessoas, empresas e municípios do RS
A medida foi publicada em uma portaria no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (7), como uma das formas de contenção de danos em razão do estado de calamidade pública. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) decidiu suspender por 90 dias a cobrança de parcelas de dívidas renegociadas com a União por contribuintes do Rio Grande do Sul. A medida vale para pessoas, empresas e municípios, por conta do desastre ambiental no estado. A medida foi publicada em uma portaria no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (7), como uma das formas de contenção de danos em razão do estado de calamidade pública. As parcelas com vencimento em abril, maio e junho passam a vencer em julho, agosto e setembro, respectivamente. Serão beneficiados os contribuintes de 336 municípios, incluindo a capital Porto Alegre. (veja a lista completa abaixo) A prorrogação não inclui os juros e abrange somente as parcelas que estão prestes a vencer. Não poderão disfrutar do adiamento os Microempreendedores Individuais, Microempresas e Empresas de Pequeno optantes pelo Simples Nacional. "Além da prorrogação, ficam suspensas por 90 dias algumas medidas de cobrança administrativa, como apresentação de protesto de certidões da Dívida Ativa da União, averbação pré-executória e instauração de novos Procedimentos Administrativos de Reconhecimento de Responsabilidade (PARR)", informa a PGFN. "Os 90 dias de suspensão também valem para os procedimentos de exclusão de contribuintes de negociações administradas pela PGFN por inadimplência de parcelas." Pacheco fala sobre decreto para acelerar verbas ao Rio Grande do Sul AGU vai agilizar benefícios previdenciários Segundo o blog da Camila Bomfim, a Advocacia-Geral da União (AGU) vai acelerar a análise de benefícios previdenciários de moradores do Rio Grande do Sul e, com isso, acelerar pagamentos. A AGU vai convocar procuradores federais voluntários para fechar acordos e agilizar pagamentos. A iniciativa faz parte de um conjunto de medidas para enfrentar a calamidade pública que o estado enfrenta. A ideia é fazer um esquema de mutirão analisar propostas de acordos para o pagamento de benefícios como incapacidade, salário maternidade e pensão por morte, por exemplo. A análise será feita a partir de listas de processos que serão encaminhadas pela Justiça Federal. Os procuradores federais interessados em participar do esforço, que deve durar 45 dias, já podem se inscrever no projeto. Veja a lista completa de municípios Aceguá Agudo Alegrete Alegria Alto Alegre Alvorada Amaral Ferrador Ametista do Sul André da Rocha Anta Gorda Araricá Aratiba Arroio do Meio Arroio do Tigre Arroio dos Ratos Arroio Grande Arvorezinha Augusto Pestana Áurea Balneário Pinhal Barão de Cotegipe Barra do Guarita Barra do Rio Azul Barra Funda Barros Cassal Benjamin Constant do Sul Bento Gonçalves Boa Vista Das Missões Boa Vista do Buricá Boa Vista do Sul Bom Jesus Bom Princípio Bom Retiro do Sul Boqueirão do Leão Brochier Butiá Caçapava do Sul Cacequi Cachoeira do Sul Cachoeirinha Cacique Doble Caiçara Camaquã Camargo Campina das Missões Campinas do Sul Campo Bom Campos Borges Candelária Cândido Godói Canela Canoas Canudos do Vale Capão da Canoa Capela de Santana Capitão Carazinho Carlos Barbosa Carlos Gomes Caseiros Catuípe Caxias do Sul Centenário Cerro Branco Cerro Grande do Sul Cerro Grande Chapada Charqueadas Chiapetta Ciríaco Colinas Colorado Constantina Coqueiro Baixo Coronel Bicaco Coronel Pilar Cotiporã Crissiumal Cristal do Sul Cristal Cruz Alta Cruzaltense Cruzeiro do Sul Dezesseis de Novembro Dilermando de Aguiar Dois Irmãos das Missões Dois Lajeados Dom Feliciano Dona Francisca Eldorado do Sul Encantado Encruzilhada do Sul Engenho Velho Entre Rios do Sul Erechim Erval Grande Erval Seco Espumoso Estação Estância Velha Esteio Estrela Velha Estrela Eugênio de Castro Fagundes Varela Farroupilha Faxinal do Soturno Faxinalzinho Feliz Flores da Cunha Fontoura Xavier Formigueiro Forquetinha Frederico Westphalen Garibaldi General Câmara Gentil Gramado Xavier Gramado Gravataí Guaíba Guaporé Herveiras Ibarama Ibirapuitã Ibirubá Igrejinha Ilópolis Imigrante Independência Inhacorá Ipê Ipiranga do Sul Iraí Itaara Itapuca Itati Itatiba do Sul Ivorá Jaboticaba Jacuizinho Jaguarão Jaguari Jari Jóia Júlio de Castilhos Lagoa Bonita do Sul Lagoa dos Três Cantos Lagoa Vermelha Lagoão Lajeado do Bugre Lajeado Lavras do Sul Liberato Salzano Mampituba Manoel Viana Maquiné Maratá Marau Marcelino Ramos Mariano Moro Marques de Souza Mata Mato Leitão Maximiliano de Almeida Miraguaí Montauri Monte Alegre dos Campos Montenegro Mormaço Mostardas Muçum Não-me-toque Nonoai Nova Alvorada Nova Bassano Nova Boa Vista Nova Bréscia Nova Esperança do Sul Nova Palma Nova Petrópolis Nova Prata Nova Ramada Nova Roma do Sul Nova Santa Rita Novo Cabrais Novo Hamburgo Novo Tiradentes Novo Xingu Paim Filho Palmeira Das Missões Palmitinho Panambi Pantano Grande Paraíso do Sul Pareci Novo Parobé Passa Sete Passo do Sobrado Passo Fundo Paulo Bento Paverama Pejuçara Pelotas Pinhal Grande Pinhal Pinheiro Machado Pinto Bandeira Piratini Planalto Poço das Antas Ponte Preta Portão Porto Alegre Porto Lucena Porto Mauá Porto Xavier Pouso Novo Presidente Lucena Progresso Protásio Alves Putinga Quaraí Quevedos Quinze de Novembro Redentora Relvado Restinga Seca Rio Pardo Roca Sales Rodeio Bonito Rolante Ronda Alta Rondinha Rosário do Sul Sagrada Família Salto do Jacuí Salvador do Sul Santa Clara do Sul Santa Cruz do Sul Santa Margarida do Sul Santa Maria do Herval Santa Maria Santa Rosa Santa Tereza Santana da Boa Vista Santiago Santo Ângelo Santo Antônio da Patrulha Santo Augusto Santo Cristo São Borja São Domingos do Sul São Francisco de Assis São Francisco de Paula São Gabriel São Jerônimo São João da Urtiga São João do Polêsine São Jorge São José Das Missões São José do Herval São José do Inhacorá São José do Norte São José do Sul São Leopoldo São Marcos São Martinho da Serra São Miguel das Missões São Paulo das Missões São Pedro da Serra São Pedro das Missões São Pedro do Butiá São Pedro do Sul São Sebastião do Caí São Sepé São Valentim São Vendelino Sapiranga Sapucaia do Sul Sarandi Seberi Sede Nova Segredo Senador Salgado Filho Sentinela do Sul Serafina Corrêa Sério Sertão Severiano de Almeida Silveira Martins Sinimbu Sobradinho Soledade Tabaí Tapes Taquara Taquari Taquaruçu do Sul Tenente Portela Teutônia Tio Hugo Tiradentes do Sul Toropi Torres Travesseiro Três Arroios Três Coroas Três Forquilhas Três Palmeiras Três Passos Trindade do Sul Tucunduva Tunas Tupanci do Sul Tupanciretã Tupandi Ubiretama União da Serra Uruguaiana Vale do Sol Vale Real Vale Verde Vanini Venâncio Aires Vera Cruz Veranópolis Vespasiano Correa Viadutos Viamão Vicente Dutra Vila Flores Vila Maria Vista Alegre do Prata Vista Alegre Xangri-lá
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07/05 - Lula diz que, 'se for o caso', Brasil pode importar arroz e feijão para lidar com prejuízos nas safras
Presidente já havia demonstrado preocupação com inflação dos alimentos. Enchentes no RS, maior produtor de arroz do país, devem ter impacto na colheita. Presidente Lula concede entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) EBC/Reprodução O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (7) que, se for o caso, o Brasil pode importar arroz e feijão para lidar com prejuízos nas safras. A declaração foi dada durante entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). "Agora com a chuva eu acho que nós atrasamos de vez a colheita [do arroz] do Rio Grande do Sul. Se for o caso para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz, a gente vai ter que importar feijão para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha", disse. Lula já discutiu com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) a inflação dos alimentos, em especial do arroz e feijão. Os ministros afirmaram ao presidente que os preços reduziriam com o avanço da colheita. No caso do arroz, como o Rio Grande do Sul é o principal produtor do país, Lula acredita que as enchentes que devastaram o estado terão impacto na oferta do alimento para os consumidores, com impacto nos preços. Inflação de alimentos e enchentes no RS Colheita de arroz atrasa no RS por impactos no clima De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a março, a inflação de alimentos e bebidas somou 3,1% nos 12 meses anteriores, e foi um dos principais motores da alta de preços. O arroz foi um dos produtos que teve a maior subida, com aumento de 28,4% no período. Em março, o presidente Lula reuniu ministros para discutir a inflação dos alimentos. À ocasião, os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura) atribuíram a alta a questões climáticas e afirmaram que o governo esperava uma redução nos próximos meses. Lula se reúne com ministros para discutir alta no preço dos alimentos No entanto, as enchentes no RS devem ser um obstáculo, já que o estado é responsável por 70% da produção de arroz no país. Segundo um levantamento da consultoria Datagro, os temporais têm o potencial de gerar perdas de 10% a 11% na produção de arroz do estado e um prejuízo de R$ 68 milhões aos agricultores da região. Antes das enchentes, a estimativa era de que o estado colhesse 7,5 milhões toneladas de arroz este ano. Mas, com a tragédia, a safra deve ficar próxima das 6,7 milhões ou 6,8 milhões de toneladas, podendo gerar impactos na inflação, ressalta a consultoria.
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