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19/04 - Quina pode pagar R$ 43 milhões nesta sexta-feira, maior prêmio da história do concurso
Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.420 da Quina pode pagar R$ 43 milhões nesta sexta-feira (19). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta sexta. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Como funciona a Quina Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5​0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias
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18/04 - Mega-Sena, concurso 2.714: prêmio acumula e vai a R$ 100 milhões
Veja as dezenas sorteadas: 16 - 17 - 42 - 45 - 52 - 57. Quina teve 78 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 49,5 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.714 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (18), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 100 milhões. Veja os números sorteados: 16 - 17 - 42 - 45 - 52 - 57 5 acertos - 78 apostas ganhadoras: R$ 49.552,51 4 acertos - 4.882 apostas ganhadoras: R$ 1.131,00 O próximo sorteio da Mega será no sábado (20). Mega-Sena, concurso 2.714 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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18/04 - Petrobras prevê investimentos de US$ 73 bilhões e criação de até 100 mil empregos diretos e indiretos
De acordo com a petroleira, valores serão destinados a projetos que contemplam plataformas de petróleo, navios de apoio marítimo e embarcações de cabotagem. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras informou nesta quinta-feira (18) que projeta investir US$ 73 bilhões em atividades de exploração e produção, sendo que parte dos recursos será destinada para demandas relacionadas à indústria naval e offshore. De acordo com a petroleira, os projetos relacionados a essas demandas contemplam, entre outros pontos, plataformas de petróleo, navios de apoio marítimo, embarcações de cabotagem e destinação sustentável de unidades. A estimativa da empresa é criar até 100 mil empregos diretos e indiretos com essa demanda, no prazo estimado para os projetos. Além das 14 novas unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência que já constam no planejamento estratégico da companhia, a Petrobras anunciou estudos para contratação de outras sete plataformas. Elas serão instaladas após 2028, em projetos de revitalização de campos já em produção. Crise na Petrobras: Conselheiro analisa momento na estatal  Nesta quinta-feira, a petroleira também apresentou a destinação sustentável de 23 plataformas, além de estudos para construção de 16 navios para a cabotagem (quatro navios petroleiros, oito navios gaseiros e quatro navios de cabotagem de médio curso). Em relação às embarcações de apoio, a companhia informou que irá contratar cerca de 200 unidades no período de 2024 a 2028. “Com essas encomendas devidamente mapeadas e sem o prejuízo de novos anúncios adiante, vamos agora contribuir para o governo federal recriar um ambiente favorável ao investimento e fornecimento local, ajudando decisivamente para a reabilitação da indústria naval e offshore brasileira”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Em nota oficial, a empresa informou que todos esses investimentos seguem a governança interna da companhia e que são acompanhados por órgãos de controle externo.
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18/04 - Banco Central diz que dados cadastrais do PIX de clientes do Banpará foram expostos devido a falha no sistema
De acordo com o BC, nenhum desses dados era informação sensível, como senhas, saldos ou extrato de transações, mas sim relativos ao cadastro. Clientes que foram afetados serão notificados exclusivamente pelo aplicativo do banco ou pelo internet banking O Banco Central informou nesta quinta-feira (18) que dados de chaves PIX de clientes do Banco do Estado do Pará (Banpará) foram expostos devido a uma falha técnica no sistema da instituição paraense. Nenhum desses dados, segundo o BC, era informação sensível, como senhas, saldos ou extrato de transações. Foram expostos dados cadastrais. "As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras", explicou o Banco Central em nota. O BC também disse que já abriu investigação para identificar as causas da falha e aplicar sanções, se for encontrada irregularidade. De acordo com a instituição, os clientes afetados serão notificados exclusivamente pelo aplicativo do banco ou pelo internet banking. "Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagem, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail", afirmou o Banco Central em nota.
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18/04 - Maçã o ano inteiro: saiba mais sobre a produção do fruto
Colheita vai até maio, mas os produtores rurais trabalham todos os meses para garantir a disponibilidade do alimento. Amarok, Saveiro e Polo Robust, prontos para a jornada no campo. Volkswagen Quando você vai à feira ou ao supermercado comprar frutas provavelmente encontra a maçã entre os produtos oferecidos, certo? E até pode ver uma ampla variedade delas: fuji, gala, pink lady, verde… tem pra todos os gostos! Mas como será que a maçã está disponível o ano inteiro? Quanto trabalho e quantas pessoas estão por trás da produção de um fruto tão comum? Neste período do ano, pequenos e grandes produtores de maçã estão trabalhando intensamente na colheita do fruto, que vai até maio. Quando essa fase termina, começa tudo outra vez - especialmente na região Sul do país, onde está concentrada grande parte da produção nacional. É um trabalho intenso para garantir que os brasileiros tenham maçã disponível o ano todo. Enquanto os produtos são armazenados em câmaras frias para abastecer o mercado, nos pomares já inicia a fase de poda para provocar novas brotações e reiniciar o ciclo. Rotina exigente e de muito trabalho Quem é do agro sabe que o dia a dia exige determinação. São aqueles produtores que estão na lida desde o início do dia: trabalha no pomar, carrega mercadoria, transporta funcionário, resolve questões administrativas, de tudo um pouco. E essa rotina na fazenda exige um carro robusto e confiável. Se as atividades do dia a dia são diversas, ter um veículo que também tenha versatilidade é fundamental para cumprir todo tipo de tarefa, encarar diferentes estradas, condições adversas e principalmente terminar o dia (e a safra) com a missão cumprida. Ter um carro que considere essa rotina é ganhar eficiência. É por isso que a Volkswagen atende tão bem o agro. Além de ter diferentes modelos que entregam a confiança e a robustez que o agro precisa, tornam uma jornada dura mais leve com a dirigibilidade, o conforto e a segurança que só a marca tem. Quem já conhecia tudo isso na Amarok e na Saveiro, agora também encontra força no Polo Robust, versão desenvolvida para todos os desafios do agro. Não importa o momento da produção. Se as macieiras estiverem em fase de floração, frutificação ou colheita, vai ter trabalho. Quando a fase exigir uma picape para transporte de alimentos e equipamentos, a Amarok e a Saveiro Robust são ótimas parceiras. O Polo Robust vem para acrescentar como um carro para o dia a dia, um 1.0 pensado para o agro e, como tal, preparado para encarar as exigências da rotina na fazenda. Econômico, robusto e o mais alto e potente da categoria Recém-lançado, o Polo Robust é o carro certo para todo tipo de terreno. Com recursos específicos para atender todas as demandas no dia a dia de trabalho nas terras, tem o maior entre-eixos da categoria, um diferencial pro dia a dia. Aprimorado com uma suspensão elevada e pneus de perfil mais alto, é ideal para enfrentar estradas de terra e desafios com facilidade, garantindo uma condução suave e estável. O motor 1.0 MPI Flex com potência máxima de 84 cv traz mais performance e economia. Com a maior potência da categoria, o hatch proporciona uma condução ágil e eficiente mesmo em terrenos desafiadores. Tudo com conforto e tecnologia para uma experiência de condução segura e confortável. Projetado para atender todas as necessidades, é também o modelo com maior espaço interno da categoria, com 2,56 metros de entre-eixos e 1,75 metros de largura. O porta-malas, com capacidade de 300 litros, também se destaca. Com direção elétrica, controle eletrônico de estabilidade e assistente de partida, deixa o condutor muito mais seguro ao se deparar com terrenos mais íngremes e encarar a jornada com qualquer tempo. E como tudo foi pensado para o agro, há dois pacotes de acessórios exclusivos para o cliente que vive essa rotina e preza por conforto e durabilidade. O primeiro inclui capas de banco em vinil, revestimento de borracha para o assoalho e protetor de grade frontal. O segundo ainda oferece protetores de borracha para o porta-malas e engate para reboque. A Volkswagen oferece uma linha de veículos para cada necessidade, é a marca que você conhece e confia. As versões da Amarok, a Saveiro e o Novo Polo Robust entregam tudo que você precisa para ter ainda mais excelência no campo. Produtor rural e empresa ainda têm condições especiais. Acesse o site e confira as ofertas.
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18/04 - No Sul, produção de maçã economiza água com a prática do reuso
Propriedade no Rio Grande do Sul aposta no reaproveitamento para aumentar a economia e os benefícios ao planeta. Assista! Divulgação No Sul, produção de maçã economiza água com a prática do reuso Na liderança de uma fazenda localizada na região gaúcha dos Campos de Cima da Serra, onde o forte é a maçã, Sérgio Martins Barbosa investiu não só na qualidade das macieiras, mas também em uma produção mais sustentável. Ele apostou no reaproveitamento de água na propriedade e hoje colhe os frutos dessa decisão benéfica para o bolso e para o planeta. "Com as práticas de reuso de água estamos economizando 1 milhão de litros por dia", comenta Sérgio, dono de uma fazenda em Vacaria (RS). Produzir alimentos, como as maçãs, sem desperdiçar um bem cada vez mais escasso e tão importante para a vida humana é o foco de Sérgio e serve de exemplo para todos cultivos. O sucesso em solo gaúcho inspira as boas práticas ambientais!
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18/04 - Governo vai avaliar projetos para baratear preço do gás natural à indústria, diz ministro
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a criação de um comitê para acompanhar e destravar projetos para ampliar produção e escoamento do combustível. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Divulgação/Secom/MME O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quinta-feira (18) que pretende aumentar a oferta de gás natural, com redução de preço para a indústria. A pasta vai criar um comitê de monitoramento dos projetos (leia mais aqui). A ideia é que, ao acompanhar os projetos e destravar questões de regulamentação e licenciamento ambiental, o governo consiga criar as condições para o aumento da oferta aos consumidores. "Dada a importância que o presidente Lula vê o aumento da oferta de gás e consequentemente melhores preços para a gente reindustrializar o Brasil, para a gente gerar mais emprego e renda, e utilizar melhor os nossos potenciais, foi necessário criar um comitê de monitoramento", disse. O comitê será criado a partir de um grupo de trabalho existente, que já estuda as possibilidades de aumento de oferta do insumo. Ao g1, fontes a par do assunto afirmam que a principal conclusão do grupo é a necessidade de regulamentação do escoamento e processamento de gás. O mercado de gás natural é segmentado em algumas etapas: produção nos campos de petróleo e gás escoamento do gás produzido por meio de gasodutos até as unidades de processamento processamento do insumo para ter as especificações técnicas necessárias para consumo transporte até os centros de consumo distribuição aos consumidores dentro dos estados Como a maior parte da infraestrutura de escoamento e processamento de gás pertence à Petrobras, a legislação federal determina o seu compartilhamento com outras empresas. Contudo, o preço máximo que pode ser cobrado pela Petrobras às empresas que queiram compartilhar a infraestrutura da estatal ainda não foi regulamentado. Nesta quinta-feira (18), o ministro apresentou um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que afirma que o preço cobrado pela Petrobras poderia ser reduzido em cerca de US$ 7. Projetos que podem aumentar a oferta Alguns projetos estão em curso, enquanto outros estão em fase de estudos – caso do gás da Argentina e dos recursos não-convencionais no Brasil (entenda mais abaixo). O aumento de oferta deve vir dos seguintes projetos: gasoduto Rota 3, em construção pela Petrobras, deve aumentar a oferta na costa do Rio de Janeiro com o escoamento da produção dos campos do pré-sal; projeto Raia, da Equinor, que prevê produção de gás natural na costa do Rio de Janeiro; projeto Sergipe Águas Profundas da Petrobras, em desenvolvimento no litoral de Sergipe; gás produzido em Vaca Muerta, na Argentina; gás não-convencional no Brasil. Governo de Minas e Gasmig dão início à obra do gasoduto centro-oeste Importação da Argentina Nesta quinta-feira (18), o ministro disse que o governo estuda importar o gás natural produzido na região de Vaca Muerta, na Argentina. Haveria duas possíveis rotas de importação: pela Bolívia ou pelo Paraguai. A rota do Paraguai, segundo Silveira, está em análise. Contudo, o ministro destacou que a ideia "pareceu algo extremamente viável, num primeiro momento". O g1 apurou que o governo estima a entrada de 3 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com a importação da Argentina. O número é conservador por causa da notícia de interrupção das obras da segunda fase do gasoduto Néstor Kirchner. O gás natural produzido em Vaca Muerta é um "gás de xisto", um tipo de recurso não-convencional. Isso significa que o gás está "preso" em formações rochosas, que impossibilitam a sua fruição sem a utilização de técnicas que estimulem a produção --como a injeção de líquidos. Essa técnica é utilizada nos Estados Unidos, levando o país ao patamar de maior produtor mundial de petróleo e gás natural. Contudo, também é questionada por ambientalistas por causa de possíveis danos ao meio ambiente, como poluição de lençóis freáticos, por exemplo. Gás não-convencional no Brasil Hoje, não há exploração de gás não-convencional no Brasil. Alguns blocos chegaram a ser leiloados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mas enfrentaram problemas com licenciamento ambiental e decisões judiciais que barraram a exploração. O governo tenta viabilizar o estudo desses recursos por meio do Projeto Poço Transparente, que prevê a perfuração de um poço para extração de gás natural não-convencional e a realização de análises de impacto desse experimento. Contudo, o poço não chegou a ser perfurado.
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18/04 - Prates diz que Petrobras não vê razão para mexer em preços de combustíveis
A cotação do petróleo Brent, referência global, registrou maior volatilidade ao longo de abril, em meio a preocupações com o conflito entre Israel e Irã. Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante primeira coletiva de imprensa à frente da estatal, em 2 de março de 2023. Tomaz Silva/Agência Brasil A Petrobras monitora as condições de mercado e por enquanto não vê razão para mexer nos preços de combustíveis, disse o presidente-executivo da empresa, Jean Paul Prates, em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (18). "Estamos avaliando todas as condições de mercado. Não há razão para pânico nenhum agora", afirmou ele, após participar de evento no Rio de Janeiro. "Nós estamos avaliando o cenário internacional e, por enquanto, não há nada que faça a gente mover [preços], e o próprio preço do petróleo indica isso", acrescentou. LEIA MAIS: Guerra no Oriente Médio: governo quer que Petrobras aguarde antes de alterar preços Alexandre Silveira: governo ainda não tem posição sobre dividendos, mas fiscal é importante Distribuição de dividendos não gera problemas para investimentos da Petrobras, diz Haddad A cotação do petróleo Brent, referência global, chegou a fechar acima de US$ 90 o barril em alguns dias da última semana. Na véspera, o Brent recuou, fechando um pouco acima de US$ 87, patamar de negociação desta quinta-feira. Mas o Brent registrou maior volatilidade ao longo de abril, marcando no dia 5 uma máxima de fechamento desde outubro do ano passado, a US$ 91,17, em meio a preocupações com um conflito entre Israel e Irã. No acumulado do ano, a alta é de cerca de US$ 10 o barril, ou aproximadamente 13%. A Petrobras não aumentou os preços da gasolina e do diesel este ano, com integrantes do mercado apontando um aumento da defasagem. Não bastasse a volatilidade dos preços do petróleo, o dólar tem se valorizado frente ao real, outro fator que impacta nas contas da defasagem dos combustíveis em relação aos valores externos. Na tarde desta quinta-feira, o dólar tinha leve alta frente ao real. No acumulado do ano, a moeda registra alta de cerca de 8%. Alexandre Silveira: Petrobras não pode ter único objetivo de "ter lucros exorbitantes"
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18/04 - Haddad antecipa volta dos EUA; Fazenda cita 'agenda econômica e negociações com o Congresso'
Semana foi marcada por revisão das metas fiscais – que, somada ao cenário externo, desvalorizou o real e derrubou o Ibovespa. Governo não informou quais compromissos Haddad terá na volta. Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda. Globonews/Reprodução O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu antecipar para esta quinta-feira (18) o retorno ao Brasil, após compromissos oficiais em Washington, nos Estados Unidos. Haddad retornaria na noite desta sexta (19), mas o embarque foi adiantado para a noite desta quinta. O Ministério da Fazenda informou a mudança, mas não divulgou se houve compromissos cancelados em razão do novo horário. No comunicado, o Ministério da Fazenda informou que a antecipação tem como motivo "a agenda econômica em Brasilia e negociações com o Congresso envolvendo os projetos de interesse do governo". O texto não cita quais reuniões Haddad terá no retorno ao Brasil. Questionado, o Ministério da Fazenda disse apenas que a agenda está "cheia". Haddad viajou para Washington na última segunda, onde participou de eventos do G20 – grupo das principais economias do planeta, neste ano presidido pelo Brasil – e do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outras agendas. Semana conturbada A semana da equipe econômica foi marcada por tumulto porque, na última segunda (15), o governo federal anunciou a redução da meta de superávit fiscal para os próximos anos. Veja abaixo: Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Na prática, a mudança significa que o governo terá que gastar mais dinheiro público nesse período, o que dificulta o equilíbrio das contas e aumenta a insegurança de investidores. Essa sinalização, junto com novos episódios da crise no Oriente Médio e com a trajetória dos juros dos Estados Unidos, levaram a quedas sucessivas na Bolsa de Valores e a uma forte valorização do dólar frente ao real. O cenário tem outro complicador: a disputa, também agravada nesta semana, entre a articulação política do governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Isso porque, mesmo para cumprir as metas menos ambiciosas anunciadas esta semana, o governo conta com uma série de medidas para ampliar a arrecadação de impostos e cortar despesas. E boa parte dessas medidas depende de aprovação do Congresso. Em meio a atritos com Lira, Lula libera emendas ao Congresso e privilegia aliados Se a relação entre Executivo e Legislativo não for pacificada, além de não aprovar esses projetos, o governo passa a correr riscos com as chamadas "pautas-bomba" – projetos que tramitam no Congresso e aumentam o gasto público, a exemplo da PEC que estabelece remuneração adicional para servidores do Judiciário e do Ministério Público.
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18/04 - Dólar volta a subir e fecha em R$ 5,24, com fiscal e juros dos EUA no radar; Ibovespa tem leve alta
A moeda norte-americana subiu 0,12%, cotada a R$ 5,2497. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou com um avanço de 0,02%, aos 124.196 pontos. Dólar opera em baixa Freepik O dólar voltou a subir nesta quarta-feira (17), após ter passado por um movimento de correção na véspera, em meio à disparada das cotações nos últimos dias. Os principais pontos de atenção dos investidores seguem os mesmos: a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, a piora da percepção de risco fiscal no Brasil e a cautela com o conflito no Oriente Médio. Com isso, investidores devem ficar atentos à participação do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no G20. Falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) também devem ficar no radar, bem como a continuidade da temporada de balanços nos Estados Unidos. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, inverteu o sinal nos últimos minutos e fechou em leve alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Ao final da sessão, o dólar subiu 0,12%, cotado a R$ 5,2497. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula altas de: 2,51% na semana; 4,67% no mês; 8,19% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana interrompeu um ciclo de cinco altas consecutivas e fechou em queda de 0,50%, cotada a R$ 5,2434. Ibovespa Já o Ibovespa encerrou com um avanço de 0,02%, aos 124.196 pontos. Com o resultado, acumula quedas de: 1,39% na semana; 3,05% no mês; 7,44% no ano. Na véspera, encerrou em queda de 0,17%, aos 124.171 pontos, no menor nível desde novembro de 2023 (123.166 pontos). Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Sem grandes destaques na agenda do dia, os investidores continuam a repercutir o cenário de juros norte-americanos e os sinais sobre a política fiscal brasileira. No exterior, os novos dados de auxílio-desemprego dos Estados Unidos ficaram estáveis em 212 mil na semana encerrada em 11 de abril, abaixo das expectativas do mercado, que esperava 215 mil pedidos. Apesar do alívio nesses dados de emprego, os demais números da maior economia do mundo continuam fortes — o que aumenta a perspectiva de que o Fed pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Na segunda-feira, por exemplo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos — referência global de investimentos seguros — superarem os 4,60%. Já na quarta-feira, o Livro Bege do Fed, que mostra um retrato da saúde da economia norte-americana, indicou que a atividade dos EUA expandiu ligeiramente do final de fevereiro até o início de abril, e havia temores entre as empresas de que o progresso na redução da inflação ficasse estagnado. Segundo a ferramenta CME FedWatch, que monitora a percepção do mercado sobre os juros americanos, mais da metade dos investidores espera que o primeiro corte nas taxas seja só em setembro. Antes, as expectativas eram de que o ciclo de baixas começasse ainda no primeiro semestre. Com isso, falas de dirigentes do Fed, que participam de eventos ao longo do dia, também devem ficar na mira dos investidores. Na última terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%. "Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante evento realizado em Washington. Já o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, disse que "será apropriado manter a atual postura restritiva da política monetária por mais tempo" caso a inflação não desacelere como esperado. No Brasil, o risco fiscal também continua pesando sobre os mercados. Na segunda-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Investidores enxergam a medida como uma derrota da equipe econômica, que havia projetado superávit de 0,25% em 2025. Segundo o blog do Valdo Cruz, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Também na segunda, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. Nesse cenário, a participação de Campos Neto e Haddad nas reuniões do G20 nesta quinta-feira também devem ficar sob os holofotes. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. ENTENDA: Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto Por fim, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria. Há um esforço diplomático internacional, principalmente dos Estados Unidos e Europa, de conter a escalada das tensões, impedindo que Israel responda ao ataque. No entanto, o governo israelense prometeu uma retaliação — fator que continua a ser motivo de tensão entre os mercados do mundo. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano, mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters. O Irã disse, depois do ataque, que tratava a questão como encerrada, mas disse que vai revidar caso haja um novo ataque de Israel. Neste contexto de incertezas, investidores recorrem a ativos vistos como sendo mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil. *Com informações da Reuters
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18/04 - Apostas esportivas: governo proíbe pagamento com cartão de crédito, dinheiro em espécie e criptoativos
Apostador pode usar PIX, TED, cartão de débito ou cartão pré-pago, desde que vinculados à mesma conta cadastrada na bet. Ideia é permitir que o fluxo dos recursos seja monitorado. Apostas esportivas; bet Joédson Alves/Agência Brasil O Ministério da Fazenda definiu nesta quinta-feira (18) que o pagamento de apostas esportivas não pode ser realizado usando dinheiro em espécie, cartão de crédito, boleto ou criptoativos. Segundo o governo, também está proibido o uso de qualquer outra "forma alternativa de depósito que possa dificultar a identificação da origem dos recursos". A informação consta em uma portaria da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, publicada nesta quinta no Diário Oficial da União. O texto regula as transações financeiras realizadas pelos agentes operadores de apostas (apostadores e empresas). "Também não serão aceitos cartões de crédito ou quaisquer outros instrumentos pós-pagos, como medida prudencial de desestímulo ao endividamento das famílias brasileiras", acrescentou o Ministério da Fazenda. Segundo o governo, a norma determina que o apostador poderá registrar seus palpites usando: PIX; TED (transferência bancária); cartões de débito; ou cartões pré-pagos. Qualquer que seja o meio, a portaria define que os recursos devem ser provenientes da mesma conta cadastrada na Bet. Veja outros pontos da regulamentação Além de definir os meios de pagamento, a portaria do Ministério da Fazenda também: dá o prazo máximo de duas horas para as bets autorizadas pelo governo pagarem os prêmios aos apostadores – o tempo conta a partir do encerramento da partida. diz que os recursos das apostas não podem ser usados pelas bets para cobrir despesas operacionais ou como garantia de dívidas, "minimizando assim o risco de má gestão dos recursos financeiros"; obriga as empresas a criar uma reserva financeira de R$ 5 milhões como "medida preventiva" para garantir o pagamento dos prêmios, mesmo em cenários de insolvência ou iliquidez. "Ao regular o fluxo do dinheiro, a Portaria Normativa SPA/MF dá um passo importante para inibir a lavagem de dinheiro e outros delitos envolvendo o mercado de apostas no Brasil. Além disso, contribui de modo significativo para uma maior diligência das Bets na gestão financeira dos recursos dos apostadores", acrescentou o Ministério da Fazenda. Fontes no governo confirmaram à GloboNews que o Ministério da Fazenda deve anunciar, em breve, o nome do novo secretário de Prêmios e Apostas esportivas: o advogado Régis Dudena. Câmara aprova texto que regulamenta mercado de apostas esportivas online Apostas esportivas Em dezembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que regulamenta o mercado de apostas esportivas online. A lei é uma das medidas do governo para aumentar a arrecadação em 2024 Com a lei, empresas e apostadores terão que pagar impostos. As novas regras também proíbem menores de 18 anos e pessoas que possam ter influência sobre o resultado dos jogos de apostar. Os apostadores pagarão uma taxa de 15% sobre o prêmio líquido por meio do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF). Já as empresas serão tributadas em 12% sobre o faturamento. Os jogos no estilo fantasia serão taxados com a alíquota de 15% sobre o prêmio para pessoas físicas. Nessa categoria, o apostador gerencia equipes esportivas virtualmente escalando atletas reais. A medida foi incluída para equiparar a tributação das diferentes modalidades de jogos virtuais. As empresas de apostas online precisam pagar uma taxa de R$ 30 milhões para obter a licença de operação e atuar no Brasil. Além disso, só poderão operar empresas constituídas segundo a legislação brasileira, com sede e administração no país.
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18/04 - Dividendos da Petrobras: governo ainda não tem posição, mas fator fiscal é importante, diz ministro
Conselho de Administração da estatal se reúne nesta sexta-feira (19), mas não deve discutir tema. Previsão é que decisão seja tomada na semana que vem. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira Divulgação/Secom/MME O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quinta-feira (18) que o governo federal ainda não tem uma posição fechada sobre a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras. O Conselho de Administração da estatal se reúne nesta sexta-feira (19), mas não deve discutir o assunto. A previsão é que o tema seja votada em reunião de acionistas, no dia 25 de abril. "Essa é uma decisão que ainda não foi discutida. Amanhã tem reunião do conselho, hoje o presidente Lula chegou de viagem. Não sei nem se terá participação dele, ministro Haddad está viajando, não existe uma posição tomada até esse minuto da entrevista", declarou. Silveira que o Ministério da Fazenda é relevante na discussão sobre a distribuição dos dividendos retidos, por conta da situação fiscal. "É importante que a gente cada vez mais sinalize para as contas públicas para que a gente mantenha a política de continuidade de diminuição dos juros [...]", disse em entrevista a jornalistas, em evento realizado pela agência epbr. Em março, a Petrobras reteve R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários que seriam distribuídos aos acionistas. Uma distribuição de 100% desses dividendos retidos significaria quase R$ 13 bilhões para os cofres do Tesouro Nacional. A equipe econômica tem a meta de alcançar o déficit zero em 2024, mas vem encontrando revezes no Congresso Nacional em medidas que previam a ampliação da arrecadação.
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18/04 - Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
FMI espera que a Rússia cresça 3,2% neste ano, significativamente mais do que o Reino Unido, a França e a Alemanha. GETTY IMAGES via BBC O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia da Rússia cresça mais rápido que a de todos os países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos, neste ano. A organização projeta um crescimento de 3,2% para a Rússia neste ano, significativamente mais do que o Reino Unido, a França e a Alemanha. As exportações de petróleo "mantiveram-se estáveis" e os gastos públicos "permaneceram elevados", contribuindo para o crescimento, afirmou o FMI. No geral, a organização afirmou que a economia mundial havia sido "notavelmente resiliente". "Apesar de muitas previsões sombrias, o mundo evitou uma recessão, o sistema bancário revelou-se amplamente resiliente, e as principais economias dos mercados emergentes não sofreram interrupções repentinas", acrescentou. O FMI é uma organização internacional com 190 países membros. Seus relatórios são utilizados por empresas para ajudar a planejar onde investir, e por bancos centrais para orientar suas decisões em relação às taxas de juros. O grupo afirma que as previsões que faz para o crescimento no ano seguinte na maior parte das economias desenvolvidas têm estado, na maioria das vezes, dentro de uma margem de aproximadamente 1,5 ponto percentual do que realmente acontece. Apesar de o Kremlin ter sido alvo de sanções pela invasão da Ucrânia, o FMI atualizou suas previsões de janeiro para a economia russa neste ano. A projeção de crescimento para 2025 é de 1,8%, superior ao esperado anteriormente. Os investimentos de empresas privadas e estatais e a "robustez do consumo privado" na Rússia promoveram o crescimento junto às fortes exportações de petróleo, segundo Petya Koeva Brooks, vice-diretora do FMI. FMI anuncia previsão de números piores nas contas públicas do Brasil; Bruno Carazza comenta A Rússia é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo e, em fevereiro, a BBC revelou que milhões de barris de combustível produzidos a partir de petróleo russo ainda estavam sendo importados para o Reino Unido, apesar das sanções. Fora da Rússia, o FMI revisou para baixo suas previsões para a Europa e para o Reino Unido neste ano. Prevê um crescimento de 0,5% para o Reino Unido, que ficou como o segundo país com pior desempenho do G7, grupo das nações mais industrializadas do mundo, atrás da Alemanha. O G7 também inclui França, Itália, Japão, Canadá e EUA. Em 2025, o crescimento do Reino Unido deve chegar a 1,5%, segundo o FMI, o que colocaria o Reino Unido entre os três países com melhor desempenho do grupo, de acordo com o FMI. Para o Brasil, o FMI aumentou a projeção de crescimento em 2024 de 1,7% para 2,2%. Conflito no Oriente Médio Economistas do FMI alertaram que se o conflito entre Israel e o Hamas se agravar ainda mais no Oriente Médio, isso pode levar ao aumento dos preços dos alimentos e da energia em todo o mundo. Os contínuos ataques a navios no Mar Vermelho e a guerra da Rússia em curso na Ucrânia também podem afetar a economia global, até agora “notavelmente resiliente”, afirmou. Um potencial aumento nos custos dos alimentos, da energia e dos transportes atingiria com força os países de baixa renda, acrescentou.
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18/04 - 'Quero limpar meu nome antes de morrer': A engenheira demitida pela Tesla após denunciar a empresa e que enfrenta Elon Musk nos tribunais
Cristina Balan, ex-funcionária da Tesla, trava uma batalha de uma década com a empresa automotiva de Elon Musk. Cristina Balan finalizou o tratamento de quimioterapia para câncer de mama CRISTINA BALAN via BBC Uma ex-funcionária da Tesla, a empresa automotiva de Elon Musk, enfrenta há uma década o bilionário e a companhia na Justiça — e segue buscando um pedido público de desculpas. A engenheira Cristina Balan era uma estrela em ascensão dentro da Tesla nos Estados Unidos, tanto é que suas iniciais foram gravadas nas baterias de cada carro elétrico Model S. Mas depois de denunciar uma preocupação de segurança relacionada a um erro de design que poderia afetar o sistema de freio dos automóveis em 2014, ela afirma que a direção da companhia se tornou hostil — e ela perdeu o emprego. Ela ganhou um processo de demissão sem justa causa, mas mais tarde foi acusada publicamente pela Tesla de usar seus recursos para um “projeto secreto” dela —– acusação que equivale a peculato, considerado crime pela legislação americana. Balan negou sistematicamente a acusação e tomou medidas legais — mas, anos depois, ela ainda está aguardando que o seu caso seja julgado em uma audiência pública na Califórnia. A Tesla não respondeu aos pedidos de posicionamento da BBC. A empresa nunca forneceu maiores detalhes sobre a acusação. Balan afirma que está determinada a provar sua inocência pelo bem do filho. Ela é mãe solo. “Sou a heroína dele”, diz ela. “Sou a mamãe que faz aviões e carros.” E ela não quer que ele cresça acreditando que sua mãe era uma ladra. Perto do final da nossa chamada por Zoom, Cristina Balan tirou a peruca e, com lágrimas nos olhos, me contou que havia acabado de terminar o tratamento contra câncer de mama. "Quero limpar meu nome. Gostaria que Elon Musk tivesse a decência de pedir desculpas", afirma. As iniciais CB em uma bateria do Model S, da Tesla, em reconhecimento às contribuições de Cristina Balan para o design CRISTINA BALAN via BBC Ela diz que, embora esteja atualmente em remissão de um câncer de mama em estágio 3B, sua maior preocupação é não poder viver para ver o desfecho do processo no tribunal. Balan compartilhou com a BBC News várias comunicações entre ela e a Tesla durante o tempo em que trabalhou lá. Ela começou bem: lembra-se de ter conversado com Musk na fila do almoço na cantina dos funcionários, e diz que era feliz e bem-sucedida. Apaixonada por automóveis desde a infância na Romênia, ela havia realizado um sonho. “Tudo foi para o brejo quando percebi que eles estavam escondendo alguns problemas críticos de segurança”, afirma. Balan estava preocupada com o fato de os tapetes estarem enrolando sob alguns pedais — uma falha de design simples, mas potencialmente fatal —, e disse que os clientes haviam reclamado. “Se você não consegue pisar no freio, outra pessoa, fora do Tesla, pode se machucar”, diz ela. "Eles só tinham que falar: 'Percebemos que os tapetes são ruins — simplesmente tirem eles dos carros.'" Mas os gestores rejeitaram as preocupações dela e tornaram-se hostis, afirma Balan. Ela enviou então um e-mail a Musk, que havia incentivado os funcionários a procurá-lo pessoalmente para esclarecer quaisquer preocupações que pudessem afetar a reputação da Tesla. “Mandei dois e-mails para ele”, diz Balan. “Enviei um antes de sair [da Tesla], dizendo a ele que estávamos todos ameaçados." "Na minha cabeça, eu pensava: 'Ele ainda quer fazer o que é certo para a Tesla.'" Mas não funcionou — e Balan perdeu o emprego. A BBC News apresentou as alegações da ex-funcionária à Tesla, mas não recebeu resposta. O site da empresa diz: “A segurança é a parte mais importante de cada Tesla". “Projetamos nossos veículos para exceder os padrões de segurança." Balan relata que, quando era funcionária, levou suas preocupações sobre segurança ao CEO da Tesla, Elon Musk REUTERS via BBC Outro ex-funcionário da Tesla, Lukasz Krupski , afirmou ter tido uma experiência semelhante, não relacionada ao caso, depois de enviar um e-mail a Musk sobre preocupações com as condições de trabalho na sede da Tesla na Noruega. E Balan diz que outros funcionários da Tesla podem ter “medo de falar”. O processo dela será julgado mais cedo ou mais tarde pelo Tribunal de Apelações do Nono Circuito da Califórnia. É a sua única oportunidade de recuperar sua reputação profissional, acredita Balan. “Não quero desistir da minha carreira”, diz ela. "E eu sei que se não ganhar [o processo], não importa o quão boa eu seja." “Todo mundo vai ver o que a Tesla diz sobre [mim], então minha carreira acabou." "Não quero que isso aconteça." O estilo de liderança de Musk é notoriamente pouco convencional — mas algumas pessoas que trabalharam para ele dizem que ele obtém resultados. Dolly Singh, que trabalhou para Musk na SpaceX entre 2008 e 2013, afirmou anteriormente à BBC News que ele era um “líder incrível”. “Se não fosse esse o caso, ele não estaria realizando as coisas que está realizando”, disse ela em 2022. “Sim, é cansativo trabalhar para Elon. Mas acho que é um treinamento como nenhum outro." O advogado americano Gordon Schnell, do escritório Constantine Cannon, afirma que um número cada vez maior de profissionais da área de tecnologia está denunciando práticas das empresas. Os riscos são muito altos porque os produtos tecnológicos têm “um impacto bastante amplo no mundo”, diz ele. “Realmente, afetam todas as nossas vidas.” Mas o conselho de Schnell, especializado em representar informantes, é explorar todas as opções possíveis antes de tornar pública qualquer denúncia. “Existem muitos canais protegidos em vários setores diferentes que um denunciante pode utilizar, em que pode levar preocupações confidenciais às agências governamentais que sejam mais adequadas para resolver essas preocupações”, destaca. * Reportagem adicional de Philippa Wain. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023
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18/04 - Lewandowski defende ações policiais e de inteligência no combate ao mercado ilegal, que gerou perdas de R$ 453 bilhões em 2022
Dados sobre mercado ilegal estão em estudo divulgado pela CNI, Firjan e Fiesp. Montante reúne, por exemplo, prejuízos com pirataria, contrabando e ligações clandestinas de água e luz. 'Um problema de todos', disse o ministro da Justiça. Brasil perdeu R$ 453,5 bilhões por conta do mercado ilegal em 2022 O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quinta-feira (18) que o combate ao mercado ilegal no Brasil é urgente e deve ser levado adiante não somente com "força bruta", por meio de ações policiais, mas também com medidas de inteligência e cooperação entre os governos federal, estaduais e o setor produtivo. Levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta que o Brasil registrou em 2022 um prejuízo total de R$ 453,5 bilhões com o mercado ilegal (leia mais aqui). Segundo Lewandowski, a Constituição de 1988 foi sábia ao estabelecer que a segurança é um dever do Estado, assim como também é um direito e responsabilidade de todos. "Não é um problema só do Estado, é um problema de todos. Espero que o enfrentemos de mãos dadas", afirmou o ministro da Justiça, durante evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Também presente no evento, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que o Fisco, por definição, é um órgão de inteligência. Ele afirmou que a Receita colhe milhões de informações, cruza e analisa os dados para coibir ilegalidades. "Estamos avançando bastante, agora inclusive com ajuda da inteligência artificial na análise de imagens, dados. Não tenho dúvida que a forma mais eficaz é combater instrumentos jurídicos usados por elas", disse Barreirinhas, que voltou a defender a aprovação do projeto do devedor contumaz -- que tramita no Congresso Nacional. Mercado ilegal no Brasil Levantamento divulgado nesta semana por entidades do setor da indústria mostra que o Brasil registrou em 2022 um prejuízo total de R$ 453,5 bilhões com o mercado ilegal. Conforme o estudo, o valor abrange os prejuízos com: contrabando; pirataria; roubo; fraude fiscal; sonegação de impostos; furto de serviços públicos. Segundo o levantamento, dados do Índice Global de Crime Organizado mostram o Brasil na posição de número 171 em um ranking que avalia o mercado de produtos falsificadas em 193 países. Isto quer dizer, ainda conforme o estudo, que a situação do Brasil é "especialmente alarmante". O presidente da CNI, Antonio Ricardo Alvarez Alban, afirmou que prejuízos de centenas de bilhões de reais em arrecadação federal são registrados por conta do mercado ilegal, além da perda de mercado por empresas que atuam dentro da lei. "Estou falando da economia ilegal. Temos oportunidade de trabalhar juntos e fazer um grande esforço pelo equilíbrio fiscal, como consequência. O que ajudará toda sociedade [por meio do aumento da arrecadação]", acrescentou Alban. Ele lembrou que o Estado precisa de recursos para financiar as políticas públicas em um momento de busca pelo equilíbrio das contas públicas. "Temos uma busca acentuada do lado das receitas [aumento de arrecadação com mudanças legais], que prejudica o setor produtivo, com mais ênfase ainda o setor da indústria", avaliou. Impactos diretos De acordo com o levantamento das entidades do setor da indústria, os principais impactos do mercado ilegal incluem: ao menos 15 setores da economia afetados diretamente; cerca de 370 mil postos de trabalho que deixaram de ser gerados nesses setores; R$ 136 bilhões que deixaram de ser arrecadados em impostos; R$ 6,3 bilhões que deixaram de ser arrecadados com os "gatos" de energia, isto é, conexões clandestinas; R$ 14 bilhões que deixaram de ser arrecadados com as ligações clandestinas de água. "É notório que o mercado ilegal é um problema que afeta não apenas a indústria, mas toda a sociedade, responsável por um ciclo gerador de perdas, danos e violência criminal”, afirma o estudo. "Em suas mais variadas vertentes, o impacto é percebido na economia com perdas equivalentes às riquezas produzidas por estados inteiros, e na sociedade, em especial nas camadas mais carentes, na redução da oferta de postos de trabalho e na piora da qualidade de bens consumidos", acrescenta o levantamento. Apreensões de contrabando de alho e cebola aumentaram 1.000% neste ano Produtos ilegais de outros países O levantamento do setor da indústria também leva em conta a entrada no Brasil de produtos ilegais com origem em outros países. De acordo com o estudo, em 2023, a Receita Federal fez 17,6 mil operações de combate a crimes como contrabando e importação irregular de mercadorias, o que resultou na apreensão de R$ 3,78 bilhões em mercadorias. “Os principais setores com apreensões estão divididos entre: cigarros e similares, eletroeletrônicos, veículos, vestuário, informática, bebidas, brinquedos, inseticidas, fungicidas, herbicidas, desinfetantes, calçados e perfumes”, informa o estudo.
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18/04 - Menos renda, mais trabalho infantil: os efeitos devastadores da crise do cacau no sul da Bahia ao longo de gerações
A praga vassoura-de-bruxa derrubou renda e acesso à educação, e pode ter levado a um aumento do trabalho infantil nos municípios afetados, mostra estudo. Vassoura-de-bruxa, maior praga da história da cacauicultura brasileira, derrubou renda e acesso à educação em municípios afetados DIVULGAÇÃO MPT O cacau está em alta – em mais de um sentido. A cotação do fruto no mercado internacional é recorde e acumula alta de 75% em um ano, em meio a problemas de oferta em Gana e na Costa do Marfim, países africanos que respondem por 60% da produção global. No Brasil, o cacau está no horário nobre, como pano de fundo do enredo da novela Renascer, da Rede Globo, que em sua nova versão busca destacar práticas sustentáveis de cultivo. O país ocupa hoje a sexta posição entre os maiores produtores de cacau do mundo, mas, entre 1961 e 1988, chegou a ser o segundo, atrás apenas da Costa do Marfim. Perdemos essa vice-liderança por uma única razão: a vassoura-de-bruxa, praga causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa, que afeta as árvores de cacau e esteve no centro da maior crise da história da cultura nacional do cacau. Por conta da vassoura-de-bruxa, a produção brasileira encolheu quase 80% entre 1985 e 1999, de cerca de 449 mil toneladas para apenas 96 mil. Como consequência, a microrregião de Ilhéus e Itabuna, no sudeste da Bahia, sofreu com a maior onda de desemprego da sua história. Cerca de 250 mil trabalhadores rurais perderam seus postos de trabalho, segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária. Mas os efeitos da crise do cacau não se restringiram aos anos de auge da praga, mostra um estudo dos economistas Yuri Barreto, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Rodrigo de Oliveira, do Instituto Mundial de Pesquisa em Economia do Desenvolvimento da Universidade das Nações Unidas (UNU-Wider, na sigla em inglês). Em artigo publicado em maio de 2023 e atualizado com novos dados em março deste ano, os pesquisadores mostram como a vassoura-de-bruxa causou prejuízos duradouros naquela região da Bahia. A praga derrubou a renda e o acesso à educação da população local e foi possivelmente a principal causa do aumento do trabalho infantil nos municípios afetados. Segundo os autores, os resultados são particularmente relevantes num momento em que o mundo é afetado pelas mudanças climáticas, o que deve tornar cada vez mais frequentes eventos extremos com impactos na produção agrícola. A importância do cacau no sul da Bahia Nativo da Amazônia, o cacau chegou à Bahia em 1746, quando o francês Louis Frederic Warneaux, que vivia no Pará, enviou sementes ao fazendeiro português Antônio Dias Ribeiro, que as semeou onde hoje está localizado o município de Canavieiras. As fazendas de cacau foram se multiplicando na região ao longo do século 19, e as exportações avançaram à medida que aumentava o consumo de chocolate, produzido a partir do cacau, na Europa e nos Estados Unidos. Nas primeiras décadas do século 20, o cacau chegou a ser o principal produto de exportação baiano. "O cacau começou a ser cada vez mais importante, tanto que se transformou em uma monocultura", observa Lurdes Bertol Rocha, professora aposentada do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e autora da tese de doutorado A região cacaueira da Bahia - Uma abordagem fenomenológica. Um ano antes da chegada da vassoura-de-bruxa, a parcela do cacau na produção agrícola total dos municípios afetados no estado era de em média 84%, segundo Barreto e Oliveira. A Bahia era responsável por 86% da produção brasileira. "O cacau se tornou a base de tudo aqui na região, até 1989, quando chegou a vassoura-de-bruxa", diz a pesquisadora. A praga Como qualquer mercadoria, a história do cacau é marcada por flutuações de preços e do volume de produção. "O que é diferente na vassoura-de-bruxa, que nos interessou como objeto de estudo, é que há uma queda na produção, mas ela não cai e volta, como de costume", observa Yuri Barreto, da UFPE. "A produção cai e não volta mais, esse é o grande diferencial dessa crise." A vassoura-de-bruxa pode afetar o cacaueiro em diversas fases, desde a muda até a planta adulta, atacando tanto galhos, quanto flores, folhas e frutos. Quando o fungo infecta os brotos da árvore, provoca um inchaço da parte afetada e uma proliferação de pequenos brotamentos que, quando secam, lembram uma vassoura, daí o nome da praga, segundo a Ceplac. Nos frutos, a vassoura-de-bruxa resulta em apodrecimento da polpa, o que reduz a produtividade das lavouras de cacau. Nos frutos, a vassoura-de-bruxa resulta em apodrecimento da polpa SCOTT BAUER, USDA AGRICULTURAL RESEARCH SERVICE Bioterrorismo A doença sempre existiu na Amazônia, mas não se alastrou ali por dois motivos principais: as condições climáticas e o fato de que o cacau nunca foi uma monocultura na região, explicam os pesquisadores. Já no sudeste da Bahia, não havia registros da praga até o repentino surto de 1989. A descoberta da vassoura-de-bruxa aconteceu em maio daquele ano, no município de Uruçuca. Em outubro, foi a vez de Camacan reportar a presença do fungo. À época, a principal explicação para a chegada da vassoura-de-bruxa no sul da Bahia foi bioterrorismo por competidores da região amazônica ou da Costa do Marfim. "Apesar de nada ter sido provado sobre a responsabilidade ou as reais motivações, o consenso é de que o espalhamento do fungo foi criminoso e intencional", destacam Barreto e Oliveira, no estudo From Fields to Futures: The Lasting Effects of Crop Diseases on Education and Earnings (Dos campos aos futuros: os efeitos duradouros de pragas agrícolas na educação e renda, em tradução livre). Em 2006, o jornalista Reinaldo Azevedo – então um feroz crítico do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – escreveu na revista Veja um artigo de grande repercussão intitulado O bioterrorismo dos petistas. O artigo foi publicado em julho daquele ano, poucos meses antes das eleições presidenciais de outubro, que dariam a reeleição a Lula. Azevedo se baseou em uma investigação da Polícia Federal, na qual um ex-funcionário da Ceplac assumia o crime, e incriminava mais quatro pessoas ligadas ao PT e ao PDT. A suposta ação criminosa também foi tema do documentário O nó: Ato humano deliberado, de 2012, baseado em depoimento deste mesmo ex-funcionário. No entanto, nada foi provado, e a investigação foi arquivada. Mas essa versão dos fatos permanece viva no imaginário da região, observa Berreto. "Até hoje, ninguém consegue cravar com certeza como surgiu a vassoura [no sudeste da Bahia]", diz o pesquisador. "Existem teorias, mas elas também podem ter sido usadas com fins políticos. Não existem provas do que causou [o surto da doença], mas o que se sabe pelas análises feitas é que o padrão da forma como ela se espalhou indica que foi intencional." Os impactos da vassoura-de-bruxa Alguns fatores explicam porque a vassoura-de-bruxa teve um impacto tão grande no sudeste da Bahia. O primeiro deles, segundo os pesquisadores – ambos baianos –, é que a produção do cacau na região à época era uma monocultura. "A renda agrícola muito alta e a produção relativamente simples não incentivavam a diversificação", observam. Um segundo fator é que a cultura do cacau na região é feita por meio de um sistema produtivo chamado cabruca, que consiste na utilização da própria floresta para "fazer sombra" no cacaueiro, controlando a temperatura e a evaporação de água do solo. Na cabruca, a floresta é utilizada para 'fazer sombra' no cacaueiro, controlando a temperatura e a evaporação de água do solo RODRIGO OLIVEIRA Então derrubar a floresta e plantar outra coisa não era uma opção fácil, e uma mudança estrutural era uma grande dificuldade. Além disso, à época, pouco se sabia sobre a vassoura-de-bruxa, e as diversas tentativas da Ceplac de controlar a praga demoraram para surtir efeito. "O fato é que a região nunca se recuperou completamente", afirma Oliveira. A professora Lurdes Rocha, da Uesc, observa que essa recuperação foi prejudicada porque "ninguém sabia o que fazer". "A Ceplac também não estava preparada, e alguns fazendeiros até se suicidaram, porque ninguém estava preparado – nem financeiramente, nem tecnicamente – para essa eventualidade." Relatos sobre essa situação de desespero são comuns até hoje na região. "Minha família tinha várias fazendas cacaueiras entre Itajuípe e Ilhéus", conta uma usuária em uma rede social, comentando em uma postagem sobre o Dia do Cacau, celebrado em 26 de março. "Foi tudo devastado pela vassoura-de-bruxa. Houve suicídio, morte por desgosto, tudo perdido. Imóveis de um dia para o outro foram vendidos a preço irrisório, trabalhadores agrícolas [ficaram] pelas ruas passando fome, tudo muito triste." Efeitos de longo prazo Para além desses efeitos devastadores imediatos, os economistas Yuri Barreto e Rodrigo Oliveira investigaram os impactos sociais de longo prazo. Eles utilizam dados dos Censos demográficos de 2000 e 2010 para um conjunto de municípios nordestinos com características semelhantes. Essa amostra foi dividida entre municípios afetados pela vassoura-de-bruxa (o grupo de tratamento) e aqueles não afetados pela doença (o grupo de controle). Os pesquisadores então comparam indicadores educacionais e de renda nesses dois grupos ao longo do tempo. E fazem uma série de testes para se assegurar de que os efeitos captados são de fato relacionados à praga e não a outros fatores, como, por exemplo, possíveis diferenças de características entre os municípios ou a migração populacional causada pela perda de produtividade das lavouras. "O principal resultado que encontramos é que indivíduos que foram expostos durante a infância [aos efeitos da vassoura-de-bruxa] têm uma menor probabilidade – de cerca de 10% em relação à média – de concluir o ensino médio e cerca de 8% de redução da probabilidade de completar o ensino fundamental", observa Barreto. O estudo também aponta que a renda média nos municípios afetados caiu entre 25% e 38% de 1991 a 2000 devido à vassoura-de-bruxa. "A literatura mostra que, se uma família é pobre o suficiente, a educação passa a ser um bem de luxo", diz o pesquisador. "Então, se há uma crise muito grande, a criança não vai para a escola, ela acaba tendo que trabalhar, seja na roça – que agora está menos produtiva, então precisa de mais pessoas –, seja fazendo algum bico ou outra coisa." Assim, eles avaliam que a praga pode ter sido o principal fator a elevar a parcela de crianças trabalhando nos municípios afetados em até 30%, em comparação com a média do grupo de controle. A importância desses resultados Para Yuri Barreto, da UFPE, estudar um choque agrícola de grandes proporções, como foi a vassoura-de-bruxa no sudeste da Bahia no fim dos anos 1980, é particularmente relevante em um mundo em mudança climática, onde eventos naturais extremos devem ser cada vez mais frequentes. "O que mostramos é o custo futuro de não se preparar para esses desastres e como é importante ter uma rede de assistência social nesses casos", afirma. O pesquisador avalia que, se naquele momento as famílias contassem com mecanismos para amenizar a perda de renda, talvez aquelas crianças não precisassem ter saído da escola. Lurdes Rocha, da Uesc, destaca que, apesar da crise, a região passa agora por uma nova fase de crescimento, impulsionada por iniciativas de produção sustentável e pelo alto preço atual do cacau. A arroba do cacau (unidade equivalente a 15 kg) na Bahia passou de R$ 212 para R$ 650 entre abril do ano passado e igual mês de 2024, segundo cotações disponíveis no portal Agrolink. Cacauicultura no sul da Bahia passa por nova fase de crescimento, impulsionada por iniciativas de produção sustentável e pelo alto preço do cacau RODRIGO OLIVEIRA Há cerca de dez anos, a região começou a se reinventar, com iniciativas dedicadas à produção de chocolates finos, em vez da simples venda de sementes de cacau para a grande produção. Entre marcas com atuação na região, estão a Dengo e a local Mendoá. Além disso, agricultores familiares também têm se dedicado à produção de chocolates de alta qualidade com suporte do Centro de Inovação do Cacau da Uesc. Lurdes, que é gaúcha, mas mudou-se para Itabuna em 1978 e chegou a ter uma pequena fazenda de cacau com o marido, vê com entusiasmo essa nova etapa. Mas ela reforça a relevância de análises de longo prazo como a de Barreto e Oliveira. "É importante porque, fazendo uma análise histórica do que aconteceu, não repetimos o erro", diz a professora. "Por exemplo, já sabemos que monocultura não dá certo, que na hora que houver um problema com aquela cultura, toda a região sofre." *Com a colaboração de Camilla Costa, da equipe de Jornalismo Visual da BBC. Saiba mais sobre a produção de chocolate no Brasil: Cacau era considerado alimento dos deuses por diversos povos De onde vem o que eu como: chocolate Saiba como funciona uma fábrica de chocolates finos na Amazônia Gente do campo: ribeirinhas se unem para preservar a Amazônia e gerar renda com chocolate Gente do campo: Chocolatier ajuda comunidades da Amazônia a obterem renda com o cacau
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18/04 - Por que real foi moeda que mais se desvalorizou neste mês entre países do G20
Em abril, a desvalorização do real chegou a 4,5%. Getty Images via BBC O real se desvalorizou 4,5% no mês de abril — mais do que qualquer outra moeda entre os países do G20. As moedas que mais chegaram perto do real em desvalorização em relação ao dólar foram o iene japonês, o rublo russo, o peso mexicano e o won coreano — todos com desvalorização de 2%. Já outras moedas como o euro e a libra esterlina se desvalorizaram menos que 1% contra o dólar americano no mesmo período. Nesta semana, os mercados em todo o mundo sofreram com alguns choques econômicos que abalaram a confiança dos investidores. No Oriente Médio, um ataque com mísseis e drones do Irã a Israel aumentou temores de uma escalada de violência regional. E nos Estados Unidos, autoridades monetárias sinalizaram que as taxas de juros do Federal Reserve (o Banco Central americano) devem cair mais lentamente do que analistas de mercado imaginavam. Números da semana passada sobre a economia dos EUA revelaram que a inflação não está caindo como o desejado pelas autoridades. Por isso, os juros devem ser mantidos num patamar mais alto por mais tempo — aumentando custos e até mesmo riscos de uma recessão no país. As repercussões dessas notícias foram globais. A principal delas foi nos juros dos papéis do Tesouro americano de 10 anos — que subiram de 4,35% em média para mais de 4,6%. Com juros maiores nos EUA, a moeda americana se valorizou em todo o mundo, já que se tornou mais atraente para investidores americanos manterem suas posições em dólares, e não em moedas estrangeiras. A notícia provocou mau humor entre investidores no mundo todo, que acreditam que os juros americanos maiores por mais tempo vão prejudicar a economia como um todo. O índice Ibovespa, o principal da bolsa brasileira, caiu 2% neste mês. Já o Dow Jones e o Nasdaq — índices de ações nos Estados Unidos — desabaram 4,4% e 3% respectivamente. Entenda por que o dólar disparou em poucos dias Real mais desvalorizado que as demais moedas O ministro da Economia, Fernando Haddad, sugeriu esta semana que o cenário internacional "explica dois terços" da desvalorização do real no Brasil. No entanto, o real brasileiro se desvalorizou muito mais do que as demais moedas no mundo neste mês (confira os dados na tabela abaixo.) Analistas de mercado dizem que um grande fator da desvalorização do real foi o anúncio feito nesta semana pelo governo brasileiro de que não pretende cumprir as metas de superávit fiscal no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que termina no final de 2026. As contas do governo têm impacto nos juros e na cotação da moeda nacional. Quando o governo arrecada mais do que gasta, ele produz o chamado superávit fiscal — o que contribui para a queda do endividamento público do Brasil. Esse menor endividamento contribui para reduzir preços, juros e custos na economia. A combinação dos cenários externo (queda mais lenta dos juros americanos) e doméstico (anúncio do abandono da meta de superávit para os próximos dois anos) fez com que o mercado mudasse suas previsões para o futuro no boletim Focus, o levantamento semanal feito pelo Banco Central brasileiro. Os agentes de mercado acreditam agora que a taxa Selic — o juro referência na economia brasileira — vai terminar o ano em 9,13%, em média. Na semana passada, a projeção era de 9%. A projeção da cotação do dólar para o final de ano subiu de R$$ 4,95 para R$ 4,97.
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18/04 - Pequi assusta por causa dos espinhos, mas é 'celebridade' no Cerrado; aprenda a comer do jeito certo
Fruto é conhecido pela polpa amarela e o sabor marcante; saiba mais ouvindo o podcast 'De onde vem o que eu como'. Pequi, piqui, pequiá, piquiá, amêndoa-de-espinho... as formas de chamar são várias, mas todas se referem ao fruto que é um dos queridinhos do Cerrado brasileiro e parte importante da culinária local. Mas ele pode também ser um "vilão" para quem não comer do jeito certo... que o diga o influencer que foi para no hospital depois de morder um: é que o pequi tem espinhos dentro dele. Isso não é motivo para deixar de experimentar a fruta: o podcast "De onde vem o que eu como" ensina como comer sem riscos, inclusive com dicas compartilhadas pelo cantor Luan Santana. 🎧OUÇA o episódio (acima) e, abaixo, saiba mais curiosidades do pequi. Espinhos do pequi Rede Globo 😬Jeito certo de comer Um spoiler: para quem vai comer a fruta, a dica é roer e não morder. Afinal, os espinhos ficam entre o caroço e a polpa. Então, o jeito é roer ou dar dentadas de leve na polpa, ensinou Luan em um vídeo postado nas redes sociais do cantor. No futuro, porém, talvez não seja preciso ensinar mais nenhuma "técnica" para comer a fruta. Isso porque a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem desenvolvido algumas variedades de pequi sem espinhos. A pesquisa começou em meados dos anos 1990, com a produção de mudas por sementes e vegetativas, e hoje existem seis variedades: três delas com espinhos e outras três sem. 🍽️Pratos típicos Um dos pratos mais famosos é o arroz com pequi, no qual o sabor marcante e aromático do fruto faz uma ótima combinação com o arroz cozido e alguns temperos. Outra preparação popular é o frango com pequi, onde pedaços de frango são cozidos lentamente em um molho, perfumado pelo aroma do pequi. Arroz com pequi, Goiás Reprodução/TV Anhanguera Fruto do pequi, em Goiás Reprodução/TV Anhanguera 😋Rico em nutrientes ➡️Vitaminas: o pequi é uma excelente fonte de vitamina C, que fortalece o sistema imunológico, e a vitamina A, importante para a visão e pele. ➡️Saúde cardiovascular: a fruta contém compostos antioxidantes e ácidos graxos essenciais, que ajudam a reduzir o aspecto inflamatório. Ela também melhora os níveis de colesterol, quando consumida de maneira equilibrada. ➡️Digestão saudável: devido ao seu alto teor de fibras, o pequi ajuda a promover a saúde digestiva, prevenindo constipação intestinal e dando uma sensação de saciedade, o que pode auxiliar no controle do peso. É importante lembrar que o consumo do pequi deve ser moderado, devido ao alto teor de gordura presente. Incorporar ele em uma dieta equilibrada e variada pode trazer benefícios significativos para a saúde. "O pequi não é uma opção ideal para pessoas com dietas com baixo teor de gordura devido seu alto teor de macronutrientes", complementa Isolda Prado, nutróloga e professora na Universidade do Estado do Amazonas. Leia também: 5 receitas com pequi para conhecer o fruto típico do Cerrado; De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz; Mamão produz látex com propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias; entenda. Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem o que eu como: salada toma 'banho' com sabão e pode até se 'afogar' De onde vem o que eu como: baunilha De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: banana
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18/04 - De onde vem o que eu como #85: Pequi
Episódio conta sobre os espinhos dessa fruta que tem sua origem no Cerrado Brasileiro. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio. Apesar dos espinhos que o protegem, o pequi é uma verdadeira iguaria na culinária brasileira, sendo apreciado não apenas pela população local, mas também por visitantes de outras regiões do país. Neste episódio do podcast "De onde vem o que eu como", você vai saber: Como evitar os espinhos do pequi; seus nutrientes e como eles ajudam na saúde; e os pratos típicos com essa fruta do Cerrado brasileiro. O podcast 'De onde vem o que eu como' é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Helen Menezes. Apresentação deste episódio: Luciana de Oliveira e Carol Lorencetti.  Fruto do pequi, em Goiás Reprodução/TV Anhanguera Leia também: 5 receitas com pequi para conhecer o fruto típico do Cerrado; De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz; Mamão produz látex com propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias; entenda. 🎧OUÇA OUTROS EPISÓDIOS: 📺ASSISTA TAMBÉM: De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: limão De onde vem o que eu como: flores comestíveis De onde vem o que eu como: chocolate Pequi é o tema do 85º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'. Comunicação/Globo
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18/04 - Governo precisa de superávit anual de 1,5% do PIB para equilibrar a economia, diz estudo
Análise foi feita pela Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, com base nos dados do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2025 apresentado pelo governo. Depois de afrouxar a meta fiscal, a equipe econômica do governo trabalha em novas medidas para aumentar a arrecadação, mas uma análise da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado mostra que a mudança nos compromissos fiscais deixa o governo ainda mais longe de equilibrar as contas. O estudo da IFI projeta que o governo precisaria de um superávit anual de 1,5% do PIB para diminuir os riscos da economia brasileira e conter a trajetória da dívida pública. Segundo o diretor-executivo da Instituição, Marcus Pestana, além de combater o déficit, é preciso evitar o crescimento da dívida. “O objetivo do governo era atingir, em 2026, um superavit de 1% do PIB. Isso foi postergado para 2028. Para estabilizar a relação entre dívida e PIB, seria preciso um superávit anual de 1,5%”, afirmou. Klava: Haddad e Tebet devem ir a campo acalmar temores sobre meta fiscal no Brasil O relatório de acompanhamento da IFI, a partir da análise dos dados do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2025, aponta muitas dúvidas de que o governo consiga cumprir a meta e terminar 2024 com as contas no zero a zero. Segundo a Instituição, a mudança nas metas para os próximos anos permite um aumento de gastos de R$ 159 bilhões em 2025 e 2026. O valor difere pouco dos cálculos do governo (entenda abaixo). “A mudança da meta no primeiro ano do novo regime fiscal aprovado em 2023 é muito ruim para a credibilidade da política fiscal e cria um ambiente de desconfiança. Isso traz consequências como o aumento da taxa de juros e o aumento da dívida publica”, alerta Pestana. Segundo o diretor da IFI, outro problema é a desconfiança. “A criação de expectativas negativas quanto a política econômica pode abalar a disposição de investidores e agentes econômicos relevantes de apostar no Brasil”. acrescenta. Mudança nas metas fiscais Nesta segunda-feira (15), o governo federal propôs reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. As mudanças ainda têm de passar pelo Legislativo. Em 2025, ao invés de buscar um superávit de R$ 62 bilhões, quer atingir uma meta de déficit zero (sem superávit, e nem déficit). Para 2026, ao invés de buscar um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões), quer uma meta de um saldo positivo menor, de cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais nestes dois anos, o espaço que o governo ganhou para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Mesmo assim, segundo os números do Tesouro Nacional, ainda faltam cerca de R$ 130 bilhões nos dois anos para atingir as metas — valor da arrecadação adicional necessária para cumprir as metas. Faltam cerca de R$ 60 bilhões em 2025; Faltam aproximadamente R$ 70 bilhões em 2026. Rombo nas contas em todo governo Lula Apesar de buscar um superávit nas contas em 2026, o último da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT), a equipe econômica previu, no projeto da LDO, divulgada nesta semana, rombos fiscais para o país durante toda a atual gestão. Mesmo com a previsão de que as contas permanecerão no vermelho em todo o governo Lula, a equipe econômica avalia que as metas fiscais serão atingidas nos próximos anos por estarem dentro da banda (dentro do intervalo previsto pelo arcabouço fiscal). Ou o superávit pode vir pelo abatimento de precatórios. Precatórios são dívidas que o governo tem que pagar e já foram reconhecidas pela Justiça. Se o governo conseguir adiantar esses pagamentos, libera espaço nas contas dos anos seguintes. Em temos de metas fiscais, objetivo do governo é atingir os seguintes resultados: 2024: déficit zero 2025: déficit zero 2026: superávit de 0,25%, cerca de R$ 33 bilhões Já em termos de projeções, o cenário é outro. O governo estima que, se o quadro atual for mantido, o país terá: 2024: rombo de R$ 9 bilhões; 2025: rombo de R$ 29,1 bilhões; 2026: rombo de R$ 14,37 bilhões.
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18/04 - Imposto de Renda 2024: veja dicas para evitar a malha fina
Contribuinte que cai na malha fina pode ter atraso no recebimento da restituição e corre o risco de receber uma multa do Fisco. Selo home imposto de renda 2024 arte/g1 Os contribuintes que enviarem informações erradas ou diferentes dos dados fornecidos por outras entidades que também precisam prestar informações à Receita Federal — como empresas, instituições financeiras, planos de saúde e outros — podem acabar caindo na malha fiscal (também conhecida como “malha fina”). Nesses casos, a declaração é separada pela Receita para uma análise mais profunda, na qual fará uma verificação de pendências e de eventuais erros. Caso isso aconteça, o contribuinte pode ter atrasos no recebimento da restituição, se houver, e corre o risco de receber uma multa do Fisco. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Saiba quem precisa declarar o Imposto de Renda 2024 Como saber se eu caí na malha fina? Você pode saber se sua declaração está retida na malha fiscal por meio do e-CAC. Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Veja alguns pontos que podem ajudar a evitar a malha fina: ▶️ Cuidado com a omissão de rendimentos de dependentes: muitas vezes, o contribuinte esquece de colocar os rendimentos de seu dependente na declaração de Imposto de Renda, o que pode acabar levando à malha fina. Além disso, também vale lembrar que uma pessoa não pode ser declarada como dependente em mais de uma declaração; ▶️ Comprove as informações com atenção e não omita receitas: assim como no caso de dependentes, o contribuinte precisa ter cuidado ao comprovar seus próprios rendimentos. Verifique com atenção as informações financeiras para que não haja divergências em relação aos dados informados pelas empresas e entidades que também prestam contas ao Fisco; ▶️ Atenção com o carnê-leão: o erro acontece quando os contribuintes esquecem de acrescentar as informações do carnê-leão na declaração. Para que isso não aconteça, é preciso lembrar de importar as informações do documento para a declaração anual do Imposto de Renda 2024. Para isso, basta abrir o programa do IR e clicar em “Importações”. Na aba, selecione a opção “Carnê-leão 2024”. Depois, basta permitir o acesso do programa à conta gov.br ou digitar o código de acesso, e então as informações serão importadas e inseridas na declaração; ▶️ Caso opte pela declaração pré-preenchida, não esqueça de conferir as informações: os dados desse tipo de declaração são preenchidos com base no que é informado na Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), entregue ao órgão por pessoas jurídicas pagadoras, empresas do ramo de imóveis e prestadores de serviços de saúde até o final de fevereiro. Ainda assim, o contribuinte ainda é responsável por confirmar, alterar, incluir ou excluir dados, se necessário; ▶️ Esteja com todos os documentos necessários em mãos: a falta de um documento na hora de preencher a declaração pode acabar gerando divergências em relação ao que foi declarado pela Dirf. Veja aqui quais são os documentos necessários para fazer a declaração; ▶️ Não confunda PGBL e VGBL: O PGBL permite deduzir até 12% do Imposto de Renda e deve ser declarado em “Pagamentos Efetuados”. Já o VGBL, que não é dedutível do IR, precisa ser informado na ficha “Bens e Direitos”; ▶️ Atenção na hora de declarar pensão alimentícia: houve uma a atualização no ano passado dos rendimentos de pensão alimentícia, que foram para a “Ficha de Rendimentos Isentos e Não tributáveis”. Outras dicas para evitar a malha fina são: ▶️ Revise os dados com calma; ▶️ Evite deixar para entregar a declaração na última hora; ▶️ Cuidado para não errar os números; ▶️ Atenção com a continuidade das informações passadas no ano anterior. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior.
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18/04 - É #FAKE página que promete saque total do FGTS
Publicação falsa mente ao falar em saque total do FGTS e oferece ao leitor link para chat que induz a golpe. Circula pelas redes sociais uma publicação que promete saque do total do FGTS e oferece ao leitor um link para consulta e recebimento do valor. É #FAKE. g1 A publicação é intitulada "REVIRAVOLTA no FGTS 2024: Lula autorizou SAQUE TOTAL do FGTS? Saiba agora". Ao navegar pela página, o leitor e convidado a clicar no link: "Verifique se possui valores". Ele recebe a falsa informação de que tem dinheiro a receber -- em um teste feito pelo Fato ou Fake, a página informa que haveria R$ 3.284,72 a receber para saque imediato. A condição: pagar uma taxa de R$ 67. O leitor acaba transferido para uma página que simula ser o site oficial do governo brasileiro (https://www.gov.br/pt-br), mas que tem domínio diferente (começa com https://resgatarsaque.com/) A página é falsa e induz o leitor a um golpe. A Caixa, agente operador do FGTS, alerta que não há nenhuma campanha de saque do FGTS em andamento e que as operações são realizadas apenas por meio dos canais oficiais do banco, como o App FGTS, Internet Banking CAIXA, além das agências físicas. Para evitar fraudes, como no caso descrito, o banco recomenda que não sejam fornecidas senhas ou demais dados de acesso em outros sites e aplicativos que não os oficiais da Caixa. Segundo a Caixa, as hipóteses de saque do FGTS estão elencadas no art. 20 da Lei n° 8.036/90, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Entre elas estão, por exemplo, demissão sem justa causa, aposentadoria e ainda trabalhadores ou dependentes que tenham tido câncer. Veja a lista aqui. A Caixa informa ainda que os procedimentos para o saque do FGTS estão disponíveis para consulta na página da CAIXA na internet ou por meio do Portal do FGTS . Reitera que o cliente deve estar sempre atento a qualquer atividade e situação não usual e, principalmente, não clicar em links recebidos por SMS, WhatsApp ou redes sociais para acesso a contas e valores a receber. É #FAKE página que promete saque total do FGTS Reprodução Fato ou Fake Explica: VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)
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18/04 - Quina pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira, maior prêmio da história do concurso
Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.419 da Quina pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira (18). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta quinta. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5​0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias
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18/04 - Mega-Sena pode pagar R$ 72 milhões nesta quinta-feira
As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.714 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 72 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (18), em São Paulo. No concurso da última terça (16), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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18/04 - Mercado Livre anuncia criação de 18 mil empregos na América Latina em 2024, sendo 6,5 mil no Brasil
Projeção é que a empresa tenha mais de 76 mil trabalhadores em sua folha de pagamento até o final do ano. Mercado Livre Divulgação A empresa argentina de comércio eletrônico e serviços financeiros Mercado Livre anunciou nesta quarta-feira (17) que irá criar 18 mil empregos diretos no México, Brasil, Argentina, Colômbia e Chile, chegando a mais de 76 mil trabalhadores em sua folha de pagamento até o final de 2024. A empresa tecnológica, presidida pelo magnata argentino Marcos Galperín, deve seu crescimento nos últimos anos principalmente à sua operação no México e no Brasil, onde incorporará 8,2 mil e 6,5 mil pessoas, respectivamente. Também opera em seu país de origem, a Argentina, onde empregará este ano mais 1,8 mil pessoas, assim como na Colômbia, onde recrutará 900, no Chile (360), Uruguai, Peru, Equador e Venezuela. LEIA TAMBÉM: Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias; entenda os motivos Bolsa Família 2024: veja o calendário de pagamentos de abril Eletrobras quer permitir demissões em massa e cortar salários em 12,5% "Estamos comprometidos com a inclusão e o desenvolvimento tecnológico e socioeconômico de nossa região, e para isso continuaremos contratando os melhores talentos", detalhou no comunicado Sebastián Fernández Silva, chefe de recursos humanos da empresa. Aos 25 anos de sua criação, a empresa se tornou em 2020 a companhia de maior valor de mercado da América Latina, segundo a revista Forbes. A empresa começou como uma plataforma para compra e venda de produtos, e depois expandiu para desenvolver serviços financeiros como a carteira virtual Mercado Pago, muito popular na Argentina e no Uruguai. Entenda o acordo de naming rights do estádio do Pacaembu
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17/04 - +Milionária, concurso 139: prêmio acumula e vai a R$ 174 milhões
Dezoito apostas que acertaram cinco dezenas e um ou nenhum trevo vão levar R$ 36,9 mil cada. Próximo sorteio será no sábado (20). Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil 2 O sorteio do concurso 139 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (17), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 174 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, 18 apostas acertaram cinco dezenas e um ou nenhum trevo e vão levar R$ 36.963,04 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 03 - 08 - 25 - 27 - 41 - 43 Trevos: 2 - 5 Os outros ganhadores foram: 4 acertos + 2 trevos - 142 apostas ganhadoras: R$ 1.544,65 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 1.724 apostas ganhadoras: R$ 127,22 3 acertos + 2 trevos - 3.005 apostas ganhadoras: R$ 50 3 acertos + 1 trevo - 18.026 apostas ganhadoras: R$ 24 2 acertos + 2 trevos - 23.810 apostas ganhadoras: R$ 12 2 acertos + 1 trevo - 14.4036 apostas ganhadoras: R$ 6 O próximo sorteio da +Milionária será no sábado (20). +Milionária, concurso 139 Reprodução/Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja no vídeo abaixo como jogar na +Milionária: +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa
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17/04 - Ministério da Fazenda define nome de novo secretário de apostas esportivas
Fontes do governo confirmaram à GloboNews que secretário será o advogado Régis Dudena. Mercado de apostas esportivas online é visto como uma relevante fonte de receitas para o governo. O Ministério da Fazenda deve anunciar, em breve, o nome do novo secretário de Prêmios e Apostas esportivas. Fontes no governo confirmaram à GloboNews que o novo secretário é o advogado Régis Dudena. Dudena não vem do setor, mas é especialista em direito público e regulatório. Ele é sócio de um escritório de advocacia que atua na capital federal e doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A posse de Dudena está marcada para a próxima segunda-feira (22). O novo secretário já frequenta o Ministério da Fazenda. Ele vem se reunindo com membros da equipe e também se inteirando das questões relacionadas ao credenciamento das empresas de apostas esportivas. A indicação do advogado é atribuída ao secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan. Dario e Dudena trabalharam juntos no Palácio do Planalto durante o governo de Dilma Rousseff. Ambos atuaram na secretaria de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. O nome de Dudena é ligado a outros nome da esquerda. Ele tem boas relações com Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP). A secretaria de prêmios e apostas começou a operar há dois meses. Desde então, estava sem um chefe efetivo. O advogado José Francisco Manssur, assessor especial do Ministério da Fazenda que coordenou a regulamentação das apostas esportivas desde o começo, era o mais cotado para assumir o posto. Mas foi exonerado por pressão de políticos do Centrão. O cálculo que levou à sua demissão é de que Manssur não conseguia mais dialogar com o grupo político. O que poderia prejudicar a área econômica do governo em votações importantes no Congresso. Manssur vem atuando no setor privado. À Globonews, ele disse: "Dudena tem as melhores referências. Tem base e conhecimento para dar certo no cargo". Representantes das bets ouvidos pela GloboNews receberam bem o nome de Régis Dudena. Havia uma insegurança no setor desde a queda de Manssur. O temor era de que a secretaria passasse a ser chefiada por um nome do Centrão. Quem vinha coordenando os trabalhos na secretaria de Prêmios e Apostas como interina era a advogada Simone Vicentini, que também participou da regulamentação das bets desde o começo da gestão Lula. Fontes na área econômica afirmam que Simone deverá deixar o cargo. Câmara aprova texto-base da taxação das apostas esportivas e regulamentação do mercado de carbono
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17/04 - TCU aprova nova tentativa de leilão da 'rodovia da morte' em Minas Gerais
Governo mudou contrato para atrair investidores, depois de três tentativas frustradas de leiloar a BR-381. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (17) a realização de um novo leilão para a BR-381 em Minas Gerais, conhecida como "rodovia da morte" pelo alto índice de acidentes. De acordo com o TCU, o trecho a ser licitado tem 303,46 km, de Belo Horizonte a Governador Valadares. O contrato será de 30 anos, com previsão de R$ 5,76 bilhões em investimentos. O governo fez algumas modificações no contrato para aumentar a atratividade do certame, depois de tentativas frustradas de leiloar o trecho rodoviário à iniciativa privada. Veja: aumento na taxa de retorno do empreendimento de 9,88% ao ano para 11,97% ao ano; aumento em torno de 5% nas tarifas a serem cobras em cinco praças de pedágio; aumento da tarifa teto, que será de R$ 18,34 a cada 100 km em pista simples e de R$ 25,68 a cada 100 km em pista duplicada; redução na quilometragem das faixas com construção de duplicações, travessias urbanas e acessos. Além disso, houve redução também em novos retornos, rotatórias e passarelas. Três pessoas ficam feridas após acidente na BR-381 em Ipatinga Outra alteração no projeto foi a exclusão do lote que prevê a realocação de pessoas em situação de moradia irregular no entorno do Anel Viário, em Belo Horizonte. Essas obras ficarão a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A empresa que arrematar a concessão ficará responsável apenas pela prestação de serviços de atendimento, como socorro médico, mecânico e veículos de inspeção de tráfego. Tentativas frustradas O Ministério dos Transportes pretende levar a BR-381 a leilão ainda este ano. É uma das 13 concessões planejadas pela pasta, com previsão total de investimentos na ordem de R$ 122 bilhões. O governo tenta leiloar o trecho à iniciativa privada desde o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas sem sucesso. A estrada chegou a ter as obras licitadas em 11 lotes, mas a construção atrasou em vários trechos. Em 2022, a rodovia foi leiloada novamente, mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) cancelou o certame por falta de interessados. A agência pretendia aumentar a atratividade da concessão com a inclusão de um trecho da BR-262, no Espírito Santo, mas não obteve sucesso. Na última tentativa de leilão, neste ano, não houve interessados novamente. A rodovia é considerada pela ANTT como de alto risco, o que atrai menos investidores. A BR-381 é uma das rodovias mais perigosas do país, com alto índice de acidentes. Até dezembro de 2023, o trecho havia registrado mais de 2 mil acidentes.
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17/04 - Senado aprova isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos
Governo estima que a medida, já em vigor em razão de uma MP, beneficia 15,8 milhões de pessoas. Proposta seguirá para sanção do presidente Lula. Selo home imposto de renda 2024 arte/g1 O Senado aprovou nesta terça-feira (16) um projeto que, na prática, isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 2.824 mensais – o equivalente a dois salários mínimos, em 2024. O texto, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apresentada pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), a proposta replica o teor de uma medida provisória, editada por Lula em fevereiro e que já está em vigor. Com a eventual sanção do texto, a MP será revogada, dando lugar à lei. Imposto de Renda: Quem deve declarar? Complemento fora do texto No papel, o projeto prevê uma faixa de isenção menor, que passará de R$ 2.112 para R$ 2.259,20. Este valor, no entanto, será complementado por um desconto estabelecido pelo governo para assegurar a isenção a dois salários mínimos. O benefício será de R$ 564,80. Somados, os dois montantes atingem os R$ 2.824. Portanto, na prática, quem ganha até dois salários mínimos não pagará IR — nem na fonte, nem na declaração de ajuste anual. O teto de isenção do Imposto de Renda estava congelado desde 2015. No último ano, subiu de R$ 1.903,98 para R$ 2.640 mensais, já considerando o mecanismo de desconto criado pelo governo. LEIA TAMBÉM: Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja o calendário dos lotes de restituição Pré-preenchida e recebimento via PIX dão prioridade na restituição Receita espera receber 43 milhões de declarações neste ano Veja os limites para as deduções no Imposto de Renda Robô ajudará contribuinte a saber se deve declarar Mudanças rejeitadas Em seu parecer, o relator da proposta, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), rejeitou sugestões de mudança que estabeleciam novas ampliações na faixa de isenção. O valor corresponde a uma promessa feita por Lula na campanha ao Planalto em 2022 e reiterada pelo petista nos últimos dois anos. Segundo ele, até o fim de seu mandato, a isenção do IR será ampliada para até R$ 5 mil. Randolfe argumentou que as medidas serão discutidas, mais profundamente, em um projeto de reforma do Imposto de Renda, que deverá ser enviado pelo governo ainda este ano. De acordo com o governo, em 2024, a atualização da faixa de isenção do IR beneficiará 15,8 milhões de brasileiros. O Ministério da Fazenda estima uma redução de R$ 3 bilhões em receitas. Tabela do IR A atualização prevista no projeto é limitada somente à faixa de isenção do IR. As outras parcelas da tabela do Imposto de Renda permanecem sem mudanças. Apesar disso, o aumento da isenção beneficia indiretamente mesmo quem ganha mais de dois salários mínimos. Isto porque o IR não é cobrado sobre todo o salário. A tributação incide somente sobre os valores que ultrapassam as faixas isentas ou de tributação reduzida.
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17/04 - FMI projeta maior déficit primário e alta da dívida pública no Brasil em 2024
Dívida pública bruta do país deve avançar para 86,7% em 2024. Já o déficit primário deve chegar a 0,6% do PIB este ano. Sede do FMI em Washington Reuters O Brasil deve registrar déficit primário maior que o esperado este ano e ter aumento da dívida pública bruta na comparação com o ano passado, mostraram projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgadas nesta quarta-feira. Segundo o organismo, em seu relatório Monitor Fiscal, a dívida pública bruta do país deve avançar para: 86,7% do PIB em 2024 (de 84,7% em 2023). 89,3% do PIB em 2025, e 90,9% em 2026. O dado é referente ao setor público não financeiro, excluindo a empresa de energia Eletrobras e a estatal Petrobras, e inclui a dívida soberana mantida no balanço do Banco Central. FMI recomenda que Brasil faça esforço fiscal mais ambicioso O déficit primário, por sua vez, deve chegar a 0,6% do PIB este ano — previsão acima do esperado pelo fundo em outubro passado, de déficit primário de 0,2% —, recuar a 0,3% em 2025 e somente em 2026 atingir o marco zero. FMI eleva projeção para o desempenho da economia brasileira em 2024 As projeções do FMI são piores do que a meta proposta pelo governo de resultado primário zero para 2025, que gerou temores sobre a questão fiscal no Brasil, dado que a proposta representa uma redução do esforço anunciado anteriormente, que previa superávit de 0,5% do PIB no próximo ano. Nesta quarta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, cumprindo agenda em Washington, disse que é preciso entender como a recente mudança na meta fiscal do governo para 2025 afetará a função de reação da autoridade monetária. O FMI apontou para uma preocupação global com os crescentes gastos fiscais, em um ano em que uma contenção fiscal pode se tornar ainda mais difícil dado o recorde de países realizando eleições em todo o mundo.
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17/04 - 'Tenho 90 anos e meu plano de saúde foi cancelado': O que diz a lei sobre rescisão de convênios de idosos
Relatos de clientes que tiveram o convênio suspenso aumentaram consideravelmente nos últimos meses, apontam especialistas. Muitas vezes, as pessoas são idosas ou realizam tratamentos para doenças graves, como o câncer. Entenda quais são os direitos do consumidor numa situação dessas. Stella Tarantino, de 90 anos, teve o plano de saúde cancelado repentinamente Arquivo pessoal via BBC Durante uma consulta de rotina com o cardiologista, a aposentada Stella Tarantino Lima, de 90 anos, foi orientada a marcar uma avaliação com um nefrologista, o médico especialista em rins. Mas o que parecia ser uma tarefa simples se transformou rapidamente num susto e numa enorme dor de cabeça que se prolongou por semanas. Logo após a passagem pelo cardiologista, uma das filhas de Stella, a engenheira Marília Tarantino Burger, foi buscar na internet um nefrologista que estivesse dentro da cobertura da Unimed Nacional, o convênio da mãe dela. Apesar de mudanças constantes nos nomes de empresas e nos pacotes de benefícios oferecidos, a aposentada paga o plano de saúde há mais de 30 anos. Atualmente, a mensalidade sai por cerca de R$ 3.900,00. Ao acessar o portal do cliente no final de março, porém, veio a surpresa na forma de uma mensagem: "A Unimed Nacional reitera que o contrato encontra-se em fase de rescisão, tendo sua vigência encerrada em 09/05/2024." "Fiquei perplexa, não entendi direito o que aquilo significava…", relata Marília. "Procurei uma consultora que analisa os planos de saúde e ela me confirmou que o plano seria de fato rescindido." “E só descobrimos isso por acaso, porque entramos no sistema para buscar um especialista”, destaca ela. Stella confessa que ficou indignada e aborrecida com a notícia. "Simplesmente me botaram para fora, sem justificativa nenhuma", conta ela. "Imagine pagar por um serviço durante 30 anos, para uma entidade que você confia, e de repente ser ‘cancelada’. Fiquei frustrada e com medo, pois já tenho 90 anos." A jornalista Mônica Tarantino, outra filha de Stella, resolveu expor a situação nas redes sociais. Uma postagem que ela compartilhou no Linkedin sobre o caso recebeu mais de 9,5 mil curtidas. "Nos comentários, muita gente relatou situações bem parecidas, de idosos, de pessoas em tratamento de câncer e até de crianças com autismo que acabaram excluídas pelos planos de saúde", destaca Mônica. "Eu não esperava essa repercussão com a postagem. Porque as empresas cancelam um contrato aqui e ali e achamos que sempre são casos pontuais. Mas não é uma coisa individual. Parece existir um problema coletivo aqui", considera ela. De fato, os números da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a instância do governo responsável por regular esse setor, mostram que essas rescisões de contrato pelas empresas são relativamente frequentes. Segundo reportagem publicada no jornal Valor Econômico, nos últimos cinco anos foram mais de 69 mil reclamações relacionadas ao cancelamento unilateral dos planos de saúde. Apenas nos três primeiros meses de 2024, a ANS contabilizou 4,8 mil queixas do tipo. O advogado Rafael Robba, sócio do Vilhena Silva, escritório especializado em direito à saúde, também notou um aumento de casos parecidos ao de Stella. "Essa prática dos planos de saúde tem se tornado cada vez mais comum", observa ele. "Nós fizemos um levantamento aqui no escritório e, só no primeiro trimestre deste ano, ingressamos com o triplo de ações relacionadas à rescisão de contratos em comparação com o mesmo período do ano passado." Número de reclamações para mudança de plano de saúde sobe 44% 'Legislação omissa' Robba explica que existem dois tipos principais de planos de saúde. O primeiro é o individual, que uma pessoa contrata diretamente para si ou para a família. O segundo é o coletivo, que geralmente é acertado por uma empresa para os funcionários — ou por sindicatos e entidades de classe para os associados. "Para os planos individuais ou familiares, a legislação proíbe o cancelamento unilateral do contrato, a menos que exista inadimplência ou fraude", explica o advogado. No entanto, a mesma regra não vale para os convênios coletivos. Nesses casos, as empresas podem, sim, fazer o cancelamento quando bem entenderem, se isso estiver previsto no contrato que foi assinado no início. A rescisão só deve respeitar três regras. Número um: ela só pode ocorrer na data de aniversário do contrato. Dois: toda a carteira de clientes daquele plano coletivo deve perder o acesso (ou seja, não é possível excluir um indivíduo específico). E três: os usuários devem ser avisados com dois meses de antecedência sobre o término. "A legislação é omissa e, por conta disso, as operadoras colocam no contrato essa previsão de que podem cancelar o contrato sem nenhuma justificativa", opina Robba. A advogada Marina Magalhães, pesquisadora do Programa de Saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), destaca que a esmagadora maioria dos brasileiros que possuem planos de saúde estão em contratos coletivos — como a própria Stella. "Cerca de 82% dos brasileiros com acesso à saúde complementar têm planos coletivos", estima ela. "Os planos individuais, em que não há a possibilidade de cancelamento, são uma minoria e estão cada vez mais restritos e difíceis de contratar", complementa ela. Os consumidores precisam recorrer, então, aos planos coletivos oferecidos para empresas, sindicatos e associações, mesmo que exista o risco do cancelamento unilateral. No entanto, essa rescisão pode ser contestada na Justiça — algo que os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil dizem estar cada vez mais frequente. “Em determinadas situações, esses cancelamentos podem ser considerados abusivos, principalmente quando o contrato inclui pessoas muito idosas ou que fazem um tratamento de saúde, que dificilmente vão conseguir contratar outro plano”, aponta Robba. “Nesses casos, a rescisão contraria a própria natureza do plano de saúde, que é justamente proteger a pessoa quando ela precisa de um cuidado. Nós pagamos o convênio por longos anos, enquanto estamos saudáveis, para justamente ter a garantia de usá-lo quando necessário.” “E essa decisão deixa a pessoa numa situação de extrema vulnerabilidade”, complementa ele. “No Idec, consideramos essa prática patentemente abusiva, em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil”, destaca Magalhães. A mensagem que as filhas de Stella viram quando acessaram o portal de serviços da Unimed Nacional BBC Robba explica que, nesses casos, os advogados que representam os clientes podem entrar com pedidos de liminar na Justiça para restaurar o plano — geralmente, os juízes tomam decisões favoráveis às pessoas e contrárias às empresas. “O Judiciário tem dado respostas muito rápidas nessas situações, muitas vezes no mesmo dia”, diz ele. “A ideia da liminar é justamente preservar o bem jurídico mais valioso que nós temos, que é a saúde e a vida. Em situações de cancelamento, o Judiciário tem dado respostas efetivas para impedir esse tipo de abuso contra o consumidor.” Os especialistas concordam que, apesar da agilidade dos processos e das liminares na Justiça, é preciso pensar em maneiras de resolver o problema na origem — ou seja, diminuir as brechas na legislação e coibir o cancelamento unilateral dos planos. Existe um projeto de lei em discussão na Câmara que pretende mudar algumas das regras que regem o mercado dos convênios. O PL 7419, criado em 2006, agrega cerca de 270 propostas de modificações na legislação — entre elas, uma possível proibição do cancelamento unilateral dos contratos coletivos. O atual relator do projeto é o deputado Duarte Jr. (PSB-MA), que divulgou um parecer sobre as mudanças na lei em setembro do ano passado e fez o assunto voltar à pauta. Em outubro, porém, o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse que o projeto de lei dos planos de saúde ainda não seria colocado em votação pelo plenário, pois há a necessidade de se discutir melhor o assunto e incluir as operadoras de saúde no debate. “Não temos nenhuma sinalização de que esse cenário vai mudar em breve”, lamenta Magalhães. Clientes podem perder acesso aos serviços de saúde contratados com o cancelamento do plano GETTY IMAGES via BBC 'Qualidade do serviço' e 'sustentabilidade' Procurada pela reportagem, a ANS informou que “atua ativamente na defesa dos direitos de todos os beneficiários da saúde suplementar, mantendo e atualizando normativos que visam protegê-los”. “Por isso, a reguladora destaca que tem regras claras sobre o cancelamento de planos e salienta que a operadora que rescindir o contrato de beneficiários, seja de plano coletivo ou individual, em desacordo com a legislação do setor pode ser multada em valores de até R$ 80 mil.” “Importante destacar que é lícita a rescisão unilateral, por parte da operadora, do contrato coletivo com beneficiários em tratamento. No entanto, se houver a rescisão do contrato de plano coletivo (por qualquer motivo) e existir algum beneficiário ou dependente em internação, a operadora deverá arcar com todo o atendimento até a alta hospitalar. Da mesma maneira os procedimentos autorizados na vigência do contrato deverão ser cobertos pela operadora, uma vez que foram solicitadas quando o vínculo do beneficiário com o plano ainda estava ativo”, destaca a ANS. “A agência orienta o usuário que estiver enfrentando problemas de atendimento para que procure, inicialmente, sua operadora para que ela resolva o problema e, caso não tenha a questão resolvida, registre reclamação junto à ANS nos canais de atendimento [site, telefone e postos físicos]”, conclui a nota. Já a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) destacou que, “com o objetivo de garantir a qualidade na prestação dos serviços de saúde e a sustentabilidade dos contratos, as operadoras avaliam continuamente cada um dos seus produtos comercializados em conformidade com as regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)”. “Essa avaliação pode indicar a necessidade de readequar a estrutura dos produtos (planos de saúde) e descontinuar outros. Vale ressaltar, portanto, que pode haver a rescisão do contrato entre as pessoas jurídicas (a empresa contratante e a operadora) a pedido de uma ou outra parte, devendo ser sempre precedida de notificação prévia, observando-se as disposições contratuais”, explica o texto. “As operadoras possuem amplo portfólio de planos de saúde ativos sendo comercializados, proporcionando assim opções para quem deseja manter ou adquirir acesso à saúde suplementar”, diz a Abramge. Representantes das operadoras dizem que mudanças nos contratos visam garantir 'qualidade na prestação de serviços' e 'sustentabilidade' GETTY IMAGES via BBC Plano restaurado Enquanto buscava documentos e estudava as alternativas judiciais e de novos planos de saúde, a família Tarantino foi surpreendida por uma nova notícia. A Qualicorp, empresa que administra os planos de saúde, entrou em contato com Mônica no dia 11 de abril e informou que houve um "erro de comunicação". Portanto, o plano de saúde de Stella não havia sido cancelado de fato. A BBC News Brasil entrou em contato com a Qualicorp e com a Unimed Nacional, que confirmaram a informação. "Já estamos em contato com a família da beneficiária para garantir que todas as questões sejam esclarecidas de forma abrangente e satisfatória", escreveu a Unimed. "O plano está ativo e disponível para utilização, tanto pela beneficiária, quanto pelos demais associados da entidade. A administradora de benefícios informa que enviou comunicação para a cliente para prestar o devido esclarecimento e disponibiliza seus canais oficiais para esclarecer mais informações e tirar dúvidas", complementou a Qualicorp. Para Mônica, a notícia representa um alívio, mas não resolve todos os problemas. “O cancelamento da exclusão da minha mãe resolve temporariamente uma questão individual que ganhou muita visibilidade, mas não muda um cenário que permite às operadoras excluírem unilateralmente os usuários dos planos por adesão”, avalia ela. “Isso precisa ter fim, o que só acontecerá quando houver legislação que ponha um freio em mais esse abuso.” Mônica pretende agora compilar todos os relatos que foram compartilhados nas postagens de redes sociais sobre cancelamentos de planos de idosos, crianças com autismo ou pacientes com câncer — e depois compartilhá-los com as autoridades. “Quem sabe isso possa servir de subsídio para que as agências reguladoras e os legisladores tomem alguma decisão?”, questiona ela. Já Stella diz ter perdido a confiança no plano de saúde — e teme ser excluída novamente no futuro. “Quem garante que eles não vão me colocar para fora de novo assim que essa crise de agora for esquecida?”, conclui ela, referindo-se à repercussão do seu caso.
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17/04 - Quina pode pagar R$ 38 milhões nesta quarta-feira, maior prêmio da história do concurso
Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.418 da Quina pode pagar R$ 38 milhões nesta quarta-feira (17). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta quarta. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5​0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias
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17/04 - Trabalho do Banco Central ficou 'mais difícil' após mudanças de metas fiscais pelo governo, diz Campos Neto
Para presidente do BC, possibilidade de aumento de gastos públicos somada à piora do cenário econômico externo aumentam incertezas sobre o controle da inflação. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em imagem de 2023 Pedro França/Agência Senado O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (17) que o trabalho da instituição para conduzir a inflação aos patamares pré-estabelecidos ficou mais "custoso e difícil" com a decisão do governo de propor mudanças nas metas fiscais de 2025 e 2026 (leia mais aqui). Isso porque, ao possibilitar mais gastos públicos em relação ao que era esperado anteriormente com a mudança das metas fiscais, a tendência é de uma pressão maior sobre inflação nos próximos anos -- dificultando seu controle. "A evidência do que vimos nos últimos dias nos mostra que o mercado ficou mais preocupado com relação ao fiscal [contas públicas], e qual vai ser o equilíbrio fiscal no futuro, com efeito no prêmio de risco, o que torna o trabalho mais difícil e custoso", afirmou Campos Neto, durante participação em evento da XP em Washington, nos Estados Unidos. Ele afirmou, entretanto, que a mudança das metas para as contas públicas por si só não gera uma relação mecânica na definição da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O importante, segundo Campos Neto, é como a alteração afeta as variáveis importantes para a expectativa de inflação, que levam o Banco Central a reagir por meio da taxa de juros, seja com elevação ou com redução da Selic. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC faz projeções para o futuro. Se as estimativas estão em linha com as metas, pode reduzir os juros. Se estão acima, pode manter a taxa estável ou até mesmo subir. Neste momento, a instituição já está mirando a meta deste ano, e também para o primeiro e o segundo semestres de 2025 (em doze meses). Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida. "Mas o problema é que a âncora fiscal [meta para contas públicas] e monetária [objetivos de inflação] são intimamente relacionados. Se perde credibilidade, ou se há mais questionamentos sobre a âncora fiscal, fica mais caro do outro lado. São relacionadas. Sempre defendemos que devemos manter a meta, e fazer o que é necessário para atingi-la. Entendemos que houve necessidade de mudar", declarou o presidente do Banco Central. Campos Neto observou que a piora no cenário externo, juntamente com a alteração das metas para as contas públicas, aumentaram as incertezas em relação à última reunião do Copom, realizada em março. Com juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos, percepção que se consolidou no mercado financeiro nas últimas semanas após a divulgação de índices de inflação, há um impacto sobre o dólar no Brasil -- que tende a ficar mais pressionado, como vem acontecendo nos últimos dias. E dólar mais alto pode indicar novas pressões sobre a inflação. O presidente do BC afirmou, ainda, que a instituição fará o que "for necessário" para trazer as expectativas de inflação para as metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Entenda as mudanças nas metas fiscais propostas pela equipe econômica do governo Mudança nas metas fiscais Nesta segunda-feira (15), o governo federal propôs reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. As mudanças ainda têm de passar pelo Legislativo. Em 2025, ao invés de buscar um superávit de R$ 62 bilhões, quer atingir uma meta de déficit zero (sem superávit, e nem déficit). Para 2026, ao invés de buscar um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões), quer uma meta de um saldo positivo menor, de cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais nestes dois anos, o espaço que o governo ganhou para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Mesmo assim, segundo os números do Tesouro Nacional, ainda faltam cerca de R$ 130 bilhões nos dois anos para atingir as metas – valor da arrecadação adicional necessária para cumprir as metas. Faltam cerca de R$ 60 bilhões em 2025; Faltam aproximadamente R$ 70 bilhões em 2026. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a equipe econômica já trabalha em novas medidas para aumentar a arrecadação e, com isso, perseguir as metas para as contas públicas. Apesar de buscar um superávit nas contas em 2026, o último da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a equipe econômica previu, no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, divulgada nesta semana, rombos fiscais para o país durante toda a atual gestão.
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17/04 - Eletrobras propõe retirar impedimento para 'demissão em massa' de acordo de trabalho, mas diz que dispensas não estão no horizonte
Caso o novo acordo seja aprovado, a companhia vai poder dispensar trabalhadores em grupo sem apresentar plano de demissão voluntária. Proposta de acordo prevê também possibilidade de cortes salariais. A Eletrobras apresentou uma proposta de acordo coletivo de trabalho aos sindicatos que prevê, entre outros pontos, corte de 12,5% em salários e a autorização para "demissões em massa", hoje proibidas. A autorização não significa, necessariamente, que as demissões serão feitas assim que o acordo for assinado. Em nota divulgada ao g1, a empresa disse que não há previsão de "demissões em massa". E que o que a Eletrobras busca é "rever cláusulas" do acordo coletivo para "implementar politicas de pessoal que estejam em linha com práticas do setor privado" (veja a íntegra da nota mais abaixo). As medidas foram propostas durante a renegociação do acordo coletivo, que vence neste semestre – as discussões começaram já em abril. Caso o novo acordo seja aprovado, com a anuência dos funcionário, a Eletrobras vai poder demitir trabalhadores em massa sem apresentar um plano de demissão voluntária -- que garante alguns benefícios àqueles que escolhem se desligar da empresa. Já a proposta de corte dos salários prevista na proposta da Eletrobras vale para os funcionários que recebem até R$ 15,5 mil. Quem recebe esse valor, por exemplo, pode ter um corte de mais de R$ 1,9 mil por mês. A legislação trabalhista atual prevê que salários acima desse patamar podem ser negociados fora do acordo coletivo. O g1 apurou que, ao abrir a negociação, a Eletrobras enviou aos sindicatos uma lista das cláusulas do acordo atual que a empresa "aceitaria" manter na nova versão. A cláusula sétima, que trata das demissões, não está nessa lista. O trecho que a Eletrobras não quer renovar por mais um ano diz que: "Para o período de 01.05.2022 a 30.04.2024 fica definido para as Empresas Eletrobras que as dispensas em massa efetuáveis de uma só vez; as coletivas, realizadas em lotes; e as individuais sucessivas, caracterizadas pelo somatório como massivas, ficarão condicionadas à prévia oferta do plano de desligamento voluntário incentivado, nos termos do parágrafo segundo." Modelo de privatização da Eletrobras é criminoso ao tirar poder de decisão do governo, diz ministro Íntegra da nota da Eletrobras Veja a íntegra da nota divulgada pela Eletrobras: "As negociações da Eletrobras com os sindicatos da categoria não envolvem qualquer possibilidade de demissão em massa. Pelo contrário: nos últimos dez meses, a empresa contratou mais de 1.000 profissionais, valorizando sua força de trabalho. O que a Eletrobras busca é rever cláusulas de seu acordo coletivo anterior à capitalizacao para implementar politicas de pessoal que estejam em linha com práticas do setor privado", afirmou a empresa. Trabalhadores citam negociação difícil O assunto chegou ao governo federal no início de abril. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu integrantes da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), que reclamaram de dificuldades para negociar com a nova gestão da Eletrobras privatizada. Segundo a coordenadora do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Fabíola Latino Antezana, o sindicato questionou a Eletrobras sobre a redução da folha salarial durante a segunda rodada de negociação. "Questionamos também na proposta uma tentativa de redução salarial sem o que está estabelecido na CLT pós-reforma trabalhista, que traz algumas premissas de redução, entre elas a garantia de emprego. E a empresa foi categórica em afirmar que não há na proposta a garantia de emprego aos trabalhadores", disse. Segundo Antezana, a preocupação dos sindicatos é que, com menos empregados, haja precarização dos serviços prestados pela Eletrobras, de geração e transmissão de energia. "Por isso que, para nós, é tão importante que haja a cláusula da garantia de emprego para evitar essas demissões em massa, que a Eletrobras inclusive já tem, através de seus atos de gestão internos, comunicado a algumas categorias de trabalhadores", declarou. A Eletrobras foi privatizada em junho de 2022. O Estado brasileiro continuou acionista da companhia, embora não tenha mais controle acionário -- ou seja, não pode mais decidir os rumos da Eletrobras. A nova gestão que a assumiu a Eletrobras após a privatização, em uma chapa composta por alguns dos acionistas privados, iniciou um processo de redução de custos e lançamento de planos de demissão voluntária com o objetivo de "enxugar" a companhia.
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17/04 - Em meio a atritos com Lira, Lula libera emendas ao Congresso e privilegia aliados
Governo autorizou R$ 2,4 bilhões em repasses nesta semana. Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu R$ 24 milhões, enquanto presidente da Câmara não teve emenda liberada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destravou a liberação de emendas nesta semana e privilegiou aliados na distribuição da verba ao Congresso Nacional. Foram autorizados cerca de R$ 2,4 bilhões, e os repasses atendem principalmente a pedidos de senadores e deputados mais próximos ao governo. Esse lote de dinheiro para o Congresso é recorde no ano e ocorre em meio a votações importantes que Lula enfrentará, como uma folga de R$ 15 bilhões no Orçamento desse ano e a análise de vetos, prevista para a próxima semana. Todos os deputados e senadores têm direito a emendas, que são aqueles recursos que eles usam para bancar obras e projetos em seus redutos eleitorais. Com isso, os parlamentares conseguem ganhar mais capital político entre os eleitores. O governo, porém, pode ditar o ritmo desses repasses e fazer acenos ao Congresso quando propostas do presidente precisam avançar. Ou seja, a autorização de emendas é geralmente usada como moeda de troca em votações na Câmara e no Senado. A cúpula do Congresso é um exemplo da discrepância na lista de parlamentares beneficiados pelo dinheiro liberado por Lula até agora. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu o aval no valor de R$ 24 milhões. Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não teve emendas repassadas ainda. Arthur Lira sobre Alexandre Padilha: "Desafeto pessoal" O embate entre Lira e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), escalou na semana passada. Padilha é responsável pela articulação política do governo, o que inclui a liberação de emendas. O desgaste ganhou novo desdobramento após a exoneração do primo de Lira, Wilson César de Lira Santos, do cargo de superintendente do Incra em Alagoas. O presidente da Casa já tinha sido avisado que a situação do primo era insustentável, mas foi surpreendido com a exoneração nesta terça-feira (16). Como mostrou o blog do Valdo Cruz, Lira deixou claro, durante reunião com líderes, que, em sua opinião, está sendo retaliado pelo Palácio do Planalto. Disse também que pretende dar prioridade para as pautas da oposição nas próximas semanas, como pacote anti-invasão de terras e também projetos da área de costume, além da instalação de cinco CPIs simultaneamente. Distribuição no Senado As principais liberações até agora foram nas emendas individuais. Pelas regras, todo deputado, seja governista ou de oposição, tem direito a R$ 37,9 milhões. Os senadores têm R$ 69,6 milhões. Esses valores são para todo o ano. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) conseguiu o repasse de R$ 63 milhões, quase todo o montante do ano. Outros aliados do governo, como os senadores Marcelo Castro (MDB-PI), Otto Alencar (PSD-BA) e Davi Alcolumbre (União-AP), receberam entre R$ 26 milhões e R$ 34 milhões. Esses números divergem das autorizações para senadores de oposição, como Damares Alves (Republicanos-DF) e Jorge Seif (PL-SC), que ficaram com R$ 810 mil e R$ 700 mil, respectivamente. O senador Wellington Fagundes (PL-MT), que também é próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conseguiu R$ 18 mil. Distribuição na Câmara Na Câmara, apesar de os deputados terem direito a menos recursos, alguns conseguiram ocupar o topo da lista, junto com alguns senadores. É o caso do deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA), que conseguiu a liberação de R$ 23 milhões. O deputado Castro Neto (PSD-PI) obteve R$ 19 milhões. Os dois são, respectivamente, filhos dos senadores Otto Alencar e Marcelo Castro. Os deputados Gabriel Nunes (PSD-BA), Márcio Jerry (PCdoB-MA) e Zeca Dirceu (PT-PR) conseguiram entre R$ 17 milhões e R$ 20 milhões, enquanto Mário Frias (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP) conseguiram R$ 200 mil. Os parlamentares vinham cobrando do Palácio do Planalto que as emendas fossem destravadas ainda neste mês. A partir de junho, por causa do calendário eleitoral, há limitações a esses repasses. Portanto, quem consegue a liberação de emendas mais cedo tem mais tempo para obter ganhos políticos com os recursos às vésperas da eleição municipal, quando parlamentares tentam emplacar aliados nos cargos e se fortalecerem para a eleição de 2026.
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17/04 - CCJ do Senado aprova PEC criticada pelo governo que turbina salários de juízes e promotores
Texto concede 5% de aumento a cada cinco anos para Judiciário e MP até limite de 35%. Valor não estaria sujeito ao 'abate-teto'; governo aponta risco de rombo e efeito-cascata. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (17) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede um aumento salarial de 5% a cada cinco anos de serviço para membros do Judiciário e do Ministério Público. O texto, que seguirá para análise do plenário, turbina o salário de juízes e promotores até o limite de 35% da remuneração do servidor. Pelo texto da PEC, o valor não seria contabilizado dentro do teto do funcionalismo público (atualmente em R$ 44 mil). Relator da proposta, o senador Eduardo Gomes (PL-TO) estendeu, em seu parecer, o benefício para ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e conselheiros dos tribunais de contas municipais e estaduais. Gomes também propõe permitir que o penduricalho seja pago a: defensores públicos servidores da Advocacia-Geral da União (AGU) procuradores dos estados e do DF e delegados da Polícia Federal O acréscimo do salário para estas categorias valerá para os casos em que o servidor for impedido ou optar por não exercer a advocacia privada. Em todos os casos, o texto autoriza o pagamento do penduricalho a aposentados e pensionistas. Lira reage à pecha de vilão e questiona aliados: 'Preciso descer para organizar a base?' Governo vê 'pauta-bomba' Popularmente conhecida como PEC do Quinquênio, a proposta resgata um benefício extinto em 2006 e que foi retomado para o Judiciário em 2022, por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2022, com o apoio do presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os senadores chegaram a colocar em votação uma versão anterior da PEC que tramitava desde 2013. Aliados do então presidente eleito Lula, no entanto, conseguiram adiar a análise. Lideranças do Planalto têm atuado contra a proposta por receio de um efeito cascata e pressão sobre o Orçamento público em todas as esferas, federal, estadual e municipal. O presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União-AP), usou de uma estratégia regimental para avançar com a votação do texto – a despeito de críticas de parlamentares, que tentavam retomar a discussão da PEC. Líder do governo na Casa, o senador Jaques Wagner (PT-BA) classificou a proposta como uma “bomba [fiscal] que pode estar por vir”. O senador disse haver um estudo que indica que o impacto dos benefícios previstos na proposta pode ser de cerca de R$ 42 bilhões por ano. “É um tsunami do ponto de vista das carreiras jurídicas. Isso vai ter impacto nos 26 estados e no DF. Não ficará restrito. A pressão sobre os governadores será imensa [...] Entendo o espírito do presidente Rodrigo [Pacheco], o esforço que ele está fazendo. Mas estou só alertando pro tipo de impacto fiscal que vai dar. Não existe orçamento próprio de nenhum Poder”, disse Jaques. Defensores da PEC, entre eles o presidente Rodrigo Pacheco, avaliam que o texto é uma forma de valorizar as carreiras, enquanto não há propostas de reformulação das estruturas dos servidores. De acordo com o texto, o benefício vai substituir outros adicionais por tempo de serviço. A implantação do quinquênio dependerá, ainda segundo a proposta, de ato próprio do órgão responsável pelas carreiras beneficiadas. Também será preciso comprovar recursos no Orçamento para financiar o penduricalho. Durante a discussão desta quarta, senadores pleitearam a inclusão de novas categorias dentro do escopo da proposta. Davi Alcolumbre defendeu que eventuais alterações sejam discutidas no plenário. Segundo o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco deverá convocar, antes de dar início à discussão da proposta, uma sessão exclusiva para debater o teor da proposta. Limite aos supersalários O presidente do Senado tem defendido que o avanço da PEC do Quinquênio no Congresso estará associado a um projeto que combate os chamados supersalários no funcionalismo público, que driblam o teto constitucional de R$ 44 mil. Segundo Alcolumbre, Pacheco tem conversado com representantes das categorias e até mesmo com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), para costurar um acordo em torno da PEC. “Aí, nós vamos resolver esses problemas dos penduricalhos, que nós acompanhamos muitas das vezes pela imprensa, magistrados recebendo 200, 300, 400, 500 mil de remuneração. Por quê? Porque não tem uma regra estabelecida concreta que proteja, que acabe com o penduricalho e que dê uma situação de estabilidade na vida desse servidor público”, disse o presidente da CCJ.
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17/04 - Em busca da meta: governo prepara novas medidas para elevar arrecadação, diz secretário do Tesouro Nacional
Rogério Ceron afirmou ao g1 e à TV Globo que a área econômica trabalha em novas ações para elevar receitas. Medidas serão incluídas na proposta de Orçamento para 2025, a ser enviada ao Congresso em agosto. A proposta do governo de afrouxar as metas fiscais para 2025 e para 2026 não afastou a necessidade de buscar arrecadação extra para tentar cumprir os objetivos. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a equipe econômica já trabalha em novas medidas para aumentar a arrecadação e, com isso, perseguir as metas para as contas públicas. "Têm medidas [para elevar a arrecadação] que vão ser feitas ainda. Para atingir esses objetivos, temos de continuar perseguindo eles, adotando medidas. Se tivermos uma ruptura no compromisso com a recuperação fiscal do país por qualquer um dos poderes, nós teremos dificuldades nesses objetivos", declarou Ceron ao g1 e à TV Globo. As medidas, que estão em estudo no âmbito da Secretaria da Receita Federal, serão incluídas na proposta de orçamento do ano que vem -- que tem de ser enviada ao Congresso Nacional até 31 de agosto. Para 2025, os números do Tesouro indicam que será preciso arrecadar R$ 60 bilhões a mais, mesmo com a meta fiscal de "déficit zero", menos ambiciosa – entenda mais abaixo nessa reportagem. No ano passado, o governo adotou o mesmo procedimento. Incluiu no orçamento a proposta de elevar a arrecadação em R$ 168 bilhões para tentar cumprir a meta fiscal de 2024 -- que é de zerar o rombo das contas públicas. Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Entre as propostas anunciadas em 2023, havia mudanças no Carf (instância de recursos da Receita Federal), tributação de fundos exclusivos e "offshores", além de alteração no formato do regime de juros sobre capital próprio (das empresas) -- todas, já aprovadas pelo Congresso Nacional. "Para o envio da proposta orçamentária [de 2025, em agosto], elas serão enviadas. Como fizemos no ano passado", confirmou o secretário Rogério Ceron. O secretário do Tesouro não quis antecipar quais ações para aumentar a arrecadação estão em estudo. Essas receitas adicionais serão necessárias mesmo que a arrecadação prevista até o momento seja, de fato, atingida. Ou seja: a previsão de gastos supera a previsão de receitas, até o momento. Ceron, do Tesouro Nacional, avalia que o resultado é factível, apesar da descrença do mercado financeiro. “Não há perspectiva alguma de alteração da meta [de zerar o déficit]. Não tem por que jogar a toalha e não perseguir essa meta em 2024”, declarou. Corte de despesas não é suficiente O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresentado nesta semana pelo governo inclui, além da revisão das metas, as primeiras medidas de cortes de gastos públicos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As ações já foram, inclusive, tomadas: a revisão do cadastro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para combater fraudes, e mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). A projeção do governo é que, com essas propostas, seria possível economizar cerca de R$ 9,3 bilhões por ano. O valor não é suficiente para cobrir a arrecadação extra. Desde o ano passado, economistas ouvidos pelo g1 avaliam que há espaço para o governo avançar nas medidas de reduções de despesas. Simone Tebet diz que não haverá mudança no limite de gastos Arrecadação adicional No mês passado, o Tesouro Nacional informou, por meio do relatório de projeções fiscais, que a equipe econômica precisaria elevar a arrecadação, por meio de medidas adicionais, em R$ 296 bilhões em 2025 e 2026 para cumprir as metas fiscais. Nesta semana, o governo anunciou a proposta, que ainda precisa passar pelo crivo do Legislativo, de reduzir as metas fiscais dos próximos anos. Em 2025, ao invés de buscar um superávit de R$ 62 bilhões, quer atingir uma meta de déficit zero (sem superávit, e nem déficit). Para 2026, ao invés de buscar um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões), quer uma meta de um saldo positivo menor, de cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais nestes dois anos, o espaço que o governo ganhou para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Mesmo assim, segundo os números do Tesouro Nacional, ainda faltam cerca de R$ 130 bilhões nos dois anos para atingir as metas – valor da arrecadação adicional necessária para cumprir as metas. Faltam cerca de R$ 60 bilhões em 2025; Faltam aproximadamente R$ 70 bilhões em 2026. Rombo nas contas em todo governo Lula Apesar de buscar um superávit nas contas em 2026, o último da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a equipe econômica previu, no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, divulgada nesta semana, rombos fiscais para o país durante toda a atual gestão. Mesmo com a previsão de que as contas permanecerão no vermelho em todo o governo Lula, a equipe econômica avalia que as metas fiscais serão atingidas nos próximos anos por estarem dentro da banda (dentro do intervalo previsto pelo arcabouço fiscal). Ou o superávit pode vir pelo abatimento de precatórios. Precatórios são dívidas que o governo tem que pagar e já foram reconhecidas pela Justiça. Se o governo conseguir adiantar esses pagamentos, libera espaço nas contas dos anos seguintes. Em temos de metas fiscais, objetivo do governo é atingir os seguintes resultados: 2024: déficit zero 2025: déficit zero 2026: superávit de 0,25%, cerca de R$ 33 bilhões Já em termos de projeções, o cenário é outro. O governo estima que, se o quadro atual for mantido, o país terá: 2024: rombo de R$ 9 bilhões; 2025: rombo de R$ 29,1 bilhões; 2026: rombo de R$ 14,37 bilhões.
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17/04 - Brasil perdeu R$ 453,5 bilhões por conta do mercado ilegal em 2022, diz levantamento
Montante reúne, por exemplo, prejuízos com pirataria, contrabando e ligações clandestinas de água e luz. Estudo da CNI será apresentado ao ministro Ricardo Lewandowski. Brasil perdeu R$ 453,5 bilhões por conta do mercado ilegal em 2022 Levantamento de entidades do setor da indústria mostra que o Brasil registrou em 2022 um prejuízo total de R$ 453,5 bilhões com o mercado ilegal. O estudo, chamado “Brasil Ilegal em Números”, foi produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelas federações estaduais das indústrias de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan). O levantamento será apresentado nesta quinta-feira (18) em Brasília ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante seminário na CNI. O montante de R$ 453,5 bilhões, conforme o estudo, abrange os prejuízos com: contrabando; pirataria; roubo; fraude fiscal; sonegação de impostos; furto de serviços públicos. Para o diretor da Fiesp e da Firjan Carlos Erane de Aguiar, os números do levantamento mostram um “desastre nacional”, que atinge diretamente cidadãos e os governos. “A cifra de R$ 453,5 bilhões é um desastre nacional, que atinge todo cidadão, governos municipais, estaduais e União. São recursos que equivalem a todo o Produto Interno Bruto (PIB) do estado de Santa Catarina, por exemplo. A CNI, Fiesp e Firjan querem chamar a atenção para essa calamidade”, afirmou em comunicado divulgado pela CNI. Máfia dos cigarros falsificados proíbe a venda de contrabando do Paraguai, usando terror “Queremos contribuir para que os governos adotem medidas mais rígidas para combater essa ilegalidade, investindo ainda mais em segurança pública em todo o país”, acrescentou. Segundo o levantamento, dados do Índice Global de Crime Organizado mostram o Brasil na posição de número 171 em um ranking que avalia o mercado de produtos falsificadas em 193 países. Isto quer dizer, ainda conforme o estudo, que a situação do Brasil é “especialmente alarmante”. Impactos diretos De acordo com o levantamento das entidades do setor da indústria, os principais impactos do mercado ilegal incluem: ao menos 15 setores da economia afetados diretamente; cerca de 370 mil postos de trabalho que deixaram de ser gerados nesses setores; R$ 136 bilhões que deixaram de ser arrecadados em impostos; R$ 6,3 bilhões que deixaram de ser arrecadados com os “gatos” de energia, isto é, conexões clandestinas; R$ 14 bilhões que deixaram de ser arrecadados com as ligações clandestinas de água. “ É notório que o mercado ilegal é um problema que afeta não apenas a indústria, mas toda a sociedade, responsável por um ciclo gerador de perdas, danos e violência criminal”, afirma o estudo. “Em suas mais variadas vertentes, o impacto é percebido na economia com perdas equivalentes às riquezas produzidas por estados inteiros, e na sociedade, em especial nas camadas mais carentes, na redução da oferta de postos de trabalho e na piora da qualidade de bens consumidos”, acrescenta o levantamento. Apreensões de contrabando de alho e cebola aumentaram 1.000% neste ano Produtos ilegais de outros países O levantamento do setor da indústria também leva em conta a entrada no Brasil de produtos ilegais com origem em outros países. De acordo com o estudo, em 2023, a Receita Federal fez 17,6 mil operações de combate a crimes como contrabando e importação irregular de mercadorias, o que resultou na apreensão de R$3,78 bilhões em mercadorias. “Os principais setores com apreensões estão divididos entre: cigarros e similares, eletroeletrônicos, veículos, vestuário, informática, bebidas, brinquedos, inseticidas, fungicidas, herbicidas, desinfetantes, calçados e perfumes”, informa o estudo.
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17/04 - 'Prévia do PIB' do Banco Central indica expansão de 0,4% na economia em fevereiro
Esse foi o quarto mês consecutivo de crescimento do nível de atividade. Em 12 meses até fevereiro, o IBC-Br apresentou crescimento de 2,34%. O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central do Brasil, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou expansão de 0,4% em fevereiro na comparação com o mês anterior, informou a instituição nesta quarta-feira (17). O resultado foi calculado após ajuste sazonal – um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes. De acordo com dados do BC, esse foi o quarto mês seguido de crescimento do nível de atividade. Na comparação com fevereiro do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 2,59%. Na parcial do ano, o índice teve alta de 2,95%. Já em 12 meses até fevereiro, apresentou crescimento de 2,34%. Nesses casos, o índice foi calculado sem ajuste sazonal. O Fundo Monetário Internacional revisou a previsão de crescimento da economia mundial e também da brasileira PIB e IBC-Br O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social. Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 1,95% para o PIB – com desaceleração frente ao resultado do ano passado (+2,9%). Já para 2025, a expectativa é de um crescimento de 2%. O IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE. O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. No fim de março, a taxa foi reduzida para 10,75% ao ano pela sexta vez seguida.
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17/04 - Dólar tem 1ª queda após 'arrancada', ainda com cautela sobre juros dos EUA e risco fiscal no Brasil; Ibovespa cai
Moeda norte-americana caiu 0,50%, cotada a R$ 5,2434. Já o principal índice acionário da bolsa de valores recuou 0,17%, aos 124.171 pontos. Dólar opera em baixa Freepik O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (17), em um movimento de correção após uma sequência de cinco avanços das cotações nos últimos dias, que fizeram a moeda disparar 5,25% em uma semana. Os principais pontos de atenção dos investidores seguem os mesmos: a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, a piora da percepção de risco fiscal no Brasil e, além disso, a cautela com o conflito no Oriente Médio. O mercado ainda repercute a temporada de balanços nos Estados Unidos, com algumas empresas entregando resultados positivos. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, também teve queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar O dólar fechou em queda de 0,50%, cotado a R$ 5,2434. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula: alta de 2,39% na semana; ganho de 4,55% no mês; alta de 8,06% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 1,64%, cotada em R$ 5,2697, no maior patamar desde março de 2023 (R$ 5,2884). Ibovespa O Ibovespa teve queda de 0,17%, aos 124.171 pontos, no menor nível desde novembro de 2023 (123.166 pontos). Com o resultado, acumula: queda de 1,41% na semana; baixa de 3,07% no mês; recuo de 7,46% no ano. Na véspera, encerrou em queda de 0,75%, aos 124.389 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Investidores voltaram a acreditar que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Segundo a ferramenta CME FedWatch, que monitora a percepção do mercado sobre os juros americanos, mais da metade dos investidores espera que o primeiro corte nas taxas seja só em setembro. Antes, as expectativas eram de que o ciclo de baixas começasse ainda no primeiro semestre. Essa percepção veio depois da divulgação de dados fortes da economia nos últimos dias. Na segunda, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos — referência global de investimentos seguros — superarem os 4,60%. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou na terça-feira que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%. "Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante evento realizado em Washington. Já o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, disse que "será apropriado manter a atual postura restritiva da política monetária por mais tempo" caso a inflação não desacelere como esperado. "Minha perspectiva básica continua sendo a de que a inflação diminuirá ainda mais, com a taxa básica mantida estável em seu nível atual, e que o mercado de trabalho permanecerá forte, com a demanda e a oferta de trabalho continuando a se reequilibrar", disse Jefferson em comentários preparados para um discurso em uma conferência de pesquisa do Fed em Washington. "É claro que as perspectivas ainda são bastante incertas, e se os dados disponíveis sugerirem que a inflação é mais persistente do que espero atualmente, será apropriado manter a atual orientação política restritiva por mais tempo. Estou totalmente empenhado em fazer a inflação voltar a 2%." Nesta quarta-feira, o Fed divulgou o Livro Bege, um retrato da saúde da economia norte-americana. O relatório diz que a atividade dos EUA expandiu ligeiramente do final de fevereiro até o início de abril, e havia temores entre as empresas de que o progresso na redução da inflação ficasse estagnado. "Dez dos doze distritos tiveram um crescimento econômico leve ou modesto (...). A perspectiva econômica entre os contatos foi cautelosamente otimista, no geral", diz. No relatório, o ritmo da alta dos preços foi descrito em geral pelas empresas como modesto, em média, mas seis distritos do Fed destacaram aumentos moderados nos preços de energia e os contatos em alguns deles, principalmente no setor de manufatura, viram riscos de alta no curto prazo nos preços de insumos e de produção. O risco fiscal também continua pesando sobre os mercados. Na segunda-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Investidores enxergam a medida como uma derrota da equipe econômica, que havia projetado superávit de 0,25% em 2025. Segundo o blog do Valdo Cruz, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Também na segunda, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. ENTENDA: Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto Além disso, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria. Há um esforço diplomático internacional, principalmente dos Estados Unidos e Europa, de conter a escalada das tensões, impedindo que Israel responda ao ataque. No entanto, o governo israelense prometeu uma retaliação e voltará a se reunir nesta terça para discutir uma resposta. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano, mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters. O Irã disse, depois do ataque, que tratava a questão como encerrada, mas disse que vai revidar caso haja um novo ataque de Israel. Neste contexto de incertezas, investidores recorrem a ativos vistos como sendo mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil.
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17/04 - Plano Safra: lideranças do agro pedem R$ 36 bilhões para investimento em máquinas agrícolas em 2024
Valores voltados a investimentos são até 116% maiores do que os programados para o ciclo 2023/2024. Câmara setorial da Abimaq aponta necessidade de mais recursos para reduzir dependência dos bancos e garantir mais estabilidade à indústria nacional. Custeio e investimentos podem ser pleiteados no Plano Safra Freepik À espera do anúncio do Plano Safra 2024/2025, representantes do agronegócio solicitam ao menos R$ 36 bilhões para investimentos em máquinas agrícolas pelo pacote do governo federal que financia as atividades agropecuárias do país. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp De acordo com Pedro Estevão Bastos Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, foram solicitados R$ 26 bilhões pelo Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), incluindo valores para o médio produtor (Moderfrota Pronamp), além de R$ 10 bilhões pelo Pronaf Mais Alimentos. Os valores, sugeridos durante um encontro com autoridades em Brasília (DF) há cerca de um mês, representam incrementos de 116% e 66% com relação aos créditos disponibilizados no ciclo 2023/2024. Segundo Oliveira, a elevação visa garantir que as linhas do governo federal, com taxas de juros menores que as dos bancos, durem mais tempo e permitam maior estabilidade nas vendas das indústrias brasileiras ao longo do ano. Para 2024, o setor projeta um recuo de 15% nas vendas, diante de um cenário de desvalorização das commodities e questões climáticas. "O Modefrota durou quatro meses. Ou seja, você passa oito meses sem dinheiro do governo. (...) Um período do ano você fica com as vendas muito dependendo de juros de mercado. E aí se tem um período muito intenso de vendas e outro meio parado. Isso para a indústria não é bom. Para a indústria é bom você ter um negócio que fica ao longo do tempo, sem grandes variações", argumenta. O presidente da Câmara setorial, no entanto, pondera que as taxas de juros a serem definidas pela União devem ficar em um patamar "razoável", abaixo dos 18%, mas não tão reduzidas, porque a prioridade é a maior disponibilidade de recursos. "Se você colocar um juro muito baixo, você tem um subsídio maior em relação à taxa atual. E se você coloca um subsídio muito grande, o governo diminui o valor. Então a gente sempre deixa esse assunto para o governo resolver, porque nós sempre advogamos por um maior volume de dinheiro. Se você baixa muito o juro, o volume de dinheiro cai muito", explica. LEIA TAMBÉM Pulverização eficiente, dados precisos, máquinas silenciosas: aplicações de IA são tendência na agricultura Baixa nas commodities, seca, recuo de vendas: quais as projeções do setor de máquinas agrícolas para 2024 Destinado a ajudar no custeio e nos investimentos do setor agropecuário brasileiro, o Plano Safra é divulgado todos os anos geralmente no período entre maio e junho e com validade entre julho e junho do ano seguinte. Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq Divulgação/ Abimaq Para o período compreendido entre 2023 e 2024, o governo federal anunciou um total de R$ 435,8 bilhões, dos quais 73% já tinham sido utilizados até o início de abril. Mas valores voltados para renovação e expansão da frota agrícola, segundo Oliveira, já não estão disponíveis. Nesse sentido, segundo ele, as lideranças também chegaram a pedir ao governo federal uma antecipação no anúncio do Plano Safra para melhorar as perspectivas de negócios na Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio. "Esses recursos basicamente são para custeio, não servem. Custeio você empresta para um ano, no máximo dois, então você tem outra dinâmica. Quando você fala em investimento, está emprestando para sete, dez anos, e tem outra perspectiva de tempo e de custo." Enquanto o novo Plano Safra não é anunciado, diferentes entidades ligadas ao campo no país apresentam suas propostas. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), com outros sindicatos rurais, por exemplo, solicitou um montante total de R$ 568 bilhões para 2024/2025 e taxas de juros de até 9%. Veja mais notícias da Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região
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17/04 - Mandioca tem substância tóxica que faz mal para saúde, você sabe qual é? g1 explica
Série 'De onde vem o que eu como' mostra o cultivo de um dos alimentos mais consumidos no Brasil desde a época pré-colonial. De onde vem o que eu como: mandioca Mandioca tem cianeto, uma substância tóxica que é eliminada durante o cozimento. Popular em Belém do Pará, a mandioca passa por esse processo para fazer caldo: "Eu vou tomar um tacacá, dançar, curtir, ficar de boa", conhece esse hit da música brasileira? Também conhecida como macaxeira, aipim ou até pão-de-pobre, dependendo da região — a mandioca está presente na culinária brasileira nos quatro cantos do país desde a época pré-colonial, quando os indígenas a tinham como um dos principais alimentos devido ao seu valor nutricional e facilidade de preparo. Neste episódio da série De onde vem o que eu como, o g1 foi até Ubirajara, interior de São Paulo, entender como a mandioca é produzida, do campo até a sua mesa. Nesta reportagem, você verá que... 🍠... a mandioca contém cianeto, uma substância tóxica que é removida do alimento durante o cozimento. Quando a quantidade do composto químico é alta, a mandioca é chamada de brava e precisa passar por um cozimento industrial antes de ir para mesa. Quando o nível de cianeto é baixo, ela é chamada de mansa e pode ser consumida após o cozimento simples. 🌱... e não dá para uma pessoa que não seja especialista diferenciar qual é brava e qual não é só de olhar... Mas o produtor já diferencia na hora da colheita. As folhas da planta, por exemplo, podem indicar qual o tipo. Outra alternativa é experimentar um pedaço pequeno. Se estiver amargo, é de mandioca brava. Mas não convém arriscar. 🎋Pará, Paraná e São Paulo são os estados que mais produzem o alimento. Em 2023, o Brasil produziu 19 milhões de toneladas de mandioca. Produtor organizando manivas para plantar mandioca Fábio Tito/g1 Produtores colhendo mandiocas Fábio Tito/g1 Mulher está sentada descascando mandioca Fábio Tito, g1 Produtor de mandioca colhendo o alimento Fábio Tito/g1 Créditos do "De onde vem" Coordenação editorial: Luciana de Oliveira Reportagem: Murillo Otavio e Fábio Tito Roteiro: Murillo Otavio, Gabi Gonçalves e Paula Salati Narração: Gabi Gonçalves Edição e finalização: Rafael Leal Produção: Murillo Otavio e Giovana Toledo Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli Coordenação de arte: Guilherme Luiz Pinheiro Direção de arte e ilustrações: Luisa Rivas e Gabriel Wesley Marques Motion Design: Veronica Medeiros Fotografia: Fábio Tito Motorista: Ricardo Barbosa Veja como mais alimentos são produzidos De onde vem o que eu como: baunilha Lúpulo da cerveja é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial ao anoitecer no Bras De onde vem o Maracujá De onde vem o sorvete Água de coco não é tudo igual: veja quais tipos podem ser comercializados no Brasil
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17/04 - Bolsa Família 2024: pagamentos de abril começam nesta quarta-feira; veja calendário
Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. Calendário do Bolsa Família 2024 é divulgado. MDS A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de abril do Bolsa Família nesta quarta-feira (17). Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o benefício será pago durante os últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada — com exceção de dezembro, quando o calendário é antecipado. Há exceção também para os moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo Governo Federal. Para essas pessoas, o pagamento será realizado de forma unificada, no primeiro dia do repasse, independentemente do número final do NIS. O Bolsa Família prevê o pagamento de, no mínimo, R$ 600 por família. Há também os adicionais de: R$ 150 por criança de até 6 anos; R$ 50 por gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 17 anos; R$ 50 por bebê de até seis meses. Confira o calendário do Bolsa Família para abril de 2024: Final do NIS: 1 - pagamento em 17/4 Final do NIS: 2 - pagamento em 18/4 Final do NIS: 3 - pagamento em 19/4 Final do NIS: 4 - pagamento em 22/4 Final do NIS: 5 - pagamento em 23/4 Final do NIS: 6 - pagamento em 24/4 Final do NIS: 7 - pagamento em 25/4 Final do NIS: 8 - pagamento em 26/4 Final do NIS: 9 - pagamento em 29/4 Final do NIS: 0 - pagamento em 30/4 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Maio: de 17/5 a 31/5; Junho: de 17/6 a 28/6; Julho: de 18/7 a 31/7; Agosto: de 19/8 a 30/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 18/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 29/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família 2024: pagamentos começam nesta quinta-feira; veja calendário Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.
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17/04 - +Milionária pode pagar R$ 173 milhões nesta quarta-feira
Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil O concurso 139 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 173 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (17), em São Paulo. No concurso do último sábado (13), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui.
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16/04 - Desembargador devolve mandato a presidente do Conselho de Administração da Petrobras
Pietro Mendes havia sido afastado por decisão judicial na última semana. Presidente do conselho volta ao cargo a tempo de participar de discussão sobre dividendos. O desembargador federal Marcelo Saraiva decidiu nesta terça-feira (16) devolver o cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras a Pietro Mendes – que havia sido afastado por decisão judicial na última semana. Pietro Mendes, em Comissão Mista no Senado, em 2018. Geraldo Magela/Agência Senado A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região ainda precisa discutir o assunto para que a decisão seja definitiva. Para o desembargador, não há conflito de interesses na indicação de Mendes ao cargo e na suspensão dele do cargo "revela-se evidente o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, caso não concedido o efeito suspensivo". A decisão chega a tempo de Pietro comandar a próxima reunião do Conselho de Administração da Petrobras, na próxima sexta-feira (19). Segundo apurou o g1, na ocasião, os conselheiros devem debater a distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas. Decisões suspensas Na terça-feira (15), o desembargador também suspendeu outra decisão do juiz federal que afastou o conselheiro Sergio Rezende do cargo. Ambos, Mendes e Rezende, são representantes da União – que havia perdido poder de voto com os afastamentos. Na última semana, o juiz federal Paulo Cezar Neves afastou Pietro do cargo, em ação movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira Lima (Novo-SP). O juiz entendeu que havia conflito de interesses no fato de Pietro ocupar o cargo no conselho e, ao mesmo tempo, comandar a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia – pasta à qual a Petrobras está vinculada. Além disso, a decisão também avaliou que a indicação do governo teria contrariado o estatuto da Petrobras, uma vez que o nome não foi escolhido entre candidatos de uma lista tríplice, elaborada por uma empresa independente. Gerson Camarotti: 'Presidente sabe que agora precisa pacificar a Petrobras' Na sexta-feira (12), a União recorreu da decisão, pedindo a recondução de Pietro Mendes ao cargo de presidente do Conselho de Administração da estatal. No documento, o advogado da União afirma que não há conflito de interesses, uma vez que "a atuação da Petrobras contempla a tutela de interesses públicos e a função ocupada pelo indicado [...] é igualmente de ordem pública". Leia também: Distribuição de dividendos pela Petrobras não gera problemas para investimentos da estatal, diz Haddad Governo cria grupo de trabalho para monitorar preço do petróleo diante de conflito no Oriente Médio Entenda o processo A suspensão dos mandatos do Conselho da Petrobras têm como base ações protocoladas contra a primeira composição do Conselho de Administração da Petrobras sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que questionam eventual conflito de interesses dos integrantes do colegiado. O conselho é o órgão responsável pelas decisões estratégicas da Petrobras, sendo composto por: seis representantes da União; quatro representantes dos acionistas minoritários, ou seja, investidores privados; uma representante dos petroleiros, eleita por eles. A Petrobras segue um processo interno de verificação dos currículos indicados, que passa por análise da área técnica, parecer do Comitê de Elegibilidade e do Comitê de Pessoas. Esse parecer é opinativo, cabendo ao Conselho de Administração vigente a decisão sobre levar um parecer favorável ou não aos nomes indicados para apreciação da Assembleia de Acionistas. Petrobras Jornal Nacional/Reprodução Contudo, como a União tem 36,6% de participação na Petrobras, seu poder de voto na Assembleia é suficiente para eleger os indicados, mesmo com pareceres contrários pela governança da estatal. Foi o que aconteceu em 2023. Naquela ocasião, o Conselho de Administração da Petrobras era composto por integrantes do governo passado, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e representantes dos minoritários. Tanto os comitês quanto o colegiado deram pareceres contrários a algumas indicações da União, entre elas a de Pietro Mendes. Contudo, o Ministério de Minas e Energia havia elaborado um parecer jurídico que viabilizou a eleição. Além disso, uma decisão do então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski sobre vedações para indicações na Lei das Estatais também abriu caminho para a eleição.
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16/04 - Mega-Sena, concurso 2.713: prêmio acumula e vai a R$ 72 milhões
Veja as dezenas sorteadas: 09 - 23 - 25 - 26 - 35 - 58. Quina teve 66 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 55,3 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.713 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (16), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 72 milhões. Veja os números sorteados: 09 - 23 - 25 - 26 - 35 - 58 5 acertos - 66 apostas ganhadoras: R$ 55.368,20 4 acertos - 4.712 apostas ganhadoras: R$ 1.107,90 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (18). Mega-Sena, concurso 2.713 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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16/04 - Governo discute obrigar distribuidoras de energia a oferecer canais de telefone exclusivos para prefeituras
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirma que essa medida poderia garantir a melhoria na qualidade dos serviços. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, discute com o grupo de trabalho de renovação das concessões de distribuição de energia a previsão, nos novos contratos, de criação de canais de atendimento direto a prefeituras e governos estaduais. Segundo Silveira, essa medida poderia garantir melhoria na fiscalização dos serviços e na qualidade de atendimento por parte das distribuidoras. Nesta terça-feira (16), Silveira se encontrou com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB ) para tratar do assunto. Nunes critica a distribuidora que atende à capital e à região metropolitana de São Paulo, a Enel SP. Alexandre Silveira diz que falhas da Enel em São Paulo serão investigadas Mais cedo, nesta terça-feira (16), o prefeito entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), um projeto de lei que dá aos municípios e ao Distrito Federal o poder de fiscalizar as empresas. O texto ainda determina que o Ministério de Minas e Energia, a quem compete a renovação dos contratos, consulte as prefeituras antes de decidir sobre a continuidade da concessão. A apresentação da proposta vem na esteira de declarações do prefeito contra a empresa responsável pela distribuição de energia elétrica na capital e na região metropolitana de São Paulo, a Enel SP. Dois eventos recentes acirraram o debate sobre a qualidade dos serviços de distribuição: o apagão de 3 de novembro de 2023, que deixou milhões de clientes sem energia por dias; os blecautes no centro de São Paulo, em março. Renovação das concessões No momento, o governo está conduzindo o processo de renovação de contratos de distribuição de energia com 20 empresas espalhadas pelo país. Os contratos se encerram até 2031 e, juntos, representam 62% do mercado. Estão nesse grupo empresas como a Light, Enel Rio e Enel SP. O governo é o responsável por dar prosseguimento à renovação, com a publicação de um decreto que vai listar os critérios para os novos contratos. Contudo, esse decreto está atrasado. Na última segunda-feira (15), Silveira disse que o texto deve sair em até 15 dias. No início do mês, o ministro afirmou que usaria o processo de renovação dos contratos para "arrancar até a última gotinha" das distribuidoras.
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16/04 - Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias; entenda os motivos
Valorização da moeda norte-americana frente ao real está relacionada ao acirramento dos conflitos no Oriente Médio, à piora de expectativa por uma queda de juros nos Estados Unidos e ao afrouxamento da meta fiscal para controle das contas públicas do Brasil. Entenda por que o dólar disparou em poucos dias Nos últimos sete dias, o dólar disparou frente ao real. A moeda norte-americana saltou de R$ 5 para R$ 5,26, o que representa uma alta de 5,25% nesse curto período. Após o encerramento do pregão desta terça-feira (16), o dólar não só atingiu como renovou seu maior patamar em mais de um ano, acendendo um alerta para o governo brasileiro e sua equipe econômica. Em 2023, a moeda norte-americana havia acumulado uma queda de 8,06% no primeiro ano da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi um fator importante para o controle da inflação e o consequente início do ciclo de corte de juros. No início de 2024, o caminho se inverteu. Até aqui, o dólar passou a acumular ganhos de 8,60% sobre o real — impulsionado, em especial, pelas altas desta semana. Três fatores relacionados à migração de investimentos para os Estados Unidos e às contas do governo brasileiro ajudam a explicar a desvalorização da moeda brasileira nesta semana. São eles: ▶️ Piora nas expectativas sobre cortes na taxa de juros norte-americana ▶️ Escalada dos conflitos entre Irã e Israel ▶️ Mudança na meta fiscal anunciada pelo governo brasileiro Expectativa sobre os juros nos EUA Desde a última decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), foram divulgados novos dados da economia norte-americana, que indicaram um mercado de trabalho aquecido e aceleração da inflação no país. São informações importantes e que deixam o BC dos EUA receoso de cortar os juros do país. Queda de juros nos Estados Unidos ajuda a valorizar o real frente ao dólar. Quando os juros estão elevados por lá, a rentabilidade das Treasuries (títulos públicos norte-americanos), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país. Em relação a moedas emergentes, como o real, o movimento de valorização do dólar fica ainda mais claro, porque investidores deixam as aplicações mais arriscadas para destinar recursos aos EUA. Quanto menos dólar entra no mercado brasileiro, mais a moeda norte-americana se valoriza. Na semana passada, no dia 10, houve a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Contra as expectativas do mercado financeiro, a inflação ao consumidor acelerou e chegou a 3,5% em março, ante 3,2% registrados em fevereiro. Após a divulgação dos dados, a maioria das bolsas pelo mundo ficaram no vermelho. As três principais bolsas de valores de Wall Street fecharam em queda, assim como alguns índices acionários na Europa. Aqui, o dólar passou dos R$ 5,0070 para R$ 5,0774, alta de 1,41% no dia. Mais números de inflação ao produtor, divulgados ainda na semana passada, levaram a moeda americana a R$ 5,1212 na sexta-feira. Escalada dos conflitos entre Irã e Israel No fim de semana, um novo capítulo complicou a situação. O Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após um suposto ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria. Desde então, o mundo está observado a possibilidade de que Israel possa revidar um ataque realizado pelo Irã no último fim de semana. Caso isso aconteça, os conflitos podem se agravar no Oriente Médio — região que já tem sido paco dos embates sangrentos entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O aumento dos conflitos também significa uma fuga para o dólar, que é considerado um investimento mais seguro. Esse processo valoriza a moeda norte-americana e, por consequência, desvaloriza as moedas emergentes. A primeira reação do mercado veio cedo: o dólar disparou na segunda-feira, chegando à casa dos R$ 5,18. "Queira ou não, dólar é proteção. É proteção no mundo inteiro. Então, na sexta-feira (12), quando aconteceram os ataques, o mundo inteiro correu para o dólar", explicou o analista de investimentos Vitor Mizara, na segunda-feira (15), após o início dos conflitos. Fontes falam em resposta moderada de Israel ao Irã; resposta militar não deve acontecer em território iraniano A região também é importante produtora de petróleo, o que afeta a cotação da commodity no mercado internacional. A alta do petróleo é uma preocupação primordial por aqui porque acrescenta pressão à política de preços da Petrobras. Um aumento do preço do petróleo deveria afetar diretamente os valores de combustíveis no Brasil, mas a empresa tem segurado os reajustes desde a mudança da política de preços em maio do ano passado. Mudanças na meta fiscal Entenda a linha do tempo da escalada de tensões entre Irã e Israel O último elemento para a disparada do dólar nos últimos dias foi a mudança na projeção fiscal do país, anunciada nesta segunda-feira (15) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A nova previsão é de déficit zero para 2025 — e não mais de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), como previsto até o ano passado. ▶️ Para entender melhor: Superávit é quando o governo consegue gastar menos do que arrecada com impostos e guarda dinheiro para pagar a dívida pública. Déficit é o contrário: quando o governo gasta mais do que arrecada, e as contas ficam no vermelho, com aumento da dívida pública. A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Segundo o blog do Valdo Cruz, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso Nacional não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Com o afrouxamento do arcabouço, o cálculo dos investidores é o seguinte: O país tem uma perspectiva menor de controle da dívida pública; Um país mais endividado tem uma probabilidade maior de não cumprir os pagamentos, e se torna mais arriscado; Um país mais arriscado só se torna atrativo se pagar juros mais altos pelos títulos; Com países mais seguros pagando juros mais altos no exterior, o Brasil fica menos atrativo; Se o Brasil está pouco atrativo, os investidores tiram dólares do país. Por isso, na noite de ontem, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, alertou que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) divulgado nesta terça-feira, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto
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16/04 - Moeda em comemoração aos 200 anos da 1ª Constituição do Brasil está esgotada
Destinadas a colecionadores, as moedas de prata têm valor de face de R$ 5 e foram vendidas por R$ 440. Tiragem inicial foi de 3 mil unidades. Moeda comemorativa aos 200 anos da Constituição de 1824 lançada pelo Banco Central nesta quinta Raphael Ribeiro/BCB A moeda em comemoração aos 200 anos da primeira Constituição do Brasil está esgotada. A tiragem inicial foi de 3 mil unidades. Destinados a colecionadores, a moeda foi produzida em prata e cravada em sua face com o valor de R$ 5. Cada unidade custava R$ 440. O Banco Central lançou a moeda comemorativa no dia 11, e informou que o número de unidades poderá subir para até 10 mil peças. O site Clube da Medalha, que realizou as vendas, não estipula data para início de uma nova tiragem. A moeda foi apresentada em um evento no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, com a presença de representantes do BC, da Casa da Moeda e da Câmara. Em uma de suas faces, a peça tem gravada a ilustração do livro manuscrito da primeira Constituição do país, outorgada pelo imperador D. Pedro I. Também estão cravadas as seguintes legendas: “Primeira Constituição”, “Poder Legislativo”, “200 Anos” e “1824-2024”. Na outra face, a moeda tem a representação do Palácio do Congresso Nacional, em Brasília. Ao fundo, ilustrações de dois círculos fazem referência aos plenários da Câmara e do Senado. Estão gravadas, ainda, as seguintes legendas: “BRASIL”, “2024” e “5 REAIS”. LEIA TAMBÉM Copa do Mundo, Olimpíadas, Ayrton Senna: relembre as moedas comemorativas lançadas pelo BC PERNAMBUCO: Empresário Rodrigo Carvalheira é preso suspeito de estuprar e agredir mulheres ESTADOS UNIDOS: Morre OJ Simpson, ex-jogador de futebol americano absolvido da acusação de matar a ex-mulher Veja detalhes da moeda lançada em comemoração aos 200 anos da primeira Constituição do Brasil Constituição imposta por Dom Pedro I O diretor de Administração do Banco Central, Rodrigo Alves Teixeira, afirmou que o lançamento da peça é uma contribuição da autoridade monetária para que a lembrança da primeira Constituição se "torne perene na memória da nação brasileira". "O Banco Central está lançando hoje uma moeda comemorativa, homenageando, ao mesmo tempo, as duas câmaras do Poder Legislativo e o texto legal que os deu origem. Presente e passado se encontram nessa moeda, que, de um lado, mostra o Palácio do Congresso Nacional, símbolo do Poder Legislativo; e, de outro, o livro aberto da primeira Constituição, com a pena, como foi escrito 200 anos atrás", declarou. Homenageada pelo BC, a primeira Constituição brasileira foi outorgada — isto é, imposta — por D. Pedro I, em 25 de março de 1824, menos de dois anos após a proclamação da Independência do Brasil. Ficou em vigor por 65 anos, sendo a mais longeva do Brasil até hoje. O primeiro texto constitucional brasileiro estabeleceu no Brasil uma monarquia constitucional hereditária. Também instituiu, pela primeira vez, o Poder Legislativo bicameral, prevendo a existência da Câmara dos Deputados e do Senado, e mais três Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo). A Constituição de 1824 ainda criou o Supremo Tribunal de Justiça que, atualmente, é o Supremo Tribunal Federal (STF). Além da homenagem aos 200 anos da primeira Constituição, o Banco Central já lançou diversas moedas comemorativas ao longo da história. Em 2022, disponibilizou, por exemplo, duas peças para comemorar o Bicentenário da Independência do Brasil. Em uma das faces, peça tem gravada a ilustração do livro manuscrito da primeira Constituição do país Raphael Ribeiro/BCB
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16/04 - Receita Federal diz que vai barrar encomendas internacionais que tragam risco ao consumidor
Informação foi confirmada pelo secretário da Receita, Robinson Barreirinhas. Ele citou aparelhos eletrônicos, brinquedos, cosméticos, entre outros produtos que não se adequem às regras brasileiras. Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal Edilson Rodrigues/Agência Senado O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou nesta terça-feira (16) que está em contato com agências reguladoras para barrar a importação de remessas internacionais que não estejam de acordo com as regras brasileiras. O objetivo é proteger o consumidor. "Estamos monitorando o comportamento das plataformas. Sei que há galpões grandes sendo construídos. A Receita Federal tem ferramentas para limitar abusos ao comércio nacional e utilizaremos eles para que isso não saia do controle. Demos alguns recados, você está vindo aqui e construindo galpões, lembre que a conta não é definitiva", declarou Barreirinhas, durante participação em evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE). A autarquia tem tratado sobre o tema com entidades como: a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por regras para aparelhos eletrônicos, como aparelhos celulares; a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que trata de cosméticos; e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que regulamenta o mercado local de brinquedos, roupas e calçados. Segundo o secretário, o objetivo das tratativas é colher mais informações sobre os padrões técnicos cobrados da indústria nacional, e replicá-los para as importações, barrando aquelas que não estiverem nas regras. Robinson Barreirinhas observou que as fábricas de roupas brasileiras, pelas normas técnicas, têm de seguir padrões de tecidos e de tintas para evitar riscos ao consumidor. O mesmo acontece com os demais setores. Consumidores brasileiros gastaram R$ 6,4 bilhões em encomendas internacionais em 2023 No caso de brinquedos, por exemplo, ele citou o possível risco à crianças -- que costumam levá-los à boca. "Isso não depende de lei nem nada. Se houver um laudo que a plataforma não pode vender o produto, vai mandar de volta ou vai destruir", afirmou o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. Se as empresas de comércio internacional insistirem no envio de produtos que não estejam de acordo com as regras brasileiras, Barreirinhas informou que a companhia poderá ser removida do programa Remessa Conforme. A iniciativa concede isenção de imposto de importação para compras abaixo de US$ 50. Se for excluída do programa, a alíquota do tributo é de 60%. Além disso, há a incidência de 17% em ICMS. O secretário confirmou, também, que a alíquota atual do imposto de importação, em zero para produtos de até US$ 50, pode ser elevada no futuro. "A portaria do Remessa Conforme diz que a Receita vai monitorar o andamento do programa, e fará relatórios bimestrais, inclusive sugerindo alíquotas do imposto de importação", acrescentou. Entenda Governo desiste de taxar encomendas internacionais, entre pessoas físicas, de até US$ 50 Desde agosto do ano passado, estão valendo novas regras para compras internacionais por meio dos chamados "market places", que englobam sites do exterior ou aplicativos, nas quais não há cobrança do imposto de importação para encomendas abaixo de US$ 50 – desde que as empresas façam adesão ao "Remessa Conforme". Com a tarifa zero para importações, porém, o governo está abdicando de arrecadação no momento em que busca elevar a receita para tentar cumprir as metas fiscais – o objetivo é zerar o rombo neste ano. Além disso, o governo vem recebendo fortes críticas do setor varejista brasileiro, que enfrenta a competição com produtos importados, principalmente da China. Em nota técnica divulgada no ano passado, a Secretaria da Receita Federal estimou que a isenção para compras internacionais de até US$ 50, se mantida pelo governo federal, resultará em uma "perda potencial" de arrecadação de R$ 34,93 bilhões até 2027. Em meados do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas anunciadas naquele momento para o comércio eletrônico representavam apenas o começo do processo de regularização, e indicou que haverá taxação por meio de tributos federais no futuro. Empresas certificadas De acordo com a Receita Federal, até fevereiro deste ano, sete plataformas de comércio eletrônico tinham se certificado para atuar no Programa Remessa Conforme. São elas: Sinerlog Aliexpress Shein Mercado livre Shopee Amazon Magazine Luiza Segundo a Receita Federal, entre as principais obrigações estabelecidas para o programa estão: as plataformas devem passar a incluir, no momento da operação de venda em seus sites, o valor dos impostos (federal e estadual) -- para valores acima de US$ 50 e para empresas que não aderiram ao programa -- e repassá-los ao transportador que, por sua vez, efetiva o recolhimento à administração tributária. as plataformas também devem fornecer todas as informações da operação ao transportador, para que ele possa cumprir as obrigações acessórias, tais como o preenchimento antecipado da Declaração de Importação. Setor varejista Também no mês de fevereiro deste ano, mais de 40 entidades do setor varejista brasileiro divulgaram um manifesto contra a demora da Receita Federal em taxar as importações via comércio eletrônico. Entre aquelas que subscreveram o documento, estão o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), a Força Sindical, a Eletros e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). "É injustificável a demora do governo em decidir sobre o fim da isenção dos impostos federais para vendas de até 50 dólares das plataformas internacionais de e-commerce, cujos efeitos seguem sendo analisados pelo Ministério da Fazenda, conforme vem sendo noticiado na imprensa. Não há mais o que aquilatar, considerando os claríssimos efeitos nocivos dessa benesse na indústria e no varejo nacionais, decorrentes da falta de isonomia tributária", avaliaram as entidades, em fevereiro. Essas entidades alertam que o Dia das Mães, em maio, está próximo, e é considerada uma "data de extrema importância comercial, significando faturamento proporcional expressivo no balanço anual das empresas". E acrescentam: "Caso a isenção de impostos para as plataformas internacionais seja mantida, os efeitos nocivos serão ainda mais graves".
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16/04 - LDO 2025: equipe econômica mira contas no azul, mas estimativa oficial é de rombo durante todo o governo Lula
Estimativa consta no projeto enviado ao Congresso Nacional; previsões para os próximos anos ainda serão revisadas. Texto para 2025 precisa ser aprovado pelos parlamentares. O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, enviado ao Congresso nesta segunda-feira (15) pelo governo federal, indica que a equipe econômica prevê rombos fiscais para o país durante todo o governo Lula. A área econômica mira em uma reversão do quadro – e diz que vai tentar um superávit fiscal de 0,25% em 2026, ou seja, um resultado positivo: arrecadar cerca de R$ 33 bilhões mais do que gastar. Em 2025, a meta passou a ser de receitas iguais a despesas. Déficit zero, mas também superávit zero. Apesar das metas de que as contas voltem ao azul, as últimas previsões oficiais dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento são de que as contas terão rombo até 2026 -- o último da atual gestão. E que voltarão a ter superávit somente em 2027. A obtenção do equilíbrio das contas públicas é uma diretriz do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Não é fácil. A medida provisória do finalzinho do ano [sobre déficit zero] foi menos bem recebida do que as medidas do ano passado. É da vida, da democracia, mas nós precisamos discutir seriamente esses casos para continuar na trilha de, ao equilibrar as contas [sem déficit], permitir que os juros caiam, permitir que o crescimento seja mais robusto", disse Haddad nesta segunda-feira (15). Mesmo com a previsão de que as contas permanecerão no vermelho em todo o governo Lula, a equipe econômica avalia que as metas serão atingidas nos próximos anos por estarem dentro da banda (dentro do intervalo previsto pelo arcabouço fiscal). Ou o superávit pode vir pelo abatimento de precatórios. Precatórios são dívidas que o governo tem que pagar e já foram reconhecidas pela Justiça. Se o governo conseguir adiantar esses pagamentos, libera espaço nas contas dos anos seguintes. Metas X estimativas Em termos de metas, o governo diz trabalhar para atingir o déficit zero neste ano e em 2025 – ou seja, levar os gastos públicos para um patamar semelhante ao da arrecadação. A meta anterior, de superávit já em 2025, foi alterada. Ou seja, a intenção do governo é atingir os seguintes resultados: 2024: déficit zero 2025: déficit zero 2026: superávit de 0,25%, cerca de R$ 33 bilhões Já em termos de projeções, o cenário é outro. O governo estima que, se o quadro atual for mantido, o país terá: 2024: rombo de R$ 9 bilhões; 2025: rombo de R$ 29,1 bilhões; 2026: rombo de R$ 14,37 bilhões. Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Entenda Pela proposta, a meta central é de um saldo zero em 2025. Mas o resultado das contas públicas poderá oscilar entre um déficit de R$ 31 bilhões e um saldo positivo de igual tamanho, sem que o objetivo seja formalmente descumprido. Isso porque existe uma banda em relação à meta central (de déficit zero), de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), para cima e para baixo. Para 2026, a meta central é de um superávit de 0,25% do PIB -- cerca de R$ 33 bilhões. Com a banda existente, as contas poderão oscilar entre um saldo zero e um superávit de R$ 66 bilhões. O governo explica, na LDO, que, em 2025 e 2026, as ADIs 7064 e 7047 permitem a exclusão do pagamento de precatórios. Com isso, esses valores poderão ser abatidos do resultado e, mesmo com déficit, a meta seria atingida em 2026. Histórico das contas e meta atual Entre 2014 e 2021, o Brasil teve déficit. Em 2022, foi registado um superávit de R$ 54 bilhões. Já no ano passado, as contas retornaram ao vermelho, com um saldo negativo de R$ 230 bilhões. Esses números envolvem somente o resultado primário -- que não considera as despesas do governo com os juros da dívida pública. A meta atual para as contas do governo em 2025, que ainda não foi alterada, é de um superávit de 0,5% do PIB, cerca de R$ 62 bilhões. O governo, no entanto, propôs a mudança para a meta de déficit zero – a medida ainda precisa passar pelo Legislativo. Com a redução da meta fiscal em 0,5 ponto percentual do PIB em 2025, e com uma flexibilização adicional de 0,75 ponto percentual do PIB no ano seguinte, se aprovados, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. O que diz a equipe econômica Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já indicava que a meta para 2025, de um superávit de 0,5 do PIB, não era factível e seria alterada. "Nós estamos esgotando o tempo para fazer as contas necessárias para fixar uma meta factível à luz do que aconteceu de um ano para cá", declarou em entrevista a jornalistas na porta do ministério", disse Haddad, na ocasião. Segundo cálculos do Tesouro Nacional, a equipe econômica precisaria elevar a arrecadação, por meio de medidas adicionais, em R$ 296 bilhões em 2025 e 2026, para cumprir as metas fiscais existentes atualmente. No começo deste mês, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, admitiu que "já está se exaurindo o aumento do orçamento brasileiro pela ótica da receita, ou seja, por meio de medidas para aumentar a arrecadação". "Passar disso significaria aumentar imposto. Até agora o que nós fizemos foi recuperar receitas públicas no Brasil sem aumentar impostos", declarou ela, naquele momento. Questionado nesta segunda-feira por que o governo está propondo mudança nas metas fiscais de 2025 e de 2026, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que algumas medidas adotadas pela equipe econômica de aumento de arrecadação "tardaram a sua materialização". "Nós passamos boa parte do ano discutindo Carf, paralisações nos julgamentos no Carf, algumas medidas que levam tempo de maturação. E o resto é um pouco dessa conclusão que chegamos a esse processo de revisão. Nós tínhamos déficit estrutural de mais de 1% do PIB. Mas observando que temos uma trajetória consistente. Só por manter as metas, elas não teriam efeito, ou geraram efeito inverso. É melhor que o país dê passos na direção correta, inflação controlada do que fazer um movimento que pode colocar tudo a perder", declarou Ceron, a jornalistas.
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16/04 - LDO 2025: governo não detalha recursos para reajuste prometido a servidores no próximo ano
Proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 foi enviada nesta segunda ao Legislativo. Texto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, onde pode sofrer alterações. Professores da UnB votam pela greve na universidade Fernanda Bastos/g1 A equipe econômica informou que há recursos disponíveis para reajustes a servidores no próximo ano no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025. No entanto, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não detalhou, na proposta encaminhada ao Congresso nesta segunda-feira (15), os valores que serão destinados aos aumentos. "Essas negociações ainda se encontram em curso. Não há valores definidos. Quem lidera essa discussão é o Ministério da Gestão. O que consta é apenas um cenário que, no agregado, é compatível com uma perspectiva inicial que havia sido anunciada pelo Ministério da Gestão. Tem espaço [para reajustes no orçamento de 2025] compatível com as necessidades que nos foram encaminhadas", declarou o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos. Em 2022, por exemplo, o governo Jair Bolsonaro (PL) informou em abril que havia R$ 11,7 bilhões separados para aumento a servidores no em 2023. O reajuste linear concedido no ano passado, de 9% aos servidores públicos – o primeiro aumento amplo a servidores públicos em sete anos – foi concedido justamente com os valores reservados na LDO de 2023 pela área econômica do então ministro Paulo Guedes. Pressão de servidores O presidente Lula tem sido pressionado pelo funcionalismo, em meio a greves e manifestações de várias categorias por reajustes salariais. Para 2023, o governo concedeu um aumento linear de 9%. E há sinalizações para mais 4,5% em 2025 e outros 4,5% em 2026. As negociações serão por categoria. A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que, se as projeções se confirmarem, haverá um reajuste total de 19% a servidores ao final deste mandato de Lula. "Ninguém teria perda ao longo do governo. Mas não teríamos facilidade de recuperar perdas do governo anterior", disse na última quinta-feira (11). Simone Tebet diz que não haverá mudança no limite de gastos Negociação em 2024 Em meio a ameaças de paralisações e greves do funcionalismo, o governo propôs na semana passada aos servidores públicos federais um reajuste em auxílios como alimentação e creche. O texto que o governo propôs reajusta já a partir de maio deste ano: o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (alta de 51,9%); a assistência à saúde complementar per capita média (auxílio-saúde) de R$ 144,38 para cerca de R$ 215; a assistência pré-escolar (auxílio-creche) de R$ 321 para R$ 484,90 Além disso, o Executivo disse que busca abrir negociações separadas por categorias para eventuais aumentos salariais. O governo afirmou ter o compromisso de abrir todas as mesas de negociação até julho deste ano.
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16/04 - Dólar fecha acima de R$ 5,26, maior patamar em mais de um ano; Ibovespa cai
A moeda norte-americana avançou 1,64%, cotada a R$ 5,2697. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com uma queda de 0,75%, aos 124.389 pontos. Dólar Pixabay O dólar fechou em forte alta nesta terça-feira (16) e atingiu seu maior patamar em mais de um ano, com investidores ainda repercutindo o aumento das tensões no Oriente Médio e a mudança da meta fiscal brasileira. O mundo seguiu observando a possibilidade de que Israel possa revidar o ataque realizado pelo Irã no último fim de semana, o que pode agravar e espalhar o conflito na região. Com o mercado já estressado pela tensão geopolítica, a notícia de que o governo deixará de perseguir um superávit das contas públicas já em 2025 aumentou o mau humor dos investidores. Agora, a projeção é de déficit zero no ano que vem, além de redução do superávit previsto para os anos seguintes. Em meio ao cenário negativo, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar O dólar subiu 1,64%, cotado a R$ 5,2697 — maior patamar desde 23 de março de 2023, quando fechou a R$ 5,2884. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula altas de: 2,90% na semana; 5,07% no mês; e 8,60% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 1,24%, cotada em R$ 5,1847, no maior patamar em um ano. Ibovespa O Ibovespa recuou 0,75%, aos 124.389 pontos — menor nível desde 14 de novembro de 2023, quando fechou aos 123.166 pontos. Com o resultado, acumula quedas de: 1,24% na semana; 2,90% no mês; e 7,30% no ano. Na véspera, encerrou em queda de 0,49%, aos 125.334 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Apesar de o conflito no Oriente Médio continuar a pesar nos mercados nesta terça-feira (16), o destaque do dia no Brasil é a avaliação de que houve um aumento do risco fiscal do país. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Ele também informou que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. Conforme apuração do blog do Valdo Cruz, essa mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Ontem, o dólar fechou no maior patamar em um ano e continua subindo neste pregão, enquanto o Ibovespa enfrenta uma sequência de quedas. Investidores enxergam a medida como uma derrota da equipe econômica, que havia projetado superávit de 0,25% em 2025. Segundo o blog, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Também na noite de ontem, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto Além disso, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria. Há um esforço diplomático internacional, principalmente dos Estados Unidos e Europa, de conter a escalada das tensões, impedindo que Israel responda ao ataque. No entanto, o governo israelense prometeu uma retaliação e voltará a se reunir nesta terça para discutir uma resposta. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano, mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters. O Irã disse, depois do ataque, que tratava a questão como encerrada, mas disse que vai revidar caso haja um novo ataque de Israel. Neste contexto de incertezas, investidores recorrem a ativos vistos como sendo mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil. Além disso, dados dos EUA voltaram a vir fortes, fazendo investidores acreditarem que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Ontem, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos — referência global de investimentos seguros — superarem os 4,60%. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou nesta terça-feira que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%. "Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante evento realizado em Washington. Já o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, disse que "será apropriado manter a atual postura restritiva da política monetária por mais tempo" caso a inflação não desacelere como esperado. "Minha perspectiva básica continua sendo a de que a inflação diminuirá ainda mais, com a taxa básica mantida estável em seu nível atual, e que o mercado de trabalho permanecerá forte, com a demanda e a oferta de trabalho continuando a se reequilibrar", disse Jefferson em comentários preparados para um discurso em uma conferência de pesquisa do Fed em Washington. "É claro que as perspectivas ainda são bastante incertas, e se os dados disponíveis sugerirem que a inflação é mais persistente do que espero atualmente, será apropriado manter a atual orientação política restritiva por mais tempo. Estou totalmente empenhado em fazer a inflação voltar a 2%." *Com informações da agência de notícias Reuters.
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16/04 - Boletim Focus: mercado reduz estimativa de inflação em 2024 e vê expansão maior da economia
Números foram divulgados nesta terça-feira (16) pelo BC. Para 2025, analistas aumentaram a expectativa para inflação e mantiveram estimativa para crescimento da economia. Entenda como a inflação é calculada Os analistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação para 2024, ao mesmo tempo em que também passaram a projetar um crescimento maior da economia no período. As informações constam no relatório "Focus", divulgado nesta terça-feira (16) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. Para inflação de 2024, os analistas baixaram a estimativa de 3,76% para 3,71%. A redução aconteceu após o bom resultado do IPCA de março -- que desacelerou para 0,16%. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Especial g1: o que é inflação Entenda: como a inflação mexe no seu bolso Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,53% para 3,56% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, a projeção subiu de de 1,90% para 1,95%. Foi a nona alta seguida no indicador. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Em 2023, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2025. Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, após seis reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia subiu de 9% para 9,13% ao ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro manteve a projeção estável em 8,5% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 4,95 para R$ 4,97. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção caiu de US$ 80,5 bilhões para US$ 79,7 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo subiu de US$ 74,6 bilhões para US$ 75 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 65 bilhões para US$ 67 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso avançou de US$ 73,1 bilhões para US$ 73,4 bilhões. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira
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16/04 - Tebet diz que não haverá mudança no limite de gastos e perseguirá meta zero: 'é preciso ter compromisso com a responsabilidade fiscal
Assunto voltou a tona depois que o governo federal propôs, por meio do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. Proposta dá espaço para o governo obter cerca de R$ 161 bilhões para novos gastos públicos. Simone Tebet diz que não haverá mudança no limite de gastos A ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feria (16), em entrevista ao Em Ponto, que não haverá mudança no limite de gasto. O assunto voltou a tona depois que o governo federal propôs ontem, por meio do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. As medidas incluídas na LDO, na prática, facilitam a realização de mais gastos públicos em 2025 e em 2026 – e, por conta disso, tendem a pressionar ainda mais a dívida pública para cima nesse período. Com a redução da meta fiscal, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. "É preciso, antes de tudo, ter compromisso com a responsabilidade fiscal", declarou a ministra. Hoje, a regra limita o crescimento das despesas públicas, que poderão subir acima da inflação, desde que respeitando uma margem de 0,6% a 2,5% de crescimento real ao ano. Se as contas do governo estiverem dentro da meta de gastos, o crescimento das despesas terá um limite de 70% do crescimento das receitas primárias. Caso o resultado primário fique abaixo da meta, o limite para os gastos cai para 50% do crescimento da receita. Além disso, a ministra afirmou que perseguirá a meta zero, para garantir que o Brasil nunca mais entre em déficit (quando o Brasil gasta mais do que arrecada). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também disse que para a colunista Andreia Sadi que a meta do governo Lula 3 é de ter déficit zero. O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias enviado pelo governo na segunda anunciou uma mudança na expectativa para as contas do governo em 2025. A projeção inicial era de um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto - o conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país num determinado período. Agora, o governo reconheceu que não vai mais conseguir alcançar esse resultado e mudou a projeção para um déficit zero - a mesma meta já estabelecida para 2024. Isso significa que as receitas vão ser iguais às despesas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Ela também justificou que o governo resolveu ser mais conservador em relação ao anúncio de revisão de gastos, ao invés de abrir o menu de políticas públicas que poderia gerar qualquer valor para a economia. "O Brasil não pode gastar mais do que arrecada, não pode gastar tudo o que arrecada, e precisa gastar bem o que arrecada", declarou Tebet ainda.
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16/04 - Além do dólar e petróleo, veja os possíveis impactos do conflito entre Irã e Israel na economia
Mercados emergentes, como o Brasil, tiveram um primeiro pregão difícil após a escalada do conflito no Oriente Médio. Ainda é cedo, mas efeitos ainda podem desencadear uma alta nos preços de combustíveis — e da inflação como um todo. Tensão no Irã e economia brasileira Além da questão humanitária e geopolítica, a ameaça de espalhamento do conflito no Oriente Médio no fim de semana mexeu também com o mercado financeiro nesta segunda-feira (15). A guerra que começou na Faixa de Gaza, entre Israel e o grupo terrorista Hamas, tem agora uma participação mais evidente do Irã. A rivalidade entre os países é antiga, mas o conflito esquentou porque Israel acusa o Irã de ser um dos financiadores do Hamas. No fim de semana, o governo iraniano lançou mísseis e drones contra o território de Israel, em resposta a um bombardeio no dia 1º de abril contra a embaixada iraniana em Damasco, na Síria, em que um comandante sênior das Guardas Revolucionárias do Irã foi morto. E esse foi o primeiro ataque iraniano direto contra Israel na história. A primeira reação do mercado veio cedo: o dólar disparou desde a manhã desta segunda, chegando à casa dos R$ 5,21, enquanto a bolsa de valores brasileira teve queda. Em momentos de tensão, os investidores "correm" para ativos mais seguros (como ouro e títulos dos Estados Unidos), prejudicando mercados emergentes como o nosso. Mas uma expansão do conflito teria consequências além do câmbio e da bolsa por aqui. Cabe destacar os possíveis efeitos abaixo, que serão explicados nesta reportagem: ⛽ uma possível alta no preço do petróleo, que pode levar a um aumento nos preços dos combustíveis; 💸 a disparada do dólar pode impactar a inflação, sobretudo dos produtos importados; 📈 os juros podem cair menos que o esperado. O Irã deu o assunto por encerrado e classificou o ataque como legítima defesa. O governo israelense, contudo, afirma que pretende revidar. LEIA MAIS Israel quer responder ataque, e comunidade internacional tenta evitar escalada do conflito: o que vem por aí Irã x Israel: qual o tamanho dos efetivos militares dos dois países Ataque do Irã a Israel gera repercussões em todo o mundo e medo de resposta Alta do petróleo e preço dos combustíveis O principal impacto esperado pelos especialistas ouvidos pelo g1 era uma alta do preço do petróleo, tendo em vista que a região do Oriente Médio é uma grande exportadora da commodity. Na sexta-feira (12), com o aviso do Irã de que lançaria o ataque contra Israel, o preço do barril do petróleo subiu e encerrou o dia cotado a mais de US$ 90. Mas, nesta segunda-feira, o preço não decolou. É verdade que os preços já subiram bastante no ano passado, desde o início da guerra entre Israel e Hamas. Mas esse reforço é uma preocupação primordial por aqui porque acrescenta pressão à política de preços da Petrobras. Um aumento do preço do petróleo deveria afetar diretamente os valores de combustíveis no Brasil, mas a empresa tem segurado os reajustes desde a mudança da política de preços em maio do ano passado. "Hoje, o preço dos combustíveis no Brasil já possui uma defasagem próximo de 17% em relação aos preços internacionais. Se o conflito no Oriente Médio escalar, o barril do petróleo pode bater facilmente US$ 100, o que pressionaria a Petrobras a fazer um reajuste", comenta Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital. Apesar disso, segundo apuração do blog do Valdo Cruz, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), considera que a empresa não deveria reagir imediatamente ao aumento da tensão nos mercados por causa da entrada direta do Irã no conflito no Oriente Médio. SAIBA MAIS Disparada do dólar Além de mexer com o preço do petróleo, o ambiente de incertezas geopolíticas também impacta na cotação do dólar, que é considerada a moeda mais segura do mundo. Felipe Vasconcellos, da Equus Capital, explica que, em momentos assim, acontece um movimento comum no mercado financeiro, conhecido como "flight to quality" (ou "voo para a qualidade", na tradução do inglês). "Em períodos de forte turbulência global, o dinheiro migra para a economia mais segura do mundo, no caso, a americana. Isso faz com que o dólar se valorize sobre todas as moedas, inclusive o real, que é uma economia emergente e com maior risco, pelo ponto de vista do investidor", afirma. A economista Ariane Benedito destaca ainda que o sentimento de aversão aos riscos é mais intenso no Brasil em razão das últimas notícias sobre as contas públicas. Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, que o governo reduziu a meta fiscal de 2025 para um novo déficit zero para as contas públicas. Para 2026, o governo passa a prever um superávit de 0,25%, e de 0,5% em 2027, até chegar a 1% em 2028. Além das novas metas, o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano, e ambas as propostas estão no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025. Em outras palavras, isso significa mais tempo para um equilíbrio da dívida pública. A confirmação dos planos de Haddad reforçou a alta do dólar ainda durante entrevista do ministro ao Estúdio i. Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Pressão inflacionária e juros caindo menos A equação de fortalecimento do dólar com pressão sobre os preços de combustíveis é perigosa para a inflação. Sempre que grandes potências do mundo petrolífero se envolvem em questões diplomáticas, as commodities — em especial, o petróleo — ficam mais voláteis no mercado internacional. Uma nova complicação na oferta pode acionar mais um gatilho para que os preços de combustíveis subam em todo o mundo. E sempre que há aumento do preço dos combustíveis, começa um efeito em cadeia de repasse de preços para outros setores, como os serviços e indústria alimentícia. Além disso, produtos importados também refletiriam o valor da moeda americana. "Teríamos um impacto direto em todos os produtos importados e commodities, como o agronegócio por exemplo", diz Felipe Vasconcellos, da Equus Capital. "Por um lado, a agricultura e a pecuária seriam beneficiados diretamente, assim com as empresas brasileiras exportadoras. Entretanto, diversos outros produtos, que dependem de insumos importados — desde o trigo que vai no pão, até os medicamentos — teriam um reajuste de preço, pois o custo de produção aumentaria." Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, destaca que, caso a tendência de aumento de preços se confirme, haveria chance de prejudicar o ciclo de corte nos juros no Brasil. Os juros são usados, principalmente, como forma de controlar a inflação. Uma disparada nos preços poderia dificultar o caminho do BC na redução das taxas. Já em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) optou por cortar a taxa básica de juros (Selic) pela sexta vez, para 10,75% ao ano, mas prometeu apenas mais um corte de 0,5 ponto percentual, deixando em aberto os próximos passos. "Apesar de mediana das expectativas dos economistas para a taxa Selic terminal ser de 9%, o mercado de juros futuros já precifica uma Selic final na casa de 10%", comenta Goldenstein.
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16/04 - INSS alerta que salário-maternidade pode ser pedido gratuitamente e sem intermediários; veja como
Famosos têm feito propaganda sobre uso de assessoria para receber o benefício. Solicitação pode ser feita pela própria trabalhadora pelo site do governo ou pelo aplicativo Meu INSS. Salário-maternidade pode ser pedido gratuitamente, alerta do INSS O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou um alerta nesta segunda-feira (15) informando que não é preciso contar com intermediários para conseguir o salário-maternidade. A publicação aconteceu após diversos famosos fazerem propaganda de uma empresa que oferece assessoria para mulheres receberem o auxílio. Nas redes sociais, os influencers costumam chamar a atenção para a publicidade com frases como "Atenção, mamães e gravidinhas". Após a repercussão, o INSS acionou a Procuradoria Federal Especializada, órgão de execução da Advocacia-Geral da União (AGU). que encaminhou a solicitação para conhecimento e atuação conjunta com a Polícia Federal. Mas o INSS , que já tinha feito um alerta semelhante em 2023, destaca que o benefício pode ser solicitado pela própria trabalhadora. E que isso é feito à distância, não é preciso comparecer a uma agência (veja o passo a passo no vídeo acima). Além disso, todo o processo é gratuito e não existe cobrança de multas ou valores adiantados para que o salário-maternidade seja liberado. DADOS SENSÍVEIS - O pedido deve ser feito por meio do aplicativo ou do site Meu INSS, além da Central de Atendimento 135. Ao acessar o Meu INSS para dar entrada em qualquer benefício, é necessário ter um login e senha na plataforma Gov.br. Por isso, a recomendação é de que somente uma pessoa de confiança tenha esses dados. O INSS alertou para o risco de entregar essas informações para sites desconhecidos. Nesta reportagem, o g1 explica algumas dúvidas sobre o salário-maternidade. Veja abaixo: O que é o salário-maternidade? Quem tem direito ao salário-maternidade? Como é feito o cálculo do salário-maternidade? Como solicitar o salário-maternidade? Onde e quando pedir o salário-maternidade? Tem prazo máximo? Qual a duração do salário-maternidade? Como fugir de golpes na internet? Benefício é liberado por motivo de nascimento de filho, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial Imagem ilustrativa/Divulgação 1. O que é o salário-maternidade? O salário-maternidade é um direito trabalhista que garante à mulher um afastamento de 120 dias do emprego para cuidar do filho, sem prejuízo da sua remuneração. 2. Quem tem direito ao salário-maternidade? O benefício é liberado para trabalhadoras que se afastaram das atividades devido ao nascimento do filho, a aborto não criminoso, a adoção ou guarda judicial para fins de adoção. Ele é garantido para as seguradas do INSS, inclusive aquelas que não estejam em atividade, mas permaneçam em período de manutenção da qualidade de segurado (até 12 meses após a última contribuição). O período de segurado pode ser maior ou menor em situações como pessoas que recebem outros tipos de benefícios (auxílio-acidente e auxílio-suplementar), ex-beneficiários por incapacidade, que tenham feito mais de 120 contribuições mensais, entre outras. 3. Como é feito o cálculo do salário-maternidade? O valor do salário-maternidade é calculado de formas diferentes para cada pessoa que pedir o benefício. Veja na tabela abaixo como funciona: 4. Como solicitar o salário-maternidade? A única forma legal e correta de pedir o benefício do salário-maternidade é pelo aplicativo ou site Meu INSS. Basta seguir os seguintes passos: Entre no Meu INSS; Clique no botão “Novo Pedido”; Digite “salário-maternidade urbano” ou “salário-maternidade rural; Na lista, clique no nome do serviço/benefício; Leia o texto que aparece na tela e avance, seguindo as instruções. Conforme alertado pelo INSS, não é necessário contratar uma empresa para intermediar o pedido. Porém, se a beneficiária precisar de um auxílio, a orientação é que ela procure um advogado devidamente registrado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "(Isso) se você não se acha apto ou tem dúvidas, como: 'Será que eu ainda estou com a qualidade de segurada?' Aí, sim, você deve procurar ajuda de um advogado de confiança", explica Washington Barbosa, especialista em direito previdenciário. 5. Onde e quando pedir o salário-maternidade? Tem prazo máximo? Todo atendimento relacionado ao salário-maternidade é realizado à distância, não sendo necessário o comparecimento presencial nas unidades do INSS, somente quando solicitado, para comprovação. visualisation/17570367?1120806 Além das regras na tabela acima, há, ainda, o chamado “período de prescrição”, afirma o advogado. Isso significa que, se no momento em que a criança nasceu, a mãe preenchia os requisitos para obter o salário-maternidade, mas não pediu o benefício por algum motivo, ela ainda tem um prazo de 5 anos para fazer a solicitação. 6. Qual a duração do salário-maternidade? O tempo de duração depende do motivo que deu origem ao benefício. Atualmente, há quatro categorias com calendários diferentes. 120 dias, em caso de parto; 120 dias, em caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, independentemente da idade do adotado que deverá ter no máximo 12 anos de idade; 120 dias, em caso de natimorto; 14 dias, em caso de aborto espontâneo ou previstos em lei (estupro ou risco de vida para a mãe), a critério médico. 7. Como fugir de golpes na internet? Sites e redes sociais que oferecem supostas facilidades ou dizem ser canais oficiais para conseguir o salário-maternidade devem ser vistos com atenção, pois podem representar risco à segurança de dados do cidadão. O INSS não utiliza intermediários para a liberar o benefício, além de não cobrar multas ou valores adiantados para que o salário-maternidade seja liberado. Além disso, não se deve fornecer dados pessoais como CPF, nome, data de nascimento, etc. para sites ou empresas de origem desconhecida. Revisão da vida toda: entenda o que mudou com a nova decisão do STF e quem vai ser afetado 13º salário: saiba quem tem direito e quando cai na conta Saiba o que a lei diz sobre reuniões fora do horário de trabalho contratual
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16/04 - Brasil passa por surto de dengue enquanto atrasa metas de saneamento básico; entenda
Distribuição de água, tratamento de esgoto e coleta de lixo estão relacionados à proliferação do mosquito. País investe pouco para universalizar acesso ao saneamento. Aedes aegypti Reprodução EPTV O Brasil passa por um surto de dengue que pode ser o pior da história na América Latina, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ao mesmo tempo, atrasa a execução das metas de universalização do saneamento básico, que podem reduzir a proliferação do mosquito. Segundo estudo elaborado a partir de audiências públicas do Senado no ano passado, o Brasil precisa dobrar os investimentos em infraestrutura de saneamento para alcançar as metas até 2033 –prazo estabelecido em lei. "Isso porque a média anual de investimentos tem sido de R$ 20 bilhões, ao passo em que é necessária uma média (conservadora) de 44 bilhões anuais para ser possível o atingimento da meta legal exigida", diz o documento do Senado. Como saber se você está com dengue e se é grave Metas de saneamento Em 2020, o governo publicou o Marco Legal do Saneamento Básico, que estabelece que as metas de universalização devem ser cumpridas até 31 de dezembro de 2033. Segundo o texto, até essa data: 99% da população deve ter acesso à rede de distribuição de água; 90% da população deve ter acesso a coleta e tratamento de esgoto. Segundo dados do Ministério das Cidades, em 2022, cerca de 85% da população tinha acesso à rede de distribuição de água, enquanto 56% era atendida com rede de esgoto. "O marco veio para trazer esse senso de urgência. O Brasil tem mais de 5,5 mil municípios, cada município precisa entender qual é a sua realidade, entender como que está o seu contrato [...], entender quais são as metas, e estabelecer um planejamento", diz a presidente do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto. Saneamento básico: Brasil ainda está longe de cumprir metas após três anos do marco legal Segundo a entidade, em 2022, o Brasil investiu em média R$ 138,7 por habitante, quando deveria estar investindo R$ 231. Para Pretto, se o país mantiver esse nível de investimento, dificilmente conseguirá atingir as metas de universalização. A presidente do Instituto Trata Brasil também destaca a desigualdade no acesso ao saneamento. "Temos diferentes realidades. Hoje, a diferença em relação ao acesso ao saneamento é muito grande principalmente na região Norte e Nordeste, o gap [diferença] é enorme", declarou. Segundo Pretto, a região Norte tem 60% da população com acesso a água e 14% com acesso a coleta e tratamento de esgoto. O Nordeste tem pouco mais de 30% de coleta e tratamento. Já o Sudeste, destaca, está perto da universalização. Relação entre dengue e acesso à água Para a professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, Maria Anice Mureb Sallum, a falta de acesso à distribuição de água, ou sua intermitência, incentiva o armazenamento, que pode se tornar um foco de dengue. "Quando falamos em saneamento básico, entra também essa questão de distribuição de recursos hídricos, de água potável. Aqui [São Paulo], por exemplo, temos distribuição de água potável, o problema é que ela não é confiável o suficiente para não precisar de caixa d’água", afirma. Sallum explica que o armazenamento de água é uma forma de garantir a disponibilidade do recurso. "Só que se a caixa d’água não for construída de maneira adequada, para não permitir a entrada do aedes aegypti para depositar ovos, ela acaba se tornando um criadouro importante e altamente produtivo", declarou. A professora também ressalta que o descarte inadequado de resíduos, como plásticos, pode levar ao acúmulo de água. Esses objetos se tornam então um importante criadouro do mosquito. "As pessoas jogam em locais e acabam acumulando uma quantidade às vezes incrível de material plástico, garrafas pet, garrafas e embalagens de todo tipo. Em geral, em terrenos baldios, construções abandonadas, então esses recipientes também se tornam bons criadouros para mosquitos quando também conseguem acumular água", diz. Tratamento de esgoto A professora da USP afirma que ainda não há casos documentados de proliferação do mosquito da dengue em esgotos no Brasil, embora estudos em laboratório comprovem que o mosquito também pode se reproduzir nesses ambientes. "Em outros lugares do mundo, já foram encontradas larvas do aedes aegypti em esgoto in natura. Além disso, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná que, em experimentos em laboratório, demonstraram que as fêmeas do aedes aegypti depositam larvas, que se desenvolvem muito bem e geram adultos em águas de esgoto in natura", conta Sallum. Ela ressalta que falta encontrar esses casos na natureza, mas afirma que os esgotos são locais que "merecem certa vigilância imunológica". Para Pretto, do Instituto Trata Brasil, a falta de saneamento tem relação com a proliferação de doenças ligadas à qualidade da água e transmitidas por mosquitos. "Quando não tem acesso à coleta e tratamento de esgoto, temos aquele esgoto bruto infiltrando no solo, ou às vezes indo para valas ao céu aberto, e aí com a mistura desse esgoto com água da chuva acaba também às vezes formando poças e locais de água parada", diz.
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16/04 - Mega-Sena pode pagar R$ 66 milhões nesta terça-feira
As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.713 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 66 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (16), em São Paulo. No concurso do último sábado (13), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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16/04 - Imposto de Renda 2024: como declarar empréstimos?
Devem ser informadas no IR 2024 todas as dívidas com valores acima de R$ 5 mil. Selo home imposto de renda 2024 arte/g1 Os empréstimos e financiamentos que ultrapassem os R$ 5 mil devem ser informados na declaração do Imposto de Renda 2024 — sejam eles tomados em instituições financeiras ou de conhecidos e parentes. Há dois tipos de empréstimos que precisam ser considerados na hora da declaração: Empréstimos concedidos: quando o contribuinte empresta um recurso em dinheiro para outra pessoa física; Empréstimos obtidos: quando o contribuinte toma dinheiro emprestado com outra pessoa ou instituição financeira. Veja abaixo como fazer a declaração. Saiba como declarar a venda de carro no imposto de renda 2024 LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Todos os empréstimos precisam ser declarados? Pelas regras da Receita Federal, só é necessário fazer a declaração do empréstimo tomado ou concedido quando o valor ultrapassa os R$ 5 mil — ou seja, valores iguais ou inferiores a essa faixa não precisam ser informados. ▶️ ATENÇÃO: Todos os tipos de empréstimos se enquadram nessa categoria, desde o consignado até o cartão de crédito e o cheque especial, por exemplo, desde que estejam dentro do valor de obrigatoriedade. Como preencher a declaração? Tanto os empréstimos concedidos quanto os obtidos precisam ser declarados. ▶️ RECURSOS EMPRESTADOS O contribuinte precisará preencher a ficha de "Bens e Direitos", informando os dados no "Grupo 05 – Créditos" e na opção "01 – Empréstimos Concedidos"; É preciso discriminar o valor do crédito, o prazo e as condições estipuladas, além do nome e do número de inscrição no CPF ou no CNPJ do devedor. ▶️ DÍVIDAS O contribuinte precisa lançar o valor na ficha de "Dívidas e Ônus Reais"; O contribuinte também precisará informar a situação do empréstimo em 31 de dezembro de 2022 e em 31 de dezembro de 2023, além do valor pago ao longo do ano passado. A regra se aplica ao titular e também ao dependente, quando houver. Caso a declaração seja em conjunto ou se os Bens e Direitos comuns forem relacionados na declaração, o contribuinte também deve incluir as dívidas do cônjuge ou companheiro. Como declarar um empréstimo familiar? Quem tomou mais de R$ 5 mil emprestados de qualquer pessoa física também deve declarar a operação. O valor do empréstimo deverá ser informado na ficha de "Dívidas e Ônus Reais", bem como o nome e CPF da pessoa que emprestou o dinheiro e as datas e valores pagos para a quitação do débito — mesmo que o empréstimo já tenha sido integralmente pago em 2023. Quem emprestou também precisa declarar a operação informando o valor, o nome e o CPF do mutuário (pessoa que recebeu o dinheiro) e as datas e valores recebidos. Segundo o Fisco, o valor recebido deve ser não só comprovado por meio de documentação e pelo devido lançamento nas respectivas declarações, como também precisa ser compatível com os rendimentos e disponibilidades financeiras declaradas, nas respectivas datas de entrega e recebimento dos valores. "A simples alegação de que parte ou todo o acréscimo patrimonial é proveniente do recebimento de quantias anteriormente emprestadas a terceiros não justifica o aumento patrimonial", afirma a Receita em seu site. Os juros recebidos de pessoas físicas em decorrência de empréstimos são tributáveis no carnê-leão e no ajuste anual. Os juros decorrentes de empréstimos concedidos a pessoa jurídica também estão sujeitos à incidência do imposto, às alíquotas de: 22,5%, com prazo de até seis meses; 20%, com prazo de seis meses e um dia até 12 meses; 17,5%, com prazo de 12 meses e um dia até 24 meses; 15%, com prazo acima de 24 meses. Como declarar financiamento de imóveis? Se você financiou a compra de um imóvel e estava pagando as parcelas até 31 de dezembro de 2023, vai precisar preencher todas as informações referentes a esse empréstimo na declaração de Imposto de Renda. Mas é preciso atenção, uma vez que a declaração de um imóvel financiado no Imposto de Renda tem duas pegadinhas que podem confundir o contribuinte: ▶️ ONDE DECLARAR: A primeira é que o financiamento deve ser declarado na ficha de "Bens e Direitos", e não na de "Dívidas e Ônus Reais". ▶️ VALOR A DECLARAR: A segunda, é que o valor declarado tem que ser o valor efetivamente pago naquele ano, e não o valor de mercado do imóvel. Especialistas orientam que o contribuinte peça o informe de rendimento sobre dívidas fornecido pela instituição financeira e o informe de rendimentos do FGTS fornecido pela Caixa Econômica Federal para ajudar no preenchimento de declaração. Veja como fazer, em detalhes, na reportagem abaixo. Imposto de Renda 2024: saiba como declarar imóvel financiado Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior.
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15/04 - Âncoras fiscal e monetária devem trabalhar juntas, e mudar meta não é o ideal, diz Campos Neto
Afirmação do presidente do Banco Central vem após o governo propor trocar superávit por déficit zero em 2025. Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto O presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (15) ser necessário que as âncoras fiscal e monetária trabalhem juntas e que o ideal é não mudar a meta fiscal, sendo que quaisquer alterações em caso de "desvios" precisam ser bem comunicadas. A afirmação vem após o governo divulgar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que será encaminhado ao Congresso Nacional. A proposta prevê meta de resultado fiscal zero para o ano que vem, sendo que a expectativa anterior era de superávit primário. LEIA TAMBÉM: Governo propõe reduzir metas para contas públicas e superávit só em 2026 Governo prevê alta de R$ 90 no salário mínimo em 2025, para R$ 1.502 A mudança adia a trajetória de estabilização da dívida inicialmente planejada quando o novo marco fiscal foi introduzido, no ano passado. Em um evento promovido pelo Council on Foreign Relations, Campos Neto destacou que o mercado tem um número muito pior para o resultado fiscal do que o governo. É muito ruim alterar uma meta fiscal tão cedo, diz Daniel Sousa sobre redução da meta para 2025 "Sempre que há uma mudança no governo, isso torna a âncora fiscal menos transparente ou menos crível. Assim, o custo da política monetária se torna mais alto", disse Campos Neto. "O ideal é não mudar as metas." O aumento da dívida global será uma grande preocupação, disse Campos Neto, destacando que a política fiscal mundial está se tornando muito menos coordenada com a política monetária. Questionado sobre a proposta de usar a renda de ativos russos congelados para pagar pela reconstrução da Ucrânia, ele disse que "o risco moral que pode ser criado por isso excede em muito os benefícios". "As pessoas precisam entender que todo o sistema é baseado na confiança de que, uma vez que você acumula reservas e as investe no exterior, você pode obter seu dinheiro quando precisar", disse ele. "Como uma autoridade de banco central que tem reservas investidas em diferentes lugares, eu me preocupo que essa confiança possa ser quebrada." Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Reuters/Brendan McDermid
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15/04 - Governo vai notificar 3,4 milhões de motoristas que ainda não fizeram exame toxicológico
Falha em regularizar situação pode gerar multa de R$ 1.467,35 por infração gravíssima. Norma vale para condutores profissionais, que devem conferir necessidade na Carteira Digital. Exame toxicológico é obrigatório para motoristas com CNH nas categorias C, D e E Reprodução/RPC A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) vai enviar esta semana notificações para 3,4 milhões de motoristas com carteiras das categorias C, D e E que ainda não realizaram exame toxicológico. O prazo para regularização da situação termina no fim deste mês. O alerta será disparado por meio da Carteira Digital de Trânsito (CDT) e mira motoristas com carteira de habilitação com vencimentos entre julho e dezembro. Quem não fizer o exame poderá ser multado diretamente pelos sistemas eletrônicos do Detran já no dia 1º de maio. A infração neste caso é considerada gravíssima, o que significa uma multa de R$ 1.467,35 e sete pontos na carteira de motorista. A aplicação da multa, no entanto, não é automática. Quem precisa fazer O exame é obrigatório para motoristas das categorias C, D e E — que dirigem veículos como caminhões, vans e ônibus — com habilitações novas ou renovadas a partir de 3 de setembro de 2017. O prazo original para regularização já foi alterado diversas vezes, mas a última prorrogação, realizada em janeiro deste ano, estendeu a data limite para: 31 de março – no caso dos motoristas com carteiras de validade entre janeiro e junho; e 30 de abril, no caso dos motoristas com carteiras de validade entre julho e dezembro Para verificar se o exame toxicológico está em dia o motorista deve: Acessar a área do condutor da CDT; Clicar no botão “Exame toxicológico”; Verificar se o prazo para realização está vencido; Em caso positivo, buscar um dos laboratórios credenciados e fazer a coleta para a realização do exame toxicológico. 2,4 milhões de motoristas ainda não fizeram o exame toxicológico
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15/04 - LDO 2025: para cortar gastos, governo cita medidas de combate a fraudes previdenciárias já adotadas e mudanças no Proagro
Proposta consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, enviada nesta segunda-feira ao Congresso Nacional. Governo avalia que essas primeiras medidas de revisão de gastos são conservadoras. Governo revê trajetória das contas e adia superávit para 2026 A equipe econômica propôs, no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, as primeiras medidas de cortes de gastos públicos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As duas medidas anunciadas, entretanto, já foram adotadas pelo governo. A primeira delas é uma revisão do cadastro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com o objetivo de combater fraudes, e a segunda são mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) -- já adotadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A projeção do governo é que, com essas propostas, seria possível economizar cerca de R$ 9,3 bilhões por ano. Questionado por que foram adotadas medidas tímidas no âmbito da revisão de gastos públicos, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães, afirmou que foi uma estimativa conservadora -- com medidas que já foram adotadas. "É o começo. A gente quis dar transparência e mostrar os desafios. Se a gente simplesmente colocar números de ações que ainda não foram tomadas, ou que a gente não tem um cenário a apresentar. Os números poderiam mostrar um conforto maior, o que não é o intuito. Temos desafios, e a revisão tem de continuar", afirmou o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães. Em setembro do ano passado, o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Sergio Firpo, antecipou ao g1 que algumas avaliações sobre revisão de gastos seriam incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 -- divulgada hoje pela equipe econômica. O corte de gastos é considerado importante por economistas para ajudar na busca pelas metas fiscais e, também, para tentar impedir que os gastos obrigatórios (como salários de servidores, aposentadorias e pensões) ocupem todo o espaço do orçamento -- um problema já mostrado pelo g1. Entenda De acordo com o arcabouço fiscal, a nova regra para as contas públicas aprovada no ano passado, as despesas não podem subir mais do que 70% da alta da receita, e também não podem avançar mais do que 2,5% por ano, acima da inflação por ano. Estudo da Consultoria de Orçamento da Câmara mostra que, entre 2009 e 2016, antes do teto de gastos (que limitava os gastos apenas à variação da inflação), as despesas totais do governo (sem contar o orçamento financeiro, da dívida pública) cresceram em média 4,6% ao ano em termos reais (acima da inflação). No mês passado, estudo divulgado pelo Tesouro Nacional mostra que, sem limitação de outras despesas obrigatórias, a estimativa do órgão é que as despesas livres dos demais ministérios (aquelas que não são obrigatórias) não terão mais espaço a partir de 2030. O possível impacto em serviços públicos já foi visto antes, durante o teto de gastos (regra anterior para as contas públicas, que antecedeu o arcabouço fiscal -- vigorando entre 2017 e 2023). Com um limite para despesas atrelado à inflação do ano anterior, o espaço para os gastos livres dos ministérios caiu muito. E algumas políticas públicas chegaram a ser afetadas, como por exemplo: defesa agropecuária; bolsas do CNPq e da Capes; Pronatec; emissão de passaportes; programa Farmácia Popular; bolsas para atletas fiscalização ambiental e do trabalho, entre outros. Entre os gastos livres dos ministérios, também estão despesas com água, luz e segurança dos prédios do governo. Nesse caso, embora sejam "livres", as despesas têm de ser feitas sob o risco de paralisia da máquina pública. Analistas pedem cortes de gastos A demora do governo em começar a indicar possíveis cortes de gastos públicos foi amplamente criticada por analistas no ano passado -- em um momento no qual o governo propunha, e aprovava, uma série de medidas para elevar a arrecadação federal. A percepção é que o ajuste fiscal estava se concentrando somente do lado das receitas, deixando em segundo plano o controle de despesas -- considerado importante também para melhorar a qualidade dos gastos públicos. Entre as possíveis mudanças em leis, para conter despesas, os analistas apontaram alguns caminhos. Entre eles: Gastos com servidores, por meio de uma reforma administrativa Gastos previdenciários, por meio de uma nova reforma da Previdência Reforma de gastos sociais Mudanças ou fim do abono salarial Revisão de contratos e programas Gastos em saúde e educação
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15/04 - Lula lança 'prateleira de terras' para reforma agrária e quer incluir 295 mil famílias até 2025
Programa divide estoque de terras em dez categorias para facilitar redistribuição, segundo o governo. Nove assentamentos também serão criados durante a cerimônia. O governo federal lançou nesta segunda-feira (15) um novo programa para incentivar o processo de reforma agrária e o assentamento de famílias. Chamado de Terra da Gente, o programa estabelece uma espécie de "prateleiras de terras" disponíveis no país – e classifica esse estoque de propriedades em dez categorias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que define formas para se obter e destinar as áreas rurais. Segundo o governo, a intenção é incluir 295 mil famílias no processo de assentamento até 2026 (veja detalhes abaixo). O programa divide o estoque em dez categorias: Terras adquiridas: áreas sob domínio do Incra e em processo de seleção de famílias e criação de assentamentos; Terras em aquisição: áreas com processo de aquisição em andamento por meio da modalidade compra e venda; Terras passíveis de adjudicação: áreas envolvidas em pagamento de grandes dívidas com a União e que, após processo administrativo, podem ser usadas na reforma agrária. Imóveis improdutivos: áreas vistoriadas pelo Incra e que não cumprem a função social da terra, conforme a Constituição e a lei da reforma agrária; Imóveis de bancos e empresas: áreas rurais em posse de bancos e empresas públicas transferidas de forma onerosa ao patrimônio da União e do Incra; Áreas de ilícitos: imóveis expropriados por terem relação com crimes, como áreas usadas para produção de drogas ou exploração de trabalho em condições análogas à escravidão; Terras públicas federais arrecadadas: áreas destinadas à reforma agrária após decisão da Câmara Técnica de Destinação e Regularização Fundiária de Terras Públicas Federais Rurais; Terras estaduais: áreas que os estados podem repassar e abater dívidas com a União. Terras doadas: áreas repassadas sem custos ao Incra; Terras financiadas: áreas de até R$ 280 mil ofertadas no Programa Nacional de Crédito Fundiário, com crédito subsidiado para agricultores sem acesso à terra ou com pouca terra. 'Expedição Cerrado' mostra os desafios da Reforma Agrária Meta é atender 295 mil famílias O governo informou que prevê até 2026, último ano do mandato de Lula, incluir 295 mil famílias no Programa Nacional de Reforma Agrária. O número se divide em: 74 mil famílias assentadas; 221 mil famílias reconhecidas ou regularizadas em assentamentos existentes. O governo também estima que outras 7 mil famílias poderão comprar terras no Programa Nacional de Crédito Fundiário. Para 2024, o governo prevê investir R$ 520 milhões para compra de áreas rurais. Nove assentamentos Durante o lançamento do Terra da Gente, o governo assinou o criação de nove assentamentos de reforma agrária em seis estados. São Félix do Xingu, PA (Pai Eterno) - 8,1 mil hectares - 160 famílias Manoel Urbano, AC (Afluente) - 20,3 mil hectares - 125 famílias Tartarugalzinho, AP (Altamir Mineiro) - 9,6 mil hectadres - 120 famílias Sena Madureira, AC (Arez) - 21,1 mil hectares - 91 famílias Novo Mundo, MT (Novo Mundo) - 2 mil hectares - 74 famílias Tabocão, TO (Olga Benário) - 724 hectares - 58 famílias Barra do Ouro, TO (Reginaldo Lima) - 1.320 hectares - 46 famílias Sinop, MT (Reassentamento Beckhauser) - 1 mil hectares - 28 famílias Hulha Negra, RS (Nossa Senhora de Aparecida) 0 443 hectares - 22 famílias Ainda foi realizada a entrega de um título definitivo de área ao projeto de assentamento Jacy Rocha, localizado em Prado (BA). O governo também assinou o termo de transferência da Fazenda Volta Grande, localizada em uma área de 804 hectares em Santa Catarina, da Secretaria do Patrimônio da União para o Incra. A fazenda foi incluída no pagamento de uma dívida com a União e, segundo o governo, é a primeira área da prateleira de terras obtida por meio de adjudicação.
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15/04 - Governo propõe reduzir metas para contas públicas e superávit só em 2026
Equipe econômica também sugeriu diminuir meta de superávit em 2026 de 1% para 0,25% do PIB. Se aprovadas pelo Congresso, metas vão possibilitar mais gastos nos próximos anos. Governo revê trajetória das contas e adia superávit para 2026 O governo federal propôs nesta segunda-feira (15), por meio do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. Isso significa que o governo está reduzindo a diferença entre receitas e despesas. Na LDO, o governo também estimou que só alcançará superávit em 2026. Antes, a previsão era conseguir ainda em 2025. Superávit primário é quando o governo consegue gastar menos do que arrecada com impostos e guarda dinheiro para pagar a dívida pública. Déficit é o contrário: quando o governo gasta mais do que arrecada, e as contas ficam no vermelho. Entre 2014 e 2021, o Brasil teve déficit. Em 2022, teve superávit de R$ 54 bilhões. Em 2023, novo déficit, dessa vez de R$ 230 bilhões. Esses números usam a métrica do superávit ou déficit primário, que não considera o dinheiro que o governo gasta para pagar juros da dívida. As medidas incluídas na LDO, na prática, facilitam a realização de mais gastos públicos em 2025 e em 2026 – e, por conta disso, tendem a pressionar ainda mais a dívida pública para cima nesse período. Também está previsto na LDO um salário mínimo de R$ 1.502 (leia mais aqui). Governo propõe alta de R$ 90 no salário mínimo, de R$ 1.412 para R$ 1.502 Para serem alteradas, as novas metas ainda precisam passar pelo crivo do Congresso Nacional. Com a redução da meta fiscal em 0,5 ponto percentual do PIB em 2025 e com uma flexibilização adicional de 0,75 ponto percentual do PIB no ano seguinte, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Com as novas metas fiscais, a equipe econômica estimou que a dívida bruta do setor público, indicador acompanhado com atenção pelo mercado financeiro, vai terminar o governo Lula, em 2026, em 79,1% do PIB. Esse número representaria uma alta de quase cinco pontos percentuais entre 2023, no início do governo, quando somava 74,4% do PIB, e 2026. Principais pontos Para 2024, não houve mudança nas metas. O governo manteve a meta fiscal em zero, ou seja, sem superávit ou sem déficit. Pelo arcabouço fiscal, há um intervalo de 0,25 ponto percentual do PIB para cima ou para baixo, de modo que as contas do governo poderão ter um resultado deficitário, ou superavitário, de até R$ 28,75 bilhões sem que as metas fiscais sejam descumpridas. Para 2025, o governo propôs uma mudança da meta fiscal atual, que é de um superávit de 0,5% do PIB (+R$ 62 bilhões) para uma meta fiscal zero, sem déficit nem superávit. Com a meta atual, o saldo poderia ficar entre R$ 31 bilhões e R$ 93 bilhões de superávit. Caso a mudança proposta seja aprovada, poderá oscilar entre um déficit de R$ 31 bilhões e um saldo positivo de igual tamanho no ano que vem sem que a meta seja formalmente descumprida. Para 2026, a equipe econômica propôs uma mudança na meta vigente, que é de um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões) para um superávit menor, de 0,25% do PIB -- cerca de R$ 33 bilhões. Com a meta atual, o saldo pode ficar entre R$ 99 bilhões e R$ 165 bilhões de superávit. Caso a mudança proposta seja aprovada, poderá oscilar entre um saldo zero e um saldo positivo de R$ 66 bilhões. As estimativas para o PIB nominal em 2025 e 2026, usadas para os cálculos, foram feitas pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Os valores estimados são de R$ 12,388 trilhões em 2025, e de R$ 13,237 trilhões no ano seguinte. Efeitos práticos O estabelecimento de metas mais modestas para as contas do governo, se aprovado, facilitaria a realização de gastos públicos. Isso porque, no caso de as projeções de a arrecadação não estarem caminhando, no decorrer de cada ano, dentro do esperado para a obtenção das metas fiscais fixadas em lei, o governo seria obrigado a "contingenciar" (bloquear) despesas para tentar atingir os objetivos. Com metas menores de superávit, abre-se espaço para gastar mais, no caso de a arrecadação não estar em linha com o esperado pela equipe econômica para o ano em questão. Segundo cálculos do Tesouro Nacional, a equipe econômica precisaria elevar a arrecadação, por meio de medidas adicionais, em R$ 296 bilhões em 2025 e 2026, para cumprir as metas fiscais existentes atualmente. No começo deste mês, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, admitiu que "já está se exaurindo o aumento do orçamento brasileiro pela ótica da receita, ou seja, por meio de medidas para aumentar a arrecadação". "Passar disso significaria aumentar imposto. Até agora o que nós fizemos foi recuperar receitas públicas no Brasil sem aumentar impostos", declarou ela, naquele momento. Se as metas fiscais forem alteradas, como propôs a equipe econômica nesta segunda-feira (15), a necessidade de receita adicional estimada para os próximos anos cai substancialmente. Também por conta das regras do arcabouço fiscal, no caso de as metas fiscais não serem atingidas (dentro do intervalo das bandas), o gasto do governo pode crescer, no ano seguinte, 0,6% acima da inflação. Caso as metas fiscais sejam obtidas, as despesas podem crescer bem mais: 2,5% acima da inflação. O estabelecimento de metas menores para as contas públicas, porém, indicaria uma trajetória mais gradual na busca por resultados primários (receitas menos despesas, sem contar juros) com superávits crescentes com o passar dos anos -- o que resultaria em um crescimento maior da dívida pública no período.
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15/04 - Governo prevê alta de R$ 90 no salário mínimo em 2025, para R$ 1.502
Valor consta de projeto de diretrizes para Orçamento do próximo ano e considera a estimativa da inflação em 12 meses até novembro de 2024. Salário é referência para 54 mi de pessoas. Os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet em imagem de 2023 REUTERS/Adriano Machado A equipe econômica enviou nesta segunda-feira (15) ao Congresso o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 prevendo que o salário mínimo será de R$ 1.502 no próximo ano. O valor representa uma alta de 6,37%, ou de R$ 90, em relação ao patamar atual – que é de R$ 1.412. O blog do Camarotti já havia antecipado, mais cedo, as cifras do novo mínimo. O valor calculado para o ano de 2025 considera a política permanente de valorização do salário mínimo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já aprovada pelo Congresso Nacional. Pela lei, foi instituída uma fórmula de valorização real do salário mínimo – ou seja, de aumento do valor acima da inflação. Pelo formato adotado, o reajuste corresponde à soma de dois índices: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro – como prevê a Constituição; o índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. No caso de 2025, vale o PIB de 2023 -- que cresceu 2,9%. Como ainda não se sabe o valor da inflação em 12 meses até novembro, o valor para o salário mínimo do ano que vem é apenas uma estimativa. Ou seja, ele poderá ser alterado até o final deste ano. Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Referência para 54 milhões de pessoas De acordo com informações divulgadas em maio pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 54 milhões de pessoas no Brasil. Além dos trabalhadores que, por contrato, recebem um salário mínimo (ou múltiplos do mínimo), há também as aposentadorias e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vinculados ao mesmo valor. O salário mínimo também gera impactos indiretos na economia, como o aumento do "salário médio" dos brasileiros e a elevação do poder de compra do trabalhador. Impacto nas contas públicas Ao conceder um reajuste maior para o salário mínimo, o governo federal também gasta mais. Isso porque os benefícios previdenciários não podem ser menores que o valor do mínimo. De acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo criou-se uma despesa em 2024 de aproximadamente R$ 389 milhões. O aumento maior do salário mínimo é um dos itens que eleva as despesas obrigatórias. Com isso, sobrarão menos recursos para os gastos "livres" do governo, chamados de "discricionários" - o que pode afetar políticas do governo federal. Lei de Diretrizes Orçamentárias O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) encaminhado pelo governo estabelece as bases para a elaboração do orçamento do próximo ano. A LDO traz, entre outros, as metas fiscais (para as contas públicas) que deverão ser perseguidas pela equipe econômica. Já o projeto com o orçamento em si — a Lei Orçamentária Anual (LOA) — traz mais detalhes sobre as receitas e despesas. O documento tem de ser enviado pelo governo ao Congresso até 31 de agosto. Ambos os projetos precisam ser aprovados pelo Congresso Nacional.
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15/04 - Justiça Federal acata recurso da União e devolve mandato de conselheiro da Petrobras
Sergio Rezende teve a nomeação suspensa pela Justiça Federal de São Paulo na última semana. Decisão original foi dada em ação protocolada por deputado estadual paulista. O desembargador federal Marcelo Saraiva aceitou nesta segunda-feira (15) um recurso do governo e devolveu o mandato de conselheiro de administração da Petrobras a Sergio Rezende – cuja nomeação havia sido suspensa na última semana. Gerson Camarotti: 'Presidente sabe que agora precisa pacificar a Petrobras' Na decisão, o desembargador afirma que manter a suspensão representaria "perigo de dano ou risco" ao resultado do processo. A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal ainda deve analisar o caso para uma decisão definitiva. Suspensão O recurso da União foi registrado depois que, no último dia 8, a 21ª Vara Cível Federal de São Paulo suspendeu o mandato de Rezende como conselheiro da estatal, em decisão tomada no âmbito de ação movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP). O conselho de administração da Petrobras é responsável por tomar as decisões estratégicas da companhia, como a distribuição de dividendos aos acionistas. A União tem seis das 11 cadeiras do colegiado, mas havia perdido maioria no Conselho por conta de decisões judiciais que suspenderam os mandatos de dois conselheiros, Rezende e o presidente do colegiado, Pietro Mendes. A União também recorre do afastamento de Pietro. Entenda o processo A suspensão dos mandatos do Conselho da Petrobras têm como base ações protocoladas contra a primeira composição do Conselho de Administração da Petrobras sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que questionam eventual conflito de interesses dos integrantes do colegiado. Rezende foi ministro de Educação e de Ciência e Tecnologia nos governos Lula. Quando foi indicado para o Conselho de Administração da Petrobras, estava filiado ao PSB e participava da cúpula decisória do partido – o que é um impeditivo no estatuto social da companhia. Já Mendes é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, pasta à qual a Petrobras está ligada. Pietro Mendes, em Comissão Mista no Senado, em 2018. Geraldo Magela/Agência Senado A Petrobras segue um processo interno de verificação dos currículos indicados, que passa por análise da área técnica, parecer do Comitê de Elegibilidade e do Comitê de Pessoas. Esse parecer é opinativo, cabendo ao Conselho de Administração vigente a decisão sobre levar um parecer favorável ou não aos nomes indicados para apreciação da Assembleia de Acionistas. Contudo, como a União tem 36,6% de participação na Petrobras, seu poder de voto na Assembleia é suficiente para eleger os indicados, mesmo com pareceres contrários pela governança da estatal. Foi o que aconteceu em 2023. Naquela ocasião, o Conselho de Administração da Petrobras era composto por integrantes do governo passado, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e representantes dos minoritários. Tanto os comitês quanto o colegiado deram pareceres contrários a algumas indicações da União, entre elas a de Pietro Mendes. Contudo, o Ministério de Minas e Energia havia elaborado um parecer jurídico que viabilizou a eleição. Como a União já tinha os votos necessários, a atual composição do colegiado foi montada.
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15/04 - Distribuição de dividendos pela Petrobras não gera problemas para investimentos da estatal, diz Haddad
Ministro da Fazenda deu a declaração em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews. Haddad também classificou como 'correta' a manutenção de Jean Paul Prates na chefia da companhia. Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda. Globonews/Reprodução O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (15) que a área econômica do governo entende que a eventual distribuição de dividendos pela Petrobras não geraria problemas para para investimentos da estatal. Em março, a Petrobras decidiu reter R$ 49,3 bilhões em dividendos extraordinários, que seriam pagos aos acionistas. Não pagar os dividendos é interpretado pelo mercado como um sinal de menor rentabilidade da estatal. Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. Essas parcelas podem ser ordinárias (pagamento mínimo estabelecido) ou extraordinárias (além do mínimo, de acordo com regras da Petrobras). A estatal anunciou o pagamento dos dividendos mínimos e reteve os extraordinários sob a justificativa de que o montante retido ajudaria a empresa a aumentar sua capacidade de financiar investimentos. Essa verba foi destinada para um caixa de contingência, que também não poderia ser revertido para investimentos, conforme explicação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. "Entendíamos à época [da decisão sobre distribuição de dividendos], e continuamos entendendo, que não há problemas para investimentos [da Petrobras]", declarou o ministro Haddad, durante participação no programa Estúdio i, da GloboNews. Questionado se apoiou a manutenção de Jean Paul Prates no comando da Petrobras, Haddad disse apenas que levou um "ponto de vista técnico" sobre o assunto. "Com argumentos racionais, com dados, para que o governo forme o melhor juízo. E as consequências pessoais, isso é atribuição do presidente da República julgar se vale a pena substituir ou não. Pior coisa que um ministro pode fazer é atuar para solapar, ou fortalecer por simpatia pessoal, alguém no cargo. O que fizemos foi levar ao presidente nosso posicionamento técnico. Pelos dados que temos, a posição correta é essa", afirmou. Ele criticou também a política de preços da estatal nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, que eram atrelados à paridade internacional dos preços dos combustíveis (dólar e cotação do petróleo). Essa política foi alterada em maio de 2023, o que gerou menor previsibilidade sobre quais critérios a estatal está utilizando ao fixar seus preços. Atualmente, a estatal está operando com preço abaixo da paridade internacional, o que significa que está gerando menos lucros aos seus acionistas -- em comparação com a política de preços anterior. "Tem duas coisas diferentes. Uma é transformar a Petrobras em uma espécie de cassino, a outra é levar em consideração uma trajetória sustentável dentro de um canal técnico para a Petrobras. Que acionistas privados e minoritários tenham segurança da administração. Aquele padrão do governo anterior, que a cada dia que você passava no posto pagava um preço, ficou para trás. Era um susto atras do outro. O padrão de governança da companhia foi respeitado, mas dentro de um padrão estabelecido que dava previsibilidade", declarou Haddad. Petrobras: entenda a polêmica dos dividendos Conselheiros afastados O Conselho de Administração da Petrobras deve se reunir na próxima sexta-feira (19). Composto por 11 cadeiras, das quais seis são do governo, o colegiado é responsável por tomar as decisões estratégicas da companhia. Contudo, no momento, o governo perdeu a maioria no Conselho de Administração. Na última semana, a Justiça Federal em São Paulo afastou dois representantes da União do colegiado, Sergio Rezende e o presidente do Conselho, Pietro Mendes. Com apenas quatro das seis cadeiras, a União perde vantagem no Conselho. As outras vagas são compostas por quatro indicados pelos acionistas minoritários e uma representante dos petroleiros, eleita por eles.
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15/04 - Tesla pretende cortar mais de 10% de seus funcionários
Último relatório anual da empresa de Elon Musk mostra que companhia tem cerca de 140 mil empregados, o que significaria ao menos 14 mil demissões. Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), da SpaceX e da Tesla Reuters/Tingshu Wang A Tesla planeja cortar "mais de 10%" de sua força de trabalho em todo o mundo, de acordo com o site de notícias Electrek, que publicou nesta segunda-feira (15) um e-mail do fundador do grupo, Elon Musk, anunciando a medida. Os cortes de empregos foram necessários após o "rápido crescimento" que levou à duplicação de funções, destacou Musk no e-mail aos funcionários, de acordo com o Electrek, um site focado em veículos elétricos. "Não há nada que eu odeie mais, mas tenho que fazer isso", declarou. "Realizamos uma análise profunda e tomamos a decisão de reduzir nossos efetivos em mais de 10% a nível mundial", acrescentou. LEIA MAIS: Elétricos com preços mais acessíveis? Entenda os desafios e perspectivas do setor Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reanimou as montadoras no Brasil CEO da Volkswagen fala ao g1 sobre nova onda de investimentos Em seu último relatório anual, a Tesla indicou que no final de dezembro tinha cerca de 140 mil empregados, o que significaria ao menos 14 mil demissões. A Tesla não respondeu aos pedidos de comentários da AFP. O anúncio acontece quase 10 dias depois de a empresa informar uma diminuição nas entregas de automóveis no primeiro trimestre, em um relatório que decepcionou investidores. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil A companhia de Musk também determinou uma série de reduções nos preços dos veículos elétricos em resposta à crescente concorrência e ao baixo crescimento da demanda em alguns mercados. No final do ano passado, a Tesla iniciou as entregas do Cybertruck, um veículo inspirado na era espacial que Musk promoveu, ao mesmo tempo que alertou que sua produção levaria tempo para atingir rentabilidade. A Tesla perdeu o primeiro lugar mundial no mercado de veículos elétricos para a chinesa BYD no último trimestre de 2023. Além disso, a fabricante, que desde o seu início visava veículos de alto padrão, sofre com a concorrência dos carros chineses a preços muito baixos. No primeiro trimestre de 2024, entregou muito menos veículos do que o esperado e sua produção caiu 1,6% na comparação anual. "As entregas do primeiro trimestre foram um pesadelo, com a demanda chinesa e global por veículos elétricos caindo" drasticamente, estimaram analistas da Wedbush Securities. Nesta segunda-feira (15), o vice-presidente sênior da Tesla, Drew Baglino, anunciou sua saída do grupo na rede X, propriedade de Musk. Era um dos rostos mais conhecidos do grupo, onde trabalhou por 18 anos. Segundo a Bloomberg, outro vice-presidente, Rohan Patel, também deixará a empresa. Até 11h35 (horário de Brasília), a Tesla perdia 2,88% na bolsa de Nova York.
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15/04 - Governo cria grupo de trabalho para monitorar preço do petróleo diante de conflito no Oriente Médio
Tensão na região se intensificou no fim de semana, após Irã entrar diretamente no conflito com Israel. Governo espera que Petrobras aguarde desdobramentos antes de alterar preços dos combustíveis. Eventual agravamento da crise entre Israel e Irã tem consequências planetárias O Ministério de Minas e Energia criou, nesta segunda-feira (15), um grupo de trabalho para monitorar o preço do petróleo diante do conflito no Oriente Médio. A informação foi dada pelo ministro Alexandre Silveira, em entrevista a jornalistas. "É importante que estejamos atentos. O ministério está debruçado [sobre o assunto], hoje mesmo já fiz uma reunião cedo com a Secretaria de Petróleo, Gás e Biocombustíveis a fim de que a gente possa, no grupo que acabei de criar de monitoramento permanente da oscilação do preço do Brent [petróleo], a gente possa estar atento e agindo de pronto com os mecanismos que temos", declarou. A tensão na região se intensificou no fim de semana, depois que o Irã entrou diretamente no conflito com Israel e enviou drones e mísseis para atacar o território do país. O ataque aumenta o risco de a guerra entre Israel e o Hamas escalar para todo o Oriente Médio. A região responde por grande parcela da produção mundial de petróleo. E um conflito generalizado pode aumentar o preço da commodity, que influencia o valor dos combustíveis no Brasil, como gasolina e óleo diesel. Segundo o colunista do g1 Valdo Cruz, o governo espera que a Petrobras aguarde os próximos desdobramentos da guerra antes de alterar os preços de combustíveis no Brasil. A jornalistas nesta segunda-feira (15), Silveira disse que não falou com a estatal sobre o conflito e que qualquer medida tomada vai respeitar a governança da companhia. "Ainda não conversei com a Petrobras. O ministério tem papel muito distinto da Petrobras. [...] Primeiro, fizemos essa reunião para poder avaliar a crise internacional, chegamos a essa conclusão de montar esse grupo de trabalho", declarou. Segundo Silveira, pasta deve manter diálogo com a estatal e com outras empresas do setor de petróleo ao longo do dia. "Durante o dia com certeza nossos contatos serão intensos, não só com a Petrobras, mas com as distribuidoras, com os outros membros da cadeia de suprimento para que estejamos preparados para possíveis maiores escaladas internacionais", completou. Dividendos extraordinários O ministro também comentou a distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas da companhia, quando questionado se o conflito poderia mudar a expectativa de pagamento. "São coisas completamente distintas. Esse assunto não está na mesa", disse. A Petrobras passa por um momento turbulento desde o último mês: com a retenção de dividendos aos acionistas e perda de valor de mercado; a quase demissão do presidente da estatal, Jean Paul Prates; e, na última semana, o afastamento de dois conselheiros de administração representantes da União. Agora, o conflito internacional pode pressionar a companhia para segurar reajustes nos preços dos combustíveis, colocando a empresa de economia mista mais uma vez no meio de interesses privados e da União.
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15/04 - Dólar vai a R$ 5,18, maior nível em um ano, com tensões no Oriente Médio e nova meta fiscal; Ibovespa cai
A moeda norte-americana avançou 1,24%, cotada em R$ 5,1847, no maior nível desde março de 2023. Já o principal índice acionário da bolsa brasileira encerrou com um recuo de 0,49%, aos 125.334 pontos. Dólar Pixabay O dólar emplacou a 4ª alta seguida nesta segunda-feira (15), refletindo a escalada dos conflitos no Oriente Médio, após o Irã atacar Israel no fim de semana. Na máxima, chegou a operar acima dos R$ 5,20. Na expectativa de que Israel não vai continuar os ataques, os mercados operaram com um pouco mais de tranquilidade neste início de semana, mas a moeda americana continuou a ganhar força sobre o real e outras moedas de países emergentes. No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a meta do governo Lula 3 é de ter déficit zero em 2025 e que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. A declaração reforçou a alta do dólar, durante entrevista do ministro ao Estúdio i, da GloboNews. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Ao final da sessão, o dólar avançou 1,24%, cotado em R$ 5,1847. Na máxima do dia, chegou aos R$ 5,2149. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula altas de: 1,24% na semana; 3,38% no mês; e 6,85% no ano. Na sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 0,61%, cotada em R$ 5,1212. Ibovespa Já o Ibovespa fechou com um recuo de 0,49%, aos 125.334 pontos. Com o resultado, acumula quedas de: 0,49% na semana; 2,16% no mês; e 6,60% no ano. Na sexta, encerrou em queda de 1,14%, aos 125.946 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? A atenção dos investidores seguiu voltada para o Oriente Médio nesta segunda-feira (15), enquanto o mundo aguarda novas sinalizações do que deve acontecer. Na última sexta-feira, os mercados encerraram o dia estressados, com queda nas bolsas de valores ao redor do mundo e fortalecimento do dólar ante outras moedas, após o Irã informar que lançaria um ataque contra o território israelense. A ofensiva foi uma resposta do país a um bombardeio de Israel contra a embaixada iraniana na Síria. Essa foi a primeira vez que o Irã atacou Israel diretamente. "Queira ou não, dólar é proteção. É proteção no mundo inteiro. Então, na sexta-feira, quando aconteceram os ataques, o mundo inteiro correu para o dólar", comenta o analista de investimentos Vitor Mizara. Autoridades iranianas disseram que veem o assunto como encerrado e justificaram o ataque como legítima defesa. Israel, por outro lado, quer fazer um contra-ataque, mas não tem apoio da comunidade internacional, principalmente dos Estados Unidos — que são grandes rivais do Irã. Já no Brasil, o destaque ficou com a confirmação de que o governo reduziu a meta fiscal e descartou um superávit para 2025. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a meta do governo Lula 3 é de ter déficit zero em 2025 e que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias será apresentado ainda nesta segunda-feira (15). "Até me explicar aqui: nós não costumamos antecipar os dados da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] antes da entrevista oficial, mas vazaram estes dois dados. Eu até me desculpo por estar falando disso antes das 17h que o horário é combinado, mas sim, os dados são esses", disse Haddad. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o governo tentava fixar uma "meta factível" para as contas públicas no ano que vem. Além de 2025, as metas devem ser corrigidas para superávit de 0,25% para 2026, 0,5% para 2027 e 1% para 2028. LEIA TAMBÉM Guerra no Oriente Médio: governo quer que Petrobras aguarde antes de alterar preços de combustíveis no Brasil
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15/04 - Governo prevê salário mínimo de R$ 1.502 para 2025, com alta de 6,37% sobre valor atual
Meta deve ser zero, diz Gerson Camarotti ao comentar sobre o que esperar da LDO O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que será apresentado nesta segunda-feira vai prever um salário mínimo de R$ 1.502 – alta de 6,37% sobre os R$ 1.412 atuais. O percentual segue a nova regra de valorização do salário mínimo, que leva em conta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) além da inflação do período. O projeto da LDO também trará meta de déficit zero para 2025, e não mais de superávit, como previsto até o ano passado. A projeção do salário mínimo ainda pode ser alterada se, até o fim do ano, a inflação for maior ou menor que o previsto. A LDO serve como um "guia" para a elaboração do Orçamento de 2025, mas também envia sinais ao mercado sobre como o próprio governo vê o horizonte econômico. Até agora, o governo trabalhava com a expectativa de um superávit de 0,5% do PIB em 2025. Ou seja, que fosse possível arrecadar mais do que gastar. O número, no entanto, exigiria um esforço muito grande – o que poderia criar desconfiança no mercado e até mesmo no Congresso Nacional. A mudança de meta também afeta os anos seguintes, segundo interlocutores do governo ouvidos pelo blog. Para 2026, o governo passa a prever um superávit de 0,25%, e de 0,5% em 2027, até chegar a 1% em 2028. LEIA MAIS Governo deve reduzir meta e descartar superávit para 2025 Contas públicas: como analistas encararam a perspectiva de mudança da meta fiscal em 2025 Em busca de R$ 300 bi adicionais, equipe econômica já admite rever objetivos Essa projeção é justamente um dos fatores que impactam na revisão do superávit previsto anteriormente. Além do salário mínimo, a área política do governo também pressiona a área econômica para flexibilizar a meta fiscal e, com isso, poder gastar mais nos próximos anos. Diante disso, manter em 2025 um superávit de 0,5% do PIB exigiria um esforço fiscal maior do país – em outras palavras, gastar menos com políticas sociais e investimentos. Mercado financeiro eleva previsão de crescimento pela oitava vez Dificuldades no Congresso O governo já enfrenta dificuldades neste ano para chegar ao déficit zero, já que o Congresso resiste em aprovar novas medidas arrecadatórias – inclusive, a reoneração dos municípios e a delimitação do Perse (programa criado na pandemia para o setor de eventos). Para 2025, a intenção de garantir um superávit de 0,5% do PIB exigiria uma série de medidas adicionais. Integrantes da própria equipe econômica fazem uma avaliação realista de que não há mais espaço político para manter o mesmo ritmo de incremento da arrecadação federal no ano passado. Pelo menos, no que depender de decisões do Congresso. A percepção no governo é de que as metas projetadas inicialmente eram muito ousadas, mas a realidade vem se impondo. E, a essa altura do campeonato, seria melhor manter a credibilidade de uma meta realista do que trabalhar com previsões que não serão realizadas.
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15/04 - Governo vai reduzir meta e propor déficit zero em 2025, em vez de superávit de 0,5%
Lei de Diretrizes Orçamentárias para o próximo ano deve rever previsão anterior na tentativa de equilibrar as despesas do governo. Governo deve reduzir meta e descartar superávit para 2025 Uma fonte do Ministério da Fazenda disse ao g1 que o governo federal vai propor déficit zero para as contas em 2025 no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano, que será entregue nesta segunda-feira (15). Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o governo tentava fixar uma "meta factível" para as contas públicas no ano que vem. Segundo fonte do governo, a proposta apresentada será a seguinte: 2025: 0 2026: +0,25% 2027: +0,5% 2028: +1% Meta fisca: previsão do governo para 2025 GloboNews/Reprodução LEIA MAIS Contas públicas: como analistas encararam a perspectiva de mudança da meta fiscal em 2025 Em busca de R$ 300 bi adicionais, equipe econômica já admite rever objetivos Haddad cita mudança no cenário e diz que busca 'meta factível' para contas de 2025 Apesar da mudança, a avaliação é de que o objetivo segue o mesmo: de equilibrar as despesas para estabilizar a dívida. A avaliação da equipe da Fazenda é de que a adaptação foi necessária porque, no ano que vem, não haverá incremento de receita como neste ano. Além disso, os desafios no Congresso são enormes e não será possível aprovar novas medidas de arrecadação no segundo semestre. Em conversa com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que não haverá pauta-bomba e que a crise política não afetará a reforma tributária ou a pauta econômica, mas fez uma alerta: nas outras pautas de interesse, o governo terá que conseguir votos por conta própria. Haddad diz que governo busca meta fiscal "factível" para 2025
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15/04 - O que é a grande transferência de riqueza, fenômeno que 'fabrica' jovens bilionários pelo mundo
Super-ricos e seus herdeiros buscam especialistas para aconselhá-los até sobre casamentos e contratação de parentes enquanto cresce debate sobre imposto global sobre fortunas. Com 31 anos, Mark Mateschitz, herdeiro da marca Red Bull, ganhou o posto de jovem bilionário com maior fortuna segundo a lista da Forbes deste ano GETTY IMAGES via BBC Na tradicional lista dos mais ricos do planeta divulgada no início do mês pela revista Forbes, uma tendência chama a atenção: há muitos rostos jovens e desconhecidos figurando entre as maiores fortunas. Muitos deles sequer começaram a trabalhar ou escolheram suas carreiras, mas tiveram uma grande ajuda para estar ali: pela primeira vez desde 2009, todos os bilionários com menos de 30 anos listados no ranking da Forbes são herdeiros. Dos 25 bilionários com 33 anos de idade ou menos que figuram no ranking, apenas sete construíram seus próprios impérios. Para a Forbes, a presença massiva de jovens herdeiros é sinal de que está em curso um fenômeno há tempo preconizado no universo das finanças globais: a “grande transferência de riqueza”, período em que grande parte de todo o patrimônio dos ricos do mundo mudará de mãos para as próximas gerações. A estimativa é de que, somente até o fim de 2029, mais de US$ 8,8 trilhões sejam transferidos dos bilionários para seus jovens sucessores. “E não estamos falando só de dinheiro, mas também das empresas”, explica o advogado Yuri Freitas, responsável pelo time de planejamento patrimonial para o Brasil do banco suíço UBS. Ele comanda um grupo de especialistas que fica à disposição dos clientes donos de fortunas com uma função: ajudá-los a planejar o que fazer com seu patrimônio depois que eles morrerem. Reforma tributária apressou os planos de transferência de heranças entre os donos de fortunas no Brasil, diz Freitas, do UBS DIVULGAÇÃO via BBC Apesar da formação financeira e jurídica de Freitas, o trabalho dele e de sua equipe envolve mais habilidades do que cuidar dos números e conhecer leis. Vai desde conversar com a família sobre o uso dos recursos por todos os parentes e agregados (quem pode usar o jatinho? quem pode emprestar o iate?) a sugerir regras para a contratação de familiares como funcionários e calcular o risco que novos casamentos podem representar para o patrimônio dos herdeiros. A função inclui também mapear os objetivos de cada cliente para o seu patrimônio após a morte: como dividir empresas, obras de arte, embarcações, aeronaves e imóveis, entre outros. A equipe de planejamento do patrimônio também ajuda a criar protocolos para questões delicadas que misturam laços familiares e dinheiro. O planejamento abrange aspectos íntimos da vida familiar, como o regime de bens se o cliente é casado, se tem filhos, se os filhos são casados, se moram no Brasil ou fora, por exemplo. Para quem não é herdeiro de nenhuma grande fortuna, uma boa referência a esse universo é a série Succession, da HBO, que aborda o drama de uma família de bilionários. “Por mais caricata que a série seja, as famílias têm conflitos que se desenvolvem numa dinâmica de comportamento parecida”, conta Freitas. A BBC News Brasil reuniu especialistas, artigos e exemplos práticos para explicar o que é a grande transferência de riqueza e qual o debate em torno dos impactos negativos que esse nível de concentração de renda pode acarretar. Preparação com comitês e psicólogos Uma das etapas de um trabalho como o de Freitas é o de construir com a família dona da fortuna um protocolo familiar, de preferência antes do doador transmitir a herança aos filhos. “É quando o patriarca está bem e ativo que é importante tomar essas decisões para enfrentar conflitos lá na frente”, diz o executivo da UBS. Pesquisa realizada pela consultoria americana The Williams Group estima que 70% das transferências de riqueza nos Estados Unidos falham, e que 60% dessas falhas resultam em falta de confiança e comunicação entre os membros da família rica. “A família precisa ter regras de como lidar com o patrimônio muito bem estabelecidas. E não estou falando só dos instrumentos jurídicos, como testamento, o contrato social da empresa, o acordo de acionistas”, diz Freitas. “Estou falando do aspecto moral, por exemplo: como eu vou contratar um primo ou um sobrinho? Que requisitos ele ou ela tem que ter, que escolaridade? Quem pode usar o jatinho da família?”, segue o especialista. Sem familiaridade com o mundo dos bilionários? Assistir à série Succession pode ajudar HBO via BBC A criação do protocolo familiar para o planejamento da herança pode envolver a criação de comitês familiares para apresentar os investimentos e até de psicólogos e outros profissionais para mediar as conversas. “É muito comum que a discussão sobre a qualificação do executivo a ser contratado descambe para: ‘Ah, você contrata o seu filho e agora quer demitir o meu'. A gente ajuda o cliente a construir esse protocolo”, diz o executivo. Em 15 anos de experiência na área, a percepção de Freitas coincide com o diagnóstico da revista Forbes: a grande transferência de fortuna global já está em curso de maneira acelerada, e os bilionários do Brasil e do mundo estão começando cada vez mais cedo a repassar seus patrimônios para a próxima geração. Exemplo brasileiro De tempos em tempos, cada geração de adultos herda das gerações anteriores o patrimônio acumulado por determinada família. Como no exemplo brasileiro abordado pela Forbes: a Weg, multinacional que exporta para 135 países e é uma das maiores fabricantes de motores elétricos do mundo, foi cofundada por Werner Ricardo Voigt, bilionário que morreu em 2016. Hoje, são bilionárias também as netas de Werner, Lívia Voigt, 19 anos, e sua irmã Dora Voigt, 26, que não participam ativamente do dia a dia da empresa. Mas a riqueza fundada por Werner não enriqueceu apenas as duas netas: além de Lívia e Dora, outros 28 empresários têm a WEG como origem de sua fortuna. De acordo com a Forbes, os descendentes dos fundadores da WEG têm, juntos, um patrimônio de R$ 85,53 bilhões. Movimentos como o da família Voigt estão acontecendo e devem se acelerar, de acordo com as projeções dos institutos que acompanham as grandes fortunas. Os números divergem, mas apontam para o mesmo cenário: nas próximas duas décadas, trilhões de dólares devem passar das mãos de abastados baby boomers (nascidos em 1964 ou antes, nas duas décadas após o fim da Segunda Guerra Mundial) para as afortunadas próximas gerações de herdeiros millennials (nascidos entre 1981 e 1996) e geração Z (entre 1997 e 2013). A empresa de pesquisa de mercado Cerulli Associates estima que US$ 84 trilhões mudarão de mãos até 2045 - sendo US$ 72,6 trilhões transferidos para herdeiros e US$ 11,9 trilhões para filantropia. Relatório do banco UBS sobre ambições bilionárias em 2023 aponta que, pela primeira vez na história do estudo, novos bilionários adquiriram mais riqueza por meio de heranças do que pelo empreendedorismo. Em um ano, um total de US$ 150 bilhões foram obtidos por 53 herdeiros, enquanto 84 bilionários acumularam US$ 140,7 bilhões por meio do empreendedorismo. O UBS também estima que, nos próximos 20 a 30 anos, mais de mil bilionários de hoje transferirão mais de US$ 5,2 trilhões a seus herdeiros. “Como calculamos esta estimativa? Apenas somando a riqueza dos 1023 bilionários que têm 70 anos ou mais hoje”, diz o relatório. Nos Estados Unidos, a estimativa é que a geração dos baby boomers retenha atualmente US$ 95,9 trilhões dos US$ 147,1 trilhões da riqueza das famílias dos EUA, segundo o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. E por que essa geração que está envelhecendo tem tanto dinheiro para dar aos seus sortudos sucessores? “A riqueza excepcional resultante do boom da atividade empresarial desde os anos 90 estabeleceu uma base para gerações futuras de famílias bilionárias”, segue o texto. Clube dos 90+: veja quem são os bilionários mais velhos do mundo Choque de gerações “Nunca antes tanto dinheiro - em imóveis, terra, ações e espécie - mudará tão repentinamente de uma geração para outra, e nunca antes a próxima geração teve sentimentos tão diferentes sobre o futuro do planeta e o capitalismo em comparação a seus precursores”, explica em artigo publicado no ano passado o banqueiro e filantropo sul-africano Ken Costa, autor do livro The 100 Trillion Dollar Wealth Transfer e uma das vozes mais contundentes a respeito do fenômeno. A principal tese de Costa, ele mesmo um bilionário boomer, é que os jovens, excluídos da riqueza desfrutada pelas gerações mais velhas durante tanto tempo, são desgostosos em relação ao capitalismo atual. Mais do que isso, culpam com razão os boomers por destruírem o planeta numa corrida precipitada por riquezas a curto prazo. Os boomers, culpados, pioraram as coisas por serem arrogantes e resistentes à mudança, na visão de Costa. “Os Zennials [nome que ele criou para se referir aos jovens millenials, nascidos entre 1981 e 1996 mais os Gen Z, entre 1997 e 2013] herdarão recursos de capital, poder e influência, e a tecnologia será a ferramenta que utilizarão para implementar a sua filosofia", prevê. “Não há como escapar deste evento sísmico e, de fato, a transferência já começou e está acelerando rapidamente. E este evento não acontecerá isoladamente. Também criará um efeito cascata na economia, na tecnologia e na cultura. O que sairá dessas mudanças depende da nova geração”. “O que espero é que eles alcancem um futuro financeiro estável e próspero, e acredito que é essencial que nós, boomers, ajudemos a concretizar isso”, afirma Costa. Preparação de passagem de fortunas envolve criação de comitês familiares e até psicólogos GETTY IMAGES via BBC Preocupação com impostos Há diversos motivos que levam os patriarcas e donos das grandes fortunas a apressarem cada vez mais a transferência de patrimônio para as novas gerações, e a principal delas é o medo de pagar mais impostos. Nos Estados Unidos, a doação de heranças em vida é isenta de impostos até um limite de US$ 12 milhões; sobre o que extrapolar esse limite, as alíquotas chegam a 40% sobre o valor doado. “É quase metade do patrimônio que acaba sendo pago em impostos. Então, o estudo de estruturas e estratégias para suavizar essa transmissão sempre foi uma preocupação que habitou o imaginário desses executivos”, diz Freitas. No Brasil, a pressão dos impostos sobre as grandes fortunas e heranças sempre foi mais branda que a da maioria dos países e exigiu menos planejamento dos bilionários - com muitas opções para que os muito ricos acumulassem rendimentos ao longo da vida com pouca tributação. No ano passado, o governo agiu para acabar com a vantagem concedida em algumas aplicações onde era possível adiar o pagamento de impostos que são devidos quando se aplica o dinheiro. "Até o final de 2023, era muito comum que o cliente tivesse um fundo multimercado exclusivo dele e esse fundo só pagava imposto no momento de uma amortização, de um resgate. Então você tinha ali uma estrutura que ficava 10, 15 anos, só rentabilizando sem pagar imposto”, diz o executivo do UBS. A reforma tributária de 2023 mudou um pouco o cenário na tributação de heranças, principalmente ao prever potencial aumento da alíquota do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), conhecido como o “imposto das heranças”. Atualmente, o ITCMD é estadual e possui alíquotas que variam entre 4% e 8%. A cobrança é diferente em cada Estado brasileiro. Em São Paulo, a alíquota é de 4%. Em Minas Gerais, de 5%. Já o Rio de Janeiro prevê seis alíquotas progressivas de 4% a 8% à medida que a herança aumenta. A reforma estabelece que o imposto será obrigatoriamente progressivo, - ou seja, quanto maior o valor da herança ou doação, maior será a alíquota aplicada. “O Estado de São Paulo pratica uma alíquota de 4% historicamente, e a expectativa é que em algum momento a Assembleia Legislativa se mova para aumentar essa alíquota. Então, muita gente vê muitas transmissões de patrimônio acontecendo ou se acelerando por conta disso”, explica Freitas. Em seu segmento de planejamento patrimonial do UBS, nunca houve tanta demanda de clientes brasileiros por informações e atendimento a respeito das novas regras de herança, doações e temas relacionados como no ano passado, por causa da reforma tributária, diz Freitas. “Foi o ano mais desafiador da minha carreira. Quando você tem uma reforma que muda toda a regra, e realmente mudou, o baby boomer precisa entender as novas regras, que são complexas, e rever as decisões. Tudo isso vai pressionando ele [a acelerar os planos]”, diz. “O assunto do ano passado foi reforma tributária, e o deste ano são os ajustes que se tem que fazer para por conta da reforma tributária”, aponta Freitas. Bom para quem? O ativista Peter Tatchell segura um cartaz pedindo imposto sobre a riqueza dos bilionários para financiar o sistema de saúde britânico em 2023 em Londres GETTY IMAGES via BBC Essa nova leva de jovens herdeiros bilionários prevista para as próximas décadas ocorre em um momento da história em que a concentração de renda nas mãos de poucas famílias piora a vida da maioria das pessoas do mundo. O relatório Desigualdade S/A, divulgado no início do ano pela Oxfam, aponta que a riqueza dos cinco maiores bilionários do mundo dobrou desde 2020, enquanto a de 60% da população global – cerca de 5 bilhões de pessoas – diminuiu nesse mesmo período. Enquanto sete em cada dez das maiores empresas do mundo têm bilionários como CEOs ou principais acionistas, apenas 0,4% das mais de 1.600 maiores e mais influentes empresas do mundo se comprometeram publicamente com o pagamento de salários dignos a seus trabalhadores. O impacto de tanta desigualdade de renda é gritante, destaca a publicação. “A década de 2020, que começou com a covid-19 e depois assistiu à escalada de conflitos, à aceleração da crise climática e ao aumento do custo de vida, parece estar se transformando em uma década de divisão", diz o documento. "A pobreza nos países de renda mais baixa é ainda maior do que era em 2019. Em todo o mundo, os preços estão ultrapassando os salários, e centenas de milhões de pessoas têm dificuldades”, alerta o texto. Daniel Duque, pesquisador da área de economia aplicada do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), explica que tal esforço dos super-ricos em repassar seus bens para as próximas gerações pode ser uma reação às recentes iniciativas de diversos países de debater e implementar modelos mais progressivos de tributação - após décadas de alíquotas que foram generosas com os bilionários. Movimento que cresceu fomentado principalmente pela visibilidade dada ao trabalho do economista francês Thomas Piketty, que defende reparos ao sistema capitalista capazes de interromper esse processo de concentração de riqueza. “Está havendo um movimento em diversos países de haver uma tributação maior sobre grandes fortunas, o que gera uma pressão sobre os super-ricos de passar logo para a próxima geração”, diz Duque. Outro debate que pode pressionar esse público é o que ocorre no G20 em torno da criação de um tributo global sobre grandes fortunas, proposta apresentada ao grupo em fevereiro pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante encontro em São Paulo. “Um tributo como esse tornaria muito mais difícil para os super-ricos gerarem essa herança sem tributação. Porque até então, quando se cobrava um imposto, eles migravam o dinheiro para outro lugar", aponta o pesquisador. Tanta concentração de renda traz riscos econômicos e políticos para o planeta, diz o Duque, bem como a assimetria de oportunidades, bastante desfavorável para quem tem menos dinheiro. “Um dos principais riscos é como lidar com o poder tão concentrado nas mãos de tão poucos. Antigamente, a capacidade de os mais ricos influenciarem a política era mais limitada, com menos capacidade de ação nos meandros do poder. Com uma concentração alta, isso começa a mudar e se vê indivíduos que conseguem mudar rumos”, diz ele. O que pensam os jovens herdeiros? Como em todo debate geracional, profissionais de todas as áreas têm se debruçado para tentar prever o comportamento desses jovens herdeiros e as mudanças que eles causarão no mundo dos negócios. Principalmente os bancos, que correm o risco de perder os clientes cujo patrimônio tão vultoso eles ajudaram a construir e compartilharam por décadas. O que se sabe é que os bilionários da nova geração são mais conectados socialmente, mais digitais e, pelo menos no discurso, se importam mais do que os pais sobre o impacto positivo que os seus investimentos terão no planeta, tanto no clima quanto socialmente. Relatório da consultoria EY estima que investidores millenials têm o dobro da disposição em investir em empresas ou fundos que busquem transformações sociais e ambientais. Além disso, 17% dos millenials dizem querer investir em companhias que adotam práticas de ESG de alta qualidade, comparados a 9% entre investidores não-millenials. No UBS, a equipe de wealth management realiza há anos uma série de eventos e programas voltada a atender aos investidores next gen, como são chamados os herdeiros de fortunas. No Brasil, o banco criou em 2019 um encontro de troca de experiências exclusivamente voltado para herdeiros. "Ali a gente trouxe alguns herdeiros falando para outros herdeiros sobre temas como inovação no negócio familiar, governança familiar, family office", afirma Freitas. Nota-se diferenças comportamentais: se os baby boomers apreciam o sigilo e a privacidade de uma relação formal e de confiança com o consultor do banco, os jovens gostam de mais interação com seus pares. “Ele vê o banco como um lugar que pode proporcionar para ele contato com outros empreendedores e pode abrir portas com pessoas com outros clientes”, diz Freitas. No programa para sucessores seletos de patrimônio mais elevado, há até uma comunidade global criada pelo banco especialmente para a convivência entre herdeiros do mundo todo, onde eles compartilham dicas, eventos e relações para além das mediadas pelo banco. Dá para esperar que os bilionários gerarão mudanças positivas para o mundo - que sofre, entre outras questões, com a enorme concentração de renda na mão de poucas famílias? O relatório do UBS pontua que, embora existam vários casos bem divulgados de empresários bilionários que prometem doar grande parte de suas fortunas à filantropia, é menos conhecido o fato de que entre herdeiros essa intenção seja mais reticente. “Embora mais do que dois terços (68%) dos bilionários da primeira geração tenham declarado que seguir seus objetivos filantrópicos e gerar impacto no mundo tenha sido o objetivo principal de seu legado, menos de um terço (32%) das gerações herdeiras expressou a mesma intenção", diz o estudo. Na experiência do UBS, as gerações sucessoras são muitas vezes relutantes em doar dinheiro que não ganharam e, em alguns casos, elas podem simplesmente continuar investindo nas eventuais fundações existentes na família. "No entanto, há uma tendência para investir ou gerenciar negócios de maneira que abordem questões ambientais e sociais, tanto para fins comerciais como fins altruístas", aponta o relatório. A pesquisa do banco ouviu alguns desses herdeiros. “Por mais que meu pai trabalhasse em petróleo, gás e mineração, estou tentando mudar todo o negócio para assuntos relacionados à tecnologia, áreas que têm menos impacto no meio ambiente”, explicou um bilionário de segunda geração ao estudo. "Mas eu não vou vender todos esses negócios em um dia. É uma jornada que comecei há vários anos, quando assumi negócios da família." Relações familiares e poder Outro fator que apressa o planejamento da sucessão entre bilionários, para Freitas, é a pressão crescente dos mercados nas últimas décadas por mais transparência, regulação e compliance (conjunto de práticas para garantir o cumprimento de regras legais e éticas definidas pelos Estados ou pelas próprias empresas). Segundo o executivo do UBS, no setor bancário, a regulação de compliance nos últimos 30 anos passou a cobrar muito mais transparência, com contatos frequentes por e-mail. "O baby boomer que já construiu a sua fortuna gosta do papel, ele gosta da presença física”, diz ele. No caso dos baby boomers brasileiros, o apego ao controle de todas as decisões financeiras e operacionais relacionadas ao patrimônio é ainda mais marcante, diz Freitas. “Mesmo quando faz sentido do ponto de vista tributário um projeto de passagem de bastão, por exemplo, o projeto não acontece se você não tiver o patriarca engajado”, afirma, citando um exemplo fictício. “Às vezes, ele até diz que está engajado, mas quando chega na hora de falar ‘você deixa de ser executivo da empresa e vai passar para o conselho de administração', ele topa, mas está ali no chão de fábrica todo dia, vendo tudo de perto”. Como imaginar que, tão habituados ao controle de todo seu patrimônio, tais bilionários baby boomers estejam cedendo tão rapidamente o poder às próximas gerações, como sugere a grande quantidade de jovens listados pela Forbes? Há muitos recursos para manter o poder mesmo após a doação dos ativos, explica Freitas. Um deles é a reserva de usufruto, que prevê que o dono fundador mantenha o poder político sobre aquele patrimônio. “No exemplo de uma empresa: eu doei as ações, já recolhi o imposto sobre herança, mas eu reservei o usufruto político e econômico: o que significa que eu ainda mando e ainda posso receber o rendimento”, explica. Existe também a cláusula de incomunicabilidade da herança, que é prevista no Código Civil para possibilitar que bens herdados ou doados não sejam transmitidos ao cônjuge - “para que o ativo não se contamine com patrimônio do agregado, da nora, do genro”, diz Freitas. O que significa que, embora abastadíssimos, com um futuro promissor e cheio de regalias, estar na lista da Forbes não significa que a nova geração já esteja integralmente no comando. “Muitos dessa nova geração são muito ricos, mas quando você olha de perto, têm pouco poder de decisão”, conclui o executivo da UBS.
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15/04 - Vinhos do Cerrado: Dez famílias do DF se unem para criar polo de enoturismo
Da uva à taça, produção de vinho em Brasília é marcada pelo cuidado com os vinhedos que enfrentam o clima tropical sazonal do Cerrado. Vinícola de porte médio será inaugurada no dia 21 de abril, aniversário da capital do país 🍷. Dez famílias lançam vinícola de médio porte que vai produzir 400 mil litros de vinho por ano no DF. Divulgação/Vinícola Brasília O amor pela produção de vinho e pela ancestralidade é manifestado desde o cultivo da uva até a taça da bebida produzida por 10 famílias do Distrito Federal. Os produtores de vinho de Brasília desafiam o clima tropical sazonal da região – composto por invernos secos e verões chuvosos – para gerar bebidas "autenticamente brasilienses e de alta qualidade". "Cada região tem a sua peculiaridade, mas aqui no DF são vinhos elegantes, fáceis de beber, bem aromáticos e com grande potencial de guarda [de envelhecimento em garrafa]”, diz Ronaldo Triacca, produtor de vinho de Brasília. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. No próximo domingo (21), aniversário de Brasília, as 10 famílias lançam uma vinícola de médio porte que vai produzir 400 mil litros de vinho por ano. Vinhos do Cerrado brasileiro (saiba mais abaixo). Ronaldo Triacca, de 58 anos, um dos produtores, se diz um "apreciador e estudioso" do vinho há mais de 20 anos. Ele explica que a produção no Distrito Federal foi iniciada em 2020, quando a tecnologia da dupla poda foi implantada para a criação de vinhos de inverno no DF🍷. "É a inversão do ciclo da videira, deixa a planta produzir no inverno e não no verão. Cuidamos da videira o ano inteiro, quase seis meses cada ciclo. No primeiro ciclo, a gente não deixa a planta produzir, ela só vegeta e a gente tira os cachos. O ciclo de produção é no inverno, por isso essa nova categoria é chamada de vinhos de inverno”, diz. A uva, que é plantada apenas uma vez – já que produz frutos por cerca de 30 a 40 anos, no mínimo – conta com duas podas: uma em setembro e outra em março. Em julho e agosto há a colheita da fruta (veja o ciclo completo abaixo). A dupla poda é a alteração do ciclo reprodutivo das vinhas, com a colheita ocorrendo no inverno e não no verão. Em setembro: vinhedos são podados Em outubro: a planta vegeta e emite os cachos, que são retirados para não dar frutos Em março: vinhedos são podados novamente Em abril: planta emite cachos até agosto Em julho e agosto: uvas formadas são colhidas O custo, por conter essas duas podas, tem aumento de 40% a 50% se comparado a uma produção de uma única poda. No entanto, de acordo com Ronaldo Triacca, o clima do DF, que é muito seco, favorece a menor incidência de doenças e pragas e uma menor utilização de defensivos químicos. Produção de vinhos da Villa Triacca. Divulgação/Vinícola Brasília A Villa Triacca, com seis hectares de vinhedos, produz por ano de 10 a 12 mil garrafas de vinho. Além disso, cerca de 600 pessoas visitam a pousada por mês. A safra de 2022 do vinho tinto Seu Claudino, em homenagem ao pai de Ronaldo. Este é o primeiro vinho 100% brasiliense, e foi premiado como melhor vinho tinto brasileiro pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A força das mulheres da viticultura Com as raízes fincadas no Distrito Federal, a produtora de vinhos Oma Sena, nasceu para representar a força das mulheres da família de descendentes de imigrantes italianos, alemães e portugueses. Oma significa avó em alemão e Sena era o apelido carinhoso da avó paterna da agrônoma Isabella Bonato, que se chamava Azenia. "A ideia de homenagear a minha avó é homenagear as mulheres fortes da minha família. [...] Quem veio antes da gente, constrói a nossa história, molda o que a gente é e o que a gente vai ser, é muito importante lembrar dessa pessoas", diz Isabella Bonato. O resgate da ancestralidade se uniu ao cuidado diário de cada vinhedo dos três hectares de produção da Oma Sena, que entrega 5 mil litros por ano para o mercado de vinho. Isabella Bonatto, de 33 anos, conta que é uma atividade prazerosa. "É muito gostoso, a viticultura é uma atividade que apesar de ser muito trabalhosa, ela é um crochê, de ponto em ponto de linha em linha para formar o vinhedo inteiro. As cores que a gente enxerga são tão lindas, o processo é maravilhoso, os cheiros são incríveis, beber vinho, analisar vinho”", diz a produtora. Isabella é agrônoma e explica que, durante a faculdade na Universidade de Brasília (UnB), nunca cogitou produzir vinho no clima do DF. No entanto, após a implantação da dupla poda, se vê todo dia vivendo o sonho que sempre fez parte do seu imaginário. "Até agora parece fora da realidade, a sensação de ‘meu Deus que loucura produzir vinho no cerrado’. Acordo todo dia de manhã e sentir que eu estou fazendo parte dessa história é emocionante é só o comecinho”, diz Isabella Bonato. Além do cuidado com cada "criatura" como carinhosamente chama os vinhedos, Isabella destaca que o vinho é também uma bebida viva, e que um dos momentos que aprecia no trabalho é ver a mudança da uva até o produto final engarrafado. "E mesmo depois, o vinho não é estático, vai evoluindo até o seu ápice", explica. Isabella conta orgulhosa que o vinho tinto Vernáculo, produzido na Oma Sena, ganhou o melhor vinho sem barrica na Wine Piri em 2023. 'Amadurecendo com o passar dos anos' Produção de uva e vinho no DF. Como um bom vinho, o cultivo das videiras para o casal Sérgio Lima e Sandra Cenci, da Horus Vinhos e Vinhedo, foi amadurecendo ao longo do tempo. O processo inicial de plantio, manejo, adubação e cultivo dos vinhedos demorou cerca de 1 ano e meio. “O início foi extremamente trabalhoso, pois antes mesmo do plantio da videira, havia um esforço de manejo e adubação da terra e infraestrutura do parreiral como madeira, arames e mão de obra. Ainda assim, é muito gratificante ver nascer um legado que irá amadurecer com o passar dos anos”, conta Sérgio Lima. Com 6,5 hectares, e no terceiro ano de produção com foco na qualidade, a Horus conta com as uvas Malbec, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Syrah e Sauvignon Blanc. Sérgio e os outros dois produtores entrevistados pelo g1 explicam as principais vantagens do cultivo da uva no cerrado: Vantagens da produção no cerrado Clima bem definido com duas estações marcadas: invernos secos e verões chuvosos Boa diferença de amplitude térmica – distância da temperatura máxima até a mínima Altitude de 1.172 metros propicia grandes amplitudes térmicas Inverno não chove e favorece a videira, que não tolera excesso de umidade, principalmente no período da maturação Vinícola Brasília A abertura oficial da Vinícola Brasília vai ser no dia 21 de abril, aniversário de Brasília. Divulgação/Vinícola Brasília Com o objetivo de transformar o Distrito Federal em um polo de enoturismo, os três produtores entrevistados se uniram a outros sete e vão lançar, no dia 21 de abril, aniversário da capital, a Vinícola Brasília. O projeto pretende utilizar 60% da produção de uva de cada um dos sócios para produzir 400 mil litros por ano de vinhos. Os vinhedos participantes são: Casa Vitor Ercoara Horus Marchese Miro Monte Alvor Oma Sena Alto Cerrado Villa Triacca Vista da Mata O lançamento traz cinco rótulos, além do Vinho Monumental Syrah, lançado em 2023: Rosé Pilottis: blend das uvas Syrah e Tempranillo com aroma delicado de cereja, ameixa e maçã Sauvignon Blanc Cobogó: vinho intenso e aromático com pêra, melão, goiaba, figo e notas de arruda e broto de tomate Malbec Syrah Croqui: vinho tinto encorpado que harmoniza bem com carnes vermelha, suína, massas e queijos fortes Malbec Alvorada: vinho tinto encorpado amadurecido 18 meses em barricas de carvalho, com grande potencial de guarda Syrah Alvorada: vinho tinto encorpado e amadurecido 12 meses em barricas de carvalho e fácil de harmonizar com uma grande diversidade de pratos, em especial carnes, aves e queijos fortes e maturados Programe-se Abertura oficial da Vinícola Brasília Data: domingo, 21 de abril Horário: 16h Ingressos: a partir de R$ 390 Mais informações: @vinicolabrasilia LEIA TAMBÉM: VINHO DE BRASÍLIA: DF já tem 15 propriedades rurais dedicadas à produção de vinho EXPEDIÇÃO CERRADO: Conheça o vinho produzido em Brasília Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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15/04 - Educação Financeira #290: a disputa na Petrobras e o impacto na bolsa
Especialista fala sobe polêmica dos dividendos da petroleira e explica os impactos que isso gera para acionistas e a bolsa brasileira. Depois de anunciar R$ 14,2 bilhões em dividendos no começo de março, as ações da Petrobras viveram dias difíceis. No dia do anúncio, os papéis caíram 10%. Apesar de bilionário, o valor veio abaixo das expectativas e representa o mínimo que a companhia deveria pagar — equivalente a 45% do fluxo de caixa livre da empresa. Não foram pagos os dividendos extraordinários, e houve frustração do mercado com a decisão da empresa de reter o restante. A partir daí, rumores dos bastidores de Brasília diziam que o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, poderia ser demitido, depois que ele se posicionou contra a decisão de não distribuir os dividendos, como queriam os acionistas. Depois de mais essa turbulência na empresa, este episódio do podcast Educação Financeira vai explorar como essa crise impacta os acionistas e o mercado financeiro brasileiro como um todo. OUÇA O PODCAST ABAIXO: Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel.
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15/04 - Abono salarial PIS-Pasep 2024 terá novo pagamento nesta segunda; veja os dois grupos que vão receber
Benefício no valor de até um salário-mínimo é concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa; entenda. PIS/Pasep - Saques em agência da Caixa Econômica Federal José Cruz/Agência Brasil O pagamento do abono salarial PIS-Pasep 2024, referente ao ano-base 2022, será feito nesta segunda-feira (15) para os trabalhadores nascidos em março e abril. Esta será a terceira leva do benefício liberada pelo governo federal neste ano. Em fevereiro, o Ministério do Trabalho autorizou o pagamento para os nascidos no mês de janeiro. Já em março, foi a vez dos trabalhadores nascidos em fevereiro. ➡️ O abono salarial é um benefício no valor de até um salário-mínimo concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa. No geral, têm direito ao abono funcionários da iniciativa privada (PIS) e servidores públicos (Pasep) que trabalharam durante pelo menos 30 dias no ano-base e receberam até dois salários-mínimos por mês. O banco de recebimento, data e os valores, inclusive de anos anteriores, estão disponíveis para consulta no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e no portal Gov.br. Neste ano, o calendário de pagamento foi unificado: tanto os trabalhadores da iniciativa privada como os servidores públicos vão receber de acordo com o mês de nascimento de cada beneficiário (confira o cronograma abaixo). Ao todo, 24,8 milhões de trabalhadores receberão o abono, segundo o Ministério do Trabalho, sendo 21,9 milhões da iniciativa privada e 2,9 milhões do serviço público. Neste 3º lote de pagamento, serão beneficiados 3,8 milhões trabalhadores de empresas privadas, com um total de R$ 4,05 milhões, além de outros 492 mil servidores públicos, cujos benefícios somam R$ 596 mil. Veja perguntas e respostas: Quem tem direito ao abono salarial? Quem não tem direito ao abono salarial? Qual é o valor? Como consultar? (passo a passo) Como serão os pagamentos? Canal de dúvidas Calendário de Pagamento Pis-Pasep 2024 (Ano-Base 2022) 1. Quem tem direito ao abono salarial? Os trabalhadores devem atender aos seguintes critérios para ter direito ao benefício: estar cadastrado no programa PIS/Pasep ou no CNIS (data do primeiro emprego) há pelo menos cinco anos; ter trabalhado para empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep); ter recebido até 2 salários-mínimos médios (no valor em vigor no ano-base) de remuneração mensal no período trabalhado; ter exercido atividade remunerada durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base da apuração (2022); ter os dados informados pelo empregador (pessoa jurídica ou governo) corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial do ano-base considerado para apuração (2022). 2. Quem não tem direito ao abono salarial? empregado(a) doméstico(a); trabalhadores rurais empregados por pessoa física; trabalhadores urbanos empregados por pessoa física; trabalhadores empregados por pessoa física equiparada a jurídica. 3. Qual é o valor? O valor do abono salarial é proporcional ao tempo de serviço do trabalhador no ano-base em questão. O cálculo corresponde ao valor atual do salário-mínimo dividido por 12 e multiplicado pela quantidade de meses trabalhados no ano-base. Assim, somente quem trabalhou os 12 meses do ano-base recebe o valor total de um salário-mínimo. Neste ano, o benefício irá variar de R$ 118 a R$ 1.412. Veja abaixo os valores conforme a quantidade de meses trabalhados: Valor do Abono Salarial 4. Como consultar? Para fazer a consulta pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, siga o passo a passo: Certifique-se de que o aplicativo esteja atualizado; Acesse o sistema com seu número de CPF e a senha utilizada no portal gov.br; Toque em "Benefícios" e, em seguida, em "Abono Salarial". A tela seguinte irá informar se o trabalhador está ou não habilitado para receber o benefício. Vale lembrar que trabalhadores do setor privado também podem consultar a situação do benefício e a data de pagamento nos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem. 5. Como serão os pagamentos? O pagamento do PIS (Programa de Integração Social) aos trabalhadores da iniciativa privada é administrado pela Caixa Econômica Federal. São quatro opções para receber: As pessoas que possuem conta corrente ou poupança na Caixa receberão o abono automaticamente, informou o banco. Também é possível receber os valores por meio da Poupança Social Digital, cuja movimentação é feita pelo aplicativo Caixa Tem. Outra opção é fazer o saque com o cartão social e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e Caixa Aqui. Se o trabalhador não possuir cartão social, o pagamento também pode ser realizado em qualquer agência da Caixa com a apresentação de um documento de identificação. Já o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) é válido para os servidores públicos, e os depósitos são feitos pelo Banco do Brasil. Nesse caso, o pagamento será realizado prioritariamente como crédito em conta bancária, transferência via TED, via PIX ou presencial nas agências de atendimento, informou o Ministério do Trabalho. 6. Ainda tem dúvidas? Mais informações podem ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, pelo telefone 158 ou pelo e-mail: trabalho.uf@economia.gov.br (substituindo os dígitos UF pela sigla do estado do trabalhador). Saiba regras do PIS-Pasep: Consulta ao abono salarial PIS-Pasep 2024 é liberada
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14/04 - Controle biológico pode diminuir uso de antibióticos em hortaliças e na produção de leite
Pesquisa da USP usa combinação de nanotecnologia e biotecnologia para combater de forma sustentável bactéria que causa intoxicação alimentar. Projeto já pediu registro de patente. Bactérias da espécie Bacillus cereus observadas em microscópio ILVO/IFSC-USP/Divulgação Uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Física da Universidade de São Paulo de São Carlos (IFSC-USP) pretende diminuir o uso de antibióticos na agricultura usando uma técnica que une nanotecnologia e biotecnologia para combater a bactéria Bacillus cereus, que pode causar intoxicação alimentar e está muito presente em vegetais de folhas verdes e na indústria de laticínios. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp De acordo com a pós-doutoranda Fernanda Coelho, o trabalho busca uma agricultura mais sustentável e se baseia em um conceito conhecido como terapia fágica, que é o uso de vírus capazes de infectar bactérias para tratar infecções em seres humanos, animais ou plantas. Como funciona O vírus bacteriófago produz a endolisina, uma proteína capaz de reconhecer e romper a parede celular das bactérias. “O vírus usa essa enzima para entrar na bactéria, tornando lisa a parede celular bacteriana e causando sua morte”, explica a pesquisadora. LEIA MAIS: Controle biológico cresce no campo e ajuda na redução de custos da lavoura Hormônios, insetos, vírus: entenda como os defensivos biológicos podem ser alternativas aos agrotóxicos Pesquisadores desenvolvem controle biológico contra a principal doença da laranja O estudo da USP usou uma endolisina potencializada, produzida por meio de biotecnologia, associada a nanopartículas de prata, que também possuem efeito antimicrobiano. “Após a obtenção da proteína purificada, ela foi combinada com nanopartículas de prata, criando um composto bioativo. Análises de microscopia comprovaram que ele foi eficiente para causar o rompimento da parede celular e a eliminação do Bacillus cereus”, afirmou. A pesquisadora já fez o pedido de patente do composto, que segundo ela, pode ser utilizado na agricultura, por meio de um processo de pulverização em hortaliças, ou adicionado em amostras de leite durante o processo de pasteurização, com o intuito de reduzir a contaminação pela B. cereus. Sustentabilidade Controle biológico desenvolvido pela USP pode ser usado em vegetais verdes Julio Covello/Divulgação/ ArquivoSECS A terapia fágica é muito empregada nos Estados Unidos e na Europa, nas áreas da saúde e agricultura. Segundo a pós-doutoranda, existem vários estudos que comprovam que há vírus altamente seletivos para bactérias específicas, justamente por causa da endolisina. “Ao trabalhar com endolisinas, desenvolvemos um sistema altamente direcionado para combater uma bactéria específica. Neste estudo, a associação com nanopartículas de prata amplifica a eficácia. Dessa forma, conseguimos propor um sistema de controle biológico que representa uma alternativa viável, eficiente e ambientalmente mais apropriada que os antibióticos atualmente utilizados. Essa abordagem é de particular importância para promover uma agricultura sustentável”, afirma Fernanda. Veja os vídeos da EPTV Central Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara
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14/04 - Safra da soja em SP tem queda de produtividade e preço menor do grão
Devido à falta de chuva, muitos produtores rurais tiveram dificuldade em produzir o grão. Ela pode atrapalhar, mas esteve ausente no momento mais importante do cultivo. Safra da soja em SP tem queda de produtividade e preço menor do grão Reprodução/TV TEM Nenhum outro grão é tão cultivado no Brasil quanto a soja. Com alto destaque nas exportações, a área de plantio aumentou consideravelmente com o passar dos anos, e seu preço no mercado internacional atraiu fortemente os produtores rurais. Em uma propriedade rural de Guareí (SP), a colheita está na fase final. O cultivo é feito em uma área de, aproximadamente, 430 hectares. Porém, a safra enfrentou uma grande dificuldade neste ano: o clima. A chuva, que mais atrapalha durante o processo, esteve ausente no momento mais importante. “A cultura da soja tem uma alta demanda de água, principalmente quando ela entra no estado reprodutivo. Este é o momento de soltar flores, pegar as vagens, de formação, que exige muita chuva. E justo nessa época, ficamos 40 dias na seca”, afirma Thiago Vicente da Silva, proprietário da plantação. Veja a reportagem exibida no programa em 14/04/2024: Safra da soja em SP tem queda de produtividade e preço menor do grão O somatório de temperaturas mais elevadas, má distribuição das chuvas com redução do número de chuvas acarretou na redução drástica das produtividades. Na safra passada, a produtividade foi de 70 sacos por hectare. Desta vez está sendo muito diferente e a média deve ser bem menor, por volta de 45 sacos. “Será um ano muito difícil. Estamos na reta final e percebemos que o desempenho foi abaixo do esperado. O desconto também está sendo bem alto. Consegui pagar as contas, mas vamos torcer para melhorar na safra seguinte”, relata. VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
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14/04 - Sucessão no agro exige planejamento e interesse das gerações mais novas
Segundo o IBGE, 90% das empresas têm perfil familiar no Brasil, respondem por mais da metade do PIB, e empregam 75% da mão de obra do país. Sucessão no agro exige planejamento e interesse das gerações mais novas Reprodução/TV TEM Apesar da vontade da família, a continuidade do agronegócio pelos filhos nem sempre é possível, pois exige planejamento e o interesse das gerações mais novas. Uma sede construída em 1929 é o coração de uma fazenda que fica em Palmares Paulista (SP). Quase centenária, a casa guarda lembranças de uma família que, há sete gerações, mantém o patrimônio. O desejo de seguir os passos da mãe fez com que uma engenheira agrônoma, desde muito pequena, se interessasse pela terra. Seu pai, dentista, também acabou se envolvendo com os negócios da fazenda, e preparou a herdeira mais velha para cuidar do cultivo da cana de açúcar, que atualmente é predominante na propriedade. Para atrair o interesse de mais mulheres da família, a filha teve a ideia de iniciar uma nova cultura na fazenda, que permitisse mais integração, começando a plantar cacau em consórcio com a banana. Sua irmã caçula também passou a se envolver mais com a vida no campo e, como parte deste novo desafio, elas abriram uma fábrica de chocolates em Limeira (SP). A ideia é que, no futuro, a matéria-prima saia da fazenda. Segundo o IBGE, 90% das empresas têm perfil familiar no Brasil, respondem por mais da metade do PIB, e empregam 75% da mão de obra do país. Assim como na cidade, fazer a sucessão familiar no campo é uma tarefa que exige planejamento e dedicação. Um estudo do Banco Mundial apontou que apenas 30% das empresas familiares chegam à 3ª geração, e só metade disso sobrevive à sucessão de três gerações. Veja a reportagem exibida no programa em 14/04/2024: Sucessão no agro exige planejamento e interesse das gerações mais novas VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
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14/04 - Pós-pandemia, crédito e euforia da indústria: CEO da Volkswagen fala ao g1 sobre nova onda de investimentos
Ciro Possobom analisou o cenário econômico que motivou a montadora a anunciar R$ 16 bilhões em suas fábricas no Brasil até 2028. CEO da Volkswagen fala ao g1 sobre nova onda de investimentos O mercado automotivo brasileiro passa por um ciclo histórico de investimentos. Montadoras que atuam no país anunciaram recentemente aportes que, juntos, chegam a R$ 125 bilhões, conforme dados compilados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O montante representa um recorde para o setor. Entre os novos anúncios, está o plano da Volkswagen de aplicar R$ 16 bilhões nas suas quatro fábricas no Brasil até 2028. São R$ 9 bilhões novos que se somam aos R$ 7 bilhões divulgados em 2021 pela montadora. O valor total prevê a fabricação de 16 novos veículos, incluindo modelos híbridos, 100% elétricos e total flex, além de "projetos inovadores" e "foco em descarbonização". A montadora informou ainda que irá produzir quatro veículos inéditos — entre eles, uma picape. Conforme mostrou o g1, o cenário positivo para a indústria ocorre em um contexto de melhora na perspectiva de crédito, diante do ciclo de quedas da Selic, a taxa básica de juros brasileira. Esse é um fator crucial para o setor, que é bastante dependente de financiamentos. Para analisar o cenário e comentar os novos investimentos da Volkswagen, o g1 foi recebido pelo CEO da empresa, Ciro Possobom. Na análise do executivo, a nova onda de aportes é consequência, principalmente, de um cenário mais positivo após a pandemia de Covid-19 e depois do pico de escassez de semicondutores — equipamento fundamental para a indústria automotiva. "Quando a cadeia de fornecimento começa a restabelecer o que era antes de 2019, a gente pode realmente ter mais força para anunciar esses planos de investimentos. É por isso que muitas montadoras estão anunciando nesse período", diz. Possobom destaca que esse é um momento em que o setor automotivo está se transformando de uma indústria a combustão para uma mais eletrificada, com carros híbridos e os 100% elétricos. "É o momento também da Volks anunciar esse trabalho", diz o CEO da montadora, que vê na produção de modelos híbridos a grande novidade do ciclo de investimentos da empresa até 2028. O montante anunciado pela empresa (R$ 16 bilhões) é o segundo mais alto do novo ciclo de investimentos, atrás apenas da Stellantis (R$ 30 bilhões). Veja os principais pontos da entrevista com o CEO da Volkswagen: g1 – O que reanimou a Volkswagen aqui no Brasil? As montadoras têm ciclos. Tivemos o primeiro ciclo de R$ 7 bilhões em investimentos, com o lançamento de vários carros. E também falamos: 'Nós precisamos fazer mais'. Agora, nesse momento em que a indústria automotiva está se transformando de uma indústria 100% a combustão para uma indústria um pouco mais eletrificada — com os híbridos e elétricos —, é o momento de a Volks também anunciar esse trabalho. g1 – Então, era um movimento já previsto? Estamos em um período logo após a pandemia, que segurou muito os investimentos — não só no nosso setor, mas em vários outros. Em seguida, teve toda a situação dos semicondutores. Isso também segurou as decisões de investimento. A partir do momento em que isso se equilibra, que toda essa cadeia de fornecimento já começa a restabelecer o que era antes de 2019, a gente pode realmente agora estar mais forte e anunciar esses planos de investimentos. g1 – E como as perspectivas para a economia do país e para o setor influenciaram os aportes? O mercado [automotivo] brasileiro ainda é um pouco baixo, mas tem crescido todo ano. E existe uma capacidade ociosa bastante forte no setor como um todo. (...) No ano passado, por exemplo, a Volks avançou quase 30% em volume de vendas. Isso faz com que a gente acredite mais nesse investimento. Além disso, o cenário de queda na taxa de juros deve ajudar, com impacto no crédito para a pessoa física. E contribui não só para a venda carros, mas também de outros bens de consumo. CEO da Volkswagen no Brasil, Ciro Possobom posa para foto na fábrica da montadora em São Bernardo do Campo (SP). Celso Tavares/g1 g1 – O programa Mover também foi decisivo? O importante do Mover é que ele dá uma direção para as montadoras. O programa atua reduzindo alguns impostos para elétricos e híbridos e penaliza o modelo que funciona só a gasolina — pagando mais imposto do que um carro 100% flex. Então, o governo está dizendo que o flex e o eletrificado têm vantagens fiscais. Isso nos ajuda. Agora, estamos trabalhando junto ao governo no processo de regulamentação, já que é preciso muito cuidado para o Mover não criar uma superestrutura que encareça mais os carros. g1 – E o aumento do imposto para importação de elétricos? As condições têm que ser iguais para todas as montadoras. Seria muito mais fácil trazer um carro importado da China ou da Alemanha do que desenvolver a região. (...) Se você deixa entrar facilmente todos os carros importados, você não desenvolve toda uma cadeia de fornecedores para desenvolver a indústria. Então, a chegada de novos competidores [no país] e a nossa iniciativa de investir R$ 16 bilhões fazem com que a gente realmente desenvolva toda essa cadeia aqui dentro — o que também ajuda a deixar o carro mais acessível. g1 – Qual é o principal foco dos novos investimentos da Volkswagen? Hoje, no Brasil, 85% dos carros são flex e 95,5% são a combustão. Então, apenas 4,5% do mercado são carros eletrificados — modelos que estão em crescimento. Nesse cenário, dos 16 veículos que vamos produzir, teremos carros flex, híbridos — com foco na tecnologia desenvolvida pela Volkswagen — e, também, elétricos. g1 – Como ficam os veículos a combustão? Como nova tecnologia, estamos produzindo os híbridos. Mas também não podemos deixar os carros a combustão para trás, já que essa é grande parte do mercado. Nós não somos uma montadora de nicho. Somos uma montadora para todo mundo. E se você adiciona uma tecnologia, esse carro fica com preço maior. Então, tem que ter muito cuidado para não deixar o carro muito fora de preço. g1 – Ainda sobre os elétricos: como a Volkswagen vê a chegada das chinesas BYD e GWM no mercado brasileiro? Competição. Algumas montadoras saíram, outras estão chegando. Faz parte do negócio. A gente fica contente que eles estão vindo para cá, instalando fábricas, ajudando a desenvolver o país e a cadeia de fornecimento. Isso colabora com o setor como um todo. Eu falo: 'Quer vender aqui? Então vem para cá, vem produzir no Brasil'. Isso ajuda no processo. Nesse sentido, a chegada dos elétricos e dos híbridos também força uma reação nossa para, realmente, acompanharmos esse movimento. g1 – Por fim, quais desafios econômicos e de negócios a Volks enxerga pela frente? Primeiro, as guerras e os conflitos que estão acontecendo pelo mundo não ajudam a parte do abastecimento das linhas de produção. Tem muita peça que não consegue chegar ao Brasil, formando um desafio de abastecimento que ainda existe aqui. O segundo desafio é o econômico. As taxas de juros ainda estão elevadas para o cliente comprar — e o nosso negócio é muito dependente de crédito. O terceiro ponto é a Argentina. O país é um dos grandes parceiros comerciais do Brasil. Nós temos duas plantas lá e somos muito fortes em market share. Se a Argentina não subir, eu não consigo exportar carros do Brasil para lá. Praticamente todas as montadoras têm fábricas no país. Uma Argentina forte, portanto, também ajuda o nosso negócio. O último ponto é a eletrificação. Qual a velocidade com que ela vai ocorrer no Brasil? Estamos acompanhando também esse movimento.
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14/04 - Imposto de Renda 2024: dependentes e criptomoedas; g1 responde a 10 perguntas de leitores
Nova série do g1 responde às dúvidas enviadas por meio da caixinha de perguntas nas redes sociais. Selo home imposto de renda 2024 arte/g1 Como prestação de serviço, o g1 responderá semanalmente a 10 perguntas enviadas pelos leitores sobre o Imposto de Renda 2024. O envio será realizado pelas redes sociais, e um especialista trará as respostas em reportagem publicada aos domingos. Nesta semana, Antonio Gil, sócio de impostos da EY, responde sobre declaração de dependentes, de fundos imobiliários e criptomoedas. Veja abaixo quais perguntas serão respondidas. Filho dependente do pai no IR, mas o plano de saúde é vinculado à mãe. A mãe pode deduzir a despesa? Quem já pagou ITCMD sobre doação de valores vai ter que pagar de novo, ou pagar mais alguma coisa? Por que eu sempre tenho que pagar e nunca recebo nada de restituição? Quem ganha R$ 3 mil tem que declarar, mesmo sendo autônoma? Quem teve câncer pode ser isento? Como proceder? Ganho R$ 1,5 mil como MEI e R$ 1.835 como CLT. Como devo declarar? Dei baixa em meu MEI em novembro de 2023. Preciso declarar? O dinheiro recebido de processo judicial trabalhista é tributável? Como declarar? Quando posso consultar se estou no 1º lote de restituição? Como declarar fundos imobiliários e criptomoedas? LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Saiba quem precisa declarar o Imposto de Renda 2024 1. Filho dependente do pai no IR, mas o plano de saúde é vinculado à mãe. A mãe pode deduzir a despesa? Os gastos com planos de saúde são dedutíveis na declaração em que o beneficiário estiver como dependente. Nesse caso, mesmo a mãe suportando financeiramente a despesa com o plano do filho, é na declaração do pai, em que ele está como dependente, que a despesa é informada. 2. Quem já pagou ITCMD sobre doação de valores vai ter que pagar de novo, ou pagar mais alguma coisa? Para a declaração de Imposto de Renda, quem doa deve informar o valor da doação, incluindo nome e CPF do donatário (para quem doou) na ficha Doações (código 80 ou 81). Já quem recebeu (donatário), deve informar o valor na ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis sob o código 14, incluindo o nome e CPF do doador. O ITCMD é imposto estadual sobre doações, mas para fins da declaração de Imposto de Renda trata-se de Rendimento isento. 3. Por que eu sempre tenho que pagar e nunca recebo nada de restituição? Há mais de uma justificativa para isso, mas normalmente ocorre nos casos de possuir mais de uma fonte de renda, onde cada uma delas faz uso da tabela progressiva mensal para reter o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Assim, são usados os descontos da tabela mais de uma vez ao mês (cada fonte pagadora usa o desconto da tabela ao calcular o IR mensal). Na declaração, isso é ajustado, gerando muitas vezes imposto a pagar. Note que o resultado “Imposto a pagar” significa que você teve mais dinheiro disponível ao longo do ano, o que pode ter sido vantajoso. Ou seja, ter resultado “Imposto a pagar” não significa necessariamente algo negativo. 4. Quem ganha R$ 3 mil tem que declarar, mesmo sendo autônoma? Quem recebeu rendimentos do trabalho, assalariado ao não assalariado (autônomo por exemplo), recebeu rendimentos tributáveis, e sendo o total destes acima do limite de R$ 30.639,90 (é o seu caso), precisa declarar. 5. Quem teve câncer pode ser isento? Como proceder? São isentos de imposto os rendimentos de aposentadoria, pensão ou reforma recebidos por portadores de: tuberculose ativa; alienação mental; esclerose múltipla; neoplasia maligna; cegueira (inclusive monocular); hanseníase; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante); contaminação por radiação; síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids); hepatopatia grave e fibrose cística (mucoviscidose). Para que a isenção possa ser aceita, é necessário comprovar a doença por meio de laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. 6. Ganho R$ 1,5 mil como MEI e R$ 1.835 como CLT. Como devo declarar? Como nem todo o rendimento recebido pelo MEI é tributável (a depender da atividade um determinado percentual é isento – VEJA AQUI), pode ser que você não esteja obrigado a declarar. Ao menos por esse requisito, mas pode haver outros que o obriguem a declarar. (veja a lista completa abaixo) Quanto aos rendimentos tributáveis do trabalho, portanto, você precisará somar o valor recebido anualmente como CLT ao valor da parcela tributável anual como MEI, e verificar se ultrapassou R$ 30.639,90. Se ultrapassou, precisará declarar. 7. Dei baixa em meu MEI em novembro de 2023. Preciso declarar? O fato de ser ou não MEI não é fator de obrigatoriedade para declarar, é preciso checar a lista no fim da reportagem. Há também a declaração do MEI, chamada de Declaração Anual do Simples Nacional (Dasn-Simei). Essa declaração deve ser realizada uma vez ao ano, até o dia 31 de maio. A declaração não acarreta nenhuma cobrança adicional porque o imposto é pago mensalmente no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), mas é obrigatória. SAIBA TUDO AQUI. 8. O dinheiro recebido de processo judicial trabalhista é tributável? Como declarar? Os valores recebidos podem ter natureza tributável ou não, e por isso você precisa verificar através da decisão judicial se os valores recebidos foram de uma natureza ou de outra, ou que parte do que recebeu foi tributável e que parte foi isenta/não tributável. Na dúvida, verifique com seu advogado. Além disso, se atente, pois normalmente tais rendimentos tem características de serem "Rendimentos Recebidos Acumuladamente", e há ficha específica para estes na declaração. Os rendimentos tributáveis seguem nessa ficha, enquanto os isentos na ficha "Rendimentos Isentos" (código 04 – indenizações trabalhistas). 9. Quando posso saber se estou no 1º lote de restituição? A partir de 31 de maio já ocorre o pagamento do primeiro lote, que é destinado aos contribuintes com idade igual ou superior a 80 anos. A partir dessa data, mensalmente haverá lotes de restituição, sendo o último lote em 30 de setembro de 2024. 10. Como declarar fundos imobiliários e criptomoedas? Cada um dos ativos tem um percurso diferente. ▶️ Fundos imobiliários As cotas e descrição do FII devem ser declarados na ficha Bens e Direitos, pelo custo de aquisição. Os rendimentos recebidos (dividendos) são isentos e seguem na ficha Rendimentos Isentos e Não tributáveis. Em caso de venda das cotas, a apuração está sujeita a ganho de capital e os resultados líquidos (positivos ou negativos) são informados na ficha Renda Variável – Operações em FII. ▶️ Criptomoedas A quantidade que possui e o custo de aquisição vão na ficha Bens e Direitos, informando o quanto possuía em 31/12/22 e em 31/12/23. Caso haja vendas no mês que ultrapassaram R$ 35 mil (valor de venda), os ganhos estavam sujeitos a ganho de capital tributável, e você deveria ter recolhido o imposto ao longo do ano de 2023 (o programa GCAP 23 é usado na apuração). É possível realizar agora, mas arcando com juros e multa. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior.
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14/04 - Maior exportador de gengibre do Brasil aposta na qualidade para enfrentar produto chinês que entrou no mercado
Pela primeira vez, lucro com a exportação da raiz no Espírito Santo chegou aos R$ 184 milhões, e o gengibre já é o quarto produto mais importante do agronegócio no estado. Maior exportador de gengibre do Brasil aposta na qualidade para enfrentar produto chinês Raiz que agrada e é valorizada no mercado internacional, o gengibre é fonte de renda para mais de 3 mil famílias no Espírito Santo. O estado foi o que mais exportou o produto no Brasil em 2023, segundo a Secretaria de Agricultura. Entretanto, após dois anos positivos, o preço começa a cair devido a entrada da raiz chinesa ao mercado, e os produtores capixabas apostam na qualidade para garantir os bons resultados. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Pela primeira vez, a produção capixaba chegou a $ 37 milhões de geração de lucros com exportação em 2023, o equivalente a R$ 184 milhões de reais. A caixa que era vendida a R$ 15 em 2022, saltou para R$ 90, em média, no ano passado, preço que segue praticado. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp O gengibre agora é o quarto produto mais importante do agronegócio capixaba, atrás somente do café, da celulose e da pimenta do reino. A produção ultrapassou em R$ 80 milhões de reais o mamão, que agora caiu para o quinto lugar neste ranking. O Espírito Santo foi o estado que mais exportou gengibre no Brasil, em 2023. TV Gazeta O extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (incaper), Galderes Magalhães, explica que fatores internacionais influenciaram no período da colheita ajudaram a alavancar os números nos últimos anos. “A gente vem de um ano muito bom em 2023 o que se repetiu nesse começo de 2024, devido aos problemas de guerra no mundo, como em Israel. A diminuição da produção no mundo fez com que os produtores capixabas colhessem gengibre novo em janeiro, que é algo que não acontecia. Normalmente, só se arrancava nesse período gengibre que ficava do ano anterior. Mas, como o ano de 2023 teve preços muito atrativos, os produtores arrancaram 100% das suas lavouras. A China agora conseguiu chegar com o seu gengibre nos países importadores então o preço está começando a diminuir”, disse Galderes. O produtor Leomar Schaeffer, do município de Domingos Martins, entende que a qualidade faz a diferença para o produto exportado pelo Espírito Santo. “A exigência do consumidor de fora é, primeiramente, qualidade. Você tem que mandar só produto top de linha, não adianta botar coisa ruim na caixa, que o cliente chega, reclama e não paga. Então tem que caprichar!”, contou Leomar Schaeffer. O gengibre é o quarto produto mais importante do agronegócio capixaba, atrás somente do café, da celulose e da pimenta do reino. TV Gazeta O secretário de agricultura Enio Bergoli ressalta o profissionalismo entregue pelos produtores no Estado. “Eu acredito na capacidade empreendedora dos produtores rurais, que trabalham com qualidade, têm custos baixos de produção e garantem qualidade. Todos os produtos que saem do estado para o mundo são auditados, sofrem uma série de análises em relação à resíduos, à sustentabilidade e os nossos produtores cumprem todos os protocolos. Saem daqui, atravessam os oceanos e vão parar em todos os continentes”. Olho do produtor garante qualidade e produtividade Leomar Schaeffer trocou a produção de café e apostou no gengibre há 20 anos. TV Gazeta No Espírito Santo, o gengibre é produzido, especialmente, na Região Serrana, em municípios como Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá e Domingos Martins. A raiz se adaptou muito bem ao clima ameno da região. Leomar Schaeffer, apostou no gengibre há 20 anos e hoje colhe noventa vezes mais do que produziu em seu primeiro ano. “A gente mexia com café, mas o café não tava dando preço, aí chegava o final do ano a gente ficava sem dinheiro, sem nada. Vi outros produtores começando com gengibre e melhorando de vida. Aí eu pensei, ‘sabe de uma coisa?! Vou plantar também!’. Plantei mil quilos no primeiro ano e a produção foi só aumentando”. LEIA TAMBÉM: Produtores do ES miram exportação de gengibre em meio à alta dos preços no mercado internacional Clima prejudica produção de cacau, e chocolates ficam mais caros nesta Páscoa Hoje, o Leomar possui 20 hectares plantados. A previsão é colher 90 toneladas de gengibre em 2024. Para ele, o cuidado na lavoura é o que garante o sucesso da colheita. “Tem que fazer o preparo, usar adubo orgânico, sempre colocar na hora certa, não pode atrasar. Se atrasar muito ele perde a força, a qualidade vai ser inferior”, explica. Além disso, o controle de doenças é rigoroso. “Fazemos um trabalho de monitoramento na roça, verificando a presença de sintomas de alguma doença na parte áerea da raiz. Se está meio amarelada ou começou a secar, pode ser indício de ataque de fungo ou bactéria. Então é feita a identificação e retirada do borto, do rizoma, a verificação se tem doença realmente ou se foi dano de algum inseto, e a liberação ou descarte do broto”, descreveu Galderes Magalhães. No galpãp, a raiz passa por limpeza, é selecionada novamente e depois embalada em caixas de papelão. TV Gazeta Entre as mais de 3 mil famílias que produzem a raiz no Espírito Santo, cerca de 300 levam o gengibre para o galpão Leomar, onde a carga passa por limpeza, é selecionada novamente - além do trabalho feito na roça - e depois embalada em caixas de papelão. Esse procedimento ocorre pelo menos duas vezes por dia, e até 50 caixas são embaladas em 24h no local. Após o empacotamento, o fruto vai para outro galpão, onde a carga toda é preparada e levada diretamente para o Aeroporto de Vitória. Etapas detalhadas assim atendem a exigência dos Estados Unidos, países da Europa e da África, principais compradores do gengibre capixaba. Galderes Magalhães reforça o protagonismo do Espírito Santo na produção. “Nosso produto é referência a nível mundial porque o nosso produtor trabalha com pequenas áreas, é ele quem coloca a mão no produto, quem faz a sua lida diariamente, não perde tempo. Ele já entende o momento em que a planta precisa de adubo, vai lá e coloca; entende o momento em que a planta precisa de terra, vai lá e faz processo de amontoa. Se deixar de fazer esse processo na hora certa acaba perdendo produtividade. Então essa dedicação faz com que o nosso produto, que se adaptou muito bem às nossas condições climáticas,tenha melhor desempenho”. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
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13/04 - Mega-Sena, concurso 2.712: prêmio acumula e vai a R$ 66 milhões
Veja as dezenas sorteadas: 07 - 15 - 19 - 35 - 40 - 42 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.711 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (13), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 66 milhões. Veja os números sorteados: 07 - 15 - 19 - 35 - 40 - 42 5 acertos - 99 apostas ganhadoras: R$ 41.893,09 4 acertos - 6.276 apostas ganhadoras: R$ 944,05 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (16). Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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13/04 - Onde há petróleo na América Latina, líder no mundo em reservas descobertas nos últimos anos?
Saiba quais são os países latinos com grandes reservas de petróleo e onde elas se encontram. Brasil, Bolívia, Colômbia, México e Guiana descobriram novas reservas de petróleo recentemente. Getty Images via BBC A disputa pela região do Essequibo voltou a se intensificar após o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, promulgar uma lei aprovada pela Assembleia Nacional do País que, na prática, criou um estado venezuelano na região que hoje faz parte da Guiana. Em resposta, as autoridades guianenses advertiram então que "não tolerarão a anexação, apreensão ou ocupação de qualquer parte" de seu território soberano. A região é rica em petróleo e outros minerais, e o momento mais recente da disputa – que já dura mais de um século – chegou a fazer com que o Brasil reforçasse seu contingente militar na fronteira com Venezuela e Guiana. A crise se agravou nos últimos anos, depois de terem sido descobertas importantes reservas de petróleo e gás na área e de o governo guianês ter concedido licenças para exploração para a empresa americana ExxonMobil. São mais de mil campos de exploração de petróleo e gás na região – cerca de 980 têm produção superior a 1 milhão de barris por ano ou reservas maiores que 25 milhões de barris. Desdes grandes campos, 40 foram descobertos recentemente. Foi a América Latina, aliás, que teve o maior percentual de novas descobertas de petróleo no mundo em 2022 e 2023, segundo o relatório mais recente dos pesquisadores do Global Energy Monitor. Foram 37,3% das novas reservas de petróleo no mundo, na Guiana, Colômbia, Cuba e Suriname. As novas reservas de petróleo da Guiana têm pelo menos 11 bilhões de barris e vêm sendo exploradas por petroleiras dos Estados Unidos e da China. A atividade fez com que o país tivesse o maior crescimento econômico nos últimos anos, segundo dados do Banco Mundial. De acordo com o Global Energy Monitor, a Guiana foi o país do mundo onde mais reservas de petróleo e gás foram descobertas nos últimos dois anos. Em termos de reservas sancionadas, ou seja, que já obtiveram aprovação para começarem a ser exploradas, a Guiana ficou atrás somente dos Estados Unidos. Assim, o pequeno país se junta aos grandes produtores de petróleo na América Latina, que já inclui México, Venezuela, Colômbia, Brasil, Equador, Peru, Bolívia e Argentina. O Brasil é o maior produtor, com um pico de 5,4 milhões de barris por dia, e pretende dobrar sua produção até 2029. Tensão Israel-Irã: petróleo atinge maior valor desde outubro de 2023
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13/04 - ‘Sisteminha’: projeto de incentivo a agricultura familiar transforma quintal em miniatura de fazenda
Embrapa usa tecnologia e treinamento para capacitar famílias a produzir alimentos em casa. Projeto com potencial de combate à fome já foi exportado para oito países. Plantação de hortaliças com técnica do Sisteminha, da Embrapa José Rey Santos Souza/Embrapa Pense em um terreno de aproximadamente 100 metros quadrados. Nele, há uma casa com um ou dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Do lado de fora, há um tanque com peixes descarregando nutrientes na água, que ajuda a irrigar um pequeno terreno com sementes de milho e feijão. E, se ainda sobrar espaço, coloque um pequeno galinheiro com duas ou três galinhas. É este o cenário mais comum entre as famílias brasileiras, com média de cinco pessoas cada, que já colocaram em prática o Sistema de Produção Integrada de Alimentos, conhecido como Sisteminha. Com potencial de combater a insegurança alimentar, o projeto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) já foi empregado em 14 estados brasileiros, além de oito países africanos - Angola, Camarões, Etiópia, Gana, Moçambique, Senegal, Tanzânia e Uganda - e deve chegar a nações da América do Sul em breve. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O objetivo é tornar uma casa autossustentável. Primeiro, garantir nutrição da própria família. E depois fazer com que o excedente vire renda. O projeto custa cerca de R$ 25 mil por família e atualmente é colocado em prática a partir de incentivos do setor privado e iniciativas públicas de combate à fome. Frango e peixes são alguns dos alimentos produzidos por meio do Sisteminha, da Embrapa Divulgação/Embrapa Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a insegurança alimentar grave atinge em torno de 735 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, são 20,1 milhões. "Geralmente, as famílias que participam já estão em situação de vulnerabilidade há anos e dificilmente terão acesso a uma linha de crédito que as permita pagar a médio prazo a implantação do Sisteminha", afirma o pesquisador da Embrapa e idealizador do projeto, Luiz Carlos Guilherme. Ele aposta em uma parceria anunciada no final de março entre a Embrapa e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar para a implantação de 1 mil unidades do projeto que, agora, ganha um outro perfil. O Sisteminha quer abastecer grupos maiores de pessoas e vai começar a ser implantado em comunidades quilombolas e indígenas no Norte e Nordeste do Brasil. "A colaboração entre pesquisadores, formuladores de políticas e a sociedade civil será essencial para enfrentar os desafios persistentes e criar um futuro mais justo e seguro para todos”, reforça o estudo. Com tecnologias e inovações voltadas para a agropecuária sustentável, a Embrapa é uma das empresas participantes da 29ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Considerada uma das maiores de tecnologia agrícola do mundo, a feira acontece de 29 de abril a 3 de maio e espera receber 200 mil visitantes. Em 2023, o evento movimentou R$ 13,2 bilhões em negócios. Treinamento, paciência e conscientização Segundo a Embrapa, o Sisteminha tem quatro princípios básicos: Miniaturização: Estruturas simples e compactas, adaptáveis a qualquer cantinho. Replicabilidade: Pode ser reproduzido em diferentes locais, com recursos disponíveis. Escalonamento da produção: Cresce conforme a demanda e a capacidade da família. Segurança alimentar e nutricional: Além de alimentar, nutre a esperança. A entidade acaba de lançar um curso online de 30 horas para capacitação gratuita para interessados em colocar a ideia em prática por conta própria. "O que temos notado é cada vez mais o interesse de famílias que não estão em situação de pobreza extrema, mas que desejam ter uma alimentação mais sustentável e acabam implantando o projeto por mais qualidade de vida", afirma Luiz Carlos Guilherme. Aviário do Sisteminha, da Embrapa Flávia Raquel Bessa Ferreira/Embrapa São cinco opções de conjuntos de produção. Cada família opta pelo que mais interessa ou pelo que mais se adequa ao espaço disponível. Há locais melhores para criação de porcos do que de galinha, terrenos com mais potencial para plantar melancia do que mandioca, por exemplo. Também é preciso paciência. Segundo o pesquisador, o Sisteminha demora em média 90 dias para mostrar resultados efetivos. "Há um treinamento intensivo para que a pessoa entenda como funciona o sistema. Por exemplo, não adianta você receber um animal, um pintinho das raças GLK, ISA Brown, com a capacidade de postura de até 300 ovos por ano e não alimentá-lo com ração balanceada específica ou substituí-la por milho e outros alimentos alternativos, que não suprem a necessidade imposta pela alta produção.” Autonomia alimentar em casa Na tarde de domingo, 7 de abril, Milena Martins foi tomar um café e comer um bolo na casa da comadre dela. As duas são vizinhas na comunidade Quilombo São Martins, no interior do Piauí. Todos os ingredientes usados na refeição foram produzidos no quintal da pequena construção de alvenaria ou comprados a partir da venda do excedente. “Hoje conseguimos produzir o nosso próprio alimento. Já podemos vender batatas para comprar açúcar e vender uma dúzia de ovos para comprar manteiga. A minha avaliação é totalmente positiva”, conta Milena, que é da Associação de Quilombolas e coordenadora de Apoio das Comunidades Quilombolas do Piauí. LEIA TAMBÉM Pulverização eficiente, dados precisos, máquinas silenciosas: aplicações de IA são tendência na agricultura Baixa nas commodities, seca, recuo de vendas: quais as projeções do setor de máquinas agrícolas para 2024 Centro-Sul fecha safra 2023/2024 com recorde histórico na produção de cana-de-açúcar e alta de 19% Em 2015, a São Martins teve o primeiro contato com o Sisteminha. Apenas uma família topou o desafio e acabou virando exemplo para os demais moradores. Em novembro de 2020, graças a iniciativas públicas, outras 25 das 103 famílias locais implantaram o projeto de forma comunitária. Organizados em cinco grupos, os moradores fizeram um mutirão para construir 25 tanques e galinheiros. O foco principal é na criação de peixes e galinhas poedeiras. Atualmente, cada família produz entre 18 a 20 ovos por dia e até 40 quilos de tilápia a cada três meses. O próximo passo é uma linhagem industrial de frango de corte branco de peito duplo. “O projeto estimulou a produção e a comercialização com qualidade, variou e melhorou o hábito alimentar com a inserção comercial dos produtos vindos dos nossos quintais. Antes só se consumia peixe na quaresma ou na semana santa; frutas, verduras e hortaliças vinham de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA); ovos eram sempre comprados em Paulistana (PI). Hoje temos tudo isso na comunidade, com qualidade, e ainda podemos incrementar a produção com mais estrutura”, conta Ivanete Pereira Rosa, presidente da Associação. A comunidade compra os insumos e compartilha e troca a produção entre si. O excedente é comercializado e o lucro, dividido. Veja mais notícias da Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região j
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13/04 - Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil
Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que o sentimento positivo do setor vem na esteira da melhora no cenário de crédito e da cadeia de fornecimento, além de incentivos mais claros à indústria e perspectivas mais positivas para a economia. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br Há pouco mais de três anos, a Ford chocou a indústria nacional ao decidir deixar o Brasil. O anúncio, divulgado em janeiro de 2021, veio na esteira da pandemia de Covid-19 — que moldou, até então, um cenário de inflação bastante elevada e juros em tendência de alta. Não bastassem os aspectos macroeconômicos, a situação foi agravada também por uma escassez global de semicondutores, equipamento fundamental para a indústria automotiva. (entenda mais abaixo) E a conjuntura negativa resultou não só na saída da Ford: nos últimos três anos, também se tornaram comuns os anúncios de cortes e paralisações entre as montadoras no país. Só no início de 2023, por exemplo, ao menos quatro delas anunciaram férias coletivas em suas fábricas. As interrupções nas linhas de produção foram resultado ainda da falta de matéria-prima e também da redução da demanda, em um cenário de empréstimos mais caros e condições financeiras mais apertadas para os clientes. (entenda mais abaixo) Mas, entre o fim de 2023 e o início de 2024, uma onda otimista tomou conta da indústria automotiva brasileira. Grandes montadoras voltaram a aquecer o mercado anunciando investimentos que, juntos, chegam a R$ 125 bilhões até 2033. Esse é o maior ciclo de aportes do setor na história, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Só em 2024, foram anunciados mais de R$ 60 bilhões pelas empresas, em recursos destinados à ampliação de produção e desenvolvimento de tecnologia no país. Mas o que reanimou as montadoras no Brasil? Além dessa resposta, nesta reportagem você vai entender: Qual era o cenário que desembocou na saída da Ford? Por que chegamos a ter paralisação nas montadoras? O que fez a maré mudar Quais as perspectivas para o setor O que dizem as montadoras Qual era o cenário que desembocou na saída da Ford? O Brasil ainda enfrentava fortes picos de contaminação pela Covid-19, ao mesmo tempo em que ensaiava a retomada das atividades na economia. Nesse vaivém imposto pela crise sanitária, as perspectivas eram de uma atividade pouco animadora para o ano de 2021. Se, por um lado, a taxa básica de juros do país iniciou o ano na casa dos 2% — muito abaixo do nível atual —, por outro, a tendência já era de alta. Tanto que, na tentativa de combater a inflação, o Banco Central do Brasil (BC) elevou a taxa Selic em 7,25 pontos percentuais só naquele ano, chegando a 9,25% na reunião de dezembro. Veja no gráfico mais abaixo. Juros mais altos, vale lembrar, representam crédito mais caro, dificultando principalmente a compra de bens de maior valor agregado — como os carros. Além disso, taxas em patamares elevados inibem investimentos pelas empresas devido ao aumento dos custos. A inflação oficial do país, por sua vez, também sofria em 2021 com os reflexos persistentes da pandemia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em 10,06%, a maior taxa desde 2015, sob forte influência dos preços dos combustíveis. Enquanto isso, o Produto Interno Bruto (PIB) ainda começava a se recuperar em meio às tentativas de retomada das atividades econômicas, chegando a um crescimento de 4,8% no ano — após uma retração de 3,3% em 2020, ano em que foi declarada a pandemia. Veja abaixo. Evolução do PIB ano a ano Arte g1 Os impactos eram percebidos também no setor automotivo. Em 2020, primeiro ano de pandemia, as montadoras viram uma redução de 26,16% na venda de veículos novos em comparação com 2019. Os números consideram automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Em 2021, o cenário até melhorou: houve avanço de 2,98% nos emplacamentos na comparação com 2020. Ainda assim, o resultado foi 23,96% abaixo do registrado em 2019. Já em relação à máxima histórica de vendas registrada em 2012, os números do pós-pandemia ficam ainda mais distantes, mostram dados da Anfavea. Naquele ano, as vendas foram de 3.802.071 unidades, enquanto, em 2023, o total foi de 2.308.689 — o que representa uma redução de 39,27%. Veja abaixo a série histórica. O desempenho mais fraco da indústria, aliado à instabilidade econômica e aos problemas financeiros já enfrentados pela Ford, são fatores que também colaboraram com o fechamento da montadora no Brasil — e com o desânimo geral do setor. Na época, a companhia justificou que a decisão foi tomada "à medida em que a pandemia de Covid-19" ampliou "a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas". E continuou: "desde a crise econômica em 2013, a Ford América do Sul acumulou perdas significativas". A empresa informou ainda que a matriz, nos Estados Unidos, vinha auxiliando nas necessidades de caixa — situação que, então, deixou de ser sustentável. Com a saída do país, o abandono da produção de compactos e o foco em picapes e SUVs, a empresa passou de 5ª maior montadora em emplacamentos no Brasil para um modesto 12º lugar entre veículos e comerciais leves. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Procurada pelo g1, a Ford não concedeu entrevista. Por que chegamos a ter paralisação nas montadoras? Conforme mostrou o g1 em março de 2023, a indústria automotiva passava por um novo momento de dificuldade naquele ano. Prova disso eram os anúncios de paralisações de gigantes como a Volkswagen, GM/Chevrolet, Stellantis, Mercedes-Benz e Hyundai, que interromperam suas produções e colocaram funcionários em férias coletivas. O mesmo aconteceu em 2022, quando montadoras pararam suas atividades 36 vezes ao longo do ano e deixaram de produzir 250 mil veículos. A pandemia de Covid-19, entretanto, não estava mais no centro das atenções: o foco, naquele momento, era a alta dos juros — que começava a trazer consequências mais fortes para a economia. Uma delas era a redução do consumo devido à dificuldade de concessão de crédito. A falta de semicondutores no mercado global era outro fator por trás das paralisações. A crise, que vinha se arrastando havia quase três anos, causou fortes impactos na indústria graças à importância dessas peças: elas são usadas no painel, no sistema multimídia, no retrovisor, no sistema de freio e até no motor. Para se ter uma ideia, tem carro que precisa de mais de 3 mil semicondutores para funcionar. Em 2024, a situação mudou. Além de a cadeia de fornecimento estar voltando à normalidade, entidades do setor acreditam em um bom impulso no mercado graças à melhora na perspectiva de crédito, com a queda de juros desde agosto passado. Atualmente, os financiamentos representam cerca de 40% dos novos veículos emplacados no país. Em tempos de juros mais baixos, o percentual cresce. Por outro lado, especialistas ouvidos pelo g1 ponderam que o acesso a empréstimos mais baratos ainda chega a passos lentos ao consumidor, mesmo com a recente sequência de quedas da taxa básica de juros do país. Isso porque o repasse da queda da Selic aos juros na ponta tem um período de defasagem, que leva de três a seis meses para ser sentido pela população. A mudança pode ser um pouco mais rápida nas linhas de crédito com garantia, ou por fatores como o tempo de relacionamento com os bancos. ENTENDA SE VAI FICAR MAIS FÁCIL COMPRAR UM CARRO ZERO EM 2024 Carro é produzido em fábrica da Volkswagen. Divulgação/Volkswagen O que fez a maré mudar Os recordes de investimentos anunciados recentemente pelas montadoras escancaram a expectativa de um setor mais próspero para os próximos anos. Mas, afinal, o que causou essa onda otimista? Essa é a resposta que o g1 foi buscar com especialistas. Em linhas gerais, a melhora no cenário foi alavancada pelos seguintes motivos: ciclo de queda da taxa juros, estabilidade econômica e câmbio estável; programas do governo federal voltados à indústria e ao setor automotivo; caminho global rumo à eletrificação dos veículos; e a reforma tributária. A análise do diretor de desenvolvimento de negócios da JATO do Brasil, Milad Kalume Neto, é de que o país está em um processo de estabilidade econômica, com um "panorama muito melhor para o segundo semestre", o que tem gerado mais confiança para as montadoras. Além das melhoras nos índices econômicos — com uma inflação mais controlada, ciclo de barateamento do crédito e PIB no campo positivo — o cenário mais propício para investimentos também passa por uma estabilização política, explica o especialista. "Na gestão passada, tínhamos um presidente [Jair Bolsonaro] que fazia declarações negativas para todo o mercado, inclusive o setor automotivo. Por outro lado, o atual presidente [Lula] 'nasceu' na indústria automotiva e sempre defendeu os interesses da indústria nacional", diz Milad. O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, também aponta a melhora na relação política como fator crucial para a renovação do ânimo das montadoras. "Esse governo é bem mais conciliador. Isso traz confiança para o empresário. Tanto é que a estabilidade política foi citada em revisões de notas de crédito do Brasil por agências internacionais classificadoras de risco", relembra. O ciclo de queda da taxa básica de juros do país também tem sido fator comemorado pelo segmento. Após a inflação disparar ao redor do mundo por conta da Covid-19 — e por causa da guerra na Ucrânia, posteriormente —, os bancos centrais passaram a aumentar as taxas de juros para restringir o consumo e conter a alta de preços. No Brasil, não foi diferente. Como mostra o gráfico no início desta reportagem, o juro básico do país disparou entre 2021 e 2022. Agora, com os preços arrefecendo, o Banco Central passou a promover cortes na taxa Selic. Na prática, juros mais baixos significam um ambiente mais propício para investimentos pelas empresas, graças ao consequente barateamento do crédito. "A redução da taxa de juros está ocorrendo. A questão do crédito era extremamente importante para a retomada do setor", afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, em coletiva de imprensa de divulgação dos números do setor. Sobre o cenário econômico, Leite destacou ainda a estabilidade do câmbio — que também tem dado "previsibilidade e segurança" para as montadoras. O país passou recentemente por um momento de valorização gradativa da moeda brasileira, justamente após superar os impactos mais intensos da pandemia, explica André Galhardo, da Análise Econômica. "A previsão é que o real continue se valorizando em 2024. Em algum momento, o banco central dos EUA irá cortar a taxa de juros do país — medida que tem sido adiada diante dos dados fortes da economia norte-americana. Com isso, a moeda brasileira segue 'esperando' um sinal", diz. Cortes nos juros dos EUA tendem a fortalecer a moeda brasileira, uma vez que aumentam o apetite ao risco dos investidores — que buscam melhores rendimentos em mercados de maior risco, como o brasileiro. Em outras palavras: com mais dólar entrando aqui no país, o real se fortalece. O papel do programa Nova Indústria Brasil, com previsão de R$ 300 bilhões em financiamentos para a indústria até 2026, também é destacado pelos especialistas. Eles apontam que os atuais investimentos na indústria representam uma mudança de postura em relação ao governo anterior. "O mercado entende que esse governo é um pouco mais intervencionista", exemplifica Galhardo. Há ainda o Mobilidade Verde e Inovação (Mover). O programa prevê frotas mais limpas e produção de novas tecnologias, tornando a iniciativa outro grande impulsionador do novo ciclo de investimentos. Na prática, a indústria nacional passa a ter, então, clareza sobre as prioridades do país — questão considerada uma das demandas do setor. Para o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, o Mover "traz mecanismos inteligentes para o futuro da indústria automotiva e, principalmente, garante previsibilidade, que é o que as empresas querem". "O programa traz uma política inteligente de incentivos à produção e Pesquisa e Desenvolvimento, com foco na descarbonização. A tudo isso se soma uma forte demanda reprimida no mercado brasileiro, que ainda tem um baixo índice de motorização per capta em relação a outros países”, disse. Por meio do Mover, serão concedidos até R$ 19,3 bilhões em créditos financeiros entre 2024 e 2028 para investimentos em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica. Os valores poderão ser usados pelas empresas por meio de abatimento de impostos federais. De acordo com o governo federal, após o Mover, ao menos 11 montadoras anunciaram investimentos: Stellantis – R$ 30 bilhões (2025/2030) Volkswagen – R$ 16 bilhões (2022/2028) Toyota – R$ 11 bilhões (2024/2030) GWM – R$ 10 bilhões (2023/2032) General Motors – R$ 17 bilhões (2021/2028) Hyundai – R$ 5,45 bilhões (até 2032) Renault – R$ 5,1 bilhões (2021/2027) CAOA – R$ 4,5 bilhões (2021/2028) BYD – R$ 5,5 bilhões (2024/2030) Nissan – R$ 2,8 bilhões (2023/2025) BMW – R$ 500 milhões Governo define regras de adesão ao programa Mover Especialistas também destacam a cadeia de fornecimento — que está voltando à normalidade após a pandemia — como mais um fator a colaborar com o novo ciclo otimista. A pandemia e a consequente interrupção de atividades levaram não só à paralisação das montadoras, mas também de fornecedores, que suspenderam a distribuição de peças e equipamentos. Agora, com o restabelecimento dessa cadeia a patamares anteriores a 2020, as companhias passam a ter mais fôlego para produzir e, consequentemente, voltar a investir. A reforma tributária, promulgada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023, e a definição sobre o imposto de importação de carros elétricos são outros destaques do ponto de vista da previsibilidade para as empresas, aponta a Anfavea. No caso da reforma tributária, o entendimento de especialistas é que a mudança na forma como os impostos são cobrados no país garantirá mais eficiência, reduzindo burocracias. Em relação ao aumento do imposto para os importados, a compreensão é que os produtos nacionais tendam a ficar mais atraentes, uma vez que o custo deverá ser menor ao consumidor final. Também tem colaborado para o cenário o fato de o setor estar, em nível global, direcionado para o desenvolvimento de veículos híbridos, flex e elétricos, explica Milad, da JATO do Brasil. Com a indústria brasileira atrasada nesse tipo de investimento, as montadoras chinesas — já desenvolvidas nesse sentido — passaram, portanto, a pressionar fortemente o mercado interno, colaborando com essa nova corrida dentro do setor. "De repente, a indústria teve a necessidade de montar produtos para competir não só no mercado interno — que, agora, conta com a tecnologia trazida pelos chineses a um preço competitivo —, mas também em outros mercados", observa o especialista. Quais as perspectivas para o setor Na esteira dos novos investimentos, Milad acredita que "agora, portanto, teremos dinheiro para o desenvolvimento de novas tecnologias", com fatores "convergindo para que o país tenha um grande potencial de crescimento do setor". "Então, esse é o momento em que o Brasil se encaixa: necessidade da nossa indústria, visão global voltada para motores híbridos ou elétricos e a questão da economia interna", conclui. A expectativa da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) é de um crescimento de 12% nas vendas de automóveis e comerciais leves em 2024, totalizando 2,44 milhões de emplacamentos. “Estamos prevendo uma possível melhora na oferta do crédito, assim como um ambiente positivo na indústria, que terá mais incentivos para o desenvolvimento de novos produtos a partir do programa Mover", analisou Andreta Jr., presidente da Fenabrave, em relatório publicado no início deste ano. Enquanto isso, a Anfavea estima um aumento de 6,2% na produção de veículos leves e pesados em 2024, além de um avanço de 6,1% nos emplacamentos. O que dizem as montadoras Volkswagen O g1 foi recebido pelo CEO da Volkswagen, Ciro Possobom, para analisar o cenário e comentar os novos investimentos da montadora. Para o executivo, a nova onda de aportes é consequência de um cenário mais positivo após a pandemia de Covid-19 e o pico de escassez de semicondutores — equipamento fundamental para a indústria automotiva. "Quando a cadeia de fornecimento começa a restabelecer o que era antes de 2019, a gente pode realmente ter mais força para anunciar esses planos de investimentos. É por isso que muitas montadoras estão anunciando nesse período", diz. Possobom destaca que esse é um momento em que o setor automotivo está se transformando de uma indústria a combustão para uma mais eletrificada, com carros híbridos e os 100% elétricos. "É o momento também da Volks anunciar esse trabalho", diz o CEO da montadora, que vê na produção de modelos híbridos a grande novidade do ciclo de investimentos da empresa até 2028. O montante anunciado pela empresa (R$ 16 bilhões) é o segundo mais alto do novo ciclo de investimentos, atrás apenas da Stellantis (R$ 30 bilhões). BYD Para a BYD, o Brasil é um dos maiores mercados de automóveis do mundo e, por isso, possui uma importância estratégica. É o que afirma Alexandre Baldy, conselheiro especial da montadora, que também atribui ao país um "enorme potencial de transformação rumo a uma economia verde e sustentável". "Por esse motivo, [a BYD] vem investindo fortemente no Brasil, além de estar otimista com as políticas públicas do governo federal em relação à sustentabilidade", sustenta o executivo. A previsão é que, até o fim de 2024, os primeiros veículos da BYD comecem a ser produzidos no complexo de Camaçari, na Bahia, onde a fábrica da montadora está sendo instalada. O polo industrial é o mesmo onde funcionou a Ford até a empresa deixar o país. A companhia também pretende ampliar sua rede de concessionárias de automóveis. A expectativa é chegar até o final de 2024 com um total de 200 estabelecimentos no Brasil, diz Baldy, reforçando que "o país é o principal foco da BYD fora da Ásia". "A grande aposta da BYD no Brasil e no mundo é na criação de soluções sustentáveis amparadas por pesquisas. A empresa acredita na prosperidade no mercado de energia e que o país possa ter autonomia completa neste segmento", conclui. Toyota A Toyota "tem planos ambiciosos para acelerar ainda mais suas operações no país", afirma o diretor de comunicação da empresa e presidente da Fundação Toyota, Roberto Braun. Segundo ele, os novos investimentos vão viabilizar a expansão do parque fabril da montadora em Sorocaba, no interior de São Paulo, que ganhará novas instalações. O foco principal dos aportes, diz, é "impulsionar a descarbonização por meio de novas tecnologias de eletrificação". "Além disso, a empresa busca se desafiar a conquistar novos mercados, indo além dos 22 países para os quais já exporta." O porta-voz da empresa também destaca que, em termos globais, a Toyota acredita em diferentes rotas tecnológicas para a descarbonização, "mas aposta que o caminho para a eletrificação no Brasil começa pelos híbridos flex". "Isso devido ao contexto brasileiro de infraestrutura e ao uso do etanol, uma fonte limpa e renovável que gera empregos e renda no país", conclui Roberto Braun. Procurada, a Stellantis não respondeu às perguntas do g1 sobre os temas abordados nesta reportagem. A GM/Chevrolet, por sua vez, informou que não iria se pronunciar.
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13/04 - Mega-Sena pode pagar R$ 56 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 170 milhões
Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (13), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.712 da Mega-Sena e 138 da +Milionária. A +Milionária está estimada em R$ 170 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 56 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (11), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
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12/04 - União recorre da decisão da Justiça Federal de SP que afastou o presidente do Conselho de Administração da Petrobras
Juiz federal, em ação movida por deputado estadual, entendeu que há conflito de interesses no fato de Pietro Mendes chefiar o conselho e exercer cargo em ministério. A União recorreu nesta sexta-feira (12) da decisão da Justiça de São Paulo que afastou o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, do cargo. A decisão foi do juiz Paulo Cezar Neves, em ação movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira Lima (Novo-SP). O juiz entendeu que há conflito de interesses no fato de Mendes ocupar o cargo no conselho, porque ele também é secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia. Além disso, a decisão também avaliou que a indicação do governo teria contrariado o estatuto da Petrobras, uma vez que o nome não foi escolhido entre candidatos de uma lista tríplice, elabora por uma empresa independente. A União pede, no recurso, que a decisão da Justiça Federal seja suspensa, com a retomada do mandato de Pietro Mendes. Segundo o advogado da União, a decisão "traz prejuízo à administração pública". No documento registrado nesta sexta-feira (12), ao qual o g1 teve acesso, o advogado da União afirma que não há conflito de interesses, uma vez que "a atuação da Petrobras contempla a tutela de interesses públicos e a função ocupada pelo indicado [...] é igualmente de ordem pública". Lula e Haddad se reúnem para discutir crise na Petrobras e dividendos da estatal Relembre a indicação As decisões da Justiça Federal em São Paulo que afastaram os conselheiros da Petrobras, Pietro Mendes e Sergio Rezende, têm como base ações protocoladas contra a primeira composição do Conselho de Administração da Petrobras sob o governo Lula (PT). O Conselho de Administração é um colegiado que toma as decisões estratégicas da Petrobras. Ele é composto por 11 cadeiras, das quais: seis são da União; quatro dos acionistas minoritários, do capital privado; um da representante dos funcionários, eleita por eles. A Petrobras segue um processo interno de verificação dos currículos indicados, que passa por análise da área técnica, parecer do Comitê de Elegibilidade e do Comitê de Pessoas. Esse parecer é opinativo, cabendo ao Conselho de Administração vigente a decisão sobre levar um parecer favorável ou não aos nomes indicados para apreciação da Assembleia de Acionistas. Contudo, como a União tem 36,5% 36,6% de participação na Petrobras, seu poder de voto na Assembleia é suficiente para eleger os indicados, mesmo com pareceres contrários pela governança da estatal. Foi o que aconteceu em 2023. Naquela ocasião, o Conselho de Administração da Petrobras era composto por integrantes do governo passado, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e representantes dos minoritários. Tanto os comitês quanto o colegiado deram pareceres contrários a algumas indicações da União, entre elas a de Pietro Mendes. Contudo, o Ministério de Minas e Energia havia elaborado um parecer jurídico que viabilizou a eleição do secretário como presidente do Conselho de Administração, afastando eventual conflito de interesses. Como a União já tinha os votos necessários para elegê-lo, a atual composição do colegiado foi montada. Instabilidade na Petrobras A decisão do juiz de afastar o presidente do conselho é mais um episódio da instabilidade política pela qual passa a Petrobras nas últimas semanas. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, tem balançado no cargo nos últimos dias, depois de tomar decisões que desagradaram o governo, em especial o fato de não ter votado na assembleia que represou o pagamento de dividendos extraordinários. Prates não é bem visto por Silveira e também pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. O mercado viu nessa crise tentativas de interferência política do governo dentro da Petrobras. Desentendimento entre conselheiros No fim de semana, Mendes se desentendeu por mensagens com um conselheiro da Petrobras, Marcelo Gasparino. Gasparino representa acionistas minoritários da empresa. Pietro foi indicado pelo governo. Gasparino deu uma entrevista a Malu Gaspar, colunista do jornal "O Globo", em que insinua atuação política de conselheiros que representam o governo. Mendes enviou mensagem a Gasparino e disse que ele fez "acusação grave aos conselheiros indicados pela União". Em seguida, o presidente do conselho pediu uma série de esclarecimentos a Gasparino, entre os quais, que apontasse quais deliberações "foram tomadas com intuito de prejudicar a Petrobras para atender a interesses políticos?". Gasparino respondeu que, como as mensagens foram direcionadas a ele, solicitaria que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) "seja acionada imediatamente pela companhia para apurar eventuais condutas deste conselheiro". A CVM é responsável por analisar a legalidade de práticas empresariais.
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12/04 - Centro-Sul fecha safra 2023/2024 com recorde histórico na produção de cana-de-açúcar e alta de 19%
Moagem total chegou a 654,43 milhões de toneladas até o fim de março, segundo entidade que representa o setor. Ciclo também foi marcado por recordes em volumes de etanol e açúcar. Usinas do Centro-Sul batem recorde na produção de cana-de-açúcar na safra 2023/2024 Ceise Br/ Divulgação As usinas do Centro-Sul do país fecharam a safra 2023/2024 com uma alta de 19,3% e um recorde histórico na produção de cana-de-açúcar. A moagem total das indústrias do setor - e que respondem por mais de 90% do que se produz no Brasil - até o fim de março chegou a 654,43 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados esta semana pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Além do ciclo passado, o volume supera o registrado na safra 2015/2016, quando foram processadas 617,7 milhões de toneladas de matéria-prima, e contribuiu para recordes também na produção de açúcar e de etanol (veja mais abaixo). Siga o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O valor vai ao encontro das expectativas de representantes do setor e tem relação com fatores como o aumento na produtividade agrícola das lavouras, com um rendimento de 87,2 toneladas de cana por hectare colhido. Apesar disso, para a safra 2024/2025, que começa em abril, a projeção é de que haja uma queda na produção - abaixo dos 600 milhões de toneladas - devido à previsão de menos chuvas do que a média. Moagem de cana Das 269 usinas que contribuíram para o recorde na moagem da cana, 136 estão em São Paulo. Além de ser responsável pela maior parte da produção do Centro-Sul - 60% -, também foi o estado que mais teve aumento na moagem: foram 387,6 milhões de toneladas, 23,2% na comparação com a safra 2022/2023. Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também registraram recordes de processamento, que variaram entre 8,74% e 17,47%. No mapa abaixo, veja o número de usinas de cana-de-açúcar em operação no Centro-Sul do país. Etanol e açúcar: produções recordes Assim como a moagem de cana, os subprodutos da cana também encerraram a safra com recordes de produção. Com 51% da destinação da matéria-prima, o etanol resultou em um volume de 33,5 bilhões de litros, 16% a mais com relação à safra anterior. O total, com prevalência do hidratado, usado diretamente como concorrente da gasolina, supera o recorde de 2019/2020, com 33,26 bilhões de litros. Além disso, 18 usinas do Centro-Sul incrementaram esse volume com 6,26 bilhões de litros de etanol de milho, o que representa um crescimento de 41,39% e 18% do total. LEIA TAMBÉM Pulverização eficiente, dados precisos, máquinas silenciosas: aplicações de IA são tendência na agricultura Baixa nas commodities, seca, recuo de vendas: quais as projeções do setor de máquinas agrícolas para 2024 "Esse volume maior de etanol permitiu uma economia significativa para os consumidores. Em especial a partir do início do segundo semestre de 2023 nós vimos as vendas de etanol avançarem e a economia do ciclo total aos consumidores foi próximo dos R$ 7 bilhões", afirma o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues. Com cerca de 42% do mix de produção das usinas, o açúcar totalizou 42,42 milhões de toneladas, em alta de 25,7%. Até então, o recorde tinha sido registrado ciclo 2020/2021, com 38,46 milhões de toneladas. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região
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12/04 - Inflação argentina fica em 11% em março, e chega a 287,9% em 12 meses
Dados foram divulgados na tarde desta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) do país. Bandeira da Argentina Unplash A inflação da Argentina ficou em 11% em março, apontou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) do país. Com o resultado, o aumento dos preços chegou a 287,9% em 12 meses. O número representa uma nova desaceleração em comparação ao observado em fevereiro, quando os preços subiram 13,2%. O movimento foi puxado principalmente pela inflação dos segmentos de Educação (52,7%), Comunicação (15,9%) e Habitação, Água, Eletricidade, Gás e Outros Combustíveis (13,3%). LEIA TAMBÉM: Contas no azul e pobreza: os dois lados do ajuste radical de Milei Argentina tem 2º superávit mensal , mas sofre com pobreza e inflação FMI recomenda a Milei proteger setores mais pobres da Argentina Um dia antes da divulgação da inflação oficial, o Banco Central da Argentina anunciou a redução da taxa básica de juros do país de 80% para 70% ao ano. Ao anunciar a decisão, a autoridade monetária afirmou que está observando uma "desaceleração pronunciada" da inflação, "apesar do forte efeito estatístico tardio que a inflação carrega em suas médias mensais". O banco acrescentou que, desde que Milei assumiu o cargo, a base monetária foi reduzida substancialmente, o que ajuda a absorver a liquidez e a conter os aumentos de preços. Ao assumir a Presidência da Argentina, Javier Milei implementou medidas duras para combater a inflação, incluindo cortes nas despesas do Estado e subsídios a serviços públicos. O governo também desvalorizou o peso em mais de 50% em dezembro, o que fez com que os preços subissem mais rapidamente. Senado da Argentina rejeita pacote de medidas de Milei
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12/04 - Setor de energia nuclear contesta dados de relatório do TCU que apontam alta na conta de luz com Angra 3
Corte determinou que governo considere custos ao consumidor quando decidir sobre contratação da usina. Setor diz que números que basearam decisão do TCU são 'preliminares'. Imagem de obras em Angra 3 em 2023 Eletronuclear O setor de energia nuclear contesta números de um relatório Tribunal de Contas da União (TCU) da última quarta-feira (10), que indicam aumento na tarifa de energia com a eventual entrada em operação da usina nuclear de Angra 3. A Eletronuclear, estatal responsável pela operação e construção da usina, afirmou que os dados citados no parecer são preliminares. A estimativa de custo ao consumidor consta em estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a partir de informações preliminares prestadas ao governo. "Somente após a conclusão de estudos independentes, realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é que a EPE poderá exercer seu ofício e dimensionar os impactos do empreendimento de Angra 3 no sistema elétrico nacional", diz a Eletronuclear em nota. A empresa cita ainda mudanças legislativas que podem reduzir o valor ao consumidor, como a reforma tributária e um regime especial para o setor nuclear. "Isso tudo considerado no cenário tarifário, certamente o preço da energia elétrica produzida por Angra 3 será competitivo para uma fonte termelétrica limpa, não poluente (não produzindo gases de efeito estufa), segura, firme, constante e de base", diz a estatal. Também em nota, a EPE afirmou que não recebeu os estudos de preço contratados pela Eletronuclear e pelo BNDES para fazer a projeção de custo ao consumidor. Dessa forma, o estudo da EPE utilizado pelo TCU se baseou em dados preliminares. "A EPE ressalta que o Informe Técnico foi elaborado como um documento preparatório destinado ao Ministério de Minas e Energia (MME), e, portanto, foi classificado como sigiloso no momento de seu cadastro no sistema do TCU", disse a estatal de planejamento. A Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) também contesta o custo de R$ 43 bilhões citado pelo TCU. Segundo o presidente da Abdan, Celso Cunha, a projeção de 2,9% de aumento foi alcançada na comparação com fontes intermitentes, como solar e eólica – ou seja, que não geram o tempo todo, ao contrário da nuclear. Cunha afirma que a energia de Angra 3 pode custar 1% de aumento na tarifa do consumidor em períodos de chuva e uma economia de 3% em período seco – quando haveria a necessidade de ligar usinas termelétricas a gás natural ou carvão. Lula assina medida provisória que visa diminuir valor das contas de luz; especialistas veem riscos de efeito contrário no futuro Decisão do TCU Na quarta-feira (10), o TCU determinou que o governo considere o impacto da contratação da usina nuclear de Angra 3 na conta de luz, apontando um aumento médio de 2,9% nas tarifas. O Tribunal cita estudos da EPE e da Aneel. Segundo o relator do processo, ministro Jorge Oliveira, as simulações da EPE apontaram custo médio de R$ 43 bilhões, mas outros cenários apontam para despesas de até R$ 77 bilhões, pagas pelos consumidores. "Independentemente de potenciais externalidades positivas do empreendimento para a política nuclear nacional, os encargos aos consumidores serão muito mais altos em caso de continuidade da construção de Angra 3 do que de abandono do Projeto", disse Oliveira.
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12/04 - Milei se encontra com Elon Musk e oferece apoio para o bilionário em investigações do STF no Brasil
Não ficou claro como esse apoio poderia acontecer. Após ameaças de Musk, dono da plataforma X, ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, Moraes solicitou a investigação do bilionário pela Justiça brasileira. Milei se encontra com Elon Musk em 12 de abril de 2024. Reprodução/redes sociais O presidente da Argentina, Javier Milei, e o dono da rede social X (antigo Twitter), Elon Musk, se encontraram no Texas, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (12). Milei ofereceu apoio a Musk nos processos da Justiça brasileira em que o bilionário está sendo investigado, disse o porta-voz do presidente argentino, Manuel Adorni. (Leia mais abaixo) Não ficou claro como esse apoio de Milei a Elon Musk poderia acontecer. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Nos últimos dias, Elon Musk teve desavenças com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nas redes sociais, em que o bilionário dono do X utilizou sua plataforma para atacar Moraes e ameaçar reativar contas desativadas em processos movidos pelo tribunal. Segundo Adorni, Milei e Musk também prometeram trabalhar juntos para promover soluções de livre mercado. Após ameaças de Musk a Moraes, o ministro determinou a investigação do bilionário americano e ordenou que a rede X não desobedeça a ordens judiciais dadas pelo STF. (Leia mais abaixo) Saiba quem é Elon Musk, bilionário americano dono da rede social X Relembre o histórico do embate entre Musk e Judiciário brasileiro Ataques a Moraes Desde o último domingo (7), Elon Musk vem atacando Alexandre de Moraes e ameaçando reativar perfis de usuários bloqueados na rede social X pela Justiça brasileira no âmbito de dois inquéritos que Moraes é relator no STF: o das milícias digitais: que investiga ações orquestradas nas redes para disseminar informações falsas e discurso de ódio, com o objetivo de minar as instituições e a democracia. o do 8 de janeiro: que investiga a tentativa de golpe no Brasil por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Por que você está exigindo tanta censura no Brasil?", questionou Musk, em inglês. No curso das apurações dos inquéritos, ao longo dos últimos anos, Moraes determinou que as redes sociais bloqueassem a conta de alguns investigados. De acordo com o ministro, eles usavam as plataformas para o cometimento das práticas irregulares, que estão sendo investigadas. Investigação Após as ameaças e ataques de Elon Musk a Alexandre de Moraes, o ministro do STF determinou que a conduta do empresário seja investigada em novo inquérito. Moraes também incluiu Musk entre os investigados no inquérito já existente das milícias digitais. O ministro ordenou ainda que a rede X não desobedeça a nenhuma ordem da Justiça brasileira. E estipulou multa de R$ 100 mil para cada perfil que seja reativado irregularmente. Para investigar Musk, Moraes afirmou que viu indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime nas atitudes do bilionário nos últimos dias. A Polícia Federal deve ouvir representantes no Brasil da rede X nos próximos dias. LEIA TAMBÉM: Ameaça de Irã atacar Israel é 'real', diz Casa Branca; países orientam cidadãos a não viajar para a região Após pacto, idosa de 80 anos guarda cadáver de amiga em maleta por 1 ano no Chile Príncipe William faz primeira aparição pública desde anúncio de câncer da princesa Kate Javier Milei, presidente da Argentina, se encontrou com Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) no Texas, Estados Unidos, em 12 de abril de 2024. Reprodução/redes sociais
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12/04 - Italiano e cão farejador caçam trufa branca que pode custar R$ 54 mil o quilo; veja VÍDEO
Fungo tem sabor forte e é muito usado na alta gastronomia. Na Itália, alguns caçadores usam veneno para matar os cães farejadores de seus concorrentes. Por isso, os locais onde as trufas são encontradas permanecem em segredo. Trufa: o ouro branco italiano O italiano Michele Filosi e seu cão, Argo, são caçadores de um fungo raro e muito valioso: a trufa branca italiana, que pode custar R$ 54 mil o quilo (veja detalhes no vídeo acima). Além de ser um amigo fiel para Filosi, Argo é fundamental para encontrar as trufas, que ficam escondidas debaixo da terra. Com sua habilidade apurada, ele as encontra com facilidade e contribui para evitar danos durante a busca. Se for danificada, a trufa pode perder até metade de seu valor no mercado. Na Itália, alguns caçadores usam veneno para matar os cães farejadores de seus concorrentes. Por isso, os locais exatos onde as trufas são achadas permanecem em segredo. Filosi vende parte das trufas que encontra, o restante vai para o restaurante de seu irmão. Nem mesmo a família sabe onde ele e seu cão encontram o alimento. 🥜O que é trufa branca? A trufa branca é rara e cara porque é difícil de achar, além de aparecer em alguns poucos países do mundo, entre eles, a Itália. Elas ficam escondidas debaixo da terra e são caçadas por profissionais, sempre com ajuda de cães farejadores. Este tipo de trufa é conhecido por seu aroma intenso e forte sabor. É um ingrediente muito usado na alta gastronomia e é frequentemente faz parte de pratos de massas e risotos. Leia também: Por que preço do leite desabou, mas queijo e manteiga continuam caros? De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz Livro mostra mais de 100 receitas com pinhão: tem farofa, estrogonofes, pudins e bolos Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem o que eu como: baunilha De onde vem o Maracujá De onde vem o que eu como: flores comestíveis
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12/04 - Governo cria comissão para propor reforma na administração pública
Objetivo é promover 'modernização' do serviço público com a alteração de um decreto publicado há mais de 50 anos. Ministra da Gestão evita uso do termo 'reforma administrativa'. Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck Rovena Rosa/Agência Brasil A Advocacia-Geral da União (AGU) criou nesta sexta-feira (12) uma comissão para elaborar uma proposta de mudanças na organização da administração federal e estabelecer parâmetros para uma reforma administrativa. A comissão, que será formada por membros da AGU e do Ministério da Gestão e Inovação, tem um prazo para a apresentação de um relatório final em 12 meses a partir da data de sua instalação. Segundo o Ministério da Gestão, entre os objetivos do grupo está o de tornar a legislação "compatível" com a Constituição e promover uma 'modernização' do serviço público. O decreto que o governo pretende alterar foi publicado há 57 anos. Esther Dweck, ministra da Gestão, evita usar o termo "reforma administrativa" para se referir à iniciativa. "A gente não gosta desse termo pois é carregado pela visão que teria que reduzir o Estado. Na nossa visão, não é tão verdadeiro. A gente tem que ter um estado necessário para cumprir aquilo que a população exige da gente", declarou Esther. A reforma administrativa é apontada por economistas como importante para melhorar a qualidade dos gastos públicos, que estão limitados, no máximo, a 2,5% ao ano de alta real pelo arcabouço fiscal, a nova regra para as contas públicas aprovada no ano passado. Os gastos com servidores do governo federal estão estimados em R$ 380 bilhões em 2024, ou 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). É a segunda maior despesa primária do governo, perdendo apenas para a Previdência Social (R$ 913 bilhões, ou 8% do PIB). Estudo divulgado em 2020 mostra que o Brasil gastou 13,7% do Produto Interno Bruto (PIB), no ano anterior, cerca de R$ 930 bilhões, com servidores públicos federais, estaduais a municipais. O Brasil era, naquele momento, o 7º país que mais gastava com servidores. Os reajustes de servidores foram contidos na gestão Bolsonaro. No início do governo Lula, foram retomados, com o aumento linear de 9% no ano passado. Neste ano, servidores negociam com o governo e pressionam por novos reajustes. Em 2020, a equipe econômica chefiada por Paulo Guedes propôs uma reforma administrativa, com mudanças em leis, somente para futuros servidores, propondo o fim do regime jurídico único da União, com possibilidade de outras formas de vínculo, e o término dos chamados "penduricalhos". A estimativa, naquele momento, era de uma economia de R$ 300 bilhões de gastos em dez anos. Veja comentário de Gerson Camarotti sobre Reforma Administrativa Ministra é contra reforma 'punitivista' Em entrevista ao programa "Bom dia, ministra" nesta quinta-feira (12), a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou que não concorda com a proposta de reforma administrativa do governo do presidente Jair Bolsonaro. "Tanto pela visão que ela tem um caráter punitivista dos servidores, mas principalmente de precarização do serviço público, aumento da privatização. E afeta um instrumento, que para a gente é muito importante que é a questão da estabilidade", declarou a ministra Esther Dweck, na ocasião. Na reforma da equipe de Guedes, no governo Bolsonaro, a proposta era do fim da estabilidade para parte de novos servidores. Naquele momento, o governo também buscava regulamentar demissão de servidores por "baixo desempenho". Segundo a ministra da Gestão, Esther Dweck, a estabilidade dos servidores públicos protege o Estado brasileiro. "Permite que os servidores tenham tranquilidade para fazer seu serviço. Para eles poderem fazer o que precisa ser feito, independente da orientação política", disse. Ela afirmou, ainda, que as mudanças na administração pública não precisam, necessariamente, ser implementadas por meio de Proposta de Emenda Constitucional -- que altera a Constituição. "Estamos trabalhando, a maior parte disso não depende nem de medidas legais, muito menos constitucionais. Fiz muita coisa por atos infralegais, decretos do presidente, portarias minhas, instruções normativas", disse Dweck. Acrescentou que algumas medidas, como a nova lei de cotas, precisam passar pelo Legislativo. "Temos vários projetos que seriam importantes para a reforma do Estado brasileiro melhorar a capacidade de entrega para a população", afirmou a ministra. De acordo com a ministra, há três grandes áreas de atuação do governo com foco em mudanças na administração pública. São elas: Gestão de pessoas: Dweck afirmou que o Concurso Nacional Unificado é um "grande instrumento" de reforma administrativa, pois aumenta a diversidade no serviço público e inclui pessoas com "capacidade de pensar em políticas públicas". Restruturação de carreiras: a ministra disse que seria importante "alongar" as carreiras, ou seja, que os servidores demorem mais para chegar ao topo da carreira, que conta com salários maiores, e também para "ter outros critérios de progressão". Esse item também foi proposto pela equipe de Guedes, em 2020. Transformação digital e organizacional: Dweck declarou que a transformação digital, também foco da equipe de Guedes no governo Bolsonaro, tem um "potencial enorme" de acelerar processos e "facilitar a vida do cidadão". Disse, ainda, que o governo está atuando para "repensar" as organizações dentro do setor público.
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12/04 - Livro mostra mais de 100 receitas com pinhão: tem farofa, estrogonofes, pudins e bolos
Livro da Embrapa traz preparos inovadores e deliciosos com o alimento. Pesquisadores estudam por que a safra de pinhão varia muito de um ano para o outro Ficou com vontade de comer pinhão depois da reportagem sobre a colheita dele no Sul do Brasil? Um livro da Embrapa traz mais de 100 receitas com a iguaria. Tem salgados e doces: de farofa a estrogonofe e de bombom recheado a palha italiana. >>>Acesse aqui as receitas com pinhão
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12/04 - Como plantar taioba
Folheto da Embrapa Hortaliças ensina qual é a melhor época para plantar a verdura, como fazer o preparo do solo e escolher as mudas. Como plantar taioba A Edis Guidini, de Dom Cavati, Minas Gerais, escreveu para o Globo Rural querendo dicas de como plantar taioba. Um folheto da Embrapa Hortaliças ensina qual é a melhor época para plantar a verdura, como fazer o preparo do solo e escolher as mudas, além de uma receita bem simples de taioba refogada. >>>Acesse aqui
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12/04 - Dólar tem nova alta e fecha em R$ 5,12, com juros dos EUA no radar; Ibovespa cai
A moeda norte-americana avançou 0,61%, cotada em R$ 5,1212, renovando o maior patamar em seis meses. Na semana, acumulou alta de 1,11%. Já o principal índice acionário da bolsa brasileira encerrou em queda de 1,14%, aos 125.946 pontos. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik O dólar engatou a 3ª alta consecutiva nesta sexta-feira (12) e encerrou a semana acima dos R$ 5,10 pela primeira vez em seis meses. O movimento foi impulsionado pela maior busca por proteção ao risco, em meio a uma nova onda de cautela em relação aos juros norte-americanos. Após os Estados Unidos reportarem novas altas na inflação ao produtor e ao consumidor nesta semana, investidores seguem na expectativa por novos sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Assim, a participação de dirigentes da instituição em eventos ao longo do dia também ficou sob os holofotes, bem como o início da temporada de balanços corporativos nos EUA. Por aqui, as atenções ficam direcionadas para os dados de serviços de fevereiro e para a reunião trimestral do Banco Central do Brasil (BC) com economistas. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda. Roberto Campos Neto, sobre inflação: "Tivemos uma notícia boa local, e uma ruim no cenário externo" Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Ao final da sessão, o dólar avançou 0,61%, cotado em R$ 5,1212. Na máxima, alcançou os R$ 5,1477. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula altas de: 1,11% na semana; 2,11% no mês; e 5,54% no ano. Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,25%, cotada em R$ 5,090. Ibovespa Já o Ibovespa encerrou em queda de 1,14%, aos 125.946 pontos. Com o resultado, acumula quedas de: 0,67% na semana; 1,69% no mês; e 6,14% no ano. Na quinta-feira, encerrou em queda de 0,51%, aos 127.396 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? A agenda recheada de indicadores de preços movimentou os mercados ao longo desta semana. Os principais destaques ficaram com os índices de inflação ao produtor e ao consumidor dos Estados Unidos, que voltaram a subir no mês passado. Ontem, por exemplo, o índice de preços ao produtor norte-americano, divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA, registrou um aumento de 0,2% em março, após uma alta de 0,6% em fevereiro. O número veio ligeiramente abaixo do esperado por economistas consultados pela Reuters, que previam um avanço de 0,3%. Já o índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês), divulgado na quarta-feira, acelerou e chegou a 3,5% em março, contra 3,2% registrados em fevereiro e acima das expectativas de mercado. Os números aumentam os temores de que o Fed pode demorar mais a iniciar o ciclo de corte de juros no país. O banco central dos EUA tem uma meta de inflação de 2% e, após o crescimento de empregos mais forte do que o esperado em março, bem como a queda da taxa de desemprego de 3,9% em fevereiro para 3,8%, alguns economistas adiaram as expectativas de corte dos juros para julho. Depois dos indicadores, os mercados financeiros viam uma probabilidade de aproximadamente 84,8% de o Fed manter os juros em sua reunião de política monetária de 11 e 12 de junho, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. Diante desse cenário, a participação de dirigentes do Fed em eventos ao longo do dia também acabou na mira dos investidores. Nesta sexta-feira (12), o presidente da distrital da instituição em Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que as leituras de inflação continuam altas e "são preocupantes", mas reiterou que o índice PCE, o indicador de inflação preferido do Fed, continua a se comportar. "Se começarmos a ter leituras melhores que nos mostrem que o arco da inflação está caindo, isso nos fará sentir muito melhor sobre onde estamos. Se o PCE estiver reinflando -- estabilizaremos os preços", afirmou em evento. A próxima divulgação do PCE será em 26 de abril. Corroborando esse cenário, as autoridades do Fed também se mostraram preocupadas com uma eventual estagnação de controle da inflação e afirmou, na última ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) que teme que seja necessário um período mais longo de política monetária restritiva para controlar o ritmo dos aumentos de preços. "De modo geral, os participantes destacaram sua incerteza quanto à persistência da inflação elevada e expressaram a opinião de que dados recentes não haviam aumentado sua confiança de que a inflação esteja se movendo de forma sustentável para 2%", disse a ata da última reunião do Fed, também divulgada na última quarta-feira. As autoridades do Fed estão debatendo se o maior risco é que a política monetária permaneça muito apertada por muito tempo ou que o corte de juros aconteça muito cedo e não consiga fazer com que a inflação retorne à sua meta de 2%. Ainda no exterior, o início da temporada de resultados corporativos nos Estados Unidos também ficou no radar. Na Europa, as indicações de que o Banco Central Europeu (BCE) deve iniciar o ciclo de cortes de juros em breve ainda continou na mira dos investidores, bem como dados de atividade do Reino Unido e da China. Já no Brasil, o noticiário corporativo envolvendo a Petrobras continua sob os holofotes, após um juiz federal de São Paulo decidir suspender do cargo o presidente do conselho de administração da estatal, Pietro Mendes, na véspera. Segundo o Blog do Valdo Cruz, a decisão do magistrado acolheu uma ação movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira Lima (Novo-SP), pro entender que há conflito de interesses no fato de Mendes ocupar o cargo no conselho, uma vez que ele também é secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia. Em nota, a Petrobras informou que vai recorrer da decisão. O atual cenário da petroleira vem menos de uma semana após os rumores de que o presidente da estatal, Jean Paul Prates, poderia ser demitido da companhia e substituído pelo atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Apesar das especulações, no entanto, o Blog da Julia Duailibi indicou que a permanência de Prates no comando da estatal ganhou força após duas reuniões feitas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Além disso, os debates sobre uma eventual redução do preço da energia elétrica também seguem no radar, após Lula ter pedido, na última quarta-feira, a apresentação de um novo programa energético ainda este ano para reduzir de forma estrutural o preço das tarifas de energia, segundo apurado pelo g1. O presidente chegou a se reunir com representantes do setor elétrico, do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Casa Civil. Na pauta: a redução das tarifas. Como resultado da reunião, o MME ficou responsável por liderar um grupo de trabalho para elaborar uma proposta estrutural para o setor até o fim de 2024. Entre os indicadores da semana, o destaque ficou com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na quarta-feira. A inflação oficial do país mostrou que os preços subiram 0,16% em março, abaixo das expectativas do mercado financeiro. O maior impacto do mês veio novamente do grupo Alimentação e bebidas, com alta de 0,53% e peso de 0,11 ponto percentual (p.p.) no índice geral. Mas é uma variação mensal menor que fevereiro, quando os preços do grupo haviam subido 0,93%. Para o mercado financeiro, a inflação veio bem abaixo da projeção, mas ainda não afasta a preocupação com a inflação de serviços. Os serviços subjacentes, um núcleo focado em serviços e que exclui itens mais voláteis, teve alta levemente mais forte que o mês anterior, de 0,44% para 0,45%. "O ponto de preocupação continua sendo os serviços subjacentes, que, ao se manterem praticamente estáveis, continuam em um patamar incompatível com as metas de inflação – e deverão continuar justificando a cautela do Banco Central", diz Helena Veronese, economista-chefe da B. Side. Já nesta sexta-feira (12), novos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicaram que o volume de serviços no Brasil voltou a contrair em fevereiro, interrompendo três meses consecutivos de ganhos. Segundo o instituto, houve uma queda de 0,9% do indicador no mês, resultado bem aquém da expectativa do mercado, de alta de 0,2%. Após o fechamento dos mercados, o Banco Central anunciou que, a partir de segunda-feira (15), dará início à rolagem dos contratos de swap cambial com vencimento em 1 de julho de 2024, no montante de US$ 15,5 bilhões (310.440 contratos). De acordo com a autoridade monetária, a execução dessa rolagem prevê a realização de leilões diários de swap tradicional e compreenderá o período necessário para que todo o estoque a vencer em 1° de julho de 2024 seja renovado. *Com informações da agência de notícias Reuters.
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12/04 - El Niño x La Niña: entenda como a mudança de fenômeno pode impactar a inflação no Brasil
Apesar de ser uma preocupação, o La Niña não deve trazer reflexos tão severos neste ano, apontam especialistas ouvidos pelo g1. Principal temor é que o fenômeno provoque longos períodos de seca, esvaziando reservatórios e elevando os custos com energia elétrica. Especialistas acreditam que La Niña não deve trazer reflexos tão severos nos preços dos alimentos este ano. Adriana Toffetti/Ato Press/Estadão Conteúdo o Além do noticiário climático, o El Niño ganhou protagonismo também nas últimas divulgações da inflação oficial do Brasil. O regime mais intenso de calor e chuvas provocado pelo fenômeno prejudicou parte da safra de alimentos in natura, o que fez os preços nos supermercados dispararem. A previsão é que, neste mês, o El Niño chegue à sua fase final. Mas outro evento climático começa a entrar em cena: o La Niña. A chegada do novo fenômeno está prevista para acontecer a partir de agosto deste ano. Em resumo, o La Niña é conhecido por inverter a região de predomínio de secas e chuvas em relação ao El Niño. ▶️ Para entender melhor: O El Niño é caracterizado pelo aquecimento das águas do Pacífico em 0,5ºC ou mais. Ele costuma levar chuvas intensas ao Sul do Brasil e provocar seca na região Norte. O La Niña acontece quando o Pacífico está ao menos 0,5ºC abaixo da média histórica, trazendo o resultado inverso: chuvas intensas no Norte e Nordeste e estiagem na região Sul. Economistas ouvidos pelo g1, contudo, trazem o alento de que a expectativa inicial é que os reflexos do La Niña sobre os preços sejam menos prejudiciais do que suas versões anteriores. O registro mais recente do La Niña durou três anos (2020-2023) e, conforme mostrou o g1, causou fortes impactos na produção agropecuária. O resultado foi percebido no bolso do consumidor com o aumento dos custos no campo e a consequente pressão sobre a inflação. A falta de chuvas resultou, inclusive, na declaração de emergência por municípios localizados no Centro-Sul do país — região que concentra as principais produções rurais —, com reflexos em alimentos como milho, soja, frango, feijão, leite e carne bovina. A estiagem, característica histórica do La Niña, também pode causar um aumento generalizado nos custos de energia elétrica, apontam especialistas. Isso devido à diminuição do volume de água nas represas e à consequente redução da produção de energia nas hidrelétricas. O receio é justamente em relação ao Centro-Sul, que concentra cerca de 70% da capacidade de armazenamento de água do país. Apesar dos temores baseados no histórico do fenômeno, entretanto, o que se espera para este ano é um La Niña menos prejudicial tanto para as lavouras quanto para os reservatórios, com reflexos mais leves sobre os preços para o produtor e o consumidor final ao longo de 2024. O cenário menos pessimista ganhou força com a crença de que o evento climático deve ter uma transição mais suave, com maior probabilidade de ocorrer só a partir de agosto. Além disso, o período recente de chuvas ajudou na umidificação do solo e na manutenção dos reservatórios, aliviando o caminho para os próximos meses. As boas condições de produção em outros países — como a vizinha Argentina — também ajudaram nessa equação, colaborando com o controle dos preços de commodities como soja e milho. Diante desses e outros fatores econômicos, a previsão para este ano é de uma inflação de alimentos ainda controlada, inclusive com um processo de deflação (queda nos preços) para essa categoria entre maio e setembro, segundo projeção da Warren Investimentos. LEIA MAIS Entenda como o contraste climático afeta produtores rurais IPCA: o que houve com o preço dos alimentos — e por que a angústia dos economistas é outra IPCA: preços sobem 0,16% em março, com alta de alimentos mais branda Balanço do El Niño O último registro do El Niño havia sido oito anos atrás, entre 2015 e 2016. O fenômeno costuma preocupar a produção agrícola global. Mas, em alguns casos, as perdas de alimentos cultivados em determinadas partes do mundo podem ser compensadas pelo aumento da produção em outras regiões, dadas as condições climáticas distintas que sofrem com o fenômeno. "Em geral, o El Niño é ruim para o nosso Centro-Oeste, para a Austrália, para a Índia. E, de fato, nós vimos diversos acontecimentos nesse sentido, como a quebra da nossa safra de grãos", explica Felippe Serigati, pesquisador do FGV Agro. "As chuvas tardias, por outro lado, ajudaram a aliviar." Em 2023, o mercado esperava um El Niño com impactos "muito mais fortes" do que o registrado. Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, afirma que as projeções eram de uma versão semelhante à de 2015 e 2016, quando o fenômeno causou "efeitos devastadores" nos preços de alimentos. "Embora o El Niño atual tenha sido classificado climatologicamente como forte, o efeito dele foi pequeno quando observamos os reflexos na inflação", diz. "Nós estamos vindo de algumas safras recordes de grãos. Além disso, o fenômeno foi muito benéfico para a Argentina. Então, o que quebrou ou prejudicou safra por aqui, o país vizinho mais que supriu a oferta." Ao mesmo tempo, a economia mundial observou uma desaceleração do consumo na China. Com a queda na demanda de um parceiro comercial tão importante, o resultado foi uma sobra maior de produtos no Brasil, ajudando a equilibrar os preços por aqui, explica Andréa. Apesar dos impactos mais suaves no índice geral, algumas altas passaram a pressionar os preços no subgrupo Alimentação no domicílio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE). Os dados mostram aumentos importantes nos preços a partir de outubro de 2023, sendo que as maiores altas foram sentidas nos lares brasileiros entre dezembro e fevereiro, conforme as variações a baixo: Entre os vilões da elevação do índice, estão os alimentos in natura, como hortaliças, legumes e frutas, tradicionalmente mais atingidos nessa época do ano devido a fatores climáticos. "Entre janeiro e fevereiro, a inflação no domicílio acumula quase 3% de alta. Apesar de comuns nesse período do ano, as altas foram muito maiores do que o sugerido pela sazonalidade. Então, isso é o El Niño", explica Andréa, da Warren. A expectativa da Warren é que o subgrupo de Alimentação no domicílio do IPCA encerre 2024 com inflação de 4,8%. Já para o índice geral de preços, a projeção é de variação de 3,85% no ano. O efeito do El Niño no aumento de preço dos alimentos Período de transição Para Gabriel Pestana, analista econômico da Genial Investimentos, a curta duração do El Niño ajudou a amenizar os reflexos do fenômeno. "O balanço dos impactos do El Niño é negativo. Mas esperávamos que fosse muito pior. O rápido arrefecimento do evento climático foi, de fato, uma boa notícia", afirma. O fenômeno começou a perder força em abril deste ano, conforme apontam órgãos internacionais de monitoramento climático. A instituição norte-americana NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), por exemplo, aponta que a probabilidade de o El Niño ocorrer no trimestre a partir de maio é de 7%, caindo a menos de 5% nos trimestres móveis seguintes. A projeção também mostra a predominância de um cenário de neutralidade entre abril e julho. Enquanto isso, o La Niña ganha mais espaço a partir do segundo semestre, com chances de 60% de ocorrer entre julho e setembro e de 74% entre setembro e novembro. (veja no gráfico abaixo) A previsão, claro, pode sofrer alterações. Mas o cenário que se desenha é o de uma mudança suave, com uma transição ancorada, por meses, em um período de neutralidade — ou seja, temperatura nem acima nem abaixo da média no Oceano Pacífico. "Essa projeção já aparece também nos mapas climáticos. Em setembro, era para começar a vir chuva, para iniciar o plantio. Mas cadê as chuvas? Não estão nas previsões. Ou seja, isso é a cara do La Niña", explica Felippe Serigati, do FGV Agro. As altas chances de fortalecimento do fenômeno em outubro deixou, inclusive, agricultores argentinos em alerta, conforme relatório publicado em março pela bolsa de grãos de Rosário. O país é um dos maiores exportadores de grãos do mundo. Possíveis secas provocadas pelo La Niña no fim do ano afetariam parte da safra de trigo e o plantio de milho e soja para a próxima safra 2024/25. “A informação é preocupante”, informou a bolsa. La Niña e seus reflexos no campo Com base nos registros históricos do La Niña, a previsão é que, quando efetivamente em vigor, o fenômeno leve chuvas acima da média às regiões Norte e Nordeste do Brasil e cause seca no Centro-Sul. Levando em conta a safra já em vigor e o período de transição entre os fenômenos, os impactos nas produções agrícolas do Brasil tendem a ser moderados este ano, conforme aponta Serigati, da FGV Agro. A análise do especialista para algumas safras 2023/24 é: Soja: Produção menor, mas sem reflexos nos preços, já que a Argentina está com uma boa safra. Milho: Possíveis perdas, mas de uma forma moderada, tendo em vista que muitos produtores plantaram antecipadamente. Além disso, a Argentina vem tendo bons resultados e os Estados Unidos também têm chances de uma boa safra. Açúcar: A safra atual de cana-de-açúcar não foi muito afetada, e o La Niña tende a favorecer essa cultura. Arroz: Em nível global, a produção de arroz não tende a ser prejudicada pelo La Niña. No Brasil, no entanto, os efeitos podem ser negativos, devido à sua cultura ser concentrada no Rio Grande do Sul. Feijão: O grão é produzido em diversas regiões do país, com destaque para o Paraná, Goiás e Bahia. Isso significa possíveis maiores perdas no Paraná, mas produtividade maior em Goiás e na Bahia. "Chuvas demais ou secas tendem a gerar perdas e, portanto, custo maior na produção de alimentos, incluindo cereais, leguminosas, oleaginosas, tubérculos e frutas. Os preços das carnes também sentem os reflexos, já que a ração fica mais cara", explica Gabriel Pestana, da Genial Investimentos. Apesar de previsão de enfraquecimento, efeitos do El Niño devem ser sentidos até abril E os preços nos supermercados? Apesar dos diferentes impactos para cada produção agrícola, a expectativa é de deflação (queda nos preços) para o subgrupo de Alimentação no domicílio do IPCA nos próximos meses. A projeção é da Warren Investimentos, que aponta preços mais baixos já a partir de maio — em especial para os que subiram muito no último trimestre. Segundo a estimativa, as quedas devem ser registradas mês a mês, até setembro. Os cálculos valem, claro, desde que as condições climáticas e econômicas sigam os rumos já esperados. A previsão para a janela de maio a setembro, segundo a Warren, é a seguinte: Deflação de 1,60% no grupo de alimentação no domicílio; Deflação de mais de 20% entre os tubérculos (batata, mandioca, cenoura e afins); Deflação de 1% nas frutas; Deflação de 15% nas hortaliças folhosas; Deflação entre 2% e 2,5% nas carnes; Deflação de 4,5% no grupo das carnes com a inclusão de ovos. Estiagem e custo de energia elétrica Enquanto os preços dos alimentos deixam de ser uma grande preocupação para este ano, a chegada do La Niña também acende um alerta para possíveis reflexos nas contas de energia elétrica e no abastecimento de água. O receio é justamente que os períodos de seca ganhem força no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul do país, regiões que concentram 70% dos reservatórios em território nacional, afirma Gabriel Pestana, da Genial Investimentos. "Esse é outro fator que torna o La Niña um pouco mais preocupante do que o El Niño em termos de impactos", diz. "Se temos reservatórios mais vazios, fica mais caro produzir energia elétrica — categoria que pesa bastante no IPCA —, podendo exercer uma pressão importante sobre o índice." Esse também é um alerta destacado por Andréa Angelo, da Warren Investimentos. Ela aponta efeitos secundários na inflação, com possíveis reflexos no setor de serviços — o que mais emprega no país e representa 70% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. "O preço muito elevado de energia acaba encarecendo os serviços depois de algum tempo, já que os custos tendem a ser repassados ao consumidor. Além disso, uma possível alta na conta de luz pode afetar, por exemplo, os preços dos eletroeletrônicos. Então, caso a gente tenha um La Niña mais forte com reflexos na energia, bens industriais e até de vestuário podem ficar mais caros", explica. Com base nas previsões disponíveis até o momento, espera-se que os maiores impactos do fenômeno nos preços fiquem para o início de 2025, em caso de estiagem mais severa no Brasil no último trimestre deste ano. "Inclusive, o Operador Nacional do Sistema Elétrico [ONS] já informou que está em alerta e gerenciando os sistemas hídricos. A atenção é para que a gente entre em 2025 em uma situação diferente do que foi 2021, quando tivemos crise hídrica", conclui a especialista.
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12/04 - De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz
Cada uma dessas iguarias é um universo de tradições e influências e nos convida a uma jornada sensorial pelos caminhos da diversidade cultural do país. O podcast 'De onde vem o que eu como' conta a origem desses pratos pelo Brasil. A culinária brasileira é uma rica mistura de sabores, influências e tradições que refletem a diversidade cultural do país. Entre os pratos mais emblemáticos estão a tapioca, o acarajé e a feijoada, cada um carregando consigo uma história única e um sabor inconfundível. 😋A tapioca, originária da região Nordeste, é uma iguaria servida com uma variedade de recheios doces ou salgados, sendo uma opção versátil e saborosa para qualquer hora do dia. 😍O acarajé é um quitute frito recheado com vatapá, camarão seco e pimenta, proporcionando uma explosão de sabores típicos da culinária afro-brasileira. 🥰E a feijoada é uma combinação perfeita de feijão preto cozido com uma variedade de carnes, que pode ter como acompanhamento o arroz, couve e a farofa, representando a tradição e a história do país em cada garfada. Nesta semana, o podcast "De onde vem o que eu como" explica a origem de cada prato e trás uma história de tradição familiar com a tapioca. O podcast também conta a relação da lenda de Iansã e Xangô com a pimenta que vai no acarajé. 🎧OUÇA o episódio (acima) e, abaixo, responda o quiz. Episódio destaca a importância cultural dos três pratos. Stephanie - Flickr/Igor Constantino - Unsplash/Andre Rebeiro - Flickr O que você sabe sobre o acarajé, a tapioca e a feijoada? Leia também: 6 dicas de como fazer tapioca para não errar; Mamão produz látex com propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias; entenda; Pitaya não tem sabor? Tem sim e a espécie mais doce, a Baby do Cerrado, é nativa do Brasil; Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem o que eu como: baunilha De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: chocolate De onde vem o que eu como: morango
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